Primula disse:
Literatura não tem que ter entretenimento. O escritor quer até passar algo (sei lá o que) para o leitor, mas não vai ficar fazendo palhaçada só para agradar o leitor. Isso sim o torna desinteressante.
Eu sou chato? você só escreveu asneiras e
eu sou chato? É óbvio que literatura tem que ter entretenimento. [/b]
Ops... perdão, deixa eu explicar. Minha declaração foi na verdade uma tradução (livre minha) do que o pessoal disse nas entrelinhas: você é chato
bigrazz:
Claro que posso estar enganada. Mas acho que não. Como sei? Tirei a prova dos nove, oras!
Porque chatos são fáceis de irritar
os resmungões e chatos tem essa característica.
Por que quando eu digo "entretenimento" você entende "lixo comercial"? Só o que te entretêm são coisas infantis, divertidas e de fácil assimilação, "Códigos da Vinci" da vida? Quem disse que entreter é prender o leitor com palhaçadas?
Entreter significa pensar, questionar? Acho que não, mas não posso afirmar: não consultei o dicionário (aí eu seria muito chata
).
Mas acho que para muitas pessoas entretenimento significa suspensão de preocupações, pensamentos, etc.. As pessoas não querem pensar quando estão entretidas. Normalmente elas preferem ser distraídas sobre este pequeno aborrecimento.
E sobre isto, pode tanto ser o cara que lê Sabrina quanto o cara que lê Simone de Beauvoir. Ambos estão em suspensão, imersos em mundos onde "alguém o entende, finalmente! Eu sabia que não estava errado!". Em ambos os casos, o leitor não vai crescer (já falei sobre isto em outro tópico, sobre pessoas que se tornam doutas em um assunto e são incapazes de fazer imposto de renda, e pessoas que lêem Sabrina: burrice em ambos os casos, porque os neurônios não fizeram novas conexões dentro do cérebro. Emburrecimento mesmo com o hábito de leitura).
Não é necessário crescer o tempo todo, mas se fica parado o tempo todo, aumenta o número de pessoas bem irritantes, não acha? Tipo, cada um no seu mundinho, e o resto é tudo mundo cruel. Bom senso me diz que nem você (pois ninguém) gostaria de viver num mundo cheio de autistas.
Me prendi mais à sua NECESSIDADE para que o autor te agrade. Se o autor quer passar algo (um ideal, uma dúvida, uma observação, um comixão) é
interessante que ele consiga te prender a atenção. Mas o autor que se preocupa APENAS com isso, está fadado a ser um palhaço, perdão, BBB. Um reles sanguessuga.
Felizmente, comigo não ocorre assim. Algo interessante VAI me entreter. Independente se o alvo do meu interesse é algum personagem, a história, o cenário, a ironia, ou, no pior dos casos, a linguagem. Aliás, bem pelo contrário; algo com linguagem fraca, curto e grosso ( em se tratando de literatura - em livros científicos ou filosóficos, ser direto e qualidade), com idéias interessantes desperdiçadas nas mãos de um inábil escritor, é, pra mim, quase inútil. Quase tanto quando um escritor talentoso sem idéia alguma
Infelizmente, não é? Você é enrolado facilmente. Eu te enrolei direitinho e tu não percebeste!
Primula disse:
Gente que fica pendurando melancia no pescoço não é interessante.
Gente que acrescenta em alguma discussão, que quer fazer alguém rir com alguma careta é interessante.
Alguém que pendura uma melancia no pescoço pra fazer outros rirem, é tão, ou mais, interessante que algúem que tenta o mesmo com caretas. Algo em torno de 0.
Quanto a quem sempre tem que acrescentar algo, ou é desperdício de saliva, é um baita dum chato. Irrelevância é uma virtude. Só sábios, porém, veêm isso.
Gozado, então ainda não caiu a ficha para você?
Tipo, estou MIMETIZANDO o seu jeitinho, se não percebeu. Você está mais ou menos irritado er... consigo mesmo. Ou com o defeito que você critica, mas que você mesmo pratica
(O objetivo de falar sobre a melancia e das caretas é obvio: Big Brother versus Arrelia e companhia. Vai me dizer que os BBB tem mais dignidade que os profissionais que fazem rir? Mas percebi que preciso ser DIRETA com você e uso de figuras de linguagem indiretas não vai ajudar em nada. E você não tem senso de humor para perceber a diferença
)
[
Evolução, evolução, evolução... blá, blá, blá. Será que só eu leio pra me emocionar com personagens? Rir com certa situação, quando me lembro no ônibus? Pelo simples prazer de estar em algum palácio inglês, em Lilipute, no inferno, em Gondor, etc., e esquecer que vivo num lugar chinfrim e sem graça como esse? É tão legal ler pelo prazer, e parar de se preocupar com a evolução.
