• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Castelo de Cartas - On [D&D3.5]

"Com uma rápida inspeção ao redor da cerca, vocês encontram um portão de madeira não muito longe. Ele parece pouco utilizado, manchado pela humidade, e ligeiramente tombado até sua ponta se arrastar no chão - resultado tanto do tempo quanto da má construção. Não há sinal de trilha saindo da fazenda para explicar aquele portão, então vocês supõe que fosse utilizado para levar animais para pastar. Um esboço de trilha começa no portão e segue para dentro da fazenda, mas vocês sentem que seria melhor andar na grama do que naquele escorregadio trecho de lama e folhas velhas.
Ainda assim, vocês julgam mais educado - e talvez até mesmo seguro - entrar pela porta, e com algum esforço abrem a porteira e passam, tomando o cuidado de fechá-la depois. Os cães se aproximam latindo, mas não avançam, e vocês os afastam com facilidade.
Aquela área da fazenda parece ter sido, há muito e muito tempo, um pasto, mas não mostra sinais de atividade recente. Mais à frente vocês vêem uma espécie de pequena horta e uma estranha construção de madeira, pequena - um galinheiro, pela forma e tamanho - coberta de pano. Mais além ainda, há sinais de uma 'grande' lavoura, e algo que se destaca como a casa da fazenda - ou o celeiro. Não há sinais de um moinho ou nada do gênero.
Vocês seguem pela trilha, tomando cuidado para não escorregar. Após algum tempo, mais cães chegam latindo - e estes avançam, parando a pouca distância rosnando com os dentes arreganhados. Vocês param imediatamente, sem fazer movimentos bruscos, e atrás dos animais surge um vulto franzino que grita com uma voz fina e fraca:
'Quietos, Balor, Tarrasque, Troll!'
A pessoa se se aproxima ofegante e ergue a cabeça, revelando por baixo do chapéu de palha redondo um rosto grisalho e magro, com cabelos na altura do ombro, soltos, e um fino bigode completamente branco. O velhinho faz mais alguns gestos para conter os três cães mais agressivos, que chegaram por último, e se abaixa para afagar os outros seis cães que vocês haviam visto antes.
'Boa tarde, forasteiros! Meu nome é Velho Tom. O que os traz até aqui, e quais...'
Ele pára, e parece reparar melhor em vocês - ou talvez no equipamento de vocês:
'... seriam, se puderem fazer a gentileza de me dizer, s... vossos nomes?'
Ele parece bem-humorado e gentil, mas terminou sua frase com um ar muito ligeiramente intrigado e um pouco desconcertado. Lançou um olhar furtivo para Silvara, um olhar não tão furtivo para as orelhas dos elfos, e parou encarando os cabelos verdes de Arcanus."
 
Silvara cumprimenta o fazendeiro com uma reverência e fala:

"-Boa tarde senhor Tom, meu nome é Silvara. Eu e meus companheiros estamos viajando há vários dias pelos campos em busca da grande estrada que passa pela cidade de Arvenhelm e segue em direção ao leste. Apesar de nossos esforços ainda não encontramos nenhum sinal da estrada, o senhor poderia nos indicar a direção correta?"
 
Última edição:
Embora a reacao inicial do "Velho Tom" seja bastante evidente, Savral nao confia no humano e estuda rapidamente sua expressao, postura e tom de voz tentando perceber indicadores mais precisos da reacao do homem.
[roll0]
 
OFF: os cabelos de Arcanus são azuis XD OFF

Arcanus vê o Homem o encarando de uma forma que não o agrada, mas ignora e se apresenta:

-Olá senhor Tom, Sou Arcanus, desculpe nossa invasão a suas terras, mas estavamos distantes para gritar chamando-o e como minha Amiga Silvara falou estamos aqui para pedir sua ajuda.
 
Rocko olha o fazendeiro que se aproximava logo atrás dos cães, lentamente. Olhou atentamente para ele, estranhando sua atitude sorrateira. Percebeu seu olhar fitando Silvara, Savrall e Arcanus. O modo como ele olhou para Silvara, deixou Rocko estranhamente incomodado e, por impulso, colocou-se entre ela e o fazendeiro. Não sabia qual o motivo de ter feito aquilo, mas sabia que sentia um apreço por Silvara que igualava ao que ele sentia por sua irmãzinha.

Tentando não manifestar que seu ato fora direcionado para uma "proteção", tratou de improvisar. Limpou a garganta, olhou para o fazendeiro e disse:

Desculpe-nos pela invasão ao seu terreno, senhor Tom! Meu nome é Rocko Tekien e como foi dito: procurávamos pela estrada que passa pela cidade Arvenhelm, entretanto, não conseguimos encontrá-la. Ficamos caminhando pelos campos desta região por mais de uma semana e só encontramos sua fazenda como sinal de civilização. Tivemos dificuldade em encontrar comida e água, estamos todos cansados e com fome. Temos dinheiro e gostaria de pedir ao senhor que nos hospede por um dia em sua fazenda. Pagarei pela comida e pela estadia em seu domicílio, preciso realmente comer algo além de vegetais e pequenos animais silvestres. Preciso de algo mais sustentável, de água e um bom banho. O senhor aceitaria nos hospedar em sua casa em troca de moedas de ouro? - finalizou Rocko.

Rocko estava ciente da situação em que se encontrava o grupo e aproveitando sua atitude impulsiva de se colocar diante ao velho fazendeiro e agindo como se fosse o líder do grupo, colocou em pauta tudo que precisavam naquele momento.
 
Última edição:
O velho não se aproximou por trás, ele veio pela frente de vocês, pela estrada que leva ao coração da fazenda... Assim como os cães. Vocês estão perto da extremidade da fazenda, entrando, não há de onde vir por trás de vocês (exceto os campos de onde vocês vieram...).

"O velho olha vocês com um misto de surpresa e pena.
'Uma semana buscando a velha estrada? Eu diria que ela não vale o esforço. Mas vocês foram bem longe, para se perderem assim. Venham comigo, e guardem suas moedas. A hospitalidade da minha fazenda não se paga, salvo com amizade.'
Ele indica a trilha, e chama os cães - que estão pulando por toda a volta dele - para irem com ele."

Resultado do teste de sentir motivação:
Savrall percebe que o velho está bastante surpreso por ver vocês, e julgou curiosos seu equipamento e a heterogeneidade do grupo, mas não parece estar achando ruim. Aceitou muito bem a presença dos elfos e uma mulher armada, e não está se sentindo intimidado. Ele aceitou o que vocês disseram palavra por palavra, e acha que vocês estavam viajando ou fazendo uma escursão e se perderam.
Ele está gostando bastante de ter visitas, pois o lugar é bem isolado. Deve ser por isso que ele não se perguntou como vocês conseguiram aquele equipamento. Ele é uma pessoa simples e humilde, mas por suas vestes e sua propriedade parece bem próspero. Além disso, ele está particularmente feliz hoje, embora também esteja um pouco incomodado porque sua cueca está furada.
 
Silvara acompanha o velho Tom em direção à casa da fazenda, no caminho ela pergunta ao velho:

"- Senhor Tom, existe algum lugar perto daqui onde possamos comprar alguns equipamentos? É que temos encontrado alguns tipos mal intencionados em nossa jornada e acredito que alguma proteção adicional nos cairia bem."
 
Vendo a recepção amigável e humilde, Rocko sentiu-se mal e mesmo que não fosse preciso, disse:

Fico muito agradecido por vossa caridade e peço desculpas pelo incômodo que estamos causando ao senhor!

Rocko falou com toda a sinceridade as suas desculpas em nome do grupo e acompanhou o homem não mais proferindo quaisquer palavras.
 
Ao ouvir o convite do velho Arcanus sorri com satisfação e alegria curva-se para o homem e fala:

-Nós o agradecemos meu amigo, realmente estavmos precisando para termos forças e sgeuir nossa jornada.
 
"'Não precisam agradecer, é o mínimo que posso fazer. Quanto a mercadores, a menos que vocês dêem a grande sorte de uma carava passar enquanto estiverem aqui - o que não ocorre com frequência, permitam-me dizer - o lugar mais próximo para encontrá-los deve ser o próprio Castelo. Nas vilas aqui perto, só se vende a produção agrícola e um ou outro utensílio doméstico. Agora, se vierem comigo vou conduzi-los para a minha casa, onde poderão se lavar e comer alguma coisa antes de descansarem...'
Ele vai andando pela trilha e conversando com vocês:
'Espero que os cães não os tenham assustado. Aqueles quatro são Slaad, Esfinge, Pantera e Beholder, e são bem mansos; mas os outros três são uns demôniozinhos perigosos. Leais como poucos, mas ferozes.
Jovem Tom está consertando a cerca do outro lado da fazenda, ou teria vindo comigo. Sabem, nós somos de uma velha linhagem, e não vou ser eu quem vai quebrar a tradição. Vejam bem, meu pai era o Fazendeiro Tom, e o pai dele era Tommy das Hidras, e o pai do pai dele era o Velho Tom também, e o pai do Velho Tom era Tom da Planície, filho de Tom da Montanha. E por aí vai... não é um nome grande, mas é um grande nome, como meu pai sempre me dizia. E carrega respeito, por toda a região.'"
 
Última edição:
"- Seus animais tem nomes assustadores senhor Tom, espero que eles não façam jus aos nomes."

disse Silvara, e percebendo que o velho gostava de uma conversa a garota continuou falando:

"- Esta é uma bela propriedade senhor Tom, está a muito tempo na sua família? O que vocês produzem aqui?"
 
Rocko que apenas ouvia a conversa, estranhou a falta de variedade nos nomes dos descendentes do homem. Ele sabia que para camponeses era assim mesmo que se tratavam, pois o direito a um sobrenome é apenas reservado para nobres e soldados de um feudo. Rocko mesmo, só pôde adquirir seu sobrenome depois de se tornar um guerreiro do feudo de sua região e com isso pôde dá o sobrenome para todos os integrantes de sua família. O sobrenome era representação de status e honra, por isso limitado a uma pequena porção de pessoas.
 
"O velho responde as questões de Silvara:
'Ora essa, eles são cães de guarda, tem de ter nomes ferozes! Mas são completamente leais, e só são perigosos quando necessário - e com quem necessário.'
'Foi meu avô que se estabeleceu aqui, e naquela época o plantio era o principal elemento da fazenda. Hoje em dia, ainda plantamos muito, mas também criamos gado e a produção de bebida alcançou uma proeminência quase lendária!'"
 
"O grupo acompanha o velho até sua casa. Ele vai lhes mostrando a fazenda ao seu redor, e falando bastante sobre o lugar: o que planta, onde vende seus produtos, porque o gado nesta época está nos pastos do outro lado da fazenda... Vocês saem do pasto por uma porteira desbotada, e seguem por um caminho mais bem cuidado, com algumas flores aos lados.
À sua direita, vocês passam por uma espécie de estufa, próximo ao que parece ser uma horta de proporções bem avantajadas. Segundo seu guia, mais distante fica uma plantação de batatas, único produto que a fazenda ainda planta em grande escala.
À esquerda, vocês vêem diversas fileiras de um arbusto estranho plantadas em um solo intensamente irrigado, quase pantanoso. A planta parece uma pequena arvorezinha, mas não maior do que a altura de um homem comum; porém não possui nem uma única folha, deixando completamente à vista o tronco e os grossos galhos, muito lisos e marrom claros. Cada galho se encerra com uma espécie de nó, um alargamento quase esférico, que sugere pequenas cabeças. A pouco mais de dois pés do solo, o tronco desaparece, se ramificando nos diversos galhos de tamanho diferente. Alguns galhos se ramificam em dois, mas não como se um novo galho protuberasse do primeiro, antes como se ele subitamente se dividisse ao meio e continuasse em duas direções.
Velho Tom sorri antes de explicar que planta é aquela. 'Esta planta é Pescoço-de-Hidra, só nasce aqui. Dela nós fazemos uma bebida forte, com um gosto muito peculiar, que é bastante vendida na região. Meu avô foi quem descobriu a planta; o primeiro pé nasceu no lugar onde ele matou uma hidra de verdade, o que provavelmente explica sua raridade. Agora..."
Ele faz uma pausa, olhando para os rostos surpresos - e um pouco céticos - de vocês.
"Bem, a maior parte das pessoas simplesmente não acredita que ele matou a hidra. Ele queimou o corpo, sabe, por causa do veneno, e nunca mostrou nenhuma prova do que fez; a maior parte das pessoas pensa - compreensivelmente, talvez, sobretudo conhecendo meu avô - que a história foi inventada para vender a bebida. Mas nós da fazenda sabemos que é verdade, temos até uma placa no lugar exato da façanha."

Por fim, vocês chegam à casa. É uma bonita construção que contrasta fortemente com o rústico ambiente rural, passando claramente a idéia de uma certa opulência. Mais adiante há um celeiro e uma outra casa - aparentemente dos empregados - e um cercado com alguns cavalos, e em algumas colinas distantes vocês podem ver bem ao longe algumas vacas. Um homem jovem - provavelmente um empregado - lava um cavalo, e dois outros carregam comida para os animais. A esposa do Velho Tom está na cozinha, e os recebe calorosamente.
Vocês se lavam rapidamente em uma tina na porta, e seus anfitriões lhes dão algumas roupas limpas - após todo o tempo que passaram no meio do mato, as suas estão em estado miserável - e uma generosa refeição. Vocês estão quase no final quando Velho Tom pega uma garrafa vermelha, rotulada com o nome chamativo de 'Sangue de Hidra'.
Porém, antes de servir ele pára e exclama, olhando para a porta: 'Ah, Jovem Tom, que bom que chegou!'. Vocês se voltam para lá, e vêem a pessoa que acabou de chegar.
Seus ombros largos e o rosto queimado de sol não deixam dúvida de sua dedicação à fazenda; parece ser forte, embora não prodigiosamente. Seu porte é jovial e enérgico, com um rosto sincero e decidido. Mas o que realmente chama sua atenção... é que 'Jovem Tom' é uma garota."
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo