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Cinco músicas favoritas com Indu

Fúria da cidade

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Introdução:

A ideia seria formar listas com as bandas, álbuns e músicas favoritas, uma lista para cada, começando a brincadeira com as músicas.

Eis minha listinha de 5 músicas favoritas ATUALMENTE, digo o mesmo que falei no tópico dos livros, as músicas que selecionadas de nenhuma forma invalida o que venho escutando a anos.

Nem preciso falar que foi muito difícil encontrar apenas cinco musicas. Caraca, que trampo, estou a dias montando a lista e sempre que coloco uma música, lembro de outra, que puxa para uma outra, e quando vejo, tem uma lista com 10 músicas, mas eu preciso selecionar só 5. Então eu começo tudo de novo.

Um problema da minha lista: não consegui separar algumas músicas de seus álbuns, e eventualmente falarei tanto da música quanto do álbum, ou o contexto em que ela foi produzida. A formação da composição do disco, e seu desenvolvimento ajuda a criar a experiência com a canção.

(Isso se perdeu um pouco com o advento de streaming de música né.)

Ademais, eu vejo esse tipo de tópico como algo para expandir nossa visão sobre a pessoa e sua lista. A lista comunica muito sobre o individuo, e nos proporciona conhecer melhor quem se dispôs a produzi-la. Seus gostos, expectativas e receios, sempre emergem entre um indicado ou outro, dentro dos textos e descrições que lemos aqui.

Isso é muito divertido!

Espero poder fazer outras, quando me sobrar tempo e paciência. Estou a dias editando essa listinha.

De qualquer forma, espero que apreciem as músicas, tanto quanto eu:

1. Reise, Reise- Rammstein, 2004:


"Viagem, viagem" a música que dá nome a álbum de 2004 do Rammstein evoca a ideia de uma viagem sombria por águas profundas da existência. É a primeira do disco, mostrando aos ouvintes que aquela seleção irá abordar temas íntimos do existencialismo alemão. Os vocais de Till se adapta muito bem ao arrasto da música, como um barco deslizando pelo mar com a banda como seus tripulantes.

Para além dessa interpretação, a música é uma das minhas favoritas por um motivo mais simples: era a música do meu rolê.

Quando saia de carro para ver amigos ou passar a noite fora bebendo e ouvindo música, a música era essa.

Traz muitas boas lembranças de companheiros de álcool, cigarros e drogas recreativas.

2. Alucinação- Belchior, 1976:


Foi muito difícil escolher uma única do bigode cearense, mas Alucinação é uma das melhores músicas que ouvi na minha vida. Estou numa vibe de a Palo Seco, sendo Rapaz Latino-Americano que vive com Medo de Avião. Meu contato com Belchior vem desde pequeno, quando ouvi pela primeira vez numa fita K-7 com meu tio, ele falou que esse homem que cantava era "o melhor músico do brasil". Não foi exagero, e hoje anos após a morte de Belchior inda podemos perceber a influência que deixou sobre uma geração inteira.

Belchior é o nosso Bob Dylan brasileiro, não é uma comparação incomum, mas é o que temos de mais perto no sentido de músicas críticas e poéticas sobre algum recorte temporal ou existencial.

E sairmos a noite em São Paulo, pelo centro, podemos reparar cada verso da música pintadas nas ruas, nos prédios e nas pessoas cinzas normais. Belchior conseguiu traduzir com tanta perfeição o sentimento de solidão na cidade grande, que podemos perceber isso dentro da melancolia de seus versos.

Amar e mudar as coisas me interessa mais.

3. Like a Prayer- Madonna, 1989:


Like a Prayer é uma musica que traduz meu lado viado das trevas.

A música encabeça o álbum de mesmo nome, que traz a tona vários receios da artista. A idade de Madona em 1989, ano de lançamento (e do meu nascimento), era de 30 anos, mesma idade que sua mãe (muito religiosa), morreu, as duras críticas ao seu desempenho como atriz, e somado a tudo isso, seu divórcio com Sean Penn...E nada disso tem influência para mim, não no que diz respeito a vida pessoal da Madonna e suas aflições. Tudo bem, que o álbum apresenta uma artista mais madura, os cabelos antes oxigenados, agora são escuros, mostrando uma Madonna mais sofrida, muito diferente daquela guria com o cinto Boy Toy.

Lembrando de todo o escopo religioso, os problemas que a música gerou entre a artista e a igreja católica, são no mínimo curiosos. Houve uma forte crítica das instituições religiosas ao videoclipe de Like a Prayer com um Jesus negro, foi um golpe muito forte no conservadorismo religioso, além de ser uma dura crítica ao racismo. Isso me atrai muito como ouvinte. Decerto, quando pequeno não. Vogue era mais contagiante, e só talvez por isso, foi minha preferida da Madonna por muito tempo. Mas Like a Prayer, nossa, essa música foi de foder.

