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CÉU ARTIFICIAL

Sob o teto de casa,
Fito o perpasso da vida:
Ora caminhando pela via
Da cromática sorumbática
Qual emana da íris pálida;
Ora deixando-se ficar imersa
Nas profundezas do mar da alacridade:
Esta a fluir caudalosamente
Pelos olhos e maçãs da face
Meditativamente ébria, errática aeronave!


A relação assimétrica
O cerne da mente invade:
Exequibilidade e a verve da vontade
Erigem a perniciosa consonância caótica, trágica
Que grassa, perfura, retalha
Como a mais afiada lâmina de navalha
Ou tal a vulcânica bomba detonada
Que faz da íntima pátria
A mais dantesca câmara mortuária.


Rancor e recomeço
Travam uma querela férrea
Que doma e flagela
As pradarias, plagas, malhas, cataratas
Da inconsútil e destemida alma.






No entanto,
Apesar da vigorosa órbita
De vórtices e tormentas,
A bem da verdade
É que a certeza
De um outro dia nascendo
Da retina do teimoso
Córtex brota. Fazendo
Brotar também a esperança
De que esteja próximo
O dia do logro da interior
Plena concórdia.


Afinal,
Sob o teto de casa,
Contemplo o perpasso da vida:
Paramento-me com estrelas-chagas
Quais amadurecem e dão a direção exata
Á minha visão temerária. Contudo,
Pouco cicatrizam: na verdade, exalam
O indelével perfume da mágoa
Cuja vivenda situa-se na minha
Agônica e baldia ermida cansada.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
 

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