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Ciência da Terra-média: Purê de Laracna

Administração Valinor

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Abençoado seja o trauma de infância de Tolkien. Durante os primeiros anos de infância na África do Sul, o pequeno John Ronald foi picado por uma tarântula, o que inspirou dois dos mais aterrorizadores símbolos do Mal na história da literatura fantástica: Ungoliant e Laracna. Mas será que aranhas tão grandes quanto seres humanos, ou até maiores, poderiam existir de verdade?
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hehe, sempre suspeitei q Tolkien havia exagerado...
mas d principio, achava q ele tinha se baseado realmente nos animais beeeeeeeeem antigos, pois lembro q havia estudado sobre os tamanhos das libélulas nesse periodo... é d dar medo o_O
 
Muito interessante.
Nesse caso, não vejo o Tolkien se inspirando nos primórdios das aranhas. Acredito que ele tentou mesmo foi passar a representação que ele tinha de aranhas, isto é, o que realmente sentia sobre elas.
Mas vai saber né?! :lol:
 
Gostei muito do artigo!! Uma leitura muito agradável que me deixou querendo mais! Realmente não sabia das grandes libélulas e centopéias gigantes de eras antigas...

Purê de Laracna...:blah:

Eu sabia que aquelas aranhas não apareceram em Arda por nada...:lol: :lol:
 
tadinho do little tolkien...
é... aranhas não são meus insetos preferidos (se é verdade que existe algum que eu goste além das joaninhas e das borboletas).
mas picada de uma tarântula, além de doer, deve ser perigoso, não?
cisne, sabe me dizer como foi a passagem de tolkien por este trauma? primeiros socorros, recuperação, etc?

puxa, esse artigo foi bem legal de ler: linguagem simples e direta. parabéns!
 
Muito bom mesmo! E me fez lembrar de ficar longe desses montes de perninhas... Quanto as libelulas... se ja achava interessante antes, agora então nem se fala... mas bem longe de mim!!! MUITO longe!!!
 
tadinho do little tolkien...
é... aranhas não são meus insetos preferidos (se é verdade que existe algum que eu goste além das joaninhas e das borboletas).
mas picada de uma tarântula, além de doer, deve ser perigoso, não?
cisne, sabe me dizer como foi a passagem de tolkien por este trauma? primeiros socorros, recuperação, etc?

puxa, esse artigo foi bem legal de ler: linguagem simples e direta. parabéns!


Não so entendi do de biologia mas ache isso no Portal das curiosidades.