Fui criado ouvindo Madonna, lembro do vinil de Who's That Girl, passeando pela casa, até um dia sumir, para dar lugar a um CD brilhante e novinho em folha do Bedtime Stories, com a música Secret que ecoou por muito tempo na minha cabeça.

De certo tem muita música da Rainha do Pop que poderiam entrar nessa lista, mas nenhuma com tanto impacto quanto essa.

4. I heard it through the grapevine- Marvin Gaye ou Creedence Clearwater Revival, 1966


A canção foi encomendada para uma gravadora norte americana, e passou de mão em mão com uma repercussão tímida. Até cair nos vocais de Gaye, quando chegou no topo da Billboard em 1968. Para futuramente se tornar um clássico do Soul.

Eu adoro como essa música se justa muito perfeitamente entre o Gaye e o CCR.

A versão do Marvin Gaye a capella, é linda, mostra como a voz desse homem é algo surreal.

Marvin Gaye é um artista único. Se tornou um ícone do R&B e do Soul, e até hoje consegue surpreender e impactar novos ouvintes. Eu também reconheço o Gaye por um fator mais triste: a depressão.

Gaye sempre se destacou por sua voz, as composições, a sensualidade em suas músicas e também por suas crises depressivas.

Sua carreira despencou depois da morte prematura de sua parceira de palco Tammi Terrell, e a partir dai nunca mais foi o mesmo. Até sua morte trágica pelas mãos de seu pai.

A música na versão de Creedance, é mais agitada, apesar da letra ser bem queixosa.

Eles trouxeram seu ritmo country rock, para a canção transformando em algo mais dançante e contagiante.

É uma música para se ouvir numa festa, bater o pezinho, e balançar a cabeça, que é o máximo que eu consigo dançar.

5. Blues da Piedade, Cazuza, 1988


O álbum Ideologia, no qual a música é apresentada, tem todo caráter revolucionário do Cazuza. Existe todos um contexto por traz desse álbum, sua dinâmica com a AIDS e a morte, somada a uma critica amarga da sociedade brasileira. Ideologia é seu terceiro álbum solo, e considerado o melhor disco da sua carreira.

Música é um blues amargo, dedicado a miséria humana e as ninharias que guardam para si.

Eu gosto disso nessa música, afinal, a todos nós é dedicado um verso, ou vários. E isso incomoda muito.

Ouvi muito essa música em períodos de amargura, rancoroso que sou, me identifiquei muito com a letra.

remoendo pequenos problemas

É algo que preciso me desapegar, e Cazuza, como em outras vezes, me ajudou bastante a lidar com isso.

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+1 Beat' It, Michael Jackson, 1983

Mas também pode envolver Thriller e Billie Jean.


Não resisti e coloquei mais uma musiquinha.

Vocês vão me perdoar, claro que vão. É MJ, e esse homem é espetacular!

Beat' it é uma canção do álbum Thriller de 1983, o mais icônico álbum de Michael Jackson, e um dos maiores discos de todos os tempos, na minha humilde opinião.

Essa trindade de músicas tocou por toda minha infância. É algo extremamente forte e só foi amenizada por they don't care about us. com a vinda do cantor a Brasil.

Beat' it é um marco na música mundial, com seu videoclipe mostrando brigas entre gangues dançantes, e a proposta de romper a ideia de que existe musica para preto ou para branco que até hoje permeiam debates indentitários.

Michael Jackson é um dos meus artistas favoritos, suas músicas embalaram grande parte da minha infância, adolescência até agora na vida adulta.

Existem outras milhares de músicas que amo tanto quanto essas acima, então acho justo cita-las:

Blowin' In The Wind- Bob Dylan, Borandá- Nara Leão, He comes the Sun- The Beatles, Pintura Intíma- Kid Abelha, Bridge over Troubled water-Elvis Presley, Réu Confesso- Tim Maia, Run to the Hills Iron Maiden, Love is a stranger- Eurythmics, Tiny Dancer - Elton Jon, é muita coisa.
 
Parabenizo o Indu não apenas pela lista, como também ter começado por aquela que pra mim é a mais difícil de escolher que são as cinco canções.

Excelente escolha do Cazuza. Muita gente só valoriza o lado mais rock dele, mas ele tinha pegada bluzeira forte que quando ele botava pra fora era foda, como também no caso de "Down em Mim"

Lyke a Prayer é uma escolha bem interessante, que é bem a cara da ousadia que só ela era capaz de fazer e já deixando uma expectativa interessante do que poderia vir no começo dos anos 90 e que de fato ela fez acontecer.
 
Uma lista que combina perfeitamente com a tua personalidade eclética. A menção honrosa ao MJ é tudo.
 
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