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Excelentíssimo juiz e demais membros deste tribunal, após apresentação das duas bancas, e demais depoimentos e esclarecimentos, muito bem feitos por sinal, farei duas perguntas de forma a esclarecer e confirmar algumas conclusões que a essa altura do julgamento já puderam ser tomadas.

À banca de acusação:

A banca afirma que "Aqueles que buscavam justiça contra Sauron também fizeram prisioneiros e mataram, mas nunca com a maldade que os seguidores de Sauron e o próprio o faziam." Também afirmam que de nada valem as muitas qualidades militares do réu, se este não respeitar a moral de Eru e dos Valar.
Pergunto: Como julgar o grau de maldade com que se executam atos de guerra, como a própria acusação afirma, cometidos por todos os povos envolvidos? Sendo possível efetuar tal julgamento, por que condenar Sauron por fazer o que era devido, agindo como líder que deveria ser, apenas por suas supostas intenções malígnas?


À banca de defesa:

Ouvimos durante este julgamento diversas acusações indiretas ao réu, por atos cometidos por orcs e outras criaturas ao seu comando. A defesa afirma que o réu não deve ser julgado por tais atos, afirmando assim sua total inocência. Mas sendo Sauron um líder, um comandante de guerra, é muito difícil acreditar que não soubesse, permitisse ou até mesmo ordenasse que seus liderados cometessem tais crimes, cabendo a ele no mínimo a acusação por apologia e incitação ao crime ou de ser cúmplice. Como a defesa pode provar que o réu não tinha conhecimento nem aprovava tais atitudes cometidas por seus soldados?


Sem mais.
 
Por meio desta mensagem venho fazer minhas perguntas as duas bancas:

À Banca de Acusação:
Sauron durante a Segunda Era dominava muitos povos da Terra-Média e os senhores acusam que ele foi o culpado pela retirada de Aman e Eressëa dos círculos do mundo através de Ar-Pharazon. Mas é bem sabido que na época que os numenorianos atacaram Sauron eles queria se parecer deuses para os homens da TM e já tinham más intensões e sombra em seus corações por si próprios antes do contato com Sauron, e eles atacaram primeiro. E Sauron foi levado como prisioneiro para Númenor e os próprios reis de Númenor o colocaram na posição de conselheiro e depositaram sua confiança nele, como pode ser então Sauron culpado de atos que ele não estimulou? Ele apenas aproveitou a situação em que lhe colocaram, mas não deu inicio a guerra nem se colocou como conselheiro e nem navegou até Aman. E os senhores acusam que ele já sabia que a terra mudaria de forma e Númenor seria destruída e fez tudo acontecer como planejado. Se ele realmente soubesse de tais consequências, porque não teria ele fugido de Númenor antes da destruição, preservando assim seu belíssimo e sexy corpo?

À Banca de Defesa:
Como vocês justificam ou defendem a iniciativa de Sauron de torturar e sacrificar humanos em adoração a Melkor em seu templo? Pois mesmo que haja a lei de liberdade de expressão religiosa, tal liberdade não pode ir contra o principio fundamental que todo homem tem direito, que é o "ninguém será submetido a tortura nem tratamento desumano ou degradante". Sendo que tortura e sacrifícios humanos são atos que qualquer um que for ético vai concordar que é um ato hediondo e não tolerável.


P.S Peço perdão pelo meu leve atraso na postagem, minha vida e tempo anda meio e eu não consegui postar antes da meia noite, espero que relevem meu pequeno atraso.
 
Eu encaminhei a MP a Indily pedindo em nome da banca de jurados para o nosso post me responsabilizando para o que ela decidir. Obrigado por postar as perguntas, Eruonel
 
Conforme o que o VTBBC me encaminhou por MP, a partir do que foi decidido depois da petição, o processo terá apenas o que foi postado até o horário estipulado pelo VTBBC, excluindo-se do processo o que foi postado com atraso.

Obrigado a Indily por nos atender e responder a banca de jurados. Pedimos desculpas pela turbulência no processo.

x-x-x-x-x-x

Repassando o aviso aos membros da banca:


@Nihal , @Amon_Gwareth,
 
Saudações a todos do Juri, meritíssimo, banca de acusação, platéia e organizadores. Lamentamos pela ausência das 5 perguntas, que poderiam ajudar a esclarecer ainda mais a evidente inocência de nosso cliente e réu deste julgamento. Mas se por um lado faltou 2 perguntas, as que foram feitas compensam, por possuírem um alto nível de entendimento das Obras e desse processo. É uma honra respondê-las.

