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Cartão Corporativo (literalmente)!

thatilessa

Usuário
Li uma declaração do Deputado Paulo Bernardo, no qual ele "explicava" aos jornalistas sobre o "possível" uso do cartão.

Declaração de Paulo Bernardo - Vocês [jornalistas] não podem ver a razão social de uma empresa e acreditar que lá não se venda outras coisas. O nome do restaurante é Choperia Pingüim, mas não necessariamente a pessoa vai lá tomar cerveja. A comida lá é muito boa, aliás. O gasto pode ter sido numa joalheria, mas pode ter sido para comprar uma pilha para um relógio do gabinete.

Minha Resposta :
Desconsidero em genêro, número e grau a ingenuidade do Deputado Paulo Bernardo (PT-PR), em achar que as compras e os serviços dois quais foram empregados o uso do cartão coorporativo era (por exemplo) para um ministro ir até uma Joalheria (para comprar pilha para um relógio do gabinete)..rsrs SÓ RINDO !!! Pra não chorar... seria até verdade, se os gastos "com uma possível pilha" ou "qualquer outra coisa" não fossem tão exarcebados.


Vejo isso como uma afronta à minha capacidade intelecutal.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Fonte?

Bem, que haja superfaturamento de qualquer coisa nas compras dos nossos canditatos, não há dúvida. Que eles admitam que façam comprinhas inocentes não é novidade.

Nós vamos ficar só olhando, como sempre?
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Eu ri bastante assistindo a um telejornal ontem.

Foi mostrada uma matéria sobre os cartões corporativos e alguns políticos que estariam sendo investigados por uso indevido dos mesmos.

Tinha neguinho sendo investigado porque sacou algumas dezenas de milhares de reais e neguinho sendo investigado porque gastou R$8,90 numa tapiocaria.


Fera quer um cartão de crédito corporativo do Governo.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Qual o problema de comprar pilhas na joalheria?
É só mandar depois eles irem comprar seus ternos na oficina mecânica.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

A Ministra da Promoção da Igualdade Racial (ou algo do tipo) efetuou gastos com o cartão corporativo governamental durante suas férias, contrariando totalmente a correta utilização deste. Sem contar as contas em free shop, resorts (que não são justificáveis em nenhum momento de sua agenda política), restaurantes foderosos etc.

E agora tem o Ministro da Pesca (ou algo do tipo, novamente) também caiu em contradição com os gastos e a agenda.

Piores são os cartões da cúpula da Presidência que, por conta da ABIN, são protegidos de audiência.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Está é mais uma dos nossos politicos, que teimam e abusam da nossa inercia (será que é assim???).

Temos que tomar medidas e corajem para combater estes tipos de falcatruas, afinal de contas estão metendo a mão nos nossos bolsos, pois somos nós que pagamos impostos.

Vamos mudar este país.:censu:
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

É... o q parece, é q ele tentou consertar a mancada q ele deu, mas so piorou o situação dele, ficou mais feio ainda na fita hahahaha!!! Mas tenho sertesa q ele vai tentar fazer algo para desviar a o foco para outro assunto, igual o Lula fez no mensalão. É uma pouca vergonha é como disse nossa amiga thati...(isso é uma afronta a nossa capacida intelectual)
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Fonte?

Bem, que haja superfaturamento de qualquer coisa nas compras dos nossos canditatos, não há dúvida. Que eles admitam que façam comprinhas inocentes não é novidade.

Nós vamos ficar só olhando, como sempre?

Infelizmente, nós vamos sim, continuar sendo desprezados e humilhados pelos congressistas deste país, não tenham duvida... E pouca coisa pode ser feita para evitar que isso aconteça...
Já alguém disse e eu mesma já repeti isso aqui dentro do forum, mas sempre vale lembrar que o grande problema do Brasil é que quem elege os politicos, e não são os que lêem jornais...Mas sim aqueles que limpam o traseiro com eles... Infelizmente

Está é mais uma dos nossos politicos, que teimam e abusam da nossa inercia (será que é assim???).

Temos que tomar medidas e corajem para combater estes tipos de falcatruas, afinal de contas estão metendo a mão nos nossos bolsos, pois somos nós que pagamos impostos.

