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Candidata do PSDB em São Paulo gera polemica com piada no Facebook

Eu não sabia o que o fato de estar empregado implicava em perda de Bolsas como a B. Família e B. Escola

E não implica. O auxilio continua de acordo com o salário do emprego, numero de filhos (nesse caso, 6) e qualidade de vida, mesmo com o emprego a mulher poderia receber os auxilios numa boa. Pode ter sido desinformação da parte dela.
 
Hoje em dia o Bolsa-Família tem mais fundo econômico que social. É basicamente o Estado subsidiando o poder de compra da classe C e D que não consumiam, e assim mantendo a economia girar.
O único problema é que não é o Estado que subsidia este poder de compra, é a sociedade inteira.

De um lado, isto tira a liberdade das pessoas de escolher ajudar ou não os menos afortunados, já que os impostos que sustentam todos estes programas são compulsórios. Sei que é uma questão polêmica, eu mesmo não sou contra a ajuda em si, mas as pessoas não deveriam ter o direito de ser egoístas, se quiserem?
Por outro lado, as próprias classes C e D também pagam impostos. Então o dinheiro da sociedade toda vai pro nosso governo corrupto, a maior parte é desviada ou desperdiçada em ineficiência, e só o que sobra volta pras classes baixas.
Como eu não gosto do governo, preferiria diminuir a importância dele neste esquema todo; como sou a favor da liberdade, gostaria que esta ajuda não fosse compulsória.

BTW, também ri da piada. xD
"Vale tudo na guerra e no humor." - Clarice Lispector.

- - - Updated - - -

Ah, outra coisa. Eu... Quero dizer, um amigo meu... Quando ele saiu do seu penúltimo emprego (é programador), ele fiz um acordo para ser demitido (sem justa causa) para poder sacar seu fundo de garantia e tirar o seguro desemprego. Ele nunca tinha tirado férias antes na vida, então neste ano ele inverteu: em vez de trabalhar onze meses e tirar um de férias, trabalhou um mês e tirou onze de férias. Durante cinco destes meses ele recebeu o seguro máximo da época, quase mil reais por mês. Isto tudo com oportunidade de emprego de sobra, só que ele nem procurou. Mais tarde, assim que quis voltar a trabalhar, em uma semana estava contratado.

Até onde eu sei, nenhum crime foi cometido.
E ele justifica este comportamento dizendo que já que paga por estes programas, vai tirar proveito deles também. Devo confessar que este também é o meu ponto de vista. :P

Este lugar de onde ele saiu, aliás, é uma história a parte. Eu também trabalhei lá xD. É um órgão de pesquisa sobre a educação associado a uma universidade federal, não sei se posso dar nomes aqui no fórum, e desta forma associado ao governo. Era inacreditável a maneira como as pesquisas eram manipuladas. Vou dar um exemplo. O secretário da educação de um Estado contrata esta empresa com o logo da universidade para fazer a pesquisa. Então todos os estudantes do ensino público fazem uma prova para medir o desempenho escolar. Este resultado, que é um número, vai para um banco de dados, de onde são extraídas estatísticas variadas por especialistas. Quando o resultado fica pronto, o nível dos alunos é classificado por categorias, algo como "Péssimo", "Fraco", "Regular", "Bom". Daí o resultado é mostrado pro Secretário da Educação, que nunca aprova o que vê de primeira. Isto, para nós empregados, significa retrabalho. Resumidamente, durante várias etapas num vai-e-vem com o Secretário, removemos do banco de dados todos os alunos índios, os presidiários e os deficientes, por exemplo, para ver se a nota geral sobe (estou apenas relatando fatos). Depois disso, não sendo suficiente, a faixa de notas das categorias muda... Exemplo: se Péssimo antes era de 0 até 150, Fraco de 150 a 300, Regular de 300 a 450 e Bom acima de 450, na nova classificação passa a ser Péssimo de 0 a 100, Fraco de 100 a 250, Regular de 250 a 400 e Bom acima de 400... O resultado ainda não sendo agradável o suficiente (!), um dos especialistas lá muda a interpretação dos dados, e o nome das categorias: Em vez de Péssimo, Fraco, Regular e Bom, algo como Fraco, Desejável, Bom e Ótimo! E finalmente é possível para o Secretário da Educação do tal Estado publicar o resultado da pesquisa, tomar um tapinha nas costas do governador, que aparecerá na tv dizendo "nossa educação nunca esteve tão boa! Reeleição!".
Ah, e essa falcatrua toda não leva em conta os milhares de erros que ocorrem durante todo o processo... Estatístico aplicando fórmula errada e só percebendo após a publicação, erro em conversão de banco de dados, aluno que entregou prova em branco vendo no resultado que fechou a prova...
Por essas e outras que eu (e meu amigo!) saímos desta empresa.
 