Segue resposta à perguntas feitas pelo Sr. @Amon_Gwareth e Sra. @Nihal

A resposta da pergunta feita pelo presidente do Júri, Sr. @Neoghoster Akira será enviada pelo sr. @Grimnir .

O primeiro eu direciono à banca de defesa. A captura de Gorlim em si não surtiu vantagem militar para Sauron, sendo claro o objetivo de obter informações através de tortura e outros meios que não podem ser aceitos por esse tribunal - nem mesmo em cenário de guerra declarada. A defesa reconhece que Gorlim foi deliberadamente executado após servir aos desígnios do réu, e também que Sauron o executou respaldado unicamente pelo próprio senso de justiça. Este ato jamais poderá ser reconhecido por este tribunal pois a Sauron não foi delegado o poder de fazer valer a justiça. Sendo assim, pergunto: a Gorlim foi concedido o direito de defesa do qual Sauron está gozando neste tribunal? Essa execução foi reconhecida e deferida pelas únicas autoridades com tal poder, ou seja, as deste tribunal?

Antes de mais nada a banca de defesa quer deixar claro que não existia a opção do nosso réu trazer Gorlim para julgamento neste tribunal. O mesmo estava inacessível ao maia por conta de uma guerra travada há milênios. E que não apenas ele, mas centenas de milhares de seres foram julgados, condenados e inocentados na Terra-Média. Gorlim não foi exceção, e sim parte da regra. Basta conhecer a história de Arda. Quantos orcs, trolls, homens, dragões e elfos foram mortos e libertos durante guerras pelas Três grandes Eras? Seria completamente inviável, nós diríamos impossível, manter o prisioneiro cativo até o fim de uma guerra infinita. Se Sauron optasse por manter Gorlim cativo, o mesmo teria morrido de velhice antes do fim da Guerra.

Esclarecendo isso, acreditamos que essa excelente pergunta feita pelo honrado jurado merece uma resposta bem completa. Então, pedimos desculpa se parecer muito extensa, mas será com certeza esclarecedora, para finalizarmos essa acusação erronea sobre Gorlim.

Para começar, vamos apresentar o contexto no qual Gorlim foi morto:

Após a batalha das chamas repentinas, somente duas regiões foram conquistadas: uma parte ao leste de Beleriand, terra dos Filhos de Fëanor, e a região central de Dorthonion. O flanco esquerdo estava ameaçado por não ter conquistado Hithlum, o que constituía uma ameaça a todos os esforços da Dagor Bragolach, uma grande conquista militar que corria o risco de perder seu efeito.

E além disso, a vitória de Maedros na colina de Himring começou exatamente como a rebelião de Barahir:

- Estavam cercados em territórios hostis;
- Contavam com poucos efetivos militares;
- Começaram uma insurreição em um território fortificado;
- Melkor não conseguiu conquistar o refúgio, o que aumentou a moral do inimigo.
- Os exércitos dispersos e derrotados começaram a seguir a bandeira de Maedhros, o que foi fatal a longo prazo para Melkor em termos militares, pois toda a região acabaria reconquista pelos noldor e eldar.

Barahir e seus soldados estavam aplicando uma guerrilha brutal aos efetivos de Angband, e já não bastava um flanco esquerdo não conquistado, Melkor arcou com um refortalecimento no flanco direito, com a figura de Maedhros. A situação não estava boa em termos estratégicos. O que fazer então? Deixar que Barahir se fortalecesse e aumentasse a moral do inimigo? Nenhum comandante competente deixaria isso passar.

É aqui que surge nosso injustiçado réu. Ele foi enviado à região para destruir ou pelo menos afugentar esses guerrilheiros antes que os estragos aumentassem. Então dizer que não houve vantagem militar na captura de Gorlim é errado. Suas declarações deram SIM vantagens militares para o réu. Ele conseguiu informações sobre o paradeiro de um comandante inimigo, e usou isso a seu favor, conseguindo a morte de um homem que estava em lado oposto naquela guerra. Mais uma vez, Sauron nada mais faz além de mostrar sua inteligência em campo de batalha, e um alto nível de estratégia militar.

