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Cantinho dos Críticos

Bom, depois da dica do Ka Bral, vim aqui... :wink: Não vou falar do Silmarillion pois julgo que todos aqui o conhecem bem (conhecem? :wink: ), portanto falo de uma leitura paralela.
Aproveitando o vestibular, tomei vergonha na cara e comecei a ler autores pós-modernistas, então aqui vai minha dica, pode ser batida, mas este livro mudou meu jeito de pensar.

Livro: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos

Bom, numa análise superficial é uma história rala, superficial e curta, sobre uma família retirante no Nordeste. Porém o que mais impressiona é o zoomorfismo ao qual as personagens foram condicionadas. A situação torna-se desesperadora quando você termina o livro e descobre que os filhos do casal, Fabiano e Sinhá Vitória, são apenas mencionados (durante o livro inteiro) apenas como "menino mais novo" e "menino mais velho".
A condição de Fabiano também salta aos olhos, percebe-se facilmente que ele foi reduzido ao um animal, que mal conhece as palavras e se comunica por frases guturais e grunidos.
Pior ainda quando se pára para (cacofonia... :roll: ) pensar e percebe-se que a personagem mais inteligente da família protagonista é sua cachorrinha Baleia (que aliás, aqui sofre antropomorfização). Enfim, o livro é um soco no estomago, e realmente te faz acordar para a realidade...numa palavra...surreal. (não obstante, mais real do que eu gostaria... :| )
 
Bom... blz vai... pelo nome do titulo eu achava q esse tópico era algo como examinar cada obra de interesse comunitário e depois ir mudando...

Mas me redirecionam pra cá então vamos lá...

Após a desistencia da terceira tentativa de ler o Sil... eu começei a bisbilhotar em algun livros q meu pai truxo da editora e selecionei uns 2, o 1º q eu li foi "A óbita dos caracóis" mto bom o livro, q tem um pok ode espionagem cientifica e romance basico...(li em ach uq só 3 dias! uma proesa pra mim heheheh)( dei a maior sorte de achar um livro assi mdo nd bem no genero q eu adoro!!!)
O segundo livro q eu vo ler é o "Contos fántasticos do século XIX" ...
 
Livro: Vidas Secas
Autor: Graciliano Ramos

O livro é sensacional. Sem dúvida alguma um dos melhores que já li. Fica então uma dupla recomendação.

Em especial aqueles que vivem em um universo paralelo, é um livro pra acordar e começar a enxergar um pouco a realidade. Junto a esse também recomendo do romance de 30 e a um estilo que pode ser comparado eu recomendo O Quinze de Rachel de Queiroz.
 
Livro: Terra Papagalli
Autores: José Torero e Marcus Pimenta

É basicamente uma narração da história do descobrimento do Brasil de uma forma satírica. Os autores inventam personagens, subvertem a história real, ou seja, pintam e bordam nesse livro. Muito engraçado, surpreendente e bem escrito. Quando tiverem um tempinho, leiam :mrgreen:
 
Livro: Xógum
Autor: James Clavell
Pra mim essa foi a obra q mais me ensino sobre o Japão pq vc se sente dentro do personagem John Blackthorne, piloto-capitão ingles do navio holandes Erasmus.
La pra 1500 e alguma coisa o navio q ele pilotava depois de ficar mais de seis meses vagando pelo Pacifico, depois de uma tempestade o navio naufraga então ele e toda a tripulação fica a merçe de todos os inimigos deles: Os japoneses q ñ sabia a lingua deles, os portugueses q estavam disputanto contra todo o mundo pela conquista das aguas internacionais e os padres jesuitas por eles serem hereges.
Bom, eu acho q embolei tudo mas leiam pq é muito bom. Eu vou escrever a resenha q esta atras do livro, é uma versão de 1975.

"Irresitível, arrebatador. Xógum esta para o Japão, assim como E O Vento Levou esta para os Estados Unidos. Toronaga, o mais poderoso dos samurais, luta e conspira para conquistar o xogunato. O navegador inglês John Blackthorne é o ambicioso ocidental que se apaixona pela samurai Mariko, sua intérprete e mestra no aprendizado de dos habitos e trdições japonesas. Católica convertida, ela vive o drama das lealdades conflitantes: à patria, à igreja e ao amor. É o Oriente épico, histórico, verdadeiro.
 