Vamos mudar este país.:censu:

É... o q parece, é q ele tentou consertar a mancada q ele deu, mas so piorou o situação dele, ficou mais feio ainda na fita hahahaha!!! Mas tenho CERTEZA (sertesa??????) q ele vai tentar fazer algo para desviar a o foco para outro assunto, igual o Lula fez no mensalão. É uma pouca vergonha é como disse nossa amiga thati...(isso é uma afronta a nossa capacida intelectual)

A ex ministra Matilde Ribeiro (graças a Deus) disse na sua despedida que foi mal orientada e que nao sabia estar usando irregularmente o cartao de pagamentos do governo :redcard:.
É muita cara de pau. :fire:

Nós que nao temos titica dentro da cabeça jamais iremos acreditar que "ela nao sabia", assim como o senhor deputado citado acima.

Mas pensando bem esse negocio de nao saber é mesmo com o pessoal do governo Lula.
Ele mesmo nao "sabia de nada" que se passava dentro do Alvorada ha 10 metros do seu gabinete.
Se ele, o todo poderoso e imortal presidente do Brasil, nao pode saber de tudo, como que uma simples colaboradora de um ministerio de pouca importancia poderia saber que usar o cartao em restaurante e bares nao era permitido?
Fizeram uma grande maldade com a ex ministra.
Fiquei penalisada vendo seu desapontamento na despedida, como quem querendo dizer: a boquinha acabou! ô dó! :fire:
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Fizeram uma grande maldade com a ex ministra.
Ditto.

Mas é uma boa manobra política da Casa Civil. Queimar algum ocupante de cargo sem importância e representatividade política a fim de dar uma espécie de "aviso" aos seus companheiros de maior escalão para ficarem espertos com as contas e não serem pegos pelo TCU.

Espertos são aqueles que estão fazendo saques em dinheiro. :lol:
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Já alguém disse e eu mesma já repeti isso aqui dentro do forum, mas sempre vale lembrar que o grande problema do Brasil é que quem elege os politicos, e não são os que lêem jornais...Mas sim aqueles que limpam o traseiro com eles... Infelizmente

Isso é preconceito puro.

A sua frase está relacionada com duas teses totalmente furadas, a primeira conjuntural e a segunda estrutural.

A eleição do governo do PT (principalmente a última) foi fruto de uma ampla aliança entre setores populares, a classe média e a elite. É desnecessário dizer isso, uma vez que os efeitos (e as dificuldades) de tal aliança são visíveis em qualquer momento desse governo. Suas ações tentam criar um consenso quase impossível, através de um equilíbrio de interesses que são contraditórios.

Tendo em vista essa situação, que é conjuntural, esse discurso de "eleito pelos pobres e, portanto, analfabetos, ignorantes e manipuláveis" é sempre sacado do baú por setores conservadores e retrógrados. Serve para encobrir uma situação que é muito mais complexa e desviar as atenções para outros pontos.

A segunda tese que a sua frase supõe é que a imprensa, e especificamente a imprensa escrita, é a única forma de acesso "verdadeiro" à realidade. Sendo assim, quem não lê jornal é ignorante.

Isso também é totalmente furado, por diversos motivos. A imprensa nacional é uma das piores do mundo. Dado que a imparcialidade é um mito, o mínimo que uma imprensa séria deve fazer é explicitar ao máximo o seu posicionamento político (e ideológico). Qualquer passada de olhos pelos principais jornais do país mostra que isso não acontece. Muito pelo contrário, todos se apresentam como arautos da "verdade" (a única verdadeira). A situação é tão ridícula que a nossa imprensa tenta aparecer como a síntese da sociedade civil.

Se por "jornais" você se se refere aos principais diários nacionais, como O Globo, a Folha, o Jornal do Brasil etc, é perfeitamente possível estar melhor informado, isto é, ter uma compreensão mais clara da realidade, sem ler nenhum destes do que fazendo-o.

Uma questão menor que a sua frase levanta seria a pretensa superioridade da imprensa escrita sobre a televisiva. Isso também é besteira, são igualmente ruins. Não é raro que o Jornal Nacional (que tem altos índices de audiência dentre as classes populares) seja apenas uma versão lida e com imagens do Jornal O Globo. Se a questão aqui é estar informado pela imprensa, tanto faz ser a escrita ou televisiva e, tal como é óbvio, essas pessoas as quais você se refere como "aqueles que limpam o traseiro com eles [os jornais]" são espectadores diários do Jornal Nacional, como já foi dito, apenas uma versão do Jornal O Globo. Ou seja, ainda que a imprensa fosse a forma correta (ou a melhor forma) de acessar a realidade (e isso certamente não é verdade), essas pessoas que você considera tão ignorantes estariam tão (mal) informadas quanto o leitor de qualquer jornal.