A respeito da execução, a posição de Sauron em Angband era alta. Abaixo apenas de Melkor. Essa posição lhe dava autoridade para tomar decisões em campo de batalha, durante uma Guerra difícil e contínua travada em Beleriand. Com isso, a execução de Gorlim, sim, foi baseado num senso de justiça, mas numa situação como aquela, todos os homens de Barahir seriam mortos de uma forma ou de outra. Essa operação militar não envolvia a captura e transporte de prisioneiros, era tão somente a destruição de um grupo que estava gerando problemas militares. Em sua posição, Sauron não tinha tempo hábil para levar o prisioneiro para julgamento em Angband. Precisava de respostas e de resultados. As conseguiu, de forma prática e rápida, utilizando como arma a fragilidade de seu prisioneiro de guerra. Se Gorlim fosse como seus parentes mais nobres, como Húrin, o resultado seria completamente diferente. Mas Sauron sabia que estava diante de um covarde, e apenas se aproveitou disso. Após conseguir as respostas desejadas, nosso cliente se viu diante de um novo dilema: O que fazer com aquele ser desprezível e fraco? As opções eram: Soltar o covarde, o que iria contra as políticas militares de seu comandante; aprisioná-lo em minas subterrâneas, onde o mesmo sofreria por anos; executá-lo de forma rápida, dando fim áquela vida infeliz e não prejudicando seu próprio lado, ou poderia aprisionar o espirito do prisioneiro. Decidiu pela terceira opção, cumrpindo assim sua promessa de unir Gorlim á sua falecida família.

Sobre o executado, foi só mais um dos milhares de mortos durante as batalhas de Beleriand, vítimas da ambição dos Noldor, que usaram os eldar como escudo humano, os colocando nas fronteiras setentrionais daquelas terras, enquanto brincavam de reis e príncipes ao sul. Se Gorlim foi morto, é porque entrou em uma guerra que não lhe pertencia, e foi, assim como toda a casa de Bëor, um fantoche dos elfos de Além-Mar. Não apiedem-se por Gorlim, a inocência não faz parte da Guerra.

Lembrando: Sauron estava sobre um regime militar de exceção. Era ele ou seu inimigo. Ou um ou outro. E a execução de Gorlim poderia terminar de forma muito pior. Poderia ser preso. Poderia ter a alma aprisionada. Poderia ser largado para morrer. Mas teve uma morte rapida. Foi compaixão isso? Não. Foi guerra.


Abaixo, segunda resposta para jurados:

À banca de defesa:

Ouvimos durante este julgamento diversas acusações indiretas ao réu, por atos cometidos por orcs e outras criaturas ao seu comando. A defesa afirma que o réu não deve ser julgado por tais atos, afirmando assim sua total inocência. Mas sendo Sauron um líder, um comandante de guerra, é muito difícil acreditar que não soubesse, permitisse ou até mesmo ordenasse que seus liderados cometessem tais crimes, cabendo a ele no mínimo a acusação por apologia e incitação ao crime ou de ser cúmplice. Como a defesa pode provar que o réu não tinha conhecimento nem aprovava tais atitudes cometidas por seus soldados?

Obrigado pela pergunta, jurada @Nihal . Provar que não houve ciência é impossível por questão de lógica. Seria como provar que não existe um pássaro invisível voando nas praias de Belfas. Cabe a quem alega o ônus da prova dos fatos. Não havendo prova alguma contra o réu, mesmo que por via de princípio de prova escrita, não merecem acatamento as alegações contra ele. Sendo mais claro, não cabe a defesa provar que Sauron nada sabia, isso seria impossível. Cabe sim à acusação apresentar tais provas. Trechos que mostram a ciência dessas maldades, testemunhas que viram ou ouviram ele ter conhecimento dessas crueldades ou algo do tipo. Mas todos sabemos que isso não ocorreu durante todo o julgamento, onde a acusação, ao invés de apresentar provas contra Sauron, julgou mais "intenções" e pontos de vista, esquecendo do que veio fazer no tribunal: Apresentar fatos que condenem o réu.

