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Cinco Quadrinhos Favoritos com Eriadan

Indu

Usuário
Olá a todos.

Antes de mais nada queria me desculpar com todos a respeito da demora na postagem da lista.
Minha familia passou por alguns problemas de saúde, meus pais viajaram para socorrer. E isso me fez assumir algumas responsabilidades em casa e aqui no trabalho (já que é uma coisa só).
De qualquer modo estamos voltando gradativamente a normalidade.

E agora, com vocês o sujeito que abriu a porteira para as listas de quadrinhos: Eriadan
Obrigado Eriadan por compartilhar conosco seu gosto por quadrinhos.
De cara já podemos falar que é uma lista muito bem mesclada, tem mangá, quadrinho nacional e americano, tem quadrinho que eu nem conhecia e tudo isso sem ficar na dinâmica de Marvel e DC. O que é muito legal, afinal, um dos objetivos, mesmo que implícito dessas listinhas é gerar certa curiosidade e o obvio, compartilhar gostos.
Então, vamos lá?


Eriadan disse:
Eu nunca fui leitor assíduo de quadrinhos, mas aqueles que cruzaram a minha vida significaram muito para mim, e acabei colecionando quase todos. A minha ideia era escolher um de cada categoria: gibi nacional, mangá, tirinha, fumetti e HQ de herói; mas para esta última eu precisaria forçar a barra, porque nada da Marvel ou DC me marcou como marcaram todos os demais, então troquei por um gibi da Disney. A lista está na ordem em que fui apresentado a cada um.
Para compensar a demora, fiz uns textículos ligeiramente inchados.


Eriadan disse:
1. Zé Carioca - Walt Disney
É o primeiro gibi que tenho lembrança de manusear, e cuja lembrança provoca uma tremenda explosão de nostalgia! Muitas das minhas memórias mais gostosas de infância estão associadas ao quarto de uma tia minha, onde eu passava horas desenhando com hidrocor, brincando com bonecos, jogando coisas dentro do aquário dela e eventualmente para fora da janela (eu era uma criança especial) - e tentando ler o que aparecesse. Num canto havia uma cesta cheia de gibis, e os que eu lembro com mais clareza são os de Zé Carioca, além de alguns outros da Disney, como Mickey e Pateta. Havia alguma coisa única em imergir naquelas histórias, e acho que o antropomorfismo contribuía em larga escala: era meio hipnotizante curtir as histórias daquelas pessoas com cara de pássaro e focinho de cachorro. Sabe quando é mais divertido quanto menos faz sentido? Acho que para a criança isso é ainda mais verdade.​
Por sinal, só me ocorre agora: essa foi a época em que eu tinha acabado de chegar a Salvador, era meio de ano, e a minha mãe estava procurando uma escola para me matricular*. Finalmente, entrei no meio de uma turma do Jardim II, mas fui adiantado, porque já sabia ler. É muito provável que esses gibis tenham sido cruciais para a minha alfabetização.​
* Aliás, uma história que corrobora como eu era uma criança realmente especial. As primeiras escolas que meus pais me levaram para conhecer foram a "Um, Dois, Três" e a "Pernalonga". Segundo eles, eu recusei e fui irredutível: a primeira porque "só ensinava a contar até três", e a segunda porque ninguém me tirou da cabeça que eu não ia sair de lá com as pernas longas... Eles acabaram se dando bem, porque a terceira escola, "Sempre Viva", eu adorei e era a mais barata. Talvez eu tenha pensado que ia me tornar imortal.​
zécarioca.jpg

Eridan disse:
2. Cebolinha - Maurício de Sousa

Bom, é a Turma da Mônica como um todo, mas resolvi eleger Cebolinha dentre todas. Os meus pais faziam a assinatura, e toda semana (todo mês?) chegavam as revistinhas - uma de cada: Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento. Com certeza eu não preciso explicar para ninguém da minha geração como era (é!) agradável se deitar ou sentar numa privada com um gibi da Turma da Mônica na mão e, por aqueles momentos, trocar o seu mundo pelo bairro do Limoeiro e suas historinhas inocentes - se bem que nem tanto, né Sr. Maurício?! As de Cebolinha eram as minha preferidas porque eram nelas que vez ou outra aparecia o Louco - e novamente, quanto mais insano e absurdo, mais me entretinha. Escapismo tem dessas, né?
Se não fosse pelo Louco, com certeza a minha escolha seria Chico Bento. O apelo ecológico sempre mexeu forte comigo: não o aspecto político, mas a identificação com o espírito bucólico. Talvez isso tenha tudo a ver com a sensação que A Sociedade do Anel me transmite.​