Oras não se preocupe! Tem muita gente que reclama do mesmo que você. Alguns que vão reclamar de ler "leituras obrigatórias" quando tem de passar no vestibular, outros que acham chato falar de política, outros que preferem falar da vida do outro que é mais "interessante" do que saber se os seus relacionamentos familiares vão bem.
E não os menospreze sentindo-se ofendido! As pessoas tem o direito de errar e fazer cagadas. E até de continuar fazendo, se isso não prejudica os outros (exceto, claro a si mesmas).
Em certo momento da vida ser divertido é atraente para os jovens leitores: esse é o gancho que se pega as mentes jovens para o prazer de descobrir novos mundos. Daí o erro nas escolas de banir os gibis, quando deviam ter USADO gibis como primeiro passo para fisgar leitores.
No entanto, quantos realmente saem desse nicho e se aventuram além? Presos com estão à necessidade de entretenimento?
"Ah, mas será preciso? Deixa eles se divertirem!"
O problema acontece na primeira divergência. Tipo, você está lidando bem com pessoas que discordam de você, hm? Pelo que vi diálogo com pessoas nessas condições nem pensar, ou vai logo pro pau.
Nos parágrafos seguinte você foi sabiamente irrelevante, quanto ao assunto em questão.
Nos parágrafos seguintes pra variar eu deixo pessoas que tem certa limitação em interpretação no escuro.
É um teste. Você ficou no escuro então, como eu temia vou ter usar a técnica "não tente forçar o rapaz a acompanhar o seu passo, mas vou falhar miseravelmente claro porque sou meio estabanada"
Você está defendendo uma idéia, ou é algum pedaço de seu corpo? É fácil a gente verificar isso, é só cutucando. E você reagiu como se eu fosse algum crítico atacando sua última obra de arte.
Se fosse apenas uma idéia, você não precisaria ficar tão "eu estou certo". Algo te ameaça pelo fato de gostar de ler algo que eu não sei o que é (mas que o V e a Joy parece que sabem)? Precisa de alguma concordância para continuar a ler o que gosta de ler? Fosse você mais sensato, diria que eu que me foda em dizer que é lixo o que você gosta de ler. Na verdade nem diria para eu me foder, porque cada um é cada um, etc., subjetivo.
Sinal de que você está MUITO LIMITADO em entender as outras pessoas (eu no caso). Uma criança bem novinha teria facilidade em me entender, mas o ponto é que te MUTILARAM nesse quesito. Aquela curiosidade inata infantil ser curiosa com um problema, de dar uma chance para a cachola funcionar e descobrir por si mesma a maravilha que é uma descoberta foi estirpada de você. Você já está naquele nível criança que quer tudo rápido, porque acostumaram ela a isso. E por isso eu te frustro. E por isso a sua irritação.
Você falou de sábios. OK. Não sou sábia. Mas não te ocorreu que você está fazendo direitinho o mesmo papel que "eu"? Fosse um pouco sãbio como você reclama que eu não sou, você teria pensado um pouco sobre minhas palavras, minha sinceridade. Afinal eu fui com a sua cara. Quantas pessoas dão trela para você e ainda tem culhões de dizer na sua cara que você está nú? E ainda com bom humor?
Tipo, aquelas carinhas do começo do meu post significam humor que eu estava tentando ser legal e sacana com você ao mesmo tempo. Ou seja, você não interpretou nada do texto que postei, ainda mais quando a úlcera atacou e te impediu de pensar. Quem tem senso de humor (não chatos) tem mais facilidade de entender. Mas quem tem muita úlceras (chatos) dificilmente entende algo quando pensa que alguém está cutucando a apendicite.
Pelos livros a oportunidade de ver novos mundos é interessante porque você vai ver coisas que você não concebeu na imaginação. É formidável forma de aprender a tolerar coisas novas, a ter menos rejeição pelo diferente.
Quando isto não está sendo desenvolvido... bem, teremos um monte de gente que fica satisfeita em seus mundos, mas no mundo real se frustram. Isso não é saudável em minha opinião. Veja você mesmo, cara!
Mas sobre a chatice... veja só como é relativo!
Uma leitura que pode ser chata quando somos jovens, as vezes se torna agradável quando ficamos velhos! Eu odiava ler certos tipos de livros antes e hoje eu acho agradável e instigantes. Antigamente gostava de ler certas coisas e hoje não consigo, porque já sei o final e não tem nada de interessante no processo que valha a pena ser visto.
Mas tem muita coisa "simples" de antigamente que gosto ainda hoje. Porque além da simplicidade tem mais coisas implicitamente. Desprentenciosamente, mas tem. (estou falando de Chaves)
De qualquer forma, sinta-se livre para soltar cachorros. Afinal uma briguinha as vezes é bom para a gente ir treinando nossas habilidades.