Sem mais.

Banca de Defesa.
 
Continuando o post do nobre colega de defesa, @Neithan, encaminho a nossa resposta para a excelente pergunta do ilustríssimo membro do Júri, @Neoghoster Akira.

a) Apesar de eu ter lido o contrário no conteúdo das peças, a saber, que Sauron agia em favor de Eru, de acordo com as informações de conhecimento comum dos povos, Sauron perdeu o próprio corpo em virtude da vontade direta de Eru durante o episódio de Númenor, a pedido de Manwe, o Vala que mais se assemelhava ao Único em pensamento dando a entender justamente a posição contrária do Único em relação àquilo que o Maia vinha fazendo tanto em relação ao desejo de Ilúvatar quanto a vontade dos Valar. O mesmo tipo de condenação de Eru parece se repetir na suspeitada resolução do caso da queda de Gollum junto do Um dentro do fogo de uma forma semelhante ao tipo de favor do acaso ou uma espécie de “voto de Minerva” para direcionar o mundo. Sabendo disso a defesa afirma que Eru tinha os mesmos planos de Sauron mas não me parece convincente e não se demonstrou (com provas conforme eles cobram) que as ações de Sauron sejam conforme o desejo de Eru e não a revelia Dele. É necessário esclarecer essa questão, afinal não se trata de tal afirmação a aplicação de litigância de má fé com forjadura de provas?

Primeiramente gostaríamos de questionar sua afirmação de que "Sauron perdeu o próprio corpo em virtude da vontade direta de Eru (...) a pedido de Manwë".

A intervenção não foi um ato direto/direcionado à pessoa de Sauron, mas sim contra os numenorianos que estavam realizando uma invasão blasfema contra Valinor de forma que todo o continente poderia ser destruído num embate como esse, seja pela intervenção destrutiva dos Valar para repelir a invasão (e os Poderes sempre causaram destruição quando em combate), seja pela poder de destruição dos numenorianos (que não deve ser subestimado, já que além dos elfos terem fugido de Ar-Pharazôn, os numenorianos também superaram os elfos da 1ª Era, pois conseguiram chegar a Valinor sozinhos). O nosso réu, portanto, estava no lugar errado e na hora errada. Tanto que seu espírito não sofreu intervenção nenhuma após o desastre, nem mesmo por seu Criador - diferente de Saruman que foi morto e varrido por um vento.

Logo, entendemos que há um equívoco ao afirmar que Sauron perdeu o próprio corpo em virtude da vontade de Eru Ilúvatar.

Dito isso, vamos analisar a questão entre as ações de Sauron e os desígnios de Ilúvatar. Quando se fala em "Planos de Ilúvatar", não é que o indivíduo (Vala, Maia, homem, anão, elfo etc) tenham que ter a mesma postura moral, um pensamento, noções de certo e errado que esperamos que um Deus criador tenha. Não! Nada impede a realização da Obra, mesmo aquilo que pode parecer maligno, errado, desastroso ou em conflito com a vontade dos Poderes. É por isso que Ilúvatar disse que nenhum tema poderia ser tocado sem tê-lo como sua fonte mais remota ou que mesmo os dissonantes no final provar-se-ão instrumentos de Eru na criação de coisas inimagináveis. Ser livre, entrar conflito com semelhantes e até fazer o mal é mais um pedaço da grande obra de Eru. O problema é que tendemos a analisar o cumprimento um grande propósito se o propósito está sendo seguido ipse literis - atribuindo a falta de ação de Iluvatar como uma revelia e não um correr da obra da grande criação.

b) As peças apresentaram Sauron na qualidade de inocente, todavia não explicaram como pode ser que na época da aliança dele com Melkor o Inimigo do Mundo já era tido por toda parte como o maior criminoso, sendo fato conhecido mesmo na época em que Sauron servia aos Valar. Peço que dêem respostas para como então um Maia tão bem informado não soube que estaria participando do trabalho de um ser maligno. Alguém que fizesse o mesmo seria ou tolo ou maligno e temos que concordar que ele não era um tolo. Pelo contrário, ao invés de declarar a própria independência longe dos Poderes se associou ao criminoso Melkor em todas as atividades porque se tratava de sedução ou de “guilty pleasure” e ele era conhecido por ser culpado e ter prazer nisso. Qual a explicação para essa incoerência?

