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Autor da Semana Charles Dickens

Charles Dickens (1812-1870)
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O pequeno Charles nasceu em um sexta-feira, em Mourne, Hampshire, Inglaterra. Filho de pais pobres, inserido em uma realidade social difícil, miserável em recursos, em aspirações mas grande em esperanças. Grandes esperanças. É influenciado por esse ambiente hostil, de severas dificuldades financeiras e embaraços sociais que o pequeno menino pobre irá construir uma obra cuja crítica social está no seu cerne. Não apenas uma crítica das instituições e sistemas, mas das próprias pessoas, de seus maneirismos, obsessões, de sua hipocrisia diante das crises, uma crítica do que é tipicamente humano na conservação aristocrática de privilégios em uma Inglaterra que prima pelo desenvolvimento tecnológico e pela pobreza extrema de uma população distante de qualquer tratamento formal por parte de seus bons governantes, tão educados e refinados.

Começando a trabalhar como estenógrafo, lê muito e tem sua primeira desilusão amorosa ao se apaixonar pela filha de um banqueiro, Maria Beadnell. Assim começa a desconfiança de Dickens com relação a uma superação das classes nas relações humanas, ao ver que nem mesmo o amor parece ter forças para se chocar contra intransponíveis barreiras sociais. Posteriormente, Dickens passar a ser jornalista, cobrindo campanhas eleitorais e relatando os debates parlamentares.

A vida como jornalista o aproximou da vida literária com o pseudônimo de Boz escrevendo peças jornalísticas, Sketches by Boz, e consolidando sua carreira literária com The Pickwick Papers, concebido originalmente como comentários a ilustrações desportivas. Posteriormente o trabalho mudou seu aspecto para o retrato de um clube de caçadores inexperientes. O trabalho só engendrou certa popularidade com a introdução do criado de Mr. Pickwick, Sam Weller. Em 1838, por folhetins semanais, começa a publicação do romance Oliver Twist, já apontando os males sociais da era vitoriana.

Em 1842 viaja para os Estados Unidos onde é recebido calorosamente e depois criticado pelas suas considerações ao sistema editorial do país. A partir do ano seguinte, escreve alguns contos: o mais famoso 'A Christmas Carol', 'The Chimes', 'The Cricket on the Hearth'. Em 1848 viria 'Dombey and Son'. Em 1849 vem a lume um de seus mais populares romances, o autobiográfico 'David Copperfield'. Dessa época em diante os livros de Dickens são acompanhados por um leitorado muito fiel e apaixonado pela sua escrita. Época de estrelato e melhores condições financeiras, bem melhores.

Os últimos anos do autor são de dificuldades pessoais, como o divórcio, tido como altamente reprovável pela sociedade vitoriana moralista, ainda que Dickens tenha honrado suas responsabilidades para com sua mulher em termos econômicos. Suspeitava-se que sua companheira não oficial até a morte, Ellen Ternan, teria sido o pivô da separação, mas um reencontro com Maria Beadnell, em 1855, já mostrava o desgaste marital. Caso que viria a parar no seu livro Grandes Esperanças (Great Expectations).

Realizando leituras de suas obras para o público ao fim da vida, o autor inglês terminou sua vida em 1870, em decorrência de morte cerebral.


Características

A obra dickensiana possui uma forte tônica de crítica social pela ambientação de suas histórias em uma Inglaterra recentemente industrializada e vergastada por chagas sociais como trabalho infantil nas fábricas, a própria organização e estilo de vida subhumano dos operários nas fábricas, a clara imutabilidade das posições sociais, e um sentimento de compaixão sentimental para com os pobres e marginalizados de forma geral. A pobreza no campo não foi poupada de sua crítica, não uma crítica mordaz, virulenta, revolucionária, mas sentimental, dolorosa, de identificação da humanidade com o homem simples que labora e sofre.

Outras tônicas interessantes são a do sentimentalismo e a presença dos tipos em seus personagens.

Crítica social

Os livros de Dickens se passam na Inglaterra vitoriana, uma sociedade piramidal, com claras distinções sociais que a dividem em blocos distintos, a aristocracia burguesa cada vez mais poderosa e influente, os camponeses em sua constante vida de trabalho ainda servil e o trabalhador urbano, das indústrias do trabalho subumano, além dos marginalizados de todo tipo. Importante ressaltar que os leitores americanos e ingleses do autor não o tacharam de subversivo e apreciavam esse tipo de crítica pela sua forma não revolucionária, mas sentimental e até fatalista embora carregada de acasos inverossímeis que se enquadram no seu 'ethos' emotivo.Desde Oliver Twist temos esse enfoque ambiental e circunstancial no contraste entre um mundo de classe e superioridade econômica e um mundo de uma massa sem educação, instrução e muitas esperanças de sair de sua situação. O enfoque não está no sistema econômico mas no contraste cultural e social, no muro cruel de separação entre esses dois mundos que deveriam ser um em vista da unidade da humanidade. As injustiças são retratadas sob esse enfoque, o do desiquilíbrio entre a humanidade concreta e a humanidade ideal. O único porém é que essa humanidade ideal é apresentada não segundo um modelo mas segundo as histórias e sofrimentos pessoais de seus personagens que, enquanto tipos, representam a humanidade real.

Sentimentalismo

O enfoque nos contrastes sociais é uma visão clara para Dickens, tão claro como é a visão do sofrimento decorrente desse muro. Como dito acima a humanidade ideal é apresentada seguindo o sofrimento dos personagens, sofrimento expresso pelas suas história vívidas e seus sentimentos, vividamente descritos. Os ambientes em que esse sofrimento se desenrola, por sua vez, não é o típico retrato realista da sociedade mas um relato pitoresco, por vezes cômico. É o estilo dickensiano, a realidade se mostra mais viva quando se mostra mais sonhadora, distante de uma visão mecanicista ou secamente realista, mas uma realidade transfigurada pelos acasos estranhos da vida que tornam as dores dos personagens em motivos de alegria.

O sentimentalismo é ainda mais claro quando falamos das situações vividas. Perdas difíceis, situações de depravação social, humilhações frequentes, orgulho ferido, amores quebrados de forma irremediável e um apelo constante ao leitor, um apelo de identificação. É impossível não sofrer, viver a vida como David Cipperfield, e se regozijar com suas eventuais sortes, chorar com suas perdas. O mesmo vale para o trágico de Miss Havisham e a vida infeliz que ela teceu para Estela. Difícil para quem já teve dificuldades financeiras não se identificar com os Micawber, e ainda não simpatizar com o bonachão Wilkins ao mesmo tempo que despreza seres vis como Uriah Heep.
Tal apelo é verdadeiro mas ainda que a categoria de tragédia seja tocada ela funciona diferente em Dickens. Parece que essas dores todas só preparam um final feliz, meritório, para essas boas pessoas que amamos, esses nossos amigos-personagens que queremos que sejam felizes. Assim os Micawber se redimem pela honestidade e veem brilhar um futuro melhor, David cai em si e corre atrás do amor que nunca imaginou que estava sempre ali, assim é que o pequeno Pip, de jovem esnobe, é salvo pela misericórdia pelo homem que manipulou seu destino de forma tão assustadora e benevolente ao mesmo tempo, e desses atos de heroísmo (não completamente desinteressados, claro), ele encontra forças para mudar a si mesmo, aceitar suas origens e seguir em frente. Pobre Estela, talvez seja muito tarde para ela... mas Dickens, assim como muitos místicos orientais, sabia também como as lágrimas de arrependimento tem o poder de mudar o mundo.

Personagens-tipo

Talvez a obra dickensiana fosse mais verossímil com personagens menos representantes de tipos tão claros da sociedade inglesa, ou fosse mais simbólica e universal se abrisse seus tipos e os transformasse em arquétipos de homens universais. Mas se optasse pelo primeiro caminho a sua obra perderia identidade e formas precisas, perderia o carisma necessário para que esses tipos nos conquistassem a todos. E se optasse pela segunda opção, esses tipos se transformariam em meras alegorias de modelos inexistentes, metafísica sem substância.
Seus personagens superam essas soluções porque suas particularidades não os fecham à Inglaterra mas enquanto esse país apenas vivia uma realidade comum a todo um mundo de uma época, mas os abrem a todo mundo ao mesmo tempo que impedem sua dispersão em personalidades complexas demais, que muito fazem pensar e pouco entretém, pouco dizem de real.

Assim é que somos encantados pelos Micawber, por Betsey Trotwood, apaixonados pela doçura de Agnes e pela infantilidade de Dora, nos identificamos com David, Oliver e Pip, pegamos aversão de Uriah, pena de Estela, piedade e ódio por Havisham, saudades de tantos que partiram e nos deixaram com as mesmas lágrimas que deixaram em outros rostos tão bons, bons como a velha Peggotty.

Obras

Oliver Twist

Esse livro narra as desventuras de Oliver, um menino órfão, largado no mundo e sujeito à corrupção moral por bandidos. Porém a força moral do pequeno se mostra maior que o previsto e ele consegue resistir a tudo e sua história vai mudando, com a ajuda de amigos que decidem tomar conta dele e ajudá-lo a descobrir sobre suas origens. Inovador por tratar do fenômeno da deliquência causado pelas precárias condições de vida da Inglaterra industrial. Mostra aqui a redenção do pequeno pela sua moral, sua tenacidade frente às dificuldades.

Nicholas Nickleby

O jovem Nicholas se vê responsável pela família e seu sustento após a morte do pai e, sem maiores expectativas, pede ajuda de um tio desalmado que o submete a diversos tipos de explorações. Nicholas é separado se sua família mas se esforça para ajudá-la contra as maldades do tio.

Um Conto de Natal

Ebenezer Scrooge, que inspirou o Tio Patinhas da Disney, é um velho avarento que não respeita o espírito de amor e partilha da época do Natal. Visitado pelos espíritos natalinos, o velho vai sendo relembrando de sua vida pregressa e do quanto amava o Natal e vê que sua atual falta de amor decorre de uma perda de sua humanidade pelas conquistas materiais, que o endureceram. As referências a esse conto na cultura pop são várias.

David Copperfield

Um livro autobiográfico. Narra a vida do jovem David Copperfield e provavelmente retrata experiências reais do autor, além de apresentar alguns dos personagens mais queridos pelos leitores como a tia-avó de David, Betsey Trotwood, seus amigos, os Micawber, a pobre e simples mas feliz família Peggotty, os odiosos Murdstones. O livro perpassa a infância feliz do menino David com sua mãe viúva e a boa criada até o casamento de sua progenitora com Eduardo Murdstone que, junto com sua irmã, atormentam a pobre Clara Copperfield até o fim e oprimiram David o máximo que puderam. Cansado dos mau-tratos, David vai em busca de sua tia-avó em uma viagem desesperada. O livro segue contando a adolescência amena do jovem e seus amores, conta sua grande paixão e as tramoias do asqueroso Uriah Heep, a amizade com os anfitriões de David, os Wickfield, a narrativa da vida feliz de casado, seu fim trágico e os novos horizontes se abrindo para todos os personagens que tanto sofreram, além de muitas perdas terríveis até para o leitor contemplar.

Talvez o romance mais lido do autor, é o que possui os personagens mais marcantes e histórias bem comoventes. A vida de David se desenrola por pequenas desgraças, alegrias passageiras, verdadeiros bons momentos e certas crises que devem ser enfrentadas, os desafios da vida, para que se possa ter uma garantia, uma certeza maior de felicidade. É nesse ponto que a obra mais encanta, a sucessão das histórias, os personagens que vão e voltam, os entrelaçamentos mais estranhos e acasos que tornam a existência mais palatável e abrem perspectivas.

Grandes Esperanças

A questão do muro que separa as classes sociais, não importando o que ocorra, se encontra mais flagrante nessa obra. Philip Pirrip é uma criança pobre, órfão, cuidado pela irmã de temperamento difícil e pelo cunhado adulto-criança e bonachão Joe Gargery. Sem esperança de mudar sua condição, o pequeno Pip acaba sendo introduzido à casa da rica e amargurada Miss Havisham que o apresenta à sua protegida, Estela. Ensinada pela mulher a ser fria como gelo desde criança, Estela torna a vida de Pip infeliz pelo seu amor por ela e a percepção de sua inferioridade o atormenta.

Pouco depois o jovem é contemplado com uma soma assombrosa e é levado a Londres para receber educação aristocrática. Em sua nova vida, Pip crê ter sido alvo da benfeitoria de Miss Havisham, que o planejava casar com Estela. Essas suspeitas, porém, tem de enfrentar alguns fatos pouco claros sobre a vida de Havisham que explicam sua lenta destruição da vida de Estela, tornando-a uma cópia de si mesma, imune ao sofrimento tanto quanto ao amor.

O livro enfrenta a questão social por esse prima dos muros que continuam existindo mesmo quando uma brecha parece aberta. Isso porque não podemos mudar o que somos e as classes sociais são o nosso mundo e o querer se afastar de nossas origens é um problema moral. Assim é que Pip, cheio de grandes esperanças para seu futuro, as vê desmoronarem em vista de tragédias que não pode evitar e em função de sua própria consciência que o alerta ao perigo de se misturar de novo com as classes baixas, que podem contaminá-lo. Seu mundo, o mundo do querido Joe, acaba exercendo um fascínio idílico sobre ele e ele se vê às voltas com a questão moral de pessoas queridas que se afastam dele por elas mesmas se considerarem inferiores e indignas de se imiscuírem em sua nova vida.

Mas o grande baque em suas grandes esperanças está no clímax do livro quando descobre a origem de suas esperanças, origem vinda de um passado escuro e infantil, medonho. Origem selvagem, caótica que volta a assombrá-lo, o carrega de responsabilidades e ele é obrigado a lutar para salvar quem já salvara antes, que o cumulara de tão altas esperanças. Assim, novamente pelo sofrimento, nosso jovem esperançoso se redime e começa uma nova vida.

Paralelamente a isso vê e sente pena do fosso causado por Miss Havisham, teme pela amada que sempre o desprezou e encerra seu novo ciclo contemplando uma Estela menos arrogante, também purificada pelo sofrimento, sofrimento de ter sido usada para ser instrumento de vingaça contra os homens. O remorso a tudo cura, mas não impede as lágrimas de desesperança ao final.

Personagens caríssimos: a amarga Miss Havisham, o doce e simples Joe Gargery, o complexo Mr. Jaggers, o fiel Herbert Pocket, a rude Sra. Gargery, o astuto e adorável Wemmick, a apaixonante e odiosa Estela Havisham, a quem amamos e odiamos. Entre outros. Complicado não desenvolver empatia por toda essa galeria de tipos, com seus dramas e manias, personalidades e histórias.

Minhas considerações

Os livros de Charles Dickens exercem um fascínio sobre mim, muito além do pitoresco em seus quadros que adiciona tanta identificação. A crítica social é um poderoso catalisador de compaixão, mas o principal mesmo é o sentimentalismo envolto em todos os seus livros, a expressão do sofrimento em quadros coloridos, coloridos de misérias e de empatia por personagens que gritam à nossa consciência, pedem menos pão que um olhar lacrimoso. A empatia é algo inevitável em Dickens.

A redenção pelo mérito, seja através do acaso ou através do esforço pessoal mesmo, abre sempre novas esperanças e certezas para personagens, os redime e entrega uma linha tênue de esperança ao leitor, porém tal linha permeia toda a obra. O principal ainda é apelar ao leitor, apelar à sua mais infantil e doce necessidade de amar, de lutar pela felicidade, caminhar contra todo desespero e criar laços, criar laços inquebrantáveis com nossa família e amigos, se entregar por eles e chorar copiosamente quando são tirados de nós já que a vida é irrepetível e é temível enfrentá-la sem esses laços que nos confortam e fazem tudo valer a pena.

Meus principais sentimentos, então, ao ler Dickens, são empatia e tristeza. Por mais que hajam alegrias e que a obra não seja pessimista, é a empatia intensa pelos tipos dickensianos, com quem tanto nos identificamos, que causa tamanha tristeza, tanta dor. É compartilhar de suas tristezas e dores, alegrias e conquistas, é viver em seu mundo e tomando suas cruzes que nos regozijamos e nos entristecemos com eles. A empatia gera tristeza pela intensidade das emoções sentidas, pela violência com a qual nos interpela à compaixão, às lágrimas.

Dickens é escritor da minha alma. É quem melhor compreende as almas intensas, apaixonadas, que se jogam no abismo apenas para ver seu fundo, as almas loucas e incompreensiveis, é ele quem melhor expõe a visão que essas almas possuem do mundo moderno, visão lacrimosa mas cheia de esperança. Essas almas existem aqui e acolá, pessoas cheias de empatia e tão ingênuas, tão infantis na suas demonstrações de afeto, suas lágrimas que brotam do nada, brotam da sua identificação com o sofredor, da sua vivência extrema de extremos pontos de vista. Isso é mesmo muito meu. Ler Dickens é ver o mundo pelos meus próprios olhos e Deus sabe o quanto isso é gratificante e enternecedor.
 
Última edição:
Dele só li Oliver Twist e quem leu sabe o quanto é bom, e o clássico Um Cântico de Natal, legal saber (ou descobrir) que ele foi inspiração para o Tio Patinhas, olhando agora faz todo sentido, mas nunca tinha me tocado nisso.

Mas ainda pretendo ler o resto das obras dele, principalmente David Copperfield , que quando eu era mais novo (coisa de uns 22 anos), eu achava que tinha alguma coisa a ver com um ilusionista que passava no Fantástico, não sei se vocês se lembram, e que tem o mesmo nome. :lol: Assim como o Grandes Esperanças.
 
Passou uma série na TBS, se não me engano, Great Expectations, 3 episódios sobre sua maior obra, Grandes Esperanças.

Eu assisti, achei muito bom, principalmente pelos atores serem britânicos (como toda a produção). Só achei meio desnecessariamente sombrio em algumas parte, mas foi bem fiel ao livro.

Alguém mais assistiu?
 
Nosso Amigo em Comum - Charles Dickens.jpg
A Pedrazul Editora vai lançar uma edição especial do último romance completo de Charles Dickens, "Nosso Amigo em Comum" com mais de 800 páginas e em capa dura! Creio que é a primeira vez que é lançado no Brasil.

A pré-venda será em formato de financiamento coletivo.

As explicações estão no vídeo que se encontra no Facebook da editora.
 
Última edição:
Ver anexo 96277
A Pedrazul Editora vai lançar uma edição especial do último romance completo de Charles Dickens, "Nosso Amigo em Comum" com mais de 800 páginas e em capa dura! Creio que é a primeira vez que é lançado no Brasil.

A pré-venda será em formato de financiamento coletivo.

As explicações estão no vídeo que se encontra no Facebook da editora.

Pelo que peguei da sinopse: herança inesperada que cai no colo de um rapaz humilde; fascínio e perigos do dinheiro... ao menos quanto aos temas, parece bem próximo de Grandes Esperanças.

De qualquer forma, uma excelente notícia!
 
Pelo que peguei da sinopse: herança inesperada que cai no colo de um rapaz humilde; fascínio e perigos do dinheiro... ao menos quanto aos temas, parece bem próximo de Grandes Esperanças.

De qualquer forma, uma excelente notícia!

Segue abaixo link da editora sobre a obra em questão:

 
Lembro que já comentei em algum tópico há vários anos que a gente não tinha muita coisa traduzida do Dickens por aqui. E aí que a situação deu uma boa evoluída ainda que siga um tanto pulverizada.

Usando a wikipedia como base, estamos assim:
- As aventuras do Sr. Pickwick
- Oliver Twist
- Nicholas Nickleby
- A velha loja de curiosidades
- Barnaby Rudge
- Dombey and son
- David Copperfield
- A casa soturna
- Tempos difíceis
- Little Dorrit
- Um conto de duas cidades
- Grandes Esperanças
- Nosso amigo em comum
- Cantico de natal
- The mistery of Edwin Drood
- Livros de natal: The chimes, The Cricket on the Heart, The Battle of life, The Haunted man and the Ghost's Bargain

Pequenas opiniões aleatórias:
- Pra mim Dickens tem carinha de penguin-companhia, devia sair tudo dele por esse selo.
- Curioso que mesmo um Dickens mais aleatório como o Little Dorrit ainda tem umas 1.300 páginas.
- Sempre lembro do pai de 'About time' falando que para ele a questão da viagem no tempo sempre dizia respeito aos livros, que só assim ele pôde ler toda a obra do Dickens duas vezes, hahah.
 

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