Vëon
Do you know what time it is?
Depois a Melian edita aqui com um textinho rasgando seda pro "Machadão"
Mariana Hoffmann disse:Eu também resolvi fazer a minha listinha dos meus livros preferidos. Foi muito difícil escolher só cinco. Tô com dor no coração até agora por deixar Douglas Adams de fora... Não os ordenei somente por critério de gosto, mas de certa forma por relevância na minha vida. Espero que essa lista, além de servir de indicações para a leitura, sirva para os colegas conhecerem um pouquinho mais da minha personalidade. Vou começar logo:
Uma Pequena Cidade na Campina (Laura Ingalls Wilder)
O meu número um, mais preferido de todos e que eu já li mais de 10 vezes: Laura Ingalls Wilder – Uma pequena cidade na campina. Esse é o primeiro livro que eu me lembro de ter lido, com 8 anos, e o livro que me fez conhecer a magia da leitura. Ele tem cerca de trezentas páginas cheias de histórias da vida simples de imigrantes, com a capacidade de parecer a minha avó contando histórias da época dela, dos sofrimentos de quando a família veio para o Brasil. De certa forma, a história de Laura era parecida com a minha própria história. Nessa época, eu nem sabia que se tratava de uma coleção. Faz só 3 anos que eu li a coleção inteira e aí tive a minha maior surpresa: a coleção, de nove volumes é a biografia de Laura Ingalls Wilder.
O Senhor dos Anéis (J.R.R.Tolkien)
Meu segundo livro preferido é O Senhor dos Anéis, do meu queridíssimo Professor Tolkien. Ele está aqui em segunda posição porque se Laura Ingalls Wilder marca o meu nascimento para o mundo da leitura, Tolkien marca o meu retorno a esse universo, para nunca mais sair. Essa capa da imagem é a mesma capa do livro que eu ganhei dos meus amigos do CEFET/SJ, depois de já ser uma fanática inserida num reduto de fanáticos. Eles fizeram uma vaquinha, e com isso não só mostraram-me o quanto o universo de Tolkien era importante para mim, do qual eu falava o tempo todo, como me mostraram que eu tinha mais amigos do que imaginava.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe (J.K.Rowling)
Da coleção de J. K. Rowling, minha febre, eu escolhi Harry Potter e o enigma do Príncipe porque foi o mais relido de toda a coleção. Todos os anteriores eu havia lido atrasada, o que trouxe ainda mais expectativas para esse livro, que foi ganhado de Natal, e lido pela primeira vez em dois dias e duas noites. Perdi a conta de quantas vezes repeti aquelas páginas, esperando pelo “HP e as Relíquias da Morte”. Chorei litros pela dor de Harry, todas as vezes, e Gina parecia exatamente o tipo de companhia que eu esperava ser junto aos meus.
Bartleby, o escrituário (Herman Melville)
(Uma história de Wall Street)
Nessa posição eu fiquei muito em dúvida entre Melville e Goethe. Os dois são boas surpresas da faculdade para mim, ou melhor dizendo, da Teoria Literária. Acabei escolhendo Melville pelo impacto que este livro me causou ao ler: eu fiquei sentindo mal estar por uma semana. De certa forma, eu me senti muito fundo na alma a dor do narrador quando diz “Ah, Bartleby! Ah, humanidade!”, talvez por compartilhar com ele o sentimento de fracasso por Bartleby e por todos os outros semelhantes a ele. Enfim.
Dom Casmurro (Machado de Assis)
Por último, mostro um livro que compreende o estado atual da minha vida e das minhas leituras. Não pelo enredo em si, pois isso em Machado de Assis não diz quase nada. Me refiro à luta contra o autoengano, que tanto aparece nas obras de Machado, e do que Bentinho é mestre. Todos os personagens de Machado mentem pra si mesmos, todos fogem da realidade. É esse o meu maior medo hoje, e a literatura tem me ajudado muito. Dom Casmurro é genial, e de todas as três vezes que li tirei coisas muito diferentes e muito proveitosas. E fecho a minha listinha. Espero que gostem