Assustadora e peluda, a tarântula vagueia pela terra há mais de 350 milhões de anos. É uma das maiores aranhas, famosa pelos enormes aguilhões com os quais injecta veneno paralisante nas presas. Existe uma espécie conhecida por matar até pássaros e atacar ninhos. Mesmo a mais terrível víbora não está segura!
Mas as tarântulas também têm inimigos. Embora se refugiem em tocas profundas, são às vezes descobertas e forçadas a sair.
Não são perigosas para o homem, embora alguns dos seus parentes o sejam. É o caso da Aranha Caranguejeira do Brasil, também chamada Aranha da Banana, que tem as glândulas cheias com uma neuro-toxina mortal e que morde primeiro e pergunta depois! Bem como a aranha fêmea Viúva Negra, que se distingue pela ampulheta vermelha que tem nas costas; ela só morderá se for acuada, mas o seu veneno é ainda pior que o da Cobra Cascavel.
Talvez seja a forma como se movem, ou como se apropriam de um lugar dando-lhe um aspecto lúgrube. Todos temos um profundo horror por aranhas, mas a menos que subitamente nos transformemos numa mosca, muito pouco temos a temer. São aliás seres fascinantes!
Da forma como fiam a seda, por exemplo! Ela é extraída de órgãos que possuem nas costas, chamados fiandeiros, a seda líquida dentro das glândulas da aranha transforma-se fora do corpo em fios sólidos. Todas as aranhas fiam seda, mas nem todas tecem teias.
Pertencem à família dos aracnídeos, que incluem escorpiões e ácaros. Existem cerca de 35.000 espécies conhecidas de aranhas, sendo a mais impressionante e a maior de todas a tarântula.
Percorrem desertos e savanas, mas preferem as florestas chuvosas, quentes e húmidas, onde vivem debaixo da terra e nas árvores. Variando de cor e tamanho, têm em comum os pelos em profusão. Com os corpos divididos em duas partes, o abdómen atrás e o encefalotórax à frente, as suas cores abrangem o arco-íris. Têm em média cerca de 13 cm de envergadura de pernas, embora existam excepções que atingem o tamanho de um prato. A visão delas é medíocre, embora tenha vários olhos, vê tudo de uma forma embaciada, distinguindo apenas a luz da escuridão; depende assim do apurado sentido do tacto. A espessa camada de pelos do corpo actua como um gigantesco órgão sensor, ajudando-a a captar sinais do mundo que a rodeia.
Há umas mais peludas que outras. Para muitas espécies as cerdas do abdómen proporcionam uma defesa eficaz. Tal como o porco espinho, é dotada de pelos urticantes que não hesita em disparar. As cerdas farpadas inflamam os olhos, nariz e garganta dos seus inimigos.
As tarântulas estão armadas com 2 aguilhões ocos que agem como agulhas hipodérmicas extraindo veneno de glândulas próximas. O veneno paralisa antes de matar. Não se tem notícia que jamais um ser humano tenha morrido por causa da mordida de uma tarântula, embora ao longo dos séculos a sua reputação se tenha consolidado como assassina. Na realidade a mordida de uma tarântula é tão dolorosa e perigosa para o homem como a ferroada de uma abelha.
Actualmente existem cerca de 800 espécies conhecidas de tarântulas, mas acredita-se que existam muitas mais; sendo criaturas tímidas, retraídas, elas tendem a evitar despertar a atenção. Nas florestas chuvosas elas são agrupadas em dois tipos: as terrícolas, que levam normalmente uma vida calma dentro de tocas, em fendas rochosas ou debaixo de troncos caídos, e as arborícolas, que vivem nas árvores.
Tão logo encontre um lar apropriado, reveste-o com seda. Os fios não servem para capturar presas, mas para vibrar. Capturam e amplificam o som de passos de insectos próximos e a vibração alerta a aranha para a refeição em potencial.
As aranhas podem fiar diversos tipos de seda de acordo com os seus propósitos. Uma cerda com um certo tipo de constituição molecular pode ser mais resistente que fio de aço da mesma espessura, ou algumas leves alterações bio-químicas podem tornar a seda extremamente flexível, mais elástica que material sintético.
350 milhões de anos de vida terrena criaram virtualmente intermináveis variedades. As tarântulas arborícolas são trepadoras exímias; centenas de cerdas encrespadas nas patas agarram-se às cascas das árvores como felcro. As que vivem nas copas da floresta chuvosa são em geral mais magras, ágeis e de pele mais resistente que as terrícolas.

A mais pequena, uma venezuelana listada de vermelho, mede apenas 2,5 cms e vive dentro de folhas.
As aranhas macho são delgadas, de constituição delicada, e são menores que as fêmeas. Possuem na ponta das duas pernas dianteiras dois órgãos bulbosos com ganchos. Quando um macho encontra uma fêmea, usa as patas dianteiras para proteger os seus aguilhões e não deixar que o atrapalhem; em seguida, através de sinais de tacto faz com que a fêmea erga o abdómen; insemina-a então utilizando os ganchos, que se inserem numa pequena abertura na parte frontal do corpo da fêmea, onde depositam o esperma. É uma forma indirecta de inseminação. O processo de acasalamento pode durar de poucos segundos a alguns minutos. O macho tem então que bater rapidamente em retirada ou tornar-se-à a sua próxima refeição!
As tarântulas arborícolas são mais ágeis que as terrícolas, são verdadeiras acrobatas e nadadoras também. Mas quer viva na alto ou no chão a maioria delas prefere a vida nocturna. É a melhor hora para caçar. A tarântula é um animal de rapina. Captura as presas mantendo-se pacientemente imóvel até que algo passe por perto, em geral um insecto.
Não precisam de beber muito, mas precisam da água para se locomoverem. Utilizando uma espécie de pressão hidráulica elas transmitem fluído para dentro das pernas para estende-las.
Todas passam pelo ritual chamado "muda" Retirando-se para os seus nichos, quase sempre se deitam da costas durante a muda. Não possuindo esqueleto interno, só podem crescer se expelirem a sua casca exterior ou exo-esqueleto. Fazem-no bombeando continuamente sangue através das cavidades do corpo até que a pele antiga comece a partir-se. A muda pode levar de 2 a 12 horas. Quando são muito jovens fazem-no 4 vezes por ano, passando depois a uma periodicidade anual. A muda também é a oportunidade de fazer crescer novamente membros partidos, como pernas que estejam em falta.
Humanos e tarântulas não se encontram com frequência. A excepção talvez seja na floresta tropical onde grandes áreas foram convertidas em plantações. De bananas, por exemplo! Elas costumam estar nos pontos aonde se juntam as bananas, entrando para dentro das caixas de transporte e aparecendo depois aonde são menos esperadas, como na Europa. Confrontos sérios com tarântulas são raros! Embora dolorosa, a mordida não é tão grave a ponto de matar.
As aranhas vivem em cada nicho e em cada fenda do Planeta, excepto na Antárctida. Como já foi referido o canibalismo faz parte integrante da vida das tarântulas, sendo uma das razões porque levam vidas solitárias.
Em 1996 uma nova espécie do deserto foi descoberta no México. As fêmeas parecem ser pavões do deserto: o seu colorido é algo raro entre tarântulas!
Os machos morrem logo após os 8 anos, quando atingem a maturidade sexual. Mas as fêmeas vivem até aos 20 e mesmo 30 anos. Acasalarão muitas vezes para assegurar muitas ninhadas de ovos. Vários meses após o acasalamento começa a por ovos, centenas deles, depositados suavemente num leito de seda feito por elas; ao expelirem os ovos também liberta o esperma do macho que manteve armazenado dentro de órgãos especiais. Somente agora os ovos são fertilizados. Depois reveste-os com uma camada protectora de seda, acabando por desaparecerem dentro do casulo, um imenso ovo protegido pela fêmea ciumenta.
Passadas seis semanas emergem as aranhinhas. Elas farão ainda uma muda antes de deixarem o casulo. As cores e textura alteram-se. Emergem plenamente desenvolvidas, mas ainda muito pequenas, menores que uma mosca caseira. As jovens ficam entregues à sua sorte desde os primeiros momentos de vida, embora permaneçam perto da mãe por ainda cerca de duas horas. Depois têm que se afastar, porque se se deixarem ficar perto da mãe, ela provavelmente os comerá.
Por fim a colónia recém-formada dissolve-se, partindo cada um para seu lado. Muitas destas pequenas aranhas não chegarão à idade adulta, pois predadores como o sapo, o camaleão e a cobra estarão no caminho delas.
"Se quiser viver e prosperar, deixe a aranha passar!" é um velho adágio popular. Porque não?