Não existe incoerência alguma. A aliança entre nosso cliente e Melkor data de muito antes mesmo do despertar dos Primogênitos. Ele já era um seguidor de Melkor antes dos Valar e Maiar descerem até Arda. Ou seja, uma época anterior a qualquer tipo de moral ou ética que condenariam ou absolveriam sua decisão. Somente eras e eras depois da escolha de Sauron é que Melkor foi considerado um criminoso, justamente quando as histórias começaram a ser escritas pelos elfos. Antes do despertar dos Primogênitos, temos a realização de grandes obras no Universo como a criação de estrelas, galáxias, planetas e Arda. O que são essas criações? Fenômenos naturais, alheios a qualquer tipo de moral e ética. Quem são os Valar e Maiar nesse universo que antecede o despertar dos seres racionais? São as leis universais da natureza, a concretização de fenômenos naturais.

A disputa entre Melkor e demais Valar sobre a soberania de Arda nada mais foi do que a formação geológica da própria Terra com vulcanismo, surgimento dos continentes, extinções em massa, formação de cadeias alimentares e assim por diante. Isso tudo é amoral. Como acusar Melkor por criar erupções vulcânicas em um planeta infértil se sabemos que esses contrapontos feitos criados por ele aceleraram o surgimento de Vida em Arda? Os elfos interpretaram esses fenômenos, para fins de entendimento, transformando-os de elementos naturais para seres com características humanas (ou melhor, élficas). A noção de moral, ética, certo e errado começa somente depois disso, quando seres racionais surgem e criam esses conceitos para fins de formação de sociedade.

E seguindo a lógica da resposta dada para o primeiro item, respondemos que Ilúvatar acresceu nas ordens de existências de Eä aspectos que aparentemente iam de encontro à concepção perfeccionista da realidade. Nosso réu foi a força de ordenança (basta relembrar as discussões sobre leis e religião dos povos do Sul e do Leste da Terra-média) no meio da destruição niilista e caótica de Melkor. É de se imaginar: O que seria de Arda sem uma "voz da razão" e cientificidade do maior aprendiz de Aulë para reordenar as mudanças de Melkor? Sem Sauron, Arda teria virado um planeta estéril. Um local de extinções em massa e cataclismos geológicos. Mas com Sauron, as extinções em massa deram início a processos de renovação e reordenamento da biologia e da terra. O que aparentemente foi maligno, acabou sendo benéfico a longo prazo. Lembrando que, Sauron foi a voz que contradiz e vai de encontro ao comando dos Poderes do Oeste. Ulmo também desobedeceu os Valar, seguindo sua própria intuição, em prol dos Noldor assassinos de parentes.

A escolha de Sauron em favor de Melkor se deu por isso. Melkor era um furacão e Sauron um artista que tentou mitigar a destruição e fúria do vento. O réu acreditava em reconstrução através da destruição. É bem compreensível esse alinhamento de Sauron em direção a Melkor, ele difere dos demais Valar na sua forma de agir e pensar, mesmo sendo parte da mente de Ilúvatar e atrai outros seres. Entre eles, nosso réu. E a semelhança entre Aulë e Melkor no quesito de lidar com a matéria, e o ímpeto de criar é visível. Sauron encantou-se com o modo de agir e habilidade de Melkor, e isso o fez inclinar para seus objetivos de forma direta.
 
Por solicitação em tempo hábil, por motivos que só cabem à organização:

O PRAZO PARA A ACUSAÇÃO POSTAR SUAS RESPOSTAS SE ESTENDERÁ ATÉ AMANHÃ, DIA 15/03 ÀS 23:59 HORAS.
 
À todos os jurados presentes nesse momento no Círculo da Lei, com questionamentos à essa Promotoria que vos fala, saudações.
No intuito de facilitar vosso trabalho e dar andamento ao julgamento do réu, a Promotoria, nas pessoas de @Ainurian e @Sev., vem ao tribunal responder suas dúvidas.

