Exato, mas infelizmente no Brasil não funciona assim. Defender o Estado de Direito não rende votos nem seguidores. O que temos são torcidas uniformizadas, o que importa é defender incondicionalmente seu time e seus jogadores. Não há meio-termo, é a terra de "Se não está a nosso favor, então está contra nós".
Sim, mas as coisas estão mudando. Se é possível convencerum malufista que Maluf não presta então temos salvação.
É claro que uma das coisas que está mudando é essa postura de "times". Até alguns anos atrás, seria impossível eleitor não ser petista roxo (que se comportavam da mesma forma que flamenguistas/corintianos/etc., roxos).
Hoje em dia, é possível encontrar um único eleitor que seja que não torce/reza tudo para o partido, sem qualquer distanciamento crítico se o partido não está fazendo merda.
Tudo bem que Primula não é a população. Mas o que quero dizer é isto: antes tínhamos o "time dos pobres" e o "time das elites intelectuais", e cada um via seu próprio umbigo sem nenhum defeito. Não existia racionalização crítica para encontrar o "próprio defeito" quando pensávamos em eleitores.
(mesmo porque não é do indivíduo: quando escolhemos mal uma refeição que cai bem para o nosso paladar, a culpa é antes nossa do que do chef da casa, não?)
Isso é um fenômeno recente. Diabos, só existem pessoas conforme esta especificação AGORA e incrivelmente temos várias delas aqui mesmo no fórum. (uma estatística acima de outros lugares da internet).
Já comentei que minhas idéias aparecem do nada em alguns jornais, pela voz de outras pessoas. Não quero crer que saiu sozinho da cabeça dessas pessoas. Provavelmente, até o 5o. ou 6o. grau, algum amigo falou com um conhecido até chegar na voz das "pessoas formadoras de opinião".
Na verbalização de idéias fora do mainstrain, acabamos por fazer a revolução silenciosa, aquela que devia ter sido feita ao invés de "vamos pegar em armas". (quando um bando de CDF pega em armas, claro que tem de aprender a manejar arma mais do que usar a cabeça e o intelecto)
O que quero dizer: os políticos TERÃO de mudar aos poucos esse negócio de "MEU partido". Aliás, a lei que pune os políticos vira-casacas reflete que há uma tendência deles perceberem que não há aliados confiaveis nessa guerra. O que as pessoas fazem quando estão assustadas? Tomam decisões idiotas (como abandonar amigos, para conseguir simpatia de falsários e agiotas).
Eventualmente, assim como nossa história tornou possível o desenvolvimento de Engethores, Gildores, jovens entre 25 a 35 anos que PENSAM com o cérebro e não com a boca do estômago/fígado (emoções), também é natural que estes conduzam a "moralização" dos políticos. Não porque é o certo, mas porque se não o fizerem, a mudança dos tempos vai dizimá-los.
Isso é uma das coisas que mais me desanima com política, de forma geral. Na verdade, com política partidária, pra ser mais exato.
Au contraire, mon ami!
O momento não podia ser melhor. Não é mais necessário lutar com os braços, nem pegar em armas, ou dar sua vida para um país podre.
O fato de podermos criticar sem sermos mortos, o fato dos podres virem à tona é um sinal de que estamos mudando. Claro que nada muda da noite para o dia, mas considerando os anos de estagnação (militares), porque "povo não sabe votar", até que estamos andando tremendamente rápido.
Não seria possível saber que os donos da Escola Base de São Paulo - acusados de pedofilia - eram inocentes, num universo de tão somente retribuição/vingança. No entanto, na época o universo da histeria coletiva acabou com a vida dos profissionais da escola, num exemplo clássico de fascismo (a força de muitos esmagando uma pessoa).
E esse é um exemplo é que podemos agora realizar atos que reverberam por anos, e até décadas, se assim quisermos. Para o bem, e no caso, para o mal.
http://www.espacoacademico.com.br/054/54lima.htm
(Na verdade, eu só arrumei um assunto qualquer pra postar aqui, porque fiquei surpreso com o post do ENGETHOR!)
idem.
Só frise-se que não se pode confundir as coisas, porque tem gente dizendo que os cartões são uma marca da corrupção e devem ser extintos. Os cartões corporativos são importantíssimos. Não fosse por eles, a corrupção certamente viria sendo ainda maior e, pior, não teríamos como saber disso. Os cartões foram criados com o propósito de transparência, e nisso vêm sendo de grande valia. Só talvez se tenha que restringir as compras de algum modo, ou aumentar a fiscalização.
Aqui reforço as palavras de Eriadan. Para compras PEQUENAS e de emergencia realmente estão sendo uma mão na roda.
Mas de novo, nossa cultura de passar a mão que está sendo revelada e, claro, temos de punir e mostrar que não é bem assim.
Não me importa que dê em pizza... mas eu fico de olho para não votar neles (como não voto no vice de Celso Daniel, que anda fazendo coisas estranhas em Santo andré)