Para quem é curioso e gosta de aranhas como eu são informações interessantes.
 
Aranhas não são extremamente nojentas assim e feias gosto até um poucos delas, mais ser picado por uma deve ser muito dolorido afinal, coitado ainda bem que isso aconteceu por que se não, não teriamos a nossa Laracna.
 
Não sou muito fã dos aracnídeos, por isso, só de imaginar Sam enfrentando Laracna, já o considero o cara mais macho de SdA.:lol:
Já conhecia algo sobre os artrópodes gigantes da pré-história, mas relacionar a "muda" ao fato de isso deixar o exoesqueleto frágil, "mole", e que isso transformaria "Ela" numa "guacamole", foi realmente interessante. Santo sangue de Ungoliant!!!! :mrgreen:
 
Última edição:
A idéia do autopurê de Laracna me garantiu boas risadas por um tempo. :lol:
Muito interessante o artigo, linguagem simples, curiosidades, informação... enfim, muito gostoso de ler.
 
então, lyvio...
pavorosa suas informações! :lol:
eu tenho tanta paura de aranha que não sei explicar... uma vez fui abrir a janela da sala na minha chácara e fui parar no portão, esgoleando pq eu quase meti a mão num mega armadeira.
ODEIOOOOOOOOO ARANHAS!
ah, que nojo!

mas de tanta coisa que vc escreveu ainda estou na dúvida: depois de ser picado por uma tarântula, quais foram as consequências para o pobrezinho do tolkien? rs :think:
 
:clap:

Laracna e Ungoliant também comiam seus descendentes na forma de purê? Agora é compreencível a vontade de comer hobbits, enjoou de tanto purê.

Como ainda não tive problemas com aranhas elas ainda me parecem apenas "bonitinhas".
 
Eu ainda gosto de aranhas XD
Acho que o Tolkien foi meio exagerado mesmo na criação da Laracna e Ungoliant.
Mas pensem, que graça teria se o Sam lutasse com uma Laracna de 2 centímetros? :lol:
 
Só uma inteeeeeeeensa dor no local da picada, uma febrezinha talvez e nada mais.

hahahahahahahahahaha! adorei o seu inteeeeeeeeeeeeeeeeensa dor... imagina...
mas é que falam tanto da tarântula que pensei que poderia ser algo fatal...
aliás... vc, que pelo visto gosta dessas coisas de oito patas medonhas, diga-me: qual a aranha mais letal? viúva negra?
 