cebolinha.jpg


Eriadan disse:
3. Saint Seiya: Os Cavaleiros dos Zodíaco - Masami Kurumada

Eu cresci com um sentimento forte de nostalgia com CdZ. Muito forte. Eu era pequeno quando assistia com meu irmão na TV Manchete (5/6 anos), e já adolescente tinha alguns lampejos dos episódios e dos vários bonecos que a gente tinha. Lá pelos 12/13 anos, me deparei por acaso com um "livrinho" que tinha esta capa aí do post, e tive um estupor! Quando pequeno, eu vivia desenhando esse guerreiro loiro (no mesmíssimo quarto da minha tia!)... e essa armadura, meu primo tinha o boneco...! A sensação foi incrível porque justamente esse episódio, em que Hyoga e Shiryu usaram as armaduras de Aquário e Libra pela primeira vez, era um dos que eu tinha lembrança mais vívida (meses depois, descobri o provável motivo: tínhamos vários episódios da Saga de Poseidon gravados em VHS). Claro que comprei titubear, e - não sem ter tentado começar pelo fim - terminei extasiado! A partir daí fui atrás de todas as edições anteriores, e toda semana ia às bancas atrás do novo capítulo. Esses mangás liberaram uma imensa descarga de nostalgia represada: corri atrás de todo material novo e antigo de CdZ, desde os OVAs da nova Saga de Hades até as aberturas das sagas antigas e comerciais da BANDAI, tudo baixado no computador, na era pré-YouTube. Quando surgiu a notícia de que CdZ voltaria a ser transmitido no Cartoon Network, senti mais o hype do que o lançamento de O Cálice de Fogo (quando eu consumia toda fanfic que encontrava). As minhas tardes se resumiam à TV na sequência DBZ>CDZ>YuYu Hakusho. Esse achado fortuito na banca de revistas acabou sendo uma grande fonte de prazer que aliviou a minha não muito feliz adolescência.

cavaleiro.jpg


Eriadan disse:
4. Dilbert - Scott Adams

Aqui queria começar fazendo uma menção honrosa a Hagar, O Terrível (Dik Browne). Não me lembro quando exatamente, mas de repente eu estava viciado nessas tirinhas, e foi a partir daí que comecei a checar os outros lançamentos desse gênero da L&PM, o que me fez também colecionar Garfield (Jim Davies) e finalmente me interessar por Dilbert. Eu tinha um certo preconceito, porque até então, em tirinhas avulsas (jornais, provas de escola etc), nunca tinha achado a menor graça nesse cara sem boca, mas foi só insistir um pouco para entender melhor os personagens e o estilo de humor, e passei a adorar! Outro detalhe crucial foi que então eu já trabalhava em escritório, e é impossível entender 1% das referências sem estar familiarizado com esse ambiente.
Quem é um pouco mais antigo vai lembrar que, antes de Jim Halpert, por muito tempo meu avatar aqui no fórum foi Wally (o da direita, na capa), um dos meus personagens favoritos de séries cômicas de qualquer tipo - "Did nothing today and still got paid, yay!". A propósito, tem muito de Dilbert em The Office.
dilbert.jpg

Eriadan disse:
5. Júlia Kendall - As Aventuras de uma Criminóloga (Giancarlo Berardi)

Se eu fosse rankear, esta seria, sem dúvida, a campeã. É mais uma que devo a um acaso: meu irmão, numa rodoviária, procurando qualquer coisa para se distrair durante a viagem, foi à banca e leu de relance um título "O assassino é inocente!". Pegou e viu uma ilustração de júri. Sendo estudante de Direito à época, se interessou e comprou. De algum modo, tempos depois, acabei pegando emprestado, e me apaixonei muito rapidamente.

