Assisti!!
Eu ainda preciso de um tempo para analizar com mais calma, ainda estou sob o efeito do filme. É impossível terminar de vê-lo sem sentir-se perturbado ou ao menos estranho.
Eu achei interessante as legendas pois sua presença pode ter vários significados. Primeiro, pode ser uma crítica aos tradutores brasileiros que estão sempre amenizando o teor dos diálogos dos personagens, desmerecendo, assim, o trabalho dos roteiristas em tornar as falas mais impactantes.
Pode ser também uma maneira de tornar o filme mais entendível para outras pessoas. Por exemplo, os anciões de nossa geração não têm conhecimento de algumas gírias e costumes lingüísticos da sociedade, e o fato das legendas aparecerem numa linguagem mais coloquial (pelo menos em algumas partes), facilita para este grupo de pessoas.
Enfim, isso prova a preocupação de toda a equipe envolvida para fazer possível o impossível: tornar um filme acessível para pessoas diferentes, seja no que diz respeito a classe social, etnia ou idade. Mérito.
A edição é excelente. A última cena, por exemplo, quando Isa Littlehand foge desesperadamente do colchão (aliás, atuação extraordinária desta jovem atriz; essa aí tem futuro), a edição frenética contribui para a atmosfera realística a que o filme se propôs.
Os efeitos especiais acho que nem preciso falar. Por um momento acreditei que houvesse um colchão com vida mesmo. Só nos créditos que vi que eram atores manipulando o colchão. Fiquei pasmo.
Enfim, é uma obra-prima que merece ser vista. O único problema é sua curta duração, que deixa a gente com vontade de ver mais... Acho que vou dormir no sofá durante um mês!
4/5
Ps.: IÇAAAAAAAAAAAAAA! (não consigo tirar isso da cabeça!!)