À banca de acusação:A banca afirma que "Aqueles que buscavam justiça contra Sauron também fizeram prisioneiros e mataram, mas nunca com a maldade que os seguidores de Sauron e o próprio o faziam." Também afirmam que de nada valem as muitas qualidades militares do réu, se este não respeitar a moral de Eru e dos Valar. Pergunto: Como julgar o grau de maldade com que se executam atos de guerra, como a própria acusação afirma, cometidos por todos os povos envolvidos? Sendo possível efetuar tal julgamento, por que condenar Sauron por fazer o que era devido, agindo como líder que deveria ser, apenas por suas supostas intenções malignas?
Cara jurada, o julgamento dos atos de Sauron não baseia-se apenas em seus crimes de guerra, embora seu exercício militar envolva o cometimento de inúmeros crimes proibidos até mesmo em regimes de exceção, como tentativa de eliminação de povos, torturas e assassinatos à revelia, mas também baseia-se em assassinatos, sequestros, traições, torturas e tantas outras atrocidades inumeráveis que foram feitas antes e depois. Ele liderava sim seus subordinados e a crueldade ordenada à eles não é apenas uma suposta intenção maligna. Todos os integrantes de sua linha de frente eram instruídos a matar e, aos feridos sobreviventes, capturar e torturar à insanidade com malícia jamais vista na Terra Média, independente do período em que se encontravam. O réu jamais agiu como o “líder que deveria ser”, mas como um assassino que jamais deveria ser confundido com um líder que reconhece, mesmo em guerra, a superioridade da vida. Em poucas situações os inimigos de Sauron agiram como ele, e nessas situações eles também agiam de maneira contrária à maneira justa e honrosa de Eru e seus seguidores. Apesar de todas as provas, não há necessidade de julgar o grau de maldade quando apenas a existência da própria maldade se comprova e é suficiente para a condenação total do réu.

Conforme demonstrado em julgamento, Sauron exerceu a autoridade delegada por Melkor em Angband. Sendo assim, o réu é responsável por quaisquer crimes que envolvam tortura, assassinato, genocídio, exploração e subjugação. Porém, não foi apresentada qualquer evidência além das ações tragicamente comuns em períodos de guerra. Dado que, neste momento, não é possível inserir novos fatos ou evidências no curso do julgamento, pergunto: as acusações de Angband realmente se restringem a mero exercício militar?
Caro jurado, a Promotoria compreende que a guerra é um período em que há combate, luta, aprisionamento de inimigos e situações que envolvam o domínio de um povo/grupo sobre outro. Mas, de acordo com as convenções de guerra de nossos povos, que historicamente conhecemos e já tomamos por tradição, presos de guerra não podem ser torturados nem executados e, principalmente, é proibida a tentativa de eliminação de povos. Ora, meu caro, se não é isso que Sauron sempre buscou? Se as acusações de Angband se restringem a mero exercício militar, esse exercício não é lícito. O réu não só aprisionou Gorlim, como era de direito na guerra, mas primeiro, utilizando-se de um poder que não se equiparava ao da vítima, o encantou e o levou em cativeiro e depois ainda o torturou em busca da localização do esconderijo de Barahir e seus homens. Isso não é lícito. Conquistar um território inimigo é lícito, fazê-lo através de feitiçarias quando seus inimigos não passam de humanos, não. Fazer de um território conquistado do inimigo uma área de vigia é lícito, capturar para matar por simples prazer, não o é. O que deve ficar claro nas atividades do réu em Angband é que ele não foi um simples comandante de guerra. Sauron era um maia, tinha poder muitas e muitas vezes superior ao dos elfos e homens que combateu. O que o júri deve questionar é o prazer que o réu tinha em trapacear. O réu não era um simples subordinado de Melkor, a posição de Sauron em Angband era alta e ele tinha autoridade para tomar decisões em campo de batalha, durante uma Guerra difícil e contínua travada em Beleriand. Sauron não era apenas um subordinado. Ele sabia o que fazia e porque fazia. A guerra é um período ao qual todos estamos sujeitos. Mas certos acordos nem a guerra ou um regime militar de exceção deve quebrar, inclusive há acordos feitos exatamente para serem cumpridos em guerra. Assim, por que o réu estaria acima deles? O réu tentou eliminar tribos, povos, torturou e assassinou muitos de seus presos. Por que não deve pagar por isso? Não se vê entre seus inimigos o mesmo sadismo que permeou em seu “mero exercício militar”.

Para a Banca de Acusação: É sabido que os Valar também não enxergavam tudo e que certas coisas, dentro dos planos de cada um, escapavam de sua visão estando também limitados por não saberem os planos de seus irmãos, razão pela qual eles se reuniram para que pudessem se consultar mutuamente e trabalharem melhor para uma obra que superaria a soma das partes. Também é informado que estaria oculto, para quem não merecesse, a parte do trabalho de Eru que Ele escolhesse não revelar. Como a Acusação explica o fato de Sauron ser culpado de alta traição se havia um único Círculo da Lei no mundo ao qual recorrer? Existem evidências de que ele poderia se defender sendo oposição política ou pelo menos levar uma vida sem que dependesse apenas do Círculo para obter justiça?
Caro jurado, talvez você não conheça a história e os julgamentos do Círculo da Lei, onde, nesse exato momento você se encontra, para julgar os atos de Sauron. Nesse Círculo, como você pode ver nos anais publicados, já se inocentaram aparentes culpados. É para um julgamento que o Máhanaxar existe e seu rumo nunca é pré-determinado. Apesar disso, um Tribunal sempre é um mecanismo pertencente ao estado para promoção da justiça, então, sim, realmente só há um Máhanaxar e só uma maneira de se obter justiça em Arda. Entretanto, como não há a possibilidade de viver sem ordem e justiça, apenas um Tribunal basta, pois uma única maneira de obter justiça não significa uma maneira enviesada de obter justiça quando se compreende que a justiça nada mais é do que a efetivação da consequência dos atos de alguém. Um benfeitor recebe honras, isso é justo. Um assassino recebe punição, isso é justo. Foi assim que Turin, Denethor foram inocentados e até mesmo Gollum, que mesmo parcialmente culpado, foi enviado à Mandos muito mais para repouso que para cárcere. Se outros conseguiram inocência, provando ser inocentes, por que esse julgamento não o permitiria? Enquanto Promotoria, temos motivos sólidos que demonstram que sua condenação deve ocorrer e afirmamos que o réu deve ser condenado senão pelos inúmeros motivos que colocamos aqui, apenas pelos serviços prestados à Melkor, pois embora tivesse liberdade para agir em guerra, ainda era um servo do Vala que tanto mal trouxe à terra e que foi, acertadamente, condenado. Assim, enquanto seu cúmplice, merece a condenação que a fuga não permitiu que ocorresse. Seria, então, justo dar liberdade a quem nunca respeitou o significado da própria liberdade? Seria justo oferecer perdão a quem sempre sentenciou inocentes à morte? Nós nos colocamos à disposição para sanar quaisquer dúvidas referentes ao histórico do Círculo da Lei e garantimos que, para promoção da justiça, a condenação de Sauron é a melhor saída. Não haverá mais a necessidade de medo quando ele não estiver entre nós, utilizando suas artimanhas e feitiçarias para atemorizar e enganar os corações dos homens.


Sem mais para o momento, reforçamos nossos desejos de justiça para Arda.
Ainurian
Sev.
 
... os Jurados deverão dar seu voto com base em tudo o que foi exposto considerando o réu culpado ou inocente em um voto devidamente fundamentado no prazo de 3 (três) dias...
[...]
Não será permitido o fracionamento dos votos pelos jurados em hipótese alguma. Os jurados devem votar apenas pela CULPA ou INOCÊNCIA do réu, dando uma breve justificativa para o voto.
Os votos dos jurados deverão ser enviados por MP para o Presidente do Júri, que postará todos eles omitindo o nome do jurado que o proferiu. SOMENTE O PRESIDENTE PODERÁ PUBLICAR OS VOTOS, PARA QUE NÃO HAJA MEIO DE SE IDENTIFICAR O AUTOR. Os votos devem ser publicados em um post apenas.

O PRAZO PARA O JURI APRESENTAR SUA DECISÃO SE ENCERRA DIA 19/03 ÀS 23:59
Intime-se o Presidente Sr. @Neoghoster Akira para as devidas precauções.​
 
Bom dia.

Não encontrei nas regras nada a respeito, mas a banca de defesa tem o direito de resposta caso seja detectada uma mentira (absurda) na peça de acusação (ou vice-versa)? :think: Como fica nessa situação? Existe o direito de resposta, de protesto, ou algo do tipo?

Obrigado.

Banca de Defesa.
 
Bom dia.

Não encontrei nas regras nada a respeito, mas a banca de defesa tem o direito de resposta caso seja detectada uma mentira (absurda) na peça de acusação (ou vice-versa)? :think: Como fica nessa situação? Existe o direito de resposta, de protesto, ou algo do tipo?

Obrigado.

Banca de Defesa.


Neithan, você vai ter que confiar que fez um bom trabalho nas outras peças e nas respostas e aguardar o júri... igual eu.
 
A Organização pede para que as Bancas tentem se comportar sem provocações, agressões verbais ou escritas, incluindo no foro do whats app, que nada mais é que uma extensão ao presente.

Solicita ainda para que passem com leveza e carinho, um pouco de óleo de peroba em vossas faces, para que a continuidade do presente processo seja realizada de forma tão límpida e repleta de boas argumentações como foi até o presente momento.

Por fim, solicita aos jurados que continuem a ignorar as investidas quase obscenas do Sr, Advogado da Banca de Defesa @Neithan, e para que nosso Excrementíssimo Juiz, Dr @Eriadan pare de aceitar cestas, vinhos dinheiro e principalmente nudes, ou fotos de mãos do mesmo advogado, ou infelizmente teremos que entrar com medida cabível de afastamento das pessoas envolvidas.

Lembrando que as condutas ainda podem causar a anulação do presente processo!


Estando certa de que todos se comportarão com a conduta adequada e límpida, seguem os votos de excelente dia para todos.

VtBBC
Indily
 
Uma lástima ver que esse tribunal passe por uma crise de parcialidade, ao acusar a defesa enquanto ignora comportamentos da acusação do nível do post abaixo:

Amadora. A minha sentença está pronta desde antes de vocês terminarem a primeira peça.

Digo...
NADA QUE NUDES NÃO FAÇAM.
CHAMEM INBOX TAMBÉM, JURADOS


É com pesar que a Defesa recebe o post acima da organização, mas segue com esperança que nem todos aqui ajam com tamanha parcialidade. Continuamos depositando nossa fé na idoneidade do corpo de jurados e no meritíssimo juiz. Que julguem as acusações seguindo as regras do CL, levando em consideração tudo que aqui foi apresentado, deixando de lado opiniões e pré-conceitos do réu aqui julgado.

No aguardo do post com o veredicto do honrado sr. @Neoghoster Akira .

@Grimnir & @Neithan
 
Última edição:
Uma lástima ver que esse tribunal passe por uma crise de parcialidade, ao acusar a defesa enquanto ignora comportamentos da acusação do nível do post abaixo:




É com pesar que a Defesa recebe o post acima da organização, mas segue com esperança que nem todos aqui ajam com tamanha parcialidade. Continuamos depositando nossa fé na idoneidade do corpo de jurados e no meritíssimo juiz. Que julguem as acusações seguindo as regras do CL, levando em consideração tudo que aqui foi apresentado, deixando de lado opiniões e pré-conceitos do réu aqui julgado.

No aguardo do post com o veredicto do honrado sr. @Neoghoster Akira .

@Grimnir & @Neithan
Prezado Advogado, fique tranquilo que esta organização não está sendo parcial, concordando incrivelmente com o Sr no que diz respeito à outra banca. Vale ressaltar que infelizmente suas conversas e nudes vazaram no outro foro, inclusive mais de uma vez, o deixando exposto aos cuidados de interessados no julgamento que vieram por me avisar do ocorrido.

Isso, não inocenta a banca de acusação e muito menos alivia o comportamento vergonhoso pelo sr. citado.

Apenas enfatizo que queremos um julgamento sério e imparcial.

Deixe estar. Já mandei grampear todo mundo.

Inclusive o seu, excelência!
 
:)

Em esclarecimento com relação ao mencionado sobre a honra da banca de jurados emito nota informando que a banca de júri entende que não é papel do jurado atuar como um segundo advogado em apoio a esta ou a aquela causa. Cabe ao jurado apenas zelar pelo campo justo dentro das regras para que todos votem conforme a consciência individual.

Obrigado,
 
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