Poucos conhecidos já ouviram falar - daqui do fórum tem o @-Jorge-, que também é fã -, mas eu recomendo a todo mundo, quando o papo de quadrinhos vem à tona. Cada capítulo é o conhecido enredo policial: um crime, uma investigação, um personagem central que liga as pontas no clímax. Mas o que torna a série única é a sensibilidade da protagonista e a profunda riqueza dos roteiros. Há inúmeras referências de artes, culturas e ciências humanas em todas as histórias, de modo que a gente sempre aprende e se impressiona. Há uma grande dose de empatia também, com a perspectiva muito humanista de Júlia, que passa longe de ser uma investigadora convencional: é uma "investigadora da alma", como por vezes a intitulam, e sua abordagem mais psicossocial do que circunstancial é o que muitas vezes leva às respostas. É de longe a minha coleção mais extensa (já está na edição #152), e eu espero que ainda renda pelo menos mais umas cem!
aventuras.jpg
 
Se eu colocar mangás na lista de quadrinhos, meu top fica somente deles. :g:

Cebolinha é muito divertido! Eu adoro as histórias da Turma da Mônica. Adoro também as histórias solo do Cascão. Eu me divirto bastante com o personagem.

Zé Carioca eu nunca peguei para ler. Nunca tive interesse. Quem sabe um dia.
 
Como o cara não cita Evangelion?

Eu adorei a lista do Daniel, tem ótimos títulos e traz uma nostalgia maravilhosa ver Maurício de Sousa ali no meio.
Nunca vi muita graça em Dilbert, até começar a trabalhar em escritório, daí que eu percebi que não tem graça nenhuma.
Tinha um dos vermelhinhos que usava um avatar do Dilbert, acho que era o TT1.
 
Última edição:
Do que eu conheço...

Os quadrinhos de Disney e Maurício de Souza foram disparados os que mais tive contato inicial na infância. Na minha lista (que ainda estou devendo) são as duas de três escolhas que já estão 100% confirmadas, onde vou escolher também um gibi representante de cada um desses universos.

Zé Carioca era engraçado porque de certa forma lembrava o Seu Madruga do Chaves em alguns aspectos. Não li tantos exemplares exclusivos só dele como eu gostaria, mas li historinhas dele mais em edições como "Almanaque Disney" e "Disney Especial" que a Editora Abril publicou por vários anos.

Cebolinha é sempre um "balato" e muito divertido porque como o @Eriadan comentou, era na edição dele que víamos com frequência o Louco e a gente rachava o bico vendo ele aloprando o Cebolinha :lol:

CdZ vi muito mais o desenho na TV do que os quadrinhos e sempre tendo a esquecer que eles existem nessa versão.

Dilbert só conheço pelas "tirinhas".
 
Como o cara não cita Evangelion?
É que eu adorava, mas lembro que a editora na época (era a Conrad?) ficou um tempão sem lançar os capítulos mais recentes, aí o tempo foi passando e eu fui esquecendo, nunca cheguei a ver a conclusão da série. Um dia pretendo completar a coleção e recomeçar do zero.

O anime eu nunca assisti.

Nunca vi muita graça em Dilbert, até começar a trabalhar em escritório, daí que eu percebi que não tem graça nenhuma.
Tinha um dos vermelhinhos que usava um avatar do Dilbert, acho que era o TT1.
Hahaha pô, tem algumas sem graça, mas muitas maravilhosas, principalmente quando focadas na prodigiosidade de Wally para ser absolutamente inútil e continuar empregado.

E sim, era o TT1 mesmo.
 
Indu falando que adorou a lista do Daniel, e eu: "quem é Daniel?" Tô caducando, gente. Releve, migo Eriadan.

Depois, volto para comentar a lista.
 
Não tenho muito o que comentar. Gostei da lista. Acho até bom que não tenha super-heróis americanos. Coisa meio meh... Afinal, Disney + Mônica >>> Marvel + DC. E com tanto quadrinho clássico da Era de Ouro, tanto quadrinho europeu de primeira, tanto Will Einser e tanto mangá bacana... Com Calvin e Haroldo, Haggar, Dilbert, Asterix... quem vai perder tempo com o Batman? :lol: #flammer
 
Cara, eu acho Dilbert engraçadíssimo hahahah Nunca li a nenhuma coleção ou obra completa, só as tirinhas de jornal, mas acho sensacional. É quase um The Office em formas de quadrinhos, só que ainda melhor.