Muito interessante...
Então se pegássemos algumas arainhas a as colocasse dentro de caixas (grandes caixas de vidro) onde a quantidade de oxigênio fosse muito grande, imaginando q isso fosse possível,não tenho idéia se é, conseguiríamos criar “Laracna’s” ? só para velas virar purê???o.Ô
 
Realmente um belo ponto de vista (apesar de o assunto não ser tão belo assim). Como o próprio Cisne deixou bem claro no artigo anterior e está provando agora, Tolkien REALMENTE queria deixar seu mundo o mais verossímil possível mas, ainda assim, deixa algumas coisas que não têm muita lógica, como o fato do supercrescimento das aranhas em lugares pobres de oxigênio, quando comparado aos aracnídeos do Carbonífero, que viviam num atmosfera rica em oxigênio (aliás, se havia tanto oxigênio, por que diabos chama Carbonífero???).

Só acho que você cometeu um errinho cara: quando você fala

Cisne disse:
Não fosse o fato que nem Mordor, nem Beleriand, nem a Floresta das Trevas eram especialmente ricos em oxigênio, pelo que sabemos - aliás, nos dois primeiros casos, muito pelo contrário...

você não inverteu a ordem de Beleriand com a Floresta das Trevas não? Até onde eu sei não havia nada de errado com a atmosfera de Beleriand.

Ah, só mais uma coisa:

Cisne disse:
É claro que o "sangue"de Ainur originário de Ungoliant provavelmente liberta Laracna dessas restrições mais mundanas...

Tem fonte para isso cara? Não que eu esteja duvidando de você, é só que nunca ouvi falar isso. E também tem aquela história dos animais não terem espírito e tudo o mais né...
 
Oi galera,

Rapidinho que estou escrevendo minha coluna pro G1 agora:

- sindar princess, o little Tolkien só se lembra da dor terrível da picada, mas pelo visto não foi necessário um atendimento mais elaborado -- só esperar a dor passar. Ele conta a história nas Cartas.

- Thalion, o Carbonífero tem esse nome por causa das vastas formações de carvão -- florestas soterradas.

- Vc tem toda razão, eu inverti -- estava me referindo a Mordor e à Floresta das Trevas.

- Então, Tolkien diz claramente no SdA que a Laracna descendia de Ungoliant. E Ungoliant, por sua vez, era um espírito maligno pré-existente à criação que só assumiu forma de aranha. Por isso, é como se a Laracna fosse uma "Lúthien do mal" por assim dizer -- descendente de Ainur e mortais. Acho que não tem furos nessa lógica.

Abração,
 
Olá meu amigo, como está?
Parabéns novamente pelo texto!
Um outro fator limitante que poderia ser acrescentado nessa questão seria a própria natureza do sistema circulatório dos artrópodos, que é do tipo aberto.
A maioria dos artrópodos possuem o coração na região dorsal, que bombeia o "sangue" (no caso deles chamado hemolinfa) através das artérias, que se abrem em espaços entre os tecidos. A hemolinfa assim banha diretamente os tecidos, e depois é colhida novamente através de um sistema de veias e retorna ao coração.
Como a hemolinfa não fica confinada em um sistema fechado de vasos, a pressão tende a ser muito menor. Alguns insetos apresentam corações acessórios, para bombear o sangue para extremidades do corpo, particularmente para as asas, quando os níveis de atividade aumentam muito.
Um artrópode muito grande teria sérios problemas com um sistema circulatório aberto, pois a pressão da hemolinfa não seria suficiente para atingir todos os tecidos de seu corpo. Os grandes artrópodes do Paleozóico provavelmente devem ter atingido tamanhos próximos do limite suportado por esse sistema, e ainda sim é possível que muitos deles tenham desenvolvido mecanismos especiais para garantir a alimentação de todos os tecidos.
Um grande abraço e aguardamos o próximo texto!
 
hahahahahahahahahaha! adorei o seu inteeeeeeeeeeeeeeeeensa dor... imagina...
mas é que falam tanto da tarântula que pensei que poderia ser algo fatal...
aliás... vc, que pelo visto gosta dessas coisas de oito patas medonhas, diga-me: qual a aranha mais letal? viúva negra?

Bem, para quem quer mais uam vez vai uma reportagem do, Mundoestranho.abril.com.br. Tem as informações que vc quer sindar. e para quem mais quiser ler.

Ah...sindar, vc falou que ia tocando numa armadeira na chacara não foi, pois bem, escapasse, ela é uma das mais perigosas.

Ta aí as informações.

Quais são as aranhas mais perigosas?