No entanto, mesmo sendo inteiramente falsa, a sua frase é bastante interessante. Revela um preconceito de classe e uma ignorância política bastante arraigados na classe média brasileira. Além de um saudosismo por "aqueles bons tempos" em que os senhores liam os jornais enquanto eram servidos por escravos analfabetos e que, naturalmente, que não tinham direito a voto.

Essa é a melhor parte do clichê, uma vez que fica subentendida. Ao dizer que "o grande problema do Brasil" é o voto daqueles que não lêem jornais, de onde subentende-se que você fala dos analfabetos ou semi-alfabetizados, duas opções são claras: ou você defende a alfabetização em massa da população (iniciativa posta em prática à décadas) e, quem sabe, a distribuição ampla dos jornais, ou a proibição do voto dos analfabetos (e/ou ignorantes, sabe-se lá por qual critério). Eu não vou arriscar aqui qual é a sua opinião, mas posso garantir que o autor da frase (e acredite, essa não é uma frase nova) era um partidário ferrenho da segunda alternativa.

A partir daí as coisas ficam bem claras: analfabetos são cidadãos de segunda categoria que, por não lerem a grandiosa imprensa brasileira, são obviamente ignorantes que não deveriam votar. Só detêm a chave da real compreensão da realidade nacional os leitores dos grandes jornais. Esse analfabetos devem ser realmente muito idiotas para não verem isso (afinal de contas está óbvio!) e abdicarem do seu direito ao voto (que não foi dado de bandeja para ninguém, mas é fruto de diversas lutas).

Uma pequena observação: Eu não sou petista e, embora tenha votado no Lula, discordo de inúmeros pontos desse governo. Não estou aqui defendendo o Lula, o PT ou a classe política, mas é um absurdo esse tipo de argumentação, que surge com alguma freqüência, e tenta eximir a classe média de qualquer responsabilidade pela situação do país.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

cara politico são vagabundos(no sentido real da palavra), cara povim sem carater.
não estão nem ai para a populãçõa, e ainda so porque tem algum cargo no governo não podem ser press ou processados?... fala sériu.
cara aquele filho do Lobão(que é daqui do MA, e que todo mundo sabe que ele rouba mesmo mesmo mesmo) ele é de uma cara de pau.
O Lobão aqui, a maioria das pessoas que tem um minimo de estudo quer ver ele morto, o sujeito é uma mumia de velho e trapaceiro.
Sarney é diabo aqui, igual o ACM(esse ja morreu) , uma peste que fica roubando toda a população, por issso que esse estado aqui não vai pra frente, tudo o ue é de pesquisas que tem no Brasil, o MARANHÂO fica em ultimo lugar, pobre lascado.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Isso é preconceito puro.

A sua frase está relacionada com duas teses totalmente furadas, a primeira conjuntural e a segunda estrutural.

A eleição do governo do PT (principalmente a última) foi fruto de uma ampla aliança entre setores populares, a classe média e a elite. É desnecessário dizer isso, uma vez que os efeitos (e as dificuldades) de tal aliança são visíveis em qualquer momento desse governo. Suas ações tentam criar um consenso quase impossível, através de um equilíbrio de interesses que são contraditórios.

Tendo em vista essa situação, que é conjuntural, esse discurso de "eleito pelos pobres e, portanto, analfabetos, ignorantes e manipuláveis" é sempre sacado do baú por setores conservadores e retrógrados. Serve para encobrir uma situação que é muito mais complexa e desviar as atenções para outros pontos.

A segunda tese que a sua frase supõe é que a imprensa, e especificamente a imprensa escrita, é a única forma de acesso "verdadeiro" à realidade. Sendo assim, quem não lê jornal é ignorante.

Isso também é totalmente furado, por diversos motivos. A imprensa nacional é uma das piores do mundo. Dado que a imparcialidade é um mito, o mínimo que uma imprensa séria deve fazer é explicitar ao máximo o seu posicionamento político (e ideológico). Qualquer passada de olhos pelos principais jornais do país mostra que isso não acontece. Muito pelo contrário, todos se apresentam como arautos da "verdade" (a única verdadeira). A situação é tão ridícula que a nossa imprensa tenta aparecer como a síntese da sociedade civil.

Se por "jornais" você se se refere aos principais diários nacionais, como O Globo, a Folha, o Jornal do Brasil etc, é perfeitamente possível estar melhor informado, isto é, ter uma compreensão mais clara da realidade, sem ler nenhum destes do que fazendo-o.

Uma questão menor que a sua frase levanta seria a pretensa superioridade da imprensa escrita sobre a televisiva. Isso também é besteira, são igualmente ruins. Não é raro que o Jornal Nacional (que tem altos índices de audiência dentre as classes populares) seja apenas uma versão lida e com imagens do Jornal O Globo. Se a questão aqui é estar informado pela imprensa, tanto faz ser a escrita ou televisiva e, tal como é óbvio, essas pessoas as quais você se refere como "aqueles que limpam o traseiro com eles [os jornais]" são espectadores diários do Jornal Nacional, como já foi dito, apenas uma versão do Jornal O Globo. Ou seja, ainda que a imprensa fosse a forma correta (ou a melhor forma) de acessar a realidade (e isso certamente não é verdade), essas pessoas que você considera tão ignorantes estariam tão (mal) informadas quanto o leitor de qualquer jornal.

No entanto, mesmo sendo inteiramente falsa, a sua frase é bastante interessante. Revela um preconceito de classe e uma ignorância política bastante arraigados na classe média brasileira. Além de um saudosismo por "aqueles bons tempos" em que os senhores liam os jornais enquanto eram servidos por escravos analfabetos e que, naturalmente, que não tinham direito a voto.

Essa é a melhor parte do clichê, uma vez que fica subentendida. Ao dizer que "o grande problema do Brasil" é o voto daqueles que não lêem jornais, de onde subentende-se que você fala dos analfabetos ou semi-alfabetizados, duas opções são claras: ou você defende a alfabetização em massa da população (iniciativa posta em prática à décadas) e, quem sabe, a distribuição ampla dos jornais, ou a proibição do voto dos analfabetos (e/ou ignorantes, sabe-se lá por qual critério). Eu não vou arriscar aqui qual é a sua opinião, mas posso garantir que o autor da frase (e acredite, essa não é uma frase nova) era um partidário ferrenho da segunda alternativa.

A partir daí as coisas ficam bem claras: analfabetos são cidadãos de segunda categoria que, por não lerem a grandiosa imprensa brasileira, são obviamente ignorantes que não deveriam votar. Só detêm a chave da real compreensão da realidade nacional os leitores dos grandes jornais. Esse analfabetos devem ser realmente muito idiotas para não verem isso (afinal de contas está óbvio!) e abdicarem do seu direito ao voto (que não foi dado de bandeja para ninguém, mas é fruto de diversas lutas).

Uma pequena observação: Eu não sou petista e, embora tenha votado no Lula, discordo de inúmeros pontos desse governo. Não estou aqui defendendo o Lula, o PT ou a classe política, mas é um absurdo esse tipo de argumentação, que surge com alguma freqüência, e tenta eximir a classe média de qualquer responsabilidade pela situação do país.


Paulo, como vc explica as porcentagens de votos do Lula nas classes baixas? Dizer que pobre analfabeto é burro e/ou incapaz de votar é uma coisa, outra completamente diferente é negar o fato do Lula ter sido eleito com votos das camadas mais baixas em sua maioria.

Eu acho (note que isso é um "achismo" meu) que o que a Manuu quis era enfatizar que a nossa educação é uma merda e teríamos políticos melhores se as pessoas que votassem tivessem educação de qualidade e não fosse analfabetos. Vc discorda disso?
 
Última edição:
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Como diria Válter Dursley: Quando é que vão entender, que a forca é a única solução para gente assim?

Vejo duas soluções para esse problema: Fiscalização ou cancelamento de mais esse beneficio.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Paulo, como vc explica as porcentagens de votos do Lula nas classes baixas? Dizer que pobre analfabeto é burro e/ou incapaz de votar é uma coisa, outra completamente diferente é negar o fato do Lula ter sido eleito com votos das camadas mais baixas em sua maioria.

A explicação subjacente àquela frase, e a preferida da grande mídia, é que escolaridade baixa (e/ou baixa renda) tornam o eleitor mais manipulável. As classes populares votaram no Lula não porque são ingênuas e foram manipuladas, mas porque o atual presidente conseguiu vincular o seu projeto político às aspirações dessas classes. Da mesma forma que Alckmin o fez em relação à direita neoliberal.

É falso dizer que o Lula foi eleito com o voto do pobres e ignorantes (seja lá o que isso signifique). Segundo a pesquisa do Datafolha às vésperas da eleição:

"Entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, Lula ganhou cinco pontos percentuais (passou de 38% para 43%) (...)"

"Entre os que têm escolaridade superior, Lula ganhou quatro pontos percentuais, levando-se em consideração o total de votos, em três dias, passando de 40% para 44% das preferências. (...)"

Esses dados poderiam ser do IBOPE, mas o site do Datafolha é mais acessível. Se o Lula não tem a maioria dos votos entre esses dois extratos da população, chega muito perto disso. E, da mesma forma que Lula teve eleitores ricos e letrados, Alckmin também foi escolhido por eleitores pobres e com baixa escolaridade.

Faz-se tanto alarde em cima dos "votos do pobres e ignorantes" que se perde totalmente a dimensão do que está em discussão. A desigualdade no Brasil é imensa, mas não chega ao ponto de um candidato receber a totalidade dos votos dos pobres e o outro dos ricos.

Então, se por "maioria" você se refere à uma diferença de seis pontos percentuais dentre os eleitores com curso superior, é verdade que o Alckmin foi o preferido. No entanto, isso não chega nem perto do massacre que é propagandeado por aí.

Vale o esclarecimento: recorrer à esses dados não significa que eu acredite na relação entre interpretação crítica da realidade e escolaridade, nem acho que alguém com curso superior está mais apto à votar do que um analfabeto. A idéia foi demonstrar como, mesmo partindo de um pressuposto falso, esse argumento é irreal.

Eu acho (note que isso é um "achismo" meu) que o que a Manuu quis era enfatizar que a nossa educação é uma merda e teríamos políticos melhores se as pessoas que votassem tivessem educação de qualidade e não fosse analfabetos. Vc discorda disso?

Discordo. Como eu já disse, ser escolarizado não significa ter uma melhor compreensão do mundo. Não há relação direta aqui, embora a escolarização possa tornar isso mais fácil.

É o velho clichê, utilizado até por candidatos à presidência, de que a educação é a solução do Brasil. Não é. Isso parece ter raízes na "pedagogia da esponja", ou seja, o aluno é um idiota completo, verdadeiro ser vazio, à espera do contato com o mestre iluminado e detentor de todos os conhecimentos úteis. A partir da exposição sistemática desse ser fantástico (o professor), o aluno absorve o conhecimento (e a civilidade etc) e torna-se então (e apenas nesse momento) um ser humano completo.

Isso é besteira e está completamente ultrapassado. Ninguém ensina nada, são os outros que aprendem, ou não. E a escola não detém a exclusividade ou a totalidade dos conhecimentos e práticas necessários para formar um cidadão ou a consciência crítica. Muito pelo contrário, dependendo do que definimos como cidadão, a presença da escola é pior do que sua ausência.

Se, por outro lado, estamos falando de um escola que é fundamentalmente diferente da instituição que conhecemos hoje, as coisas podem ser um pouco diferentes. No entanto, mesmo essa não detém a totalidade dos conhecimentos e práticas fundamentais para a cidadania.

O discurso que você apresenta, e que aquela frase expressa com uma inocência ímpar, é a defesa da elite escolarizada. Repito mais uma vez: não há relação direta entre grau de escolaridade e interpretação crítica do mundo (logo, aptidão para votar). Abraçar esse discurso é defender a proibição do voto dos analfabetos e acabar com qualquer vestígio de democracia que ainda permeie a nossa sociedade.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

A explicação subjacente àquela frase, e a preferida da grande mídia, é que escolaridade baixa (e/ou baixa renda) tornam o eleitor mais manipulável. As classes populares votaram no Lula não porque são ingênuas e foram manipuladas, mas porque o atual presidente conseguiu vincular o seu projeto político às aspirações dessas classes. Da mesma forma que Alckmin o fez em relação à direita neoliberal.

É falso dizer que o Lula foi eleito com o voto do pobres e ignorantes (seja lá o que isso signifique). Segundo a pesquisa do Datafolha às vésperas da eleição:

"Entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, Lula ganhou cinco pontos percentuais (passou de 38% para 43%) (...)"

"Entre os que têm escolaridade superior, Lula ganhou quatro pontos percentuais, levando-se em consideração o total de votos, em três dias, passando de 40% para 44% das preferências. (...)"

Esses dados poderiam ser do IBOPE, mas o site do Datafolha é mais acessível. Se o Lula não tem a maioria dos votos entre esses dois extratos da população, chega muito perto disso. E, da mesma forma que Lula teve eleitores ricos e letrados, Alckmin também foi escolhido por eleitores pobres e com baixa escolaridade.

Faz-se tanto alarde em cima dos "votos do pobres e ignorantes" que se perde totalmente a dimensão do que está em discussão. A desigualdade no Brasil é imensa, mas não chega ao ponto de um candidato receber a totalidade dos votos dos pobres e o outro dos ricos.
Então, se por "maioria" você se refere à uma diferença de seis pontos percentuais dentre os eleitores com curso superior, é verdade que o Alckmin foi o preferido. No entanto, isso não chega nem perto do massacre que é propagandeado por aí.

Vale o esclarecimento: recorrer à esses dados não significa que eu acredite na relação entre interpretação crítica da realidade e escolaridade, nem acho que alguém com curso superior está mais apto à votar do que um analfabeto. A idéia foi demonstrar como, mesmo partindo de um pressuposto falso, esse argumento é irreal.
Mais significativo do que a diferença de seis pontos entre o Alckmin e o Lula entre os que tem curso superior é a diferença entre o Lula e o Alckmin entre os menos escolarizados, que a pesquisa não mostra (ou que eu não consegui achar).

Entre os que têm escolaridade superior, Lula ganhou quatro pontos percentuais, levando-se em consideração o total de votos, em três dias, passando de 40% para 44% das preferências. Geraldo Alckmin, que tinha 54% nesse estrato no levantamento anterior, tem agora 50%. Ou seja, uma diferença de seis pontos percentuais a favor do tucano. Na primeira pesquisa do segundo turno, Alckmin estava 21 pontos à frente de Lula entre os mais escolarizados (56% a 35%).

Lula deu uma arrancada sinistra no final (Alckmin cavalo paraguaio?) mas a diferença de 21 (VINTE E UM) pontos na primeira pesquisa é representativa demais pra passar em branco.

Discordo. Como eu já disse, ser escolarizado não significa ter uma melhor compreensão do mundo. Não há relação direta aqui, embora a escolarização possa tornar isso mais fácil.

É o velho clichê, utilizado até por candidatos à presidência, de que a educação é a solução do Brasil. Não é. Isso parece ter raízes na "pedagogia da esponja", ou seja, o aluno é um idiota completo, verdadeiro ser vazio, à espera do contato com o mestre iluminado e detentor de todos os conhecimentos úteis. A partir da exposição sistemática desse ser fantástico (o professor), o aluno absorve o conhecimento (e a civilidade etc) e torna-se então (e apenas nesse momento) um ser humano completo.

Isso é besteira e está completamente ultrapassado. Ninguém ensina nada, são os outros que aprendem, ou não. E a escola não detém a exclusividade ou a totalidade dos conhecimentos e práticas necessários para formar um cidadão ou a consciência crítica. Muito pelo contrário, dependendo do que definimos como cidadão, a presença da escola é pior do que sua ausência.

Se, por outro lado, estamos falando de um escola que é fundamentalmente diferente da instituição que conhecemos hoje, as coisas podem ser um pouco diferentes. No entanto, mesmo essa não detém a totalidade dos conhecimentos e práticas fundamentais para a cidadania.

O discurso que você apresenta, e que aquela frase expressa com uma inocência ímpar, é a defesa da elite escolarizada. Repito mais uma vez: não há relação direta entre grau de escolaridade e interpretação crítica do mundo (logo, aptidão para votar). Abraçar esse discurso é defender a proibição do voto dos analfabetos e acabar com qualquer vestígio de democracia que ainda permeie a nossa sociedade.
Sobre o que eu coloquei em negrito no seu texto, educação não é isso. É através do acesso à cultura e à informação. E isso é feito de modo eficaz num leitor atento e com senso crítico.

Mas como vc NÃO acredita na educação como instrumento de transformação social/econômica, fica complicada essa discussão. Aliás, isso me deixa espantado!
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Mais significativo do que a diferença de seis pontos entre o Alckmin e o Lula entre os que tem curso superior é a diferença entre o Lula e o Alckmin entre os menos escolarizados, que a pesquisa não mostra (ou que eu não consegui achar).

(...)

Lula deu uma arrancada sinistra no final (Alckmin cavalo paraguaio?) mas a diferença de 21 (VINTE E UM) pontos na primeira pesquisa é representativa demais pra passar em branco.

Diferença que caiu ao longo da disputa. Ou seja, conforme os eleitores conheceram os projetos políticos de cada candidato. Eu já tinha falado isso aqui:

As classes populares votaram no Lula não porque são ingênuas e foram manipuladas, mas porque o atual presidente conseguiu vincular o seu projeto político às aspirações dessas classes. Da mesma forma que Alckmin o fez em relação à direita neoliberal.

E aqui:

A eleição do governo do PT (principalmente a última) foi fruto de uma ampla aliança entre setores populares, a classe média e a elite. É desnecessário dizer isso, uma vez que os efeitos (e as dificuldades) de tal aliança são visíveis em qualquer momento desse governo. Suas ações tentam criar um consenso quase impossível, através de um equilíbrio de interesses que são contraditórios.

Pouco importa a diferença antes da construção desse consenso em torno da figura do Lula. O que estava em discussão é se ele foi eleito majoritariamente por analfabetos. Conforme está óbvio, não foi.

Sobre o que eu coloquei em negrito no seu texto, educação não é isso. É através do acesso à cultura e à informação. E isso é feito de modo eficaz num leitor atento e com senso crítico.

Obviamente educação não é aquilo, o que eu afirmo no parágrafo seguinte. Mas a educação é vista dessa forma por qualquer um que acredite em "ignorante = não-letrado" e/ou "consciente e crítico = letrado".

O processo de aprendizado é muito mais complexo do que isso e se dá, fundamentalmente, fora da escola. O seu post anterior (e os anteriores e o senso comum) criam um vínculo (e o naturalizam) entre a educação e a escola. Isso é errado uma vez que se entenda educação como processo de aprendizado.

Mas como vc NÃO acredita na educação como instrumento de transformação social/econômica, fica complicada essa discussão. Aliás, isso me deixa espantado!

Você não entendeu: eu não acredito na escola (isto é, na escola padrão) como instrumento de transformação social. Se você entende a escola como o lugar de direito da educação, então a sua afirmação está certa.

No entanto, se você vê escola e educação como duas coisas separadas e não necessariamente relacionadas, e mais, se vê possibilidades educacionais (e escolares) diversas das que são dominantes hoje, então eu não só acredito nesse papel transformador como me vínculo à este.

O ponto é que a escola como nós conhecemos é conformadora e não transformadora. Certamente existe uma infinidade de projetos educacionais (e escolares) que são transformadores, mas estes rompem por completo com a nossa estrutura educacional padrão.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Esse governo é uma palhaçada tão grande que eu só fico dando risada. Meu Deus, eu nem preciso procurar escândalos.... surge um todo dia :lol:

Jesus, Paulo, muda de partido. :rofl:


Vai um texto do Noblat pra começar bem o dia
Sobrou transparência. Faltou vergonha

Este é o país da piada pronta. E este é o governo do escândalo pronto.

Há momentos em que alguém se oferece para denunciar um - como fez o ex-deputado Roberto Jefferson no episódio do Mensalão. Há outros em que a Polícia Federal, meio sem querer, detona um escândalo de grande porte. Ocorreu com os Aloprados - a tentativa de compra por empregados do comitê eleitoral de Lula de um dossiê contra candidatos do PSDB.

A imprensa foi responsável pela descoberta de outros tantos escândalos.

De original, no escândalo de despesas desregradas e absurdas feitas com alguns dos 11 mil cartões de crédito corporativos, é o fato de que foi o próprio governo que o revelou. Por descuido, é claro. As informações a respeito estão disponíveis no site Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União. Em certos casos, o que dá trabalho, digamos, é ligar o nome à pessoa.

Foi moleza ligar o nome de Matilde Ribeiro à da titular da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial. Ou o de Orlando Silva de Jesus Júnior ao do ministro dos Esportes. Esse pagou com cartão uma tapioca de R$ 8,00. Por excesso de zelo - ou para que o deixem em paz - devolveu os R$ 30 mil que havia gastado com o cartão.

O difícil é identificar entre milhares de nomes desconhecidos os usuários laranjas de cartões a serviço de autoridades dos primeiros escalões da República. E o mais difícil é conferir o que de fato eles compraram. Um pano para mesa de sinuca, por exemplo. Ou artefatos para churrasco. O nome da empresa que vende algo aparece no site. O que ela vendeu, não necessariamente.

Jornalista existe para escarafunchar essas e outras cositas.

Pelo visto, o governo estava despreparado para exibir parte de suas entranhas como ele mesmo se dispôs. Sobrou transparência - louve-se o governo por isso. Faltou seriedade - pau nele.

O carnaval acabou, mas o período de festa da oposição está mal começando. Ela ameaça com uma CPI do Cartão. O antídoto à CPI será a entrega mais rápida e em maior número de cargos públicos a aliados do governo. Mais adiante, bastará pesquisar os negócios nebulosos que prosperaram a partir do loteamento da administração.

Uma mão lava a outra. Um escândalo dá origem a outro.

e outro do José Negreiros

Nem a mais incompetente oposição, nem o mais populista líder político, como Lula, conseguirá evitar as conseqüências da poderosa propaganda antigoverno que a despensa do Palácio do Planalto acaba de por nas mãos dos adversários para ser usada nas eleições municipais deste ano.

Mensalão, sanguessugas e aloprados eram escândalos complicados demais para o eleitor médio entender, mas a tungada dos cartões, não. Onze mil companheiros tinham cartão de crédito para gastar ou sacar dinheiro para fazer compras.

Para o governo? Não. Para os próprios companheiros, como demonstram os importados da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), o chopinho do ministro Altemir Gregolin (Pesca) e a tapioca do colega Orlando Silva (Esportes).

Se esses três personagens, sobre os quais ninguém ouviu falar, fizeram uma farra de um quarto de milhão de reais, o que não deve estar acontecendo com um ministro de verdade, que tem mesmo contas a pagar?

Infelizmente não se pode mais saber com apenas alguns cliques (pelo menos no caso das despesas de Lula), pois por ordem do general Jorge Félix, encarregado da segurança do presidente, a cozinha de Lula é um problema de segurança nacional. A intervenção do general tem pelo menos a vantagem de mostrar para o contribuinte que o governo tem, sim, algo a esconder.

Por qualquer ângulo que se tente analisar o assunto ele é uma hilariante mistura de corrupção e cara de pau. Em vez de recursos não contabilizados, Matilde chamou os seus R$ 171.500 de “erro” e antes de ser demitida mandou dois assessores embora. A ex-ministra não se enganou. Ao contrário. Acertou em cheio. Só que com o meu, o seu, o nosso. Com isso os aloprados evitaram intermediários e complicadas operações cruzadas. Era só pegar o cartão e sacar.

Desta vez não é preciso sequer investigar, pois os petistas resolveram inovar e criar a caixa preta da roubalheira, que é o site Transparência (www.portaltransparência.gov.br) , de onde o general Jorge, aborrecido com a verdade, mandou tirar os dados das comprar de supermercado de Lula. Até o slogan do horário eleitoral da oposição está incluído: “Existem pouquíssimas coisas que o dinheiro não pode comprar. Para todo o resto existe o cartão corporativo Visa Companheiro!”
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Vocês viram que o exagero não era só em número de veículos no caso da segurança da "filhinha" do Lula Lurian em SC, os seguranças dela também estavam na farra dos cartões.
Vergonha.
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Vocês viram que o exagero não era só em número de veículos no caso da segurança da "filhinha" do Lula Lurian em SC, os seguranças dela também estavam na farra dos cartões.
Vergonha.

Vai com calma, valente. Uma coisa nada tem a ver com a outra. O lance dos carros não foi nada demais. Você tem que saber filtrar as críticas, se não o seu argumento vai ficar furado. Não embola as coisas. ;)

Saindo um pouco do assunto, eu acho que o grande problema nesse lance dos cartões foi o descontrole na emissão. 11.500 funcionários tem o cartão????? WTF????
 
Re: Cartão Coorporativo (literalmente)!

Vai com calma, valente. Uma coisa nada tem a ver com a outra. O lance dos carros não foi nada demais. Você tem que saber filtrar as críticas, se não o seu argumento vai ficar furado. Não embola as coisas. ;)

Saindo um pouco do assunto, eu acho que o grande problema nesse lance dos cartões foi o descontrole na emissão. 11.500 funcionários tem o cartão????? WTF????

Você tem razão, estava só enchendo um pouco!
Mas voltando ao seu assunto, com certeza o descontrole foi total, só não entendi uma coisa. Qual era o limite desses cartões?
Era gaste a vontade que o Papai Lula paga?
 

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