Excelente lista, a propósito. Minha infância também foi marcada por quadrinhos Disney e Maurício de Souza. O único que não aprecio (porque não conheço) é o da Júlia Kendall.
 
Nossa havia esquecido do Zé carioca, minha mãe era viciada nos gibis dele, eu lia muito quando era criança, Cebolinha e seus planos infalíveis eram as que eu mais gostava da turma da Monica, eu e minha irmã lendo essas revistinhas fazíamos planos infalíveis para pegar meu pai de surpresa quando ele chegava do trabalho, :lol: e nunca deu certo, e com Cdz, minha nossa essa tua lista me deu uma nostalgia.
 
Por só conhecer o Dilbert somente de tirinhas, a minha sensação não é de adorar e muito menos odiar. Quando puder, quero ver essa publicação pra ter uma opinião formada melhor.
 
Gente, se tem algo que jornal me ensinou, é que tirinhas semanais são quase sempre ruins. Basta ver como as da Turma da Mônica sempre foram péssimas mas os gibis eram muito legais. :lol:
 
Tirinhas é algo que pra mim tem cartunistas que são geniais nos gibis, mas não conseguem transmitir o mesmo resultado nesse formato, mas também já vi o oposto, com gente que era habituada a fazer sempre algo bem legal num formato reduzido em jornais e revistas e deixando a desejar quando tem que fazer algo mais longo e elaborado.
 
Nossa, tarde demais eu me lembrei de um quadrinho que eu amava e que merecia no mínimo uma menção honrosa - talvez até superasse Zé Carioca e a Turma da Mônica: a série Fala, Menino!, de Luis Augusto Gouveia (cartunista falecido este ano)*. Não sei se foi tão popular fora da Bahia, mas por bem uns 10 anos foi uma tirinha diária do jornal mais vendido daqui, e nas bienais do livro eu sempre voltava com dois ou três livrinhos. Tenho vários até hoje. Marcou muito minha pré-adolescência.

A descrição na página do autor da Wikipedia resume bem:

Preocupado com a falta de diálogo dos adultos com as crianças, e com a falta de abordagem de temas sociais na infância, Luís Augusto criou a série Fala, Menino!, em 1996[2], cujo protagonista era o menino Lucas, um menino de 10 anos que não sabia falar[3], mas conseguia transmitir sua mensagem e dialogar com os colegas e amigos. Outros personagens da série foram o cadeirante Caio, o deficiente visual Rafael, o autista Mateus e o hiperativo Leandro. Apesar das limitações físicas, as crianças desempenhavam suas atividades e valorizavam a alegria da infância, mas também traziam mensagens em humoradas que inspiravam reflexões sobre vários problemas humanos.
Foi talvez uma das primeiras iniciativas de conteúdo infanto-juvenil que se preocuparam de forma bastante intensa com representatividade e empatia com as diferenças, sem deixar de ser muito divertido.

*Edit. "Este ano" o quê! Foi em 2018. Minha noção de tempo tá uma loucura, jurava ter ouvido essa notícia há bem pouco tempo.
 
Última edição:
Só fui conhecer esse quando viajei pela primeira vez a Salvador.

No Sudeste é a típica resposta padrão do Turgon: "Nunca ouvi falar :mrgreen:"
 
Dessa lista eu conheço menos, começando por Cebolinha e Zé Carioca, que como já mencionei em outro tópico me foram apresentados na minha infância. Muito bons.

Saint Seya ainda não li (e pra minha vergonha ainda não assisti toda a série de tv), mas tenho certeza de que gostarei quando o fizer.

Dilbert eu conheço de ler em jornal, e não gosto muito desse humor de "escritório". Mas não acho ruim.

Essa Júlia Kendall eu nunca tinha ouvido falar, parece interessante. Se um dia a oportunidade aparecer quem sabe eu dê uma conferida.
 

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