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Os acidentes mais graves e freqüentes em todo o planeta são provocados por cinco tipos de aranha: viúva-negra, aranha-marrom, armadeira e dois tipos de caranguejeiras que, por serem muito parecidas, são conhecidas como aranha teia-de-funil ou funnel-web spider, em inglês. As três primeiras são largamente encontradas no Brasil, enquanto as outras duas vivem basicamente na Austrália. "Embora a picada desses animais raramente leve à morte, a pessoa atingida deve procurar imediatamente atendimento médico", afirma o biólogo Rogério Bertani, do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, em São Paulo. Acidentes envolvendo aranhas são muito comuns no Brasil, que abriga 4 mil diferentes espécies. A armadeira, por exemplo, ataca cerca de 500 pessoas por ano apenas no estado de São Paulo. Essa aranha costuma viver em áreas florestais - como na Amazônia e em regiões remanescentes de Mata Atlântica - e sua picada é muito dolorida.
A marrom, responsável por cerca de 50 ocorrências em São Paulo, é mais comum na região Sul do país. Seu veneno age de forma lenta e tem poder necrosante. A viúva-negra é encontrada na faixa litorânea acima do Rio de Janeiro, mas praticamente não há registro de acidentes envolvendo esse animal no Brasil. Existem no mundo perto de 40 mil espécies de aranhas catalogadas, espalhadas por praticamente todos os ambientes terrestres, exceto a Antártida. A grande maioria é venenosa - apenas 245 não têm glândulas para produção de veneno -, embora poucas representem um perigo real para nós. O veneno desse animal pode ser de três tipos: neurotóxico, proteolítico e hemolítico. O primeiro atinge o sistema nervoso e causa muita dor. O proteolítico age sobre os tecidos da pele e dos músculos. Já o hemolítico destrói os glóbulos vermelhos do sangue. Como as aranhas são carnívoras, elas usam o veneno não só para se defender, mas também para capturar suas presas.
Cuidado com elas

Veneno desses pequenos seres pode até matar

ARANHA-MARROM (gênero Loxosceles)
Tamanho: 3 centímetros
Onde é encontrada: Brasil, restante das Américas, África, sul da Europa, China
Veneno: proteolítico e hemolítico
Ela é tão tímida e pequena que nem parece possuir veneno. Mas tem e ele é muito forte. De início, sua picada não dói, mas depois de algumas horas começa um ardor no local, seguido de inchaço e vermelhidão. Se não houver tratamento, pode surgir uma úlcera (um buraco) no lugar da picada que leva muito tempo para cicatrizar, exigindo, às vezes, até um enxerto de pele. Os acidentes envolvendo humanos ocorrem quando a aranha-marrom é prensada contra o corpo, por exemplo, quando uma pessoa está se vestindo.
ARMADEIRA (gênero Phoneutria)
Tamanho: 15 centímetros
Onde é encontrada: Brasil, restante da América do Sul, América Central
Veneno: neurotóxico
É a mais agressiva de todas e responsável por metade dos acidentes com aranhas no Brasil. Ao enfrentar um inimigo, ela se ergue sobre as pernas traseiras e levanta as da frente, ao mesmo tempo em que expõe seus ferrões - por isso recebe o nome de armadeira. Sua picada dói muito, mas não costuma trazer conseqüências mais graves para os adultos. Em crianças a dor intensa pode causar arritmia cardíaca, infiltração de água nos pulmões e queda na pressão. Somente em casos muito raros pode levar uma criança à morte.
TEIA-DE-FUNIL (gêneros Atrax e Hadronyche)
Tamanho: de 1 a 4,5 centímetros
Onde é encontrada: Oceania
Veneno: neurotóxico
Os dois gêneros são conhecidos pela ferocidade e pelo alto poder de ataque. Em ambos os casos, são os machos que causam os acidentes mais graves. A mais perigosa de todas é a Atrax robustus, também conhecida como aranha teia-de-funil de Sydney. Suas vítimas podem sofrer problemas respiratórios e até entrar em estado de coma.
VIÚVA-NEGRA (gênero Latrodectus)
Tamanho: 3 centímetros (fêmeas)
Onde é encontrada: Brasil, restante da América do Sul, América do Norte, África, Europa, Ásia, Oceania
Veneno: neurotóxico
Não dá para afirmar que ela tem o veneno mais potente, mas uma coisa é certa: é a aranha mais temida. Em primeiro lugar, por ser encontrada quase no mundo todo. Segundo, porque suas dolorosas picadas são relatadas há séculos. A fêmea é responsável pelos acidentes, já que o macho, muito menor, não pica. O veneno causa excesso de transpiração, contração muscular e alterações na pressão. As viúvas-negras do Brasil são mansas e não matam. Já as espécies da costa do mar Mediterrâneo, na Europa, podem dar picadas fatais.

Espero que gostem.
 

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