TT1
Dilbert
Lista do Quickbeam
Quickbeam disse:Eis a minha lista.
Extremamente difícil escolher apenas 5 álbuns, então decidi citar apenas um de cada uma das décadas anteriores (60/70/80/90/00), cada um em um estilo diferente (rock, samba, funk/R&B, trip hop/electronica, hip hop).
- The Velvet Underground - The Velvet Underground & Nico (1967)
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Diz-se que o primeiro álbum do Velvet Underground vendeu apenas algumas poucas milhares de cópias, mas todos que as compraram formaram suas próprias bandas.
Estava em uma dúvida cruel entre este e o de 1969, mas escolhi o álbum que ouvi primeiro. The Velvet Underground & Nico era um disco que eu sempre lia a respeito, considerado um dos mais influentes na história do rock, mas só consegui escutá-lo em 91/92. Comprei o CD sem conhecer uma canção sequer e confesso que só gostei de "Sunday Morning" nas primeiras audições.
Não é um álbum muito fácil mesmo, algumas letras tratam de assuntos incomuns para a época (sadomasoquismo, drogas) e o som chega a ser abrasivo, dissonante, mas com o tempo fui gostando de outras músicas ("Heroin", "I'm Waiting for the Man", "Femme Fatale", "There She Goes Again") e hoje é um de meus discos favoritos, mesmo não sendo grande fã da última faixa.
- Cartola - Cartola (1976)
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Belíssimo álbum. O que dizer de um disco que tem "Preciso Me Encontrar", "O Mundo é um Moinho", "Ensaboa Mulata", "As Rosas Não Falam", "Cordas de Aço"? Cartola, mesmo com sua origem humilde, forjou várias jóias do cancioneiro popular, canções que falam de amores, mágoas e sofrimentos pungentes.
É um valioso registro de um dos maiores compositores da música brasileira.
- Prince - Sign "☮" the Times (1987)
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Lembro até hoje do dia em que comprei o vinil duplo de Sign "☮" the Times. Só conhecia a faixa-título (brilhante single: a letra falada, o teor político e a produção esparsa contribuindo para um certo estranhamento inicial), mas gostei imediatamente de "U Got the Look", quando o vendedor tocou um trecho na loja. Tinha sido lançado no final de março nos EUA, mas só chegou por aqui alguns (torturantes) meses depois. Não é preciso dizer que toquei o disco à exaustão. Prince retornava a um som mais cru, menos produzido que os álbuns anteriores, lembrando Dirty Mind, mas também repleto de sintetizadores e drum machines.
Uma das melhores faixas é a sublime "If I Was Your Girlfriend", uma mas maiores love songs de todos os tempos, que fala das coisas banais do dia a dia de um relacionamento, sob a ótica de uma troca de identidades.
Outras favoritas: "It", "The Ballad of Dorothy Parker", "Cross", "Starfish and Coffee", "I Could Never Take the Place of Your Man".
- Massive Attack - Blue Lines (1991)
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Outro álbum que fui atrás para conferir se o hype era justificado. "Daydreaming" tinha um clipe bacana que passava ocasionalmente na MTv e adorava os vocais de Shara Nelson, mas nada mais conhecia do grupo.
Mais uma vez, não era aquilo que eu esperava. "Safe from Harm" e "One Love" eram maravilhosas, mas demorei para apreciar o resto. Acabou tornando-se meu disco favorito de trip-hop (ainda que, com sua mistura de soul, hip hop, dub, electronica e reggae, seja um tanto limitante confiná-lo apenas a esse rótulo), acima de Maxinquaye, Dummy ou mesmo Mezzanine, álbuns que também adoro.
"Lately", "Unfinished Sympathy" e "Be Thankful for What You've Got" são outras músicas prediletas.
- CunninLynguists - A Piece of Strange (2006)
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Acho que a primeira coisa que me chama a atenção numa música é a produção e este álbum dos CunninLynguists tem uma sonoridade esplendidamente esculpida, samplers são utilizados de forma inventiva, criando uma atmosfera de grande beleza.
Faixas favoritas: "Since When?", "Nothing to Give", "Hourglass", "Remember Me", "Caved In", "Beautiful Girl", "The Gates".