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Cartão Corporativo (literalmente)!

Se é criminoso, não me importa o partido, ou se é "MEU" partido, eu quero a justiça começando a funcionar, senão o Estado de Direito perde qualquer sentido.
Exato, mas infelizmente no Brasil não funciona assim. Defender o Estado de Direito não rende votos nem seguidores. O que temos são torcidas uniformizadas, o que importa é defender incondicionalmente seu time e seus jogadores. Não há meio-termo, é a terra de "Se não está a nosso favor, então está contra nós".

Falando nisso...



Meu Eru, é aquela coisa: no Brasil não basta ser mulher de César, tem que parecer mulher de César. Aff. A mais completa inversão dos princípios básicos de a quem recorre o ônus.
Lordpas, eu vendo peneiras para tapar o sol. Quantos lotes você vai comprar? :P

Você entendeu errado o ditado. Em países minimamente sérios, não basta à mulher de César ser honesta, ela tem que parecer honesta. No Brasil, ao contrário, ela pode ser qualquer coisa, porque ninguém é responsável, a culpa é sempre do "outro". Você quer uma política em que ninguém tenha que parecer honesto? Bem-vindo ao Brasil!


E que noção de Estado anda circulando por aí, hein? Desde quando o governo é PT?
Quem é o chefe de governo no seu país? Quem é responsável pela escolha dos ministros? Quem é responsável pelas alianças?
Um problema sério do Brasil é que ninguém assume responsabilidade. Lula não é responsável por coisa alguma, o PT não é responsável. A culpa é do outro.


Ao que eu saiba o governo é uma grande coalizão de diversos setores da sociedade (uma frágil coalizão, mas ainda assim...). O PT partilha do poder, sim. Da maior parte dele? Sim também. Mas as responsabilidades devem ser também partilhadas por todos.
Ou seja, o magnânimo PT terceirizou as responsabilidades aos aliados. Afinal, a culpa é do _____.

Ao meu ver esse foco de o grande e poderoso partidão é muito nocivo a qualquer noção de Estado que alguém possa ter.
Hum, eu acho que essa história de poderoso partidão era algo que você tinha de ter tratado com o José Dirceu.
 
Exato, mas infelizmente no Brasil não funciona assim. Defender o Estado de Direito não rende votos nem seguidores. O que temos são torcidas uniformizadas, o que importa é defender incondicionalmente seu time e seus jogadores. Não há meio-termo, é a terra de "Se não está a nosso favor, então está contra nós".

Isso é uma das coisas que mais me desanima com política, de forma geral. Na verdade, com política partidária, pra ser mais exato.

As pessoas tratam partidos como se fossem times de futebol. Torcem pro partido incondicionalmente, de forma acrítica, da mesma forma que pro clube. Depois de anos de filiação, eu entendo que a pessoa se associe àquelas cores, àquela sigla, à bandeira, etc, mas não tem como não VER quando algo se degenera e deixa de ser o que deveria ser.

Eu acho que o PT está tendo uma postura, ]até certo ponto, bem razoável com essa questão dos cartões. Não está se opondo à investigar, o que é uma forma de "mea culpa". Isso é o melhor que alguém pode fazer quando nitidamente está errado. Muito melhor do que a negação, do que jogar a culpa pros outros, do que espernear, é fazer um mea culpa honesto. Vamos ver se o do PT com isso aí vai ser.

(Na verdade, eu só arrumei um assunto qualquer pra postar aqui, porque fiquei surpreso com o post do ENGETHOR!)
 
Engethor disse:
Lordpas, eu vendo peneiras para tapar o sol. Quantos lotes você vai comprar?

Você entendeu errado o ditado. Em países minimamente sérios, não basta à mulher de César ser honesta, ela tem que parecer honesta. No Brasil, ao contrário, ela pode ser qualquer coisa, porque ninguém é responsável, a culpa é sempre do "outro". Você quer uma política em que ninguém tenha que parecer honesto? Bem-vindo ao Brasil!

Não é isso. O problema é que no Brasil ninguém se salva do diz-que-me-diz infundado, Ibsen Pinheiro, alguém lembra? Quantos anos ele ficou "cassado" até provar que era inocente? Ou já caiu no esquecimento? Em países minimamente sérios os casos são apurados com coerência e rapidez.

Engethor disse:
Quem é o chefe de governo no seu país? Quem é responsável pela escolha dos ministros? Quem é responsável pelas alianças?
Um problema sério do Brasil é que ninguém assume responsabilidade. Lula não é responsável por coisa alguma, o PT não é responsável. A culpa é do outro.

Também não é o ponto ao qual me referia. Nunca existiu tanta discussão sobre governabilidade e etceteras. A solução que esse governo tenta encontrar (fragilmente) é o dito "governo de coalizão", dentro disso a noção de Estado não deve se confundir com a noção de um único partido. Cabe sim ao PT a responsabilidade de organização do executivo uma vez que o chefe do Estado é, inclusive, presidente de honra do mesmo. Então, não se trata de repasse de "culpas", mas sim de tentar averiguar nominalmente de quem é a tal culpa. A generalização coloca no mesmo balaio gente demais e diferente demais também. É nociva a própria democracia que se sustenta em alicerces partidários (incluindo aqui muitos dos ditos "setores organizados da sociedade civil").

É o que aconteceu hoje com o Ministro da Pesca, pra exemplificar. A CGU concluiu sua auditoria e Altemir Gregolin não fez gastos irregulares com o Cartão Coorporativo.
 
O que me pira é que só o governo de SP gastou no mesmo período quase o mesmo que o governo federal. :no:

Só frise-se que não se pode confundir as coisas, porque tem gente dizendo que os cartões são uma marca da corrupção e devem ser extintos. Os cartões corporativos são importantíssimos. Não fosse por eles, a corrupção certamente viria sendo ainda maior e, pior, não teríamos como saber disso. Os cartões foram criados com o propósito de transparência, e nisso vêm sendo de grande valia. Só talvez se tenha que restringir as compras de algum modo, ou aumentar a fiscalização.

Quanto à CPI, parece óbvio que vai dar em pizza. Quando tem essa história de "aliança" entre governo e oposição há sempre lameira no meio: os dois se sabem sujos e vão procurar ocultar as merdas que fizeram.
 
Última edição:
Exato, mas infelizmente no Brasil não funciona assim. Defender o Estado de Direito não rende votos nem seguidores. O que temos são torcidas uniformizadas, o que importa é defender incondicionalmente seu time e seus jogadores. Não há meio-termo, é a terra de "Se não está a nosso favor, então está contra nós".

Sim, mas as coisas estão mudando. Se é possível convencerum malufista que Maluf não presta então temos salvação. :lol:

É claro que uma das coisas que está mudando é essa postura de "times". Até alguns anos atrás, seria impossível eleitor não ser petista roxo (que se comportavam da mesma forma que flamenguistas/corintianos/etc., roxos).

Hoje em dia, é possível encontrar um único eleitor que seja que não torce/reza tudo para o partido, sem qualquer distanciamento crítico se o partido não está fazendo merda.

Tudo bem que Primula não é a população. Mas o que quero dizer é isto: antes tínhamos o "time dos pobres" e o "time das elites intelectuais", e cada um via seu próprio umbigo sem nenhum defeito. Não existia racionalização crítica para encontrar o "próprio defeito" quando pensávamos em eleitores.

(mesmo porque não é do indivíduo: quando escolhemos mal uma refeição que cai bem para o nosso paladar, a culpa é antes nossa do que do chef da casa, não?)

Isso é um fenômeno recente. Diabos, só existem pessoas conforme esta especificação AGORA e incrivelmente temos várias delas aqui mesmo no fórum. (uma estatística acima de outros lugares da internet).

Já comentei que minhas idéias aparecem do nada em alguns jornais, pela voz de outras pessoas. Não quero crer que saiu sozinho da cabeça dessas pessoas. Provavelmente, até o 5o. ou 6o. grau, algum amigo falou com um conhecido até chegar na voz das "pessoas formadoras de opinião".

Na verbalização de idéias fora do mainstrain, acabamos por fazer a revolução silenciosa, aquela que devia ter sido feita ao invés de "vamos pegar em armas". (quando um bando de CDF pega em armas, claro que tem de aprender a manejar arma mais do que usar a cabeça e o intelecto)

O que quero dizer: os políticos TERÃO de mudar aos poucos esse negócio de "MEU partido". Aliás, a lei que pune os políticos vira-casacas reflete que há uma tendência deles perceberem que não há aliados confiaveis nessa guerra. O que as pessoas fazem quando estão assustadas? Tomam decisões idiotas (como abandonar amigos, para conseguir simpatia de falsários e agiotas).

Eventualmente, assim como nossa história tornou possível o desenvolvimento de Engethores, Gildores, jovens entre 25 a 35 anos que PENSAM com o cérebro e não com a boca do estômago/fígado (emoções), também é natural que estes conduzam a "moralização" dos políticos. Não porque é o certo, mas porque se não o fizerem, a mudança dos tempos vai dizimá-los.

Isso é uma das coisas que mais me desanima com política, de forma geral. Na verdade, com política partidária, pra ser mais exato.

Au contraire, mon ami!

O momento não podia ser melhor. Não é mais necessário lutar com os braços, nem pegar em armas, ou dar sua vida para um país podre.

O fato de podermos criticar sem sermos mortos, o fato dos podres virem à tona é um sinal de que estamos mudando. Claro que nada muda da noite para o dia, mas considerando os anos de estagnação (militares), porque "povo não sabe votar", até que estamos andando tremendamente rápido.

Não seria possível saber que os donos da Escola Base de São Paulo - acusados de pedofilia - eram inocentes, num universo de tão somente retribuição/vingança. No entanto, na época o universo da histeria coletiva acabou com a vida dos profissionais da escola, num exemplo clássico de fascismo (a força de muitos esmagando uma pessoa).

E esse é um exemplo é que podemos agora realizar atos que reverberam por anos, e até décadas, se assim quisermos. Para o bem, e no caso, para o mal.

http://www.espacoacademico.com.br/054/54lima.htm

(Na verdade, eu só arrumei um assunto qualquer pra postar aqui, porque fiquei surpreso com o post do ENGETHOR!)

idem.

Só frise-se que não se pode confundir as coisas, porque tem gente dizendo que os cartões são uma marca da corrupção e devem ser extintos. Os cartões corporativos são importantíssimos. Não fosse por eles, a corrupção certamente viria sendo ainda maior e, pior, não teríamos como saber disso. Os cartões foram criados com o propósito de transparência, e nisso vêm sendo de grande valia. Só talvez se tenha que restringir as compras de algum modo, ou aumentar a fiscalização.

Aqui reforço as palavras de Eriadan. Para compras PEQUENAS e de emergencia realmente estão sendo uma mão na roda.

Mas de novo, nossa cultura de passar a mão que está sendo revelada e, claro, temos de punir e mostrar que não é bem assim.

Não me importa que dê em pizza... mas eu fico de olho para não votar neles (como não voto no vice de Celso Daniel, que anda fazendo coisas estranhas em Santo andré)
 
Terminar em Pizza? A questãos dos Cartões Coorporativos está claramente mal dimensionada, como quase tudo ultimamente na política brasileira que se restringe a generalizações.

Ora, o ano passado, pra se ter uma idéia, o volume dos cartões aumentaram mas em contrapartida o volume das contas "tipo B" diminuiram. No total gastou-se menos do que em anos anteriores. A CPI tá servindo pra chamar o dono da banca de Tapioca pra depor, é pra isso que o congresso está servindo ultimamente, pra resolver (ou se compromenter ainda mais) com problemas mal-dimensionados.

Até porque essa teoria de servidor público não é punido é totalmente na contra-mão das estatísticas e dos fatos. Nunca como no ano que passou tantos foram investigados e afastados (exonerados, whatever) em todos os postos hierarquicos.

O que vem pór aí? A condenação da burrice de Matilde que ao invés de abrir uma licitação para seu ministério em relação ao aluguel de veículos usou o cartão, a devolução do oito reais em tapioca e assim por diante. E também remexer no governo passado (governo atual e oposição erram por desperdiçar o tempo do legislativo com questões que poderiam ser resolvidas com representações em outros orgão competentes, mas para que fazer do jeito certo em uma era em que CPI rende palanque? Ainda mais em véspera de eleição?)

O que realmente devia estar sendo feito pra colocar um ponto final nessa história é um real balanço e um FIM nas contas "tipo B" e tutoriais aos moldes do usado no executivo australiano, por exemplo. Isso aliado a transparência das contas já implantada põe fim na bagaça e além de tudo dimensiona o problema.

E vale o recado que qualquer membro do legislativo ou CGU tem acesso ao CIAF que possui relação dos gastos, tá faltando um curso de como lidar com a burocracia brasileira em suas diversas instâncias, também.
 
Quando a gente faz relatório para a FAPESP sobre gastos de reserva técnica, nunca conseguimos fazer os centavos baterem... sempre sobra ou falta uns 20 centavos... :mrgreen:

Ontem um colega tava terminando o relatório para explicar que há um excedente de 1,50 reais no cartão da nossa instituição porque o funcionário devolveu o dinheiro da compra porque não era o material necessário (o que era necessário tinha valor menor).

Mas acho legal poder hoje em dia acessar contas do Governo de São Paulo... Por exemplo, em

http://www.fazenda.sp.gov.br/contas/cartao/cartao_2008.pdf

A maior parte das transações parece-me lícita. Somente um escrutínio de quem tem dor de cabeça em montar licitação direito (meu patrimonio pode ser confiscado caso a Uniao tenha prejuizo em alguma compra) percebe que não é justo condenar um monte de gente inocente (secretarias diversas, hospitais diversos) por conta de dois ou 3 safados.

NO caso, somando o que está especificado como Operações Policiais, percebo que a Secretaria de SEgurança tem um safado que embolsou 400 mil reais (em saques esparsos) durante o mês de janeiro. 400 mil reais redondos (a soma não deu centavos ou dezenas e unidades de reais), enquanto há gente que tenta manter a frota policial direito comprando peças que de outra forma teriam burocracia para conseguir.

Também temos o problema de usar o cartão para pagamento de vale-transporte por várias secretarias, quando desconfio que pelo montante esse método não é o mais vantajoso para a União. (e nem o mais prático a longo prazo)

Ou seja, há como identificar os safados mais rapidamente, pois temos muitos fiscais (toda a sociedade). E para contestar contas públicas, a única necessidade é a pessoa ser nascida (nem precisa ser eleitor ou maior de 18 anos)

Quanto ao número de cartões, não é apenas o Secretário da Educação que anda com o cartão, porque senão voltamos ao problema de excesso de centralização (nada de delegar atividades) e excesso de pedidos e formulários. Toda compra DEVE SER justificada, apenas que a compra não fica encalhada na escrivaninha do chefão, até ser permitida.
 
Última edição:
Faça o seu próprio cartão corporativo!

http://www.cartaocorporativo.com/


Eu já tenho o meu

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