O único problema é que não é o Estado que subsidia este poder de compra, é a sociedade inteira.

De um lado, isto tira a liberdade das pessoas de escolher ajudar ou não os menos afortunados, já que os impostos que sustentam todos estes programas são compulsórios. Sei que é uma questão polêmica, eu mesmo não sou contra a ajuda em si, mas as pessoas não deveriam ter o direito de ser egoístas, se quiserem?
Por outro lado, as próprias classes C e D também pagam impostos. Então o dinheiro da sociedade toda vai pro nosso governo corrupto, a maior parte é desviada ou desperdiçada em ineficiência, e só o que sobra volta pras classes baixas.
Como eu não gosto do governo, preferiria diminuir a importância dele neste esquema todo; como sou a favor da liberdade, gostaria que esta ajuda não fosse compulsória.

BTW, também ri da piada. xD
"Vale tudo na guerra e no humor." - Clarice Lispector.

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Ah, outra coisa. Eu... Quero dizer, um amigo meu... Quando ele saiu do seu penúltimo emprego (é programador), ele fiz um acordo para ser demitido (sem justa causa) para poder sacar seu fundo de garantia e tirar o seguro desemprego. Ele nunca tinha tirado férias antes na vida, então neste ano ele inverteu: em vez de trabalhar onze meses e tirar um de férias, trabalhou um mês e tirou onze de férias. Durante cinco destes meses ele recebeu o seguro máximo da época, quase mil reais por mês. Isto tudo com oportunidade de emprego de sobra, só que ele nem procurou. Mais tarde, assim que quis voltar a trabalhar, em uma semana estava contratado.

Até onde eu sei, nenhum crime foi cometido.
E ele justifica este comportamento dizendo que já que paga por estes programas, vai tirar proveito deles também. Devo confessar que este também é o meu ponto de vista. :P

Este lugar de onde ele saiu, aliás, é uma história a parte. Eu também trabalhei lá xD. É um órgão de pesquisa sobre a educação associado a uma universidade federal, não sei se posso dar nomes aqui no fórum, e desta forma associado ao governo. Era inacreditável a maneira como as pesquisas eram manipuladas. Vou dar um exemplo. O secretário da educação de um Estado contrata esta empresa com o logo da universidade para fazer a pesquisa. Então todos os estudantes do ensino público fazem uma prova para medir o desempenho escolar. Este resultado, que é um número, vai para um banco de dados, de onde são extraídas estatísticas variadas por especialistas. Quando o resultado fica pronto, o nível dos alunos é classificado por categorias, algo como "Péssimo", "Fraco", "Regular", "Bom". Daí o resultado é mostrado pro Secretário da Educação, que nunca aprova o que vê de primeira. Isto, para nós empregados, significa retrabalho. Resumidamente, durante várias etapas num vai-e-vem com o Secretário, removemos do banco de dados todos os alunos índios, os presidiários e os deficientes, por exemplo, para ver se a nota geral sobe (estou apenas relatando fatos). Depois disso, não sendo suficiente, a faixa de notas das categorias muda... Exemplo: se Péssimo antes era de 0 até 150, Fraco de 150 a 300, Regular de 300 a 450 e Bom acima de 450, na nova classificação passa a ser Péssimo de 0 a 100, Fraco de 100 a 250, Regular de 250 a 400 e Bom acima de 400... O resultado ainda não sendo agradável o suficiente (!), um dos especialistas lá muda a interpretação dos dados, e o nome das categorias: Em vez de Péssimo, Fraco, Regular e Bom, algo como Fraco, Desejável, Bom e Ótimo! E finalmente é possível para o Secretário da Educação do tal Estado publicar o resultado da pesquisa, tomar um tapinha nas costas do governador, que aparecerá na tv dizendo "nossa educação nunca esteve tão boa! Reeleição!".
Ah, e essa falcatrua toda não leva em conta os milhares de erros que ocorrem durante todo o processo... Estatístico aplicando fórmula errada e só percebendo após a publicação, erro em conversão de banco de dados, aluno que entregou prova em branco vendo no resultado que fechou a prova...
Por essas e outras que eu (e meu amigