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Cientistas desenvolvem rim em laboratório

Mercúcio

Usuário
Cientistas desenvolvem rim em laboratório

Segundo especialistas, técnica baseada em reestruturação do órgão do próprio paciente mostrou 'grande potencial'.



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Rim de rato desenvolvido em laboratório (Foto: BBC)

Um rim "criado" em laboratório foi transplantado para animais onde começou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.
A técnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publicação "Nature Medicine", resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.

Técnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido. Os rins filtram o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.

A técnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente. Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.

Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo. Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.

Teia de células

Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas. A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.

Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as células adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão. O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.

Quando os rins foram testadas em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais. A equipe, então, transplantou o órgão para um rato. Uma vez dentro do corpo, a eficácia do rim caiu para 5%.

No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)."

Ele disse que o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano." "O impacto clínico de um tratamento bem-sucedido seria enorme."

'Realmente impressionante'

Seriam necessárias ainda várias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas. A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.

Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior. O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório. Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante."
"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."

Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo - o rim."


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/04/cientistas-desenvolvem-rim-de-laboratorio.html
 
Isso é impressionante mesmo. Não foi atoa que estão tentando criar um rim que deve ser o órgão com maior número de pacientes na fila de transplantes. Espero que num futuro, e nem tão longe, essa tecnologia esteja disponível para quem precisa.
 
Pois é.
Eu faço trabalho voluntário na ala de hemodiálise de um dos hospitais da cidade e acompanho de perto o sofrimento que é. Muitos pacientes estão na fila pra transplante há anos.
Tomara que essa técnica seja aprimorada e funcione bem.
 
Mais do que nunca na torcida pra isso ser viável para o maior número de pessoas no menor tempo possível.

Até lá, devemos nos cuidar pra mantermos saudável esse órgão preciosíssimo, pois na minha família já senti como é conviver próximo com alguém na família com insuficiência renal. Nos últimos 2 anos de vida de minha falecida avó, ajudei minha mãe a cuidar dela onde inicialmente ela fazia a diálise e na fase mais aguda a tão temida hemodiálise que a deixava muito debilitada. É muito triste ter que depender por várias horas de uma máquina, algo que esse órgão quando saudavel faz com eficiência uma vida inteira.
 
Existe um cientista escocês que está muito perto de criar uma impressora de órgãos. Ambas as coisas são fascinantes, este rim desenvolvido em laboratório, e a impressora de órgãos. Também existe uma adolescente de 12 anos que está muito perto de revolucionar o tratamento contra câncer, talvez obtendo até uma possível cura. O amanhã nos reserva grandes coisas neste novo século.
 
Tive uma prima que fazia hemodiálise e morreu cedo por causa de complicações com isto. Realmente a gente só dá valor a um órgão importante como o rim quando ele fica danificado, ou quando alguém próximo a nós passa por isso e vemos com os próprios olhos...

Muito boa notícia. Tomara que possa ser viável o mais breve possível.
 
Gente, se vocês soubessem o quão complexo é um rim vocês estariam se fantasiando e dançando a ula com essa notícia!

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Os rins não são apenas os órgãos que filtram o sangue para formar a urina, eles que equilibram o nosso corpo em todos os sentidos. Eles que controlam cada íon que sai da gente, mantendo uma estabilidade impressionante. Cada partezinha deles absorve um íon que, se tiver um micrograma a mais, já tem repercussões devastadoras pro nosso corpo. Sódio, potássio, bicarbonato, hidrogênio, nada passa despercebido pelos rins, tudo tem que estar em perfeita harmonia, como numa dança onde as bailarinas tem que dar passos precisos ou o ballet todo desanda. Tudo que é ruim sai pela urina, assim como muito do que é bom, mas tá em excesso, também. O rim é um dos mecanismos controladores da nossa pressão arterial, da manutenção do nosso pH sanguíneo, é um compensador de várias patologias crônicas de outros sistemas (respiratório, cardíaco) e, como se não fosse o bastante, ele ainda tem função endócrina, produzindo a eritropoietina, um hormônio que vai lá na medula óssea pedir pra ela produzir glóbulos vermelhos no sangue.

Rins são o cérebro fora do crânio! Qualquer rim quase completamente artificial que tenha pelo menos 5% a 10% da sua função já é uma super, super vitória. Vocês não tem noção... Agora tem um pouquinho!
 

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