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Carpinteiros, levantai bem alto a cumeeira e Seymour, uma apresentação -J.D. Salinger

Meia Palavra

Usuário
Salinger é um dos meus autores prediletos, acho o estilo dele um dos mais agradáveis de se ler, dotados de uma espirituosidade sem igual, e afeito a detalhes aparentemente tolos, mas que são justamente o que torna a sua obra única.

O perfeccionismo que ele deposita em cada frase e em cada ínfimo detalhe que explora, principalmente de banalidades absurdas, como a forma como as aparas de cabelo caíam quando um de seus personagens vai a barbearia ou o destino dos patos que nadam no laguinho do Central Park; fazem com que sua prosa, aparentemente puxando para o non sense fragmentário, seja, na verdade, uma reunião deliciosa de observação ranzinza e peculiar da realidade.


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Segue um pedaço da resenha que fiz ano passado sobre o livro. Adoro o Salinger e esse livro me emocionou.

Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira

A princípio esse título estranha. E não, não tem nenhum carpinteiro na história. O conto relata um pequeno evento ocorrido na família Glass, quando houve o casamento do filho mais velho, Seymour.

Parece estranho o conto fala de um evento onde a personagem principal sequer aparece, mas é isso mesmo: Seymour não aparece um minuto sequer. Mas acredito que esta seja a beleza do conto. Toda a conversa é sobre Seymour, todos falam dele, mas não há interferência dele. Acaba sendo um ponto mágico, onde conhecemos e nos encantamos com alguém que jamais conheceremos. Todo o amor e carinho que os irmãos de Seymour tem por ele é relatado aqui. Momentos divertidos, cativantes da infância e da fase adulta.

Ao relatar esse momento, Buddy, segundo filho da família Glass, e narrador da história, faz um relato onde as discussões e todo o evento que se desenrola cria uma atmosfera única e propícia para se falar de Seymour de uma maneira diferente. É claro, sua morte rodeia a mente do leitor, mas não nos deixa com aquela vontade conhecê-lo.

Seymour – Uma apresentação

Aqui é mais um artigo do que um conto. Pelo menos a principio. A intenção de Buddy é falar do irmão, contar quem é Seymour. Mas no decorrer do texto, acabamos conhecendo mais a Buddy também.

Buddy já passou dos 40 anos quando escreveu esse texto. E ao escrever, vai mostrando também sua personalidade. Percebe-se que já está cansado, talvez não esteja mais com a disposição para escrever e a saúde mais precária que podemos imaginar pelo texto. Neste conto, muito mais que se falar de Seymour, o leitor percebe o esforço que Buddy faz para conseguir falar sobre o irmão.

Por isso este é um conto mais sofrido para ser ler, porque percebemos a dor e a confusão que Buddy se submete ao escrever. Mas não deixa de ser belo. A cada linha temos mais vontade de ler e conhecer mais Seymour.

http://www.becodaspalavras.com/?p=468
 

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