Eu acabei de reler o "Elogio da loucura" de Erasmo de Roterdão.

É um grande classíco de pensamento renascentista que nos mostra o inconformismo e ao fim e ao cabo o direito de sermos nós próprios.
É sempre bom sabermos que apesar da evolução da humanidade há pensamentos que são eternos.

É um livro pequeno, um ensaio não um romance, que merece ser lido sem pretensiosismos e, por outro lado, sem o preconceito de estarmos a ler um classico da literatura universal. :obiggraz:

Pelo meio deste livro que se lê aos poucos sem perder o fio à meada, acabei de ler "O Profanador" de Philip K. Dick.

Adquiri-o há pouco tempo para juntar aos outros livros deste autor de que sou fan.

A história é simples e agradável e, para quem sabe que Phillip Dick é muito mais do que o "Do Androids Dream of Electric Sheep".É é mais um livro da de´cada de 60, salvo erro, que nos convida a pensar por nós próprios, a formularmos as nossas próprias ideias e a não nos conformarmos com o que Philip Dick denomina como a Sociedade Moral.
A personagem principal não se sente obrigada a submeter-se a uma moral imposta e fabricada em beneficio de um suposto bem comum. Procura então dentro das suas possibilidade e ideiais transmitir o que pensa: de uma forma bastante radical porventura mas sem desrespeitar-se a si próprio e a sua própria moral. :obiggraz:
 
A Setima Torre

É uma historia de 6 livros tipo ficçâo-fantastica(assim como o SdA). Conta a historia de um menino de 13 anos chamado Tal Graile-Rerem que vive em outro mundo onde há um castelo iluminado pelo poder de pedras misticas as pedras-do-sol. O resto do mundo vive nas trevas e é totalmente desprovido de vida, isso é o que os escolhidos(as pessoas que vivem no castelo) acham, os escolhidos podem usar as pedras-do-sol para lançar feitiços e encantamentos, e elas podem ser usadas para que eles chegem a Aenir, um mundo mágico onde existem milhares de monstros e seres mágicos que podem ser capturados para serem levados para o castelo. Então, eles se tornam a sombra de seus "mestres" e o protegem. As pedras têm poderes sobre sete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil, violeta. Até aí, tudo bem. Mas quando a mãe de Tal adoece misteriosamente, seu pai some e é dado como morto e seu irmão é capturado, um mestre das sombras começa a incitar os escolhidos contra ele e ele cai da torre vermelha. Então Tal descobre que nas terras geladas fora do castelo há um monte de monstros colossais, um povo de guerreiros e que, de lá, tem de voltar sem a juda de sua pedra do sol e sendo visto com hostilidade pelos escolhidos, seu próprio povo, e pelos homens do gelo, que também querem conseguir as pedras do sol, assim como ele. Tal começa a descobrir milhares de segredos antigos sobre os dois povos e então tem de enfrentar milhares de inimigos só com a ajuda de uma menina do gelo que, no começo queria matá-lo. É uma ótima coleção, as histórias são muito bem contadas e têm uma grande variedade de histórias entrelaçadas. Os seis livros são:
A queda
O castelo
Aenir
Acima do véu
Em guerra
A grande pedra violeta
 
MOMO E O SENHOR DO TEMPO
Michael Ende

Muito bom este livro conta uma espécie de fábula atual que consegue misturar bem elementos do faz de conta infantil com uma profundidade bem adulta. É uma metáfora(pelo menos na minha visão) do valor que tem se dado cada vez mais ao tempo e a descaracterização que temos em nós mesmos em decorrência disso. Tudo isso com personagens como Momo, que tinha o dom de ouvri as pessoas, Mestre Hora, que envia o tempo destinado a cada pessoa, Os homens cinzentos, que se alimentavam de tempo roubado, e a que eu mais gosto, Cassiopéia, uma tartaruga que além de ver o futuro se comunicava com palavras no casco.

O DIA DO CURINGA
Josteein Gaarder(é assim que se escreve???)
Do mesmo autor do Mundo de Sofia(também muito bom) esse livro para mim é o melhor que o autor escreveu. É uma narrativa linda que conta a história de um garoto e seu pai buscando a mãe que se tornou modelo e sumiu de suas vidas, percorrendo de carro a Europa. A história se mistura a um conto muito louco sobre duendes e cartas que o garoto lê em um livro, dessa forma se criam duas histórias paralelas que vão se misturando.
O livro se pergunta sobre o que realmente é belo, e como todos os livros que já li do autor lança questões filosóficas sobre a vida.

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
George Orwell
Que livro bom!! Metafora deliciosa que crítica a maneira que o homem deturpou o comunismo além de falar de uma maneira sarcástica da natureza humana. É bastante triste e até decepcionante. Porém a história te prende por parágrafos tentando relacionar o metafórico da história.

Saudações Cordiais
 
A Queda para o Alto - de Sandra Mara (ou Anderson Herzer)

Autobiografia de uma garota que passou por tudo, isso sem nem chegar aos 21 anos, pois no dia 10 de agosto de 1982 estava a morrer em decorrência dos fortes ferimentos, ao pular de um viaduto. Era insuportável pra ela aquilo tudo. Amores ela tivera dentro daquilo que provocaria comoção de todos: um antro de sujeira e falta de humanidade, a Febem daquela epoca..
O livro é muito forte, pq é duro perceber até onde podemos chegar em nossa ignorância.. praticamente crianças, elas conheceram à duras penas a mediocridade humana e profundamente. Eu li este livro na minha
*infância literária*, mas a dor com as injustiças que acometiam a vida daquela garota ainda está viva aqui.
É também de fundo histórico pq há algumas passagens de carnaval, da face repressora da polícia e enquanto isso as duas garotas em fuga se amavam em meio ao mato.
Ela se vestia e agia como homem desde que seu grande amor morrera num acidente de moto, quando ela ainda tinha 13 anos e o rapaz 30. Ele se chamava Bigode e ela passou a adotar o nome. Antes disso ela já tinha enfrentado a morte do pai e posteriormente a da mãe, que morrera em decorrência da prostituição. Passou a viver com a avo e depois foi adotada pelos tios. Em meio ao álcool e o espírito libertário ela foi mandada à Febem pelos pais adotivos. E lá penou por 3 anos e pouco, sofrendo amargamente a opressão daqueles animais que lá trabalhavam.
Pode ser uma experiência especialmente enriquecedora, principalmente pra leitores que não fogem da própria consciência, que não se prendem na negligência.
 
Ela escrevia poemas também, leiam este aqui:

Mataram João Ninguém

Quando o próximo sangue jorrar
daquele por quem ninguém irá chorar,
daquele que não deixará nada para se lembrar
daquele em quem ninguém quis acreditar.
Quando seus olhos só puderem fitar o escuro
quando seu corpo já estiver inerte, frio e duro,
quando todos perceberem morto João Ninguém
e quando longe de todos ele será seu próprio alguém.
Tantas mãos, tantas linhas incertas,
tantas vidas cobertas, sem ninguém pra sentir.
Tantas dores, tantas noites desertas
tantas mãos entreabertas, sem ninguém pra acudir.
Qualquer dia vou despir-me da luta
pisar em coisas brutas, sem me arrepender.
Tão difícil ver a vida assassinada
quando estamos já tontos pra tentar sobreviver.
As perguntas sem respostas, sem nada,
as vidas curtas e desamparadas
o último grito que não foi ouvido
calaram mais um homem iludido.
E no mundo não dão mais argumentos
pra fugir aos lamentos de quem sozinho falece.
Para esses não há mais compreensão,
não há mais permissão, para que se tropece.
Na televisão o aguardo da cotação
um instante ocupado, para dizer morto João Ninguém
Mas a aflição ataca, a cotação subiu ou caiu?
E João morreu… ninguém ouviu.
Eu vou distribuir panfletos,
Dizendo que João morreu
Talvez alguém se recorde
do João que falo eu.
Falo daquele mendigo que somos
Pelo menos em matéria de amor,
daquele amor que esquecemos de cultivar
O qual com tanto dinheiro, ninguém jamais coroou.


De Sandra Mara ou Anderson Herzer
 
"Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você."

Clube da Luta - Chuck Palahniuk

Minha bíblia da subversão. É um livro curto mas que não deixa de envolver, pelo contrário, é bem envolvente o modo como autor escreve, além, é claro, da história (que é uma idéia brilhante). O Chuck nos coloca dentro da cabeça do personagem principal, como se nós pensássemos junto com ele. E além de tudo é puramente um questionador do *american way of life*, com laivos de budismo, de modo que é impossível não se envolver..

Os clubes seriam encontros, com lutas que poderiam te livrar de todas as superficialidades, esteriótipos. E com regras.

1 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
2 - Você não fala sobre o Clube da Luta.
3 - Quando alguém disser "pare" ou perder os sentidos a luta acaba.
4 - Só duas pessoas em cada luta.
5 - Uma luta de cada vez.
6 - Sem camisa, sem sapatos.
7 - As lutas duram o tempo que for necessário.
8 - Se é a sua primeira noite no Clube da Luta, você tem que lutar.


Para Tyler Durden, o personagem idealizador, só através da luta nos conheceríamos verdadeiramente. E através da autodegradação que se chega aos estágios mais profundos de mente. Vc precisa ler com a mente aberta pra entender tudo.
Há também uma versão adaptada para o cinema, que dizem ser maravilhosa (não sei se tanto quanto o livro), mas que, pra minha puta raiva, ainda não assisti! Mas vou ver, estou dizendo, por mais que eu não encontre em nenhuma das locadoras daqui! O filme é com o Brad Pitt e o Edward Norton e o diretor não lembro o nome, mas é o mesmo de Seven.
E, não que seja uma coisa boa a se lembrar, mas temos que admitir que não é qualquer filme que move uma pessoa a matar outra depois de assistir o filme no cinema. Fizeram isso depois de ver Clube da Luta.

Conspirador, terrorista, chame do que quiser, mas o mais legal é que, pelo menos pra mim, Chuck não tinha a intenção de mudar mentes ou idealizar projetos subversivos e isso se prova nas suas obras que se seguem, de caráter diferente

"Quanto você conhece de si mesmo, se nunca entrou numa luta?"
 
Para os fãs de um bom suspense:
"O Silêncio dos Inocentes" de Thomas Harris

Um assassino em série conhecido como Buffalo Bill veêm seqüestrando e esfolando mulheres pelo leste dos EUA. Então, o FBI envia uma estagiária (Clarice Starling) para entrevistar o doutor Hannibal Lecter (carinhosamente apelidado de "Hannibal, the canibal"), para assim obter um perfil psicológico que possa ajudar na captura de Buffalo Bill . Aos poucos, trocando informações de sua própria vida por pistas com o canibal, Clarice se vê envolvida em uma grande e terrível trama.

Uma das coisas que mais chama atenção no livro, além da excelente história que faz com que você não queira parar de ler, é o fato de Thomas Harris abordar profundamente o psicológico de suas personagens, mostrando nossas segundas intenções por trás de certos atos (destaque para o trecho em que Hannibal "desnuda" a mente de Starling).

Sei que não é o lugar ideal para falar sobre isso, mas recomendo taambém o filme homônimo, vencedor de 5 Oscar em 1991 (incluindo melhor diretor e melhor filme).
 
Livro: "Zadig"
Autor: "Voltaire"

Diz a lenda que Voltaire era um sujeito de humor para lá de ácido, que criticava autoritarismos, fanatismos religiosos entre outros. Por mais irônico que pareça (e a vida dele foi toda muito irônica), por mais problema que ele causasse para os governantes da época, contam que houve uma vez que uma figurinha carimbada da França ficou revoltada com algo que ele escreveu e mandou um bando de fortões bater no filósofo. Mas a essa ordem, acrescentou: só não batam na cabeça, pode sair algo de bom dela ainda.

E saíram, várias. Para quem já leu Cândido (ou o Otimismo), o livro mais fácil dele que é mais fácil de se encontrar por aqui, sabe do que estou falando. Mas é sobre Zadig (ou o Destino) que quero falar. Tem uma estrutura muito parecida com a de Cândido, ou seja: cada capítulo narra alguma aventura (ou desventura?) da personagem título.

O que torna Zadig tão delicioso são as diversas críticas sociais contadas do jeito mais irônico possível. É como se pode ver já no início, quando o autor descreve a personagem:

"(...)Instruído na ciência dos antigos caldeus, não ignorava os princípios físicos da natureza tal como então era conhecidos e sabia da metafísica o que sempre se soube através dos tempos, isto é, pouco ou nada."

Vale lembrar que é um humor sutil, cheio de referências sociais. Mas é um jeito fantástico de se falar sobre a natureza humana, acreditem. Em alguns momentos pode soar até meio ingênuo, mas não dá para esquecer que esse livro foi escrito em 1747. O que chega a ser até um pouco incômodo pensar como ele pode ser tão atual.

Se eu não me engano tem uma edição recente de Zadig que saiu pela Martins Fontes que nem é muito cara. O tipo de livro que vale a pena ler. :wink:
 
tou lendo um monte de coisas....


Oscar Wilde

achei um livrao em ingles de 1300 paginas com tudo q ele escreveu, ai como o livro eh enorme eu estou lendo meio devagar e saltado..

SF uma coletania maravilhosa de contos de SF q o pai de um amigo meu tinha.... tou quase acabando....

O fim da infancia de Arthur C. Clark muito bom cabei de ler hoje eu recomendo ate para quem nao gosta de SF o livro eh muto bom mesmo


The fallen of reams (eu acho q o titulo eh esse)

contos sobre o mundo de magia da White Wolf muito legalis... tb recomendo...


acho q por agora eh so isso....


Dwarf
 
Livro O vampiro Lestat
Autora Anne Rice

O livro narra a história da vida do vampiro Lestat (não me digam...) contada por ele próprio desta vez.

Em, Entrevista com o Vampiro, primeiro volume das crônicas vampirescas de Anne Rice, deparamos com a história de Lestat pela visão do vampiro Louis, este o qual não poupa esforços para passar uma imagem terrível de Lestat, ou como dizemos hoje em dia, Louis quer por que quer "queimar o filme" de Lestat. Louis conta a vida de Lestat como se ele fosse apenas um saguinário sem sentimentos.

Em O Vampiro Lestat, Lestat conta a verdadeira historia de sua vida (ou pelo menos a que ele julga verdadeira, cabe a você leitor querer acreditar nele ou nos depoimentos de Louis na Entrevista). Lestat passa uma imagem totalmente diferente da que Louis já nos deu, e conta toda sua vida antes mesmo de Louis pensar em existir. A historia nos leva a lendas antigas e aos primeiros vampiros existentes seculos e seculos atrás e se desenvolve até o seculo XX com Lestat como idolo do Rock.

Eu achei o livro fantástico, pode ser lido antes do Entrevista com o Vampiro mas eu recomendo ler o Entrevista primeiro, pois o mais legal de tudo é ver como Lestat se defende das acusações que Louis faz contra ele no Entrevista, contando a sua versão dos fatos.
 
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Livro: As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica
Autor: A.S. Franchini

Um anel q dá poder, mas torna o usuário maléfico? corvos mensageiros? aonde eu vi isso antes? Esse livro conta as histórias mais importantes da mitologia nórdica, que vem a ser a mitologia na qual Tolkien se inspirou em vários aspectos... em muitas histórias vc nota a semelhança de cara... o livro eh foi muito bem escrito por brasileiros, eu recomendo :D
 


Livro: Odisséia


Provavelmente dispensa apresentações essa obra do nosso querido Homero, mas também provavelmente é uma injustiça a ausência dela aqui no Cantinho dos Críticos.
Assume-se que tenha sido elaborada (cantada - a escrita ainda vai demorar um pouco para chegar) por volta do século VIII a.C.. Elementos de uma obra anterior, interpolações posteriores, ou mesmo um capítulo inteiro de autenticidade contestada encontram-se na Odisséia.
O ritmo da obra não obedece, naturalmente, aos nossos padrões contemporâneos, e por vezes ela soa prolixa. Não obstante, perdeu parte substancial de sua musicalidade.
Mas eu pergunto: e daí? Isso não compromete a obra. Recursos estilísticos, jogos de palavras, costumes da época, estão todos lá, bem como as regiões, ainda em seus devidos lugares na Grécia, e as crenças de um povo. Não suas lendas, mas sua história.
Idealizada e exagerada? Sim, mas e daí se até hoje é assim? Também nós temos heróis forjados, locais míticos e místicos. De Tiradentes a Beowulf, Camelot, cavaleiros em armaduras resplandecentes... Bruxas [e estas existiram. Covença as pessoas lá da Idade Média do contrário]. Rambos, o mito da "Resistência Francesa" na Segunda Guerra; convenhamos, não é só ao passado distante que tais exageros estão restritos.
Vê-se refletido nesses mitos as aspirações dos povos, ou os medos. De Héracles, que supera a mortalidade humana ascendendo a deus ao orgulho ferido de uma França há 50 anos. Heróis que continham toda a firmeza, honestidade, força e vontade que todo o resto dos helenos desejavam possuir; retratos dos valores; uma 'fuga da realidade', que com tanta freqüência buscamos hoje, ou mesmo uma fuga ao passado, seja a infância ou mais além.
Os helenos acreditavam de fato nas músicas de seus aedos. Por que desmerecer suas crenças? Por que eram pagãos? Por que também seus deuses geravam filhos mortais? Por que também eles creditavam aos deuses o que lhes era desconhecido? Sério, sem querer mesmo entrar na questão da religião, mas só pra fazer pensarmos um pouco: que moral temos nós para afirmar que nosso sistema religioso é superior ao deles? É uma questão puramente de fé.
Falando em deuses, eles estão lá na Odisséia, mas não de uma forma tão aparente quanto na Ilíada [que eu estou citando mas não li... :( ] A única deusa olímpica que dá as caras é Atena, mas mesmo assim na maioria das vezes assumindo a forma de um mortal, ou através de sonhos. Os outros deuses estão mais distantes, ainda que não alheios aos acontecimentos, e a ira de Posêidon é bem evidente.
Nosso industrioso herói é rei, e um bom governante; ama sua esposa e filho; é forte, valente, grande guerreiro, destaca-se nos jogos, mas, mais do que uma máquina de subir e descer a espada, mais do que um grande guerreiro matador, Odisseu é sagaz. É esse o seu diferencial sobre todos os demais; representa a vitória da inteligência sobre o força bruta. Ele é extremamente loquaz, e, importante, filho de mortais. Ele não chora à sua mãe porque lhe tomaram a escreva, nem faz pirraça porque seu ego é grande demais.
Quando convocado à guerra, vê-se entre o desejo de grandes feitos, de pôr a prova seu valor, e o desejo de permanecer em sua amada Ítaca rochosa, com seus também amados esposa e filho há pouco nascido. Escolhe a segunda opção e, surpreendentemente, fracassa em seus ardis.
E, sobre a guerra, limitar-me ei a falar o seguinte: predisseram que, para Tróia ser tomada, os helenos precisavam de Aquiles, do Paládio de Atena, encerrado em Ílion, das flechas de Héracles, então com Filoctetes. (matar o rei da Trácia e roubar seus cavalos fica fora da lista, né?) Foi Odisseu quem levou o filho de Peleu à guerra, e foi ele quem, com a ajuda do astuto Diomedes, realizou as outras tarefas. Ah, sim, tem o Cavalo de Tróia também... Em suma: os helenos precisavam de Odisseu.
[Detalhe: esses dois últimos parágrafos não são narrados na Odisséia]
O mais interessante sa Odisséia é que, caramba, ela tem 2.800 anos de idade e nós ainda a lemos; ela não é um documento arcaico, ela transcendeu essa função: ela é uma obra literária. Permeada de valores, desejos e receios comuns a nós, do século XXI.
Poxa, é realmente fascinante isso.
Devemos achar que ainda não nos distanciamos significativamente de nossas raízes greco-latinas, ou seja, que a despeito das revoluções tecnológicas, nossa mentalidade ainda é muito próxima à da Grécia Antiga? Ou que interpretamos os valores do texto de uma forma substancialmente diferente? Ou, ainda, que a despeito do tempo decorrido, ou das revoluções tecnológicas e "mentais", tais valores são inerentes ao ser humano, imutáveis?
Bem, finda a guerra, o Laércio inicia sua jornada de volta que, mal sabia ele, duraria dez anos. Não vou falar o que aconteceu; isso dá pra achar em qualquer lugar. Basta saber que angariou o ódio imortal de Posêidon ao cegar o filho querido deste, Polifemo, só porque o ciclope quis matar Odisseu, veja só.
E é o Sacudidor da Terra quem faz nosso bravo herói errar sobre o brumoso mar em sua côncava nau. O mar. Alguns afirmam que a Odisséia é uma ode ao mar. E interessante que ainda hoje que ainda hoje o mar nos é em grande parte desconhecido, e sua imprevisibilidade nos assusta. E é entre escarcéus que o Rasamuros navega errante. O mar é ao mesmo tempo sua esperança de voltar para casa e seu impedimento, sua perdição por longo tempo. Chega sem nenhum dos companheiros à ilha de Calipso, onde permanece por anos, e onde "gastava a doce vida, os olhos nunca enxutos", tendo ao seu lado uma imortal, em tudo superior à Penélope, e que fa-lo-ia imortal também. Mas ele rejeita tudo isso. Lá, ele não chora por um orgulho ferido, mas por sua impotência, pela felicidade que, dia após dia, lhe é privada.
E os deuses parecem tê-lo abandonado. Especula-se que houvesse uma certa 'zona de influência' de cada um dos deuses. Como o mar era domínio de Posêidon... Somente após longo tempo, mediante um 'conselho olímpico', Palas pode intervir diretamente em favor do devastador de Ílion.
Mas não é só de Odisseu que o livro trata. É da maturidade que do Laércio o filho, Telêmaco deiforme, sai em busca, em sua empreitada aos salões de Menelau e Nestor. Há a sensata Penélope, "modelo de fidelidade conjugal", opondo-se a adúltera Helena e a assassina Clitemnestra; bela e também ela sagaz.
Poxa, e quando finalmente em Ítaca, após 20 anos, ao encontrar uma estranha (Atena disfarçada), Odisseu mantém-se desconfiado, tipo, está sempre alerta, sempre maquinando, sempre escondendo algo, sempre prudente. Cara, ele simplesmente não consegue parar e relaxar, está sempre se policiando. [a frase da Glaucópide merece ser citada: "Se aos mortais no juízo te avantajas, / Eu me avantajo aos deuses"]
Para não chatear muito mais, só mais uma consideração: já imaginaram como ele deve ter se sentido quando a Icária duvidou, após tudo acertado, que ele era mesmo seu esposo? Há aí o outro lado da moeda: também Penélope foi condicionada, pelos anos de sofrimento, a duvidar.
Odisseu esperava ser abraçado, reconhecido de primeira, naturalmente! Em que deve ele ter-se apoiado durante todo esse tempo? O desejo de viver por si, creio, não seria suficiente. Não obstante, ele sabia que sua esposa estava lá, que tinha sido fiel e que ainda o aguardava. Mas e Penélope, que apoiava-se numa esperança? E é interessante que nesse capítulo do reencontro, que, após esse não reconhecimento, Odisseu parece meio que chutar o balde, jogar tudo pro alto. Tipo, como se não tivesse mais força pra continuar, como se tivesse recebido um golpe de onde menos esperava. Bom, eu assim interpretei.
E pra fechar, há a bela imagem de a madrugada sendo prorrogada.
 
Livro: as brumas de avalon

uma trilogia muito bem bolado que envolve muitas culturas e religiões...

não tem um personagem principal fixo.....

simplismente d+ :mrgreen:
 

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