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Censo Valinor Literatura 2022

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1. Ciência e pseudociência: por que acreditamos apenas naquilo em que queremos acreditar - Ronaldo Pilati
Sou meio fissurado por esse tema desde O mundo assombrado pelos demônios. Este livro tem uma abordagem mais psicológica, explorando as armadilhas mentais que levam a maioria das pessoas a preferir a pseudociência ao conhecimento científico, e servindo também para nos manter em alerta, porque mesmo os mais treinados estão sujeitos a isso. Curto e proveitoso. Faltou, talvez, um pouco de profundidade. Para o leitor com poucas leituras sobre teoria da ciência e pensamento crítico, pode ser ainda mais enriquecedor.
2. A primeira história do mundo - Alberto Mussa
Nunca me arrependo das indicações do @Mercúcio. Que puta livro! Devorei em dois, três dias. Tem um formato diferente de tudo que eu já tinha lido: uma espécie de romance policial em documentário, sem enredo, sem diálogos, mas com uma narrativa muito envolvente, e baseada em fatos - por sinal, confesso que fiquei na dúvida das partes que são e que não reais (me esclarece isso aí, Mercúcio!). E ainda tem o bônus de ser uma aula de História deliciosa sobre o Brasil do século XVI, especialmente sobre a cultura indígena. Extraordinário!
A propósito, ele está de graça no Kindle Unlimited. Assinei só para lê-lo, e tô acelerando para tentar ler tudo que me interessa e que está de graça nestes 30 dias de degustação hehehe

Opa... fiquei lisonjeado com a abertura do seu comentário. Obrigado, Eriadan! Hehehe
Cara, também não sei dizer o que é ficção e o que não é, vou ficar te devendo! haha

Sobretudo nessa parte em que ele traz muito aporte antropológico sobre os povos indígenas. Eu não manjo nada desse assunto.

Acho que isso é parte do fascínio da obra. Você sabe que o escritor não assume os compromissos de um cientista social, antes abraçando a ficção como o terreno da liberdade para criar. Mas o efeito de realidade do texto é tão poderoso que te convence totalmente. O livro é muito original e o Mussa é um escritor muito inteligente. Genial mesmo...
 
Iniciando o meu censo:

Janeiro:

01 - O Mez da Grippe - Valêncio Xavier (p. 76);


__________
Foi o livro que a @Ana Lovejoy me deu de presente no Amigo Oculto. :cerva:

O formato desse livro é muito diferente de tudo o que eu já li. O livro, que foi lançado em 1981, faz uma espécie de colagem, organizando recortes de Jornais, decretos municipais, relatórios do serviço sanitário, quadras eróticas e relatos memoralísticos, cronologicamente organizados entre outubro e dezembro de 1918, na cidade de Curitiba. O enfoque, como sugere o título do livro, é a epidemia de Gripe Espanhola.

Esse formato gera um efeito fragmentário, em que você vai tentando juntar as peças, percebendo alguns fios narrativos concorrentes, que convergem aqui e ali. Um exemplo: nos relatos memorialísticos de uma tal D. Lúcia, é dito que um casal de alemães, que não se dava muito com a vizinhança -- aliás, vale um parêntese... os recortes de jornais também enfatizam os avanços da 1a Guerra Mundial e, como efeito doméstico associado, um certo sentimento de hostilidade aos imigrantes alemães em Curitiba -- foi encontrado agonizante de febre e padecimentos em virtude da gripe espanhola, após muitos dias. Foram socorridos em tempo e levados ao hospital. A quadrinha erótica (macabra) que, fragmentadamente, atravessa o livro todo, aparentemente, guarda relação com esse relato da D. Lúcia. Vou parar por aqui pra não correr o risco de atrapalhar a experiência de leitura de alguém que porventura se anime a ler O Mez da Grippe. Mas na maneira como o livro é montado, como que se atribui ao leitor a incumbência de ir montando um quebra-cabeça a partir desses fragmentos que estão dispostos ao longo das páginas e que dizem respeito, como comentei, a fontes de natureza diversa.

Como a Ana escreveu na dedicatória, é impossível não fazer associações com o momento presente. Negacionismo, anúncio de tratamentos milagrosos (e ineficazes), manipulação de dados sobre óbitos, tentativa de cerceamento à imprensa (leia-se a imprensa que quer cumprir o papel de informar sobre a epidemia, porque tem também recortes de um jornal negacionista) e malversação de dados sobre o cenário epidemiológico na cidade que quer cumprir o papel de informar sobre a epidemia. Muito interessante mesmo e muito diferente, como disse, quanto à forma - e, ao mesmo tempo, um pouco desanimador, no sentido de que te obriga a historicizar a estupidez humana relativamente a cenários de epidemia/pandemia, como o que vivemos.

De novo, obrigado, Ana! :cerva:

Ah, os relatos indiretos sobre a situação no Rio de Janeiro em virtude da Grippe Espanhola me lembraram de um conto do João do Rio, compilado naquela coletânea Medo Imortal. Só não me recordo o nome, mas vale também uma lida. É bem assustador... :think:
 
JANEIRO
1 - A Filha das Profundezas - Rick Riordan. 328 pp.
2 -Comentário ao Evangelho segundo João, vol 1: O Livro dos Sinais - Raymond E. Brown. 848 pp.
3 - Os Reis do Wyld - Nicholas Eames. 541 pp.
4 - The World of Robert Jordan's The Wheel of Time - Robert Jordan & Teresa Patterson. 294 pp.
 
mas 160 e tantas páginas por dia é susse, o problema é parar o doomscrolling no celular. :loserdance: eu tenho pensado muito no tempo que tenho usado no twitter e em quantas páginas daria para ler nesse tempo. não vou dizer que o tempo de rede social não agrega nada, eu pego muita informação sobre os livros que lerei ali.

(por exemplo, ontem trombei nesse aqui no twitter >> https://www.goodreads.com/book/show/54431070-battle-of-the-linguist-mages e eu ri tanto do conceito que eu PRECISO conferir)

mas ao mesmo tempo, quando a gente fica descendo e descendo a tela e só se indignando com as últimas do governo, ou revirando os olhos com a última treta aleatória. sei lá.

agora, se o meneldur falar que lê 160 páginas por dia E pratica doomscrolling, aí vai se catar, meneldur. :blah:

***

@Mercúcio que bom que você gostou <3 <3 <3
 
mas 160 e tantas páginas por dia é susse
queria
🤧
 
1. Ciência e pseudociência: por que acreditamos apenas naquilo em que queremos acreditar - Ronaldo Pilati
Sou meio fissurado por esse tema desde O mundo assombrado pelos demônios. Este livro tem uma abordagem mais psicológica, explorando as armadilhas mentais que levam a maioria das pessoas a preferir a pseudociência ao conhecimento científico, e servindo também para nos manter em alerta, porque mesmo os mais treinados estão sujeitos a isso. Curto e proveitoso. Faltou, talvez, um pouco de profundidade. Para o leitor com poucas leituras sobre teoria da ciência e pensamento crítico, pode ser ainda mais enriquecedor.
2. A primeira história do mundo - Alberto Mussa
Nunca me arrependo das indicações do @Mercúcio. Que puta livro! Devorei em dois, três dias. Tem um formato diferente de tudo que eu já tinha lido: uma espécie de romance policial em documentário, sem enredo, sem diálogos, mas com uma narrativa muito envolvente, e baseada em fatos - por sinal, confesso que fiquei na dúvida das partes que são e que não reais (me esclarece isso aí, Mercúcio!). E ainda tem o bônus de ser uma aula de História deliciosa sobre o Brasil do século XVI, especialmente sobre a cultura indígena. Extraordinário!
A propósito, ele está de graça no Kindle Unlimited. Assinei só para lê-lo, e tô acelerando para tentar ler tudo que me interessa e que está de graça nestes 30 dias de degustação hehehe
3. O cortiço - Aluísio Azevedo
Mais um preconceito vencido com absoluto sucesso. Que livro delicioso! Fico pensando o tanto que eu perdi por rejeitar livros como esse, só porque eram obrigação de vestibular/escola - e o quanto perderia do mesmo jeito, se lesse "à força", sem um interesse genuíno. Eu assisti a muitas aulas e li muitas resenhas, e a partir delas tinha uma impressão completamente diferente do que era esta obra. Não há mesmo não há nada que substitua a experiência imersiva e subjetiva da leitura.

Opa... fiquei lisonjeado com a abertura do seu comentário. Obrigado, Eriadan! Hehehe
Cara, também não sei dizer o que é ficção e o que não é, vou ficar te devendo! haha

Sobretudo nessa parte em que ele traz muito aporte antropológico sobre os povos indígenas. Eu não manjo nada desse assunto.

Acho que isso é parte do fascínio da obra. Você sabe que o escritor não assume os compromissos de um cientista social, antes abraçando a ficção como o terreno da liberdade para criar. Mas o efeito de realidade do texto é tão poderoso que te convence totalmente. O livro é muito original e o Mussa é um escritor muito inteligente. Genial mesmo...
Ah, esse "aporte antropológico" eu deduzi que seja todo verdadeiro... o que eu fiquei mais na dúvida foi sobre os detalhes do crime mesmo, e da biografia de cada um dos suspeitos, o quanto é ficção e o quanto não é. Adoraria bater um papo com o autor sobre hehe
 
JANEIRO
1 - A Filha das Profundezas - Rick Riordan. 328 pp.
2 -Comentário ao Evangelho segundo João, vol 1: O Livro dos Sinais - Raymond E. Brown. 848 pp.
3 - Os Reis do Wyld - Nicholas Eames. 541 pp.
4 - The World of Robert Jordan's The Wheel of Time - Robert Jordan & Teresa Patterson. 294 pp.
5 - As Desolações do Recanto do Demônio - Ransom Riggs. 476 pp.
 
JANEIRO
1 - A Filha das Profundezas - Rick Riordan. 328 pp.
2 -Comentário ao Evangelho segundo João, vol 1: O Livro dos Sinais - Raymond E. Brown. 848 pp.
3 - Os Reis do Wyld - Nicholas Eames. 541 pp.
4 - The World of Robert Jordan's The Wheel of Time - Robert Jordan & Teresa Patterson. 294 pp.
5 - As Desolações do Recanto do Demônio - Ransom Riggs. 476 pp.
:lock: :lock: :lock: :lock: :lock:
 
1. Ladainha - Bruna Beber.
2. Haicais Tropicais - Rodolfo Witzig Guttilla (Editor).
3. Nas invisíveis asas da poesia - John Keats
4. O livro das semelhanças - Ana Martins Marques (Releitura).
5. Pequena coreografia do adeus - Aline Bei.

Honestamente? Se comparado ao magnífico primeiro livro da Aline Bei — O peso do pássaro morto —, o segundo — Pequena coreografia do adeus — foi uma decepção. Tem bons momentos, mas, de modo geral, não chega nem perto da potência do primeiro livro da autora. E isso é uma merda, porque estou com uma dificuldade absurda para ler, e, quando finalmente consegui dar sequência a uma leitura, foi decepcionante. Vou ver se começo a ler um dos livrinhos novos que ganhei.​
 
Janeiro*
1. A biblioteca da meia-noite (Matt Haig) 305 pp.
2. Ascensão e queda dos dinossauros (Steve Brusatte) 325 pp.
3. A seguinte história (Cees Nooteboom) 144 pp.
4. Casa dos Poetas (Leonardo Antunes) 91 pp.

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Lendo...
O sol é para todos (Harper Lee)
 
01 - O Mistério dos Três Pedaços - Agatha Christie/Sophie Hannah
02 - A Filha Perdida - Elena Ferrante
03 - O Cavalo Amarelo - Agatha Christie
04 - Noite Sem Fim - Agatha Christie
 
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