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Casa de Vó

Morei uns tempos com a minha avó!! Gostei!! Tudo bem q ela me mandava arrumar a casa,lavar vasilha, me chamava de bosta de cobra, guariba, seca e outras coisas, ou me fazia andar até a roça, só para pegar um quilo de farinha e voltar para trás imediatamente, o importante é q eu amava ela!!

Adorava quando ela fazia machiche, eu comia só com arroz!!
 
Haha...era muito firmeza!
Quando era mulekinho (2 anos): Chegava na casa dela e era sempre recebido com bolinho de chuva, bolo de cenora e um cafezinho maravilhosos..tinha suco, mas o café dela é divino! Bons tempos...rsr
 
Pô a casa da vó! Nada mais nostálgico do que isso!!!

Eu ia sempre nas minhas férias pra lá. Muito legal! Isso são coisas que com o tempo a gente perde o hábito de fazer! Devemos aproveitá-las em quanto temos!!! Essas velhinhas! Sempre solícitas! Fazem de tudo para nos agradar!!!
 
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Casa da vovó.... lembro que tinha um monte de gente velha e coisas velhas... rsrsrsr
mas eu curtia os biscotinhos caseiros.
 
Tem coisa mais nostálgica que casa da vó? Uma velhinha simpática pronta pra te agradar com doces e brinquedos e pra te defender dos pais. Passar o final de semana ou as férias (mais do que isso não dá pra agüentar) brincando e comendo porcaria direto... diversão total!

Mas nem todos tem vó necessariamente. Mas acho que todos tem uma casa que iam e gostavam de ficar, porque tinha todas essas regalias. Pode ser a casa do vô, bisavós, dos tios e das tias, tias-avós, vizinha, amiga da mãe... sei lá, algum lugar que substitua a casa da vó.

Compartilhemos as experiências nostálgicas passadas na casa da vovó. :joy:

O tempo que eu passava na casa da minha avó me lembra, entre outras coisas, móveis antigos, torta de bolacha, naftalina e fotos do meu pai quando criança.

Nossa, nem fala... minha avó, quando viva, fazia uma torta de bolacha com amendoim que era tudo de bom... pena não ter deixado a receita!!!
Torta de bolacha tem tudo a ver com casa de vó... e também almoço de domingo, datas comemorativas (minha vó sempre caprichava na Páscoa!), jardim florido....
 
Meus avós não tinham instrução e eram analfabetos.

No entanto, foram das pessoas mais sábias que eu conheci.
Ainda hoje recordo conversas à volta da lareira de Inverno, onde me contavam histórias das suas vidas e me diziam coisas muito certas a que o tempo deu razão.

Infelizmente, já não está nenhum vivo. :osigh:

Um dia, vou ser avô também.
Gostava que os meus netos me vissem tal e qual como eu recordo os meus avós, cheios de bondade e palavras meigas. :yep:
 
Bah, que saudade!! Eu guardo boas lembranças dos meus avós maternos, já que os paternos já haviam falecido quando eu nasci.

Era na casa da minha vó que eu passava boa parte das minhas férias de verão e as de inverno também. Eu e meus primos!! Meu avô tinha uma propriedade rural onde ele criava gado de corte. Então a gente se criou andando a cavalo, tomando banho de açúde, comendo todas as coisas que a vó fazia até se empanturrar, podendo brincar na rua até tarde e todas essas coisas que fazem tanta falta pras crianças hoje em dia! Foi lá que eu aprendi a gostar de trabalhar com animais e isso acabou me influenciando na escolha da profissão. Eu me lembro que os dias em que o meu avô reunia o gado pra vacinar ou fazer qualquer outro procedimento era uma festa. Eu acordava cedo por que não tinha conseguido dormir direito. A minha vó morria de medo que a gente lidasse com a bicharada, já o vô dizia que era assim que se criava um homem.

As festas de fim de ano normalmente a gente comemorava lá e depois que os dois morreram a nossa família acabou se disperçando. Mas a saudade ficou. e eu espero ter a mesma importância para os meus netos que os dois tiveram para mim!
 
Última edição:
Nossa tantas lembranças e Saudades que tenho dos meus tempos de menina quando passava a tarde toda na minha vó .
Tantas coisas boas qua aconteciam e ainda acontecem mais com menas frequencia por lá ..
As comidinhas nhámenhámenháme que delicia . Doces , Salgados todos os tipos de guloseimas e tudo que à de regalias havia por la .Ainda mais que ficavamos eu e minha prima por la o dia todo , aprontavamos muito e minha vó tadinha sempre passava a mão em nossas cabeças , nos defendia , quantos mimos e agrados ai muitas e muitas saudades ..
Vózinha cheirava que dizer cheira leite de rosa vo ve se do uma passadinha la na casa dela por esses dias pra dar um bjão nela ...


^^
 
Lembro das comidinhas gostosas que a vovó fazia!

Biscoitos, pães, canjica, paçoca de pinhão, rosca e cuzcuz...
 
Pra mi casa de vó nostálgica é algo com esse tipo de fachadas

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Casa da minha avó era igual esse penúltimo.

Falando de nostalgia... depois que ela se foi, parece que ela levou o bairro inteiro junto.

Calma, explico. Parece que todas as minhas saudades, nostalgia e memórias afetivas mais doces do bairro em que morei com ela foram para o espaço depois que ela se foi. É como se o lugar estivesse tão enraizadamente ligado a ela que quando ela faleceu, o lugar ficou sendo mais e mais seco e cinzento para as minhas memórias. Engraçado.
 
Eu só tinha um avô por parte de mãe e uma avó por parte de pai, e uma relação muito boa com eles. E eles também tinham uma relação muito boa entre si. Eram vizinhos a mais de 40 anos.
Bairro no subúrbio de uma cidade pequena, relativamente violento. Tanto quanto poderia ser um bairro de cidade pequena, onde, jogam TKOF no arcade com o traficante local.
Ambos se casaram novamente no começo dos anos 90, e eu (e a maior parte dos netos), não tiveram uma relação muito boa com o marido da minha avó, ou a esposa do meu avô.
Um era um homem antigo, com costumes antigos (dormir muito cedo, limitações para ver televisão, brincar no quintal e fazer barulho). Já a esposa do meu avô era bem falsa e manipuladora, (problemas de família envolvendo herança deixada pela minha avó materna), fazia com que o todo o tratamento dos netos, bom, ou não era direcionado como resposta aos nossos pais. Era bem difícil saber como ela iria nos tratar em cada visita.
Ir na casa de um, significava ir na casa do outro também. Morávamos relativamente perto: cidade pequena do interior. Era fácil nos vermos aos finais de semana. Por morarmos perto não havia o costume de dormir nos meus avós.
Ambos tinham casas grandes, com um quintal calçado e chão de terra com horta nos fundos.

A casa da minha avó era num terreno grande e comprido, numa travessa bem pequena e tranquila, era comum os vizinhos colocarem as cadeiras de área na calçada e ficar conversando.
O marido da minha avó plantava cana-de-açúcar e ainda tinha o moedor de cana, era comum tomar garapa geladinha. Minha avó fazia muitos pães, bolachas e bolos. E sempre comprava muitos doces, e nos mimava com roupas e dinheiro vivo (de dois a cinco reais, mas para uma criança era uma fortuna). Mas não me lembro de receber brinquedos.
A casa da avó era sinonimo de encontro entre os netos, brincadeiras e muitas risadas. A casa com quintal grande, com uma ou duas redes na garagem, jardim, e um pouco de terra era o bastante para garantir a diversão dos 6 netos bagunçando e irritando o marido dela :lol:
Depois a mote do marido, a idas a cada da minha avó começaram a ficar mais frequentes, ora por medo de deixa-la sozinha por muito tempo, ora pelo ultimo pedido dele, em ser velado na casa. Deixou o lugar com um ar sombrio. A partir disso meu irmão começou a dormir lá, até irmos mora em definitivo.
A essa altura a casa já não tinha mais um ar nostálgico, o ambiente era o mesmo, com pouquíssimas mudanças, mas eu estava diferente, claro, mais velho. Levava poucos amigos la, namorada foi apenas uma. Sentia ainda que aquele lugar não era meu. Mesmo com meu quarto e minhas coisas. Parecia de alguma forma errado, morar lá, isso atrapalhou por muito tempo as lembranças da minha infância.
Minha avó morou até seus últimos dias na casa. Sua morte foi muito inesperada. Foi internada em ma tarde com as dores de sempre e trinta e seis horas mais tarde foi a óbito. Não velamos seu corpo na casa, ela sempre falava das más lembrança do corpo do marido lá.
Nos mudamos menos de um ano depois, era difícil perder alguém próximo, mais difícil ainda morando junto. Os filhos resolveram vender a um primo próximo, pelo menos ia ficar dentro da família. Para eles era um alento, mas totalmente indiferente para quem a casa seria vendida. A menos que fosse para algum dos filhos, o acesso a casa como local de reunião familiar iria desaparecer. E foi o que houve, o tal primo comprou, reformo e nunca mais houve noticias ou fotos da casa.

Meu avô morava numa descida, a casa era alta para quem olhasse da rua, com muitas escadas e uma rampa de garagem bem grande. Era divertido brincar nas escadas de acesso ao quintal e área coberta da sala. Era de madeira, mas com o tempo os comodos foram substituídos por alvenaria.
Meus primos moravam longe, então era raro encontrar primos para brincar por la. Fora nos finais de ano. Mas havia rede para balançar e meu avô era muito atencioso, adorava jogar dominó, e contar histórias e nos levava para horta. Havia também um papagaio e uma cachorra, ambos dóceis. A esposa do meu avô não nos dava tanta atenção, então tinhamos certa liberdade para brincar e bagunçar.
Em 2006, se não me falha, meu avô se mudou. Depois de mais de 40 anos morando no mesmo lugar, a esposa dele conseguiu leva-lo para longe. Os dois AVCs que ele sofreu "ajudou", já que a nova casa quase não tinha degraus para leva-lo na cadeira de rodas. A briga que se iniciou entre meus tios foi grande, até finalmente no ano de sua morte ele (2009) conseguiu voltar. Já não era o mesmo, era triste ver um senhor que até o inicio de seus oitenta anos andava para cima e para baixo, e do dia para noite estava numa cadeira de rodas, falando pouco, resmungando muito, e por fim, acabou debilitado numa cama. Sua casa já não tinha a mesma alegria, meu avô havia mudado muito. As idas eram tristes e frequentes já que a essa altura morávamos com minha avó. E ele veio a falecer algum tempo depois.
Um dos últimos pedidos do meu avô, foi o de ser velado em casa.
A esposa do meu avô morou por um tempo na casa, até meus tios alugarem um lugar que ela pudesse ficar, até a casa ser vendida e repartida. E foi vendida para um amigo do meu tio.

A real é que, quando dá saudades eu abro o street view para ver como as casas estão hoje em dia, mesmo as fotos sendo e 2011, dois anos depois da minha partida.
 
Última edição:
Casa da minha avó era igual esse penúltimo.

Falando de nostalgia... depois que ela se foi, parece que ela levou o bairro inteiro junto.

Calma, explico. Parece que todas as minhas saudades, nostalgia e memórias afetivas mais doces do bairro em que morei com ela foram para o espaço depois que ela se foi. É como se o lugar estivesse tão enraizadamente ligado a ela que quando ela faleceu, o lugar ficou sendo mais e mais seco e cinzento para as minhas memórias. Engraçado.

Isso pra mim reflete em todos os sentidos.

A começar que a minha que viveu em São Caetano do Sul, onde esse tipo de casa que postei nas fotos (a dela se parecia demais com a da segunda foto que postei) e tinha um amplo e maravilhoso quintal no fundo com vários pés de frutas e até o privilégio de ter poço artesiano (quem era morador antigo desde 1945 tinha o benefício de direito adquirido de uma lei municipal de poder manter um) já foi muito comum e dominante na arquitetura residencial de vários bairros até o início dos anos 90, quando a cidade entrou num processo de verticalização bastante acelerado e aí as construtoras ofereciam propostas irrecusáveis e chegavam a comprar e mandar pro chão dezenas de uma só vez pra dar espaço as suas torres.

Com isso, foi-se não apenas a casa dela, mas toda uma memória do bairro que ficou majoritariamente vertical e que se eu hoje passo, eu nem consigo ter o sentimento de saudade pleno, pois fica difícil quando você praticamente não vê mais nenhuma referência física que remete ao que você um dia conviveu por ali.

Pra conseguir manter essa saudade próxima do que vivi, só indo ao bairro paulistano da Mooca que é o que ainda é possível ver esse tipo de casa, apesar também que a verticalização anda rondando forte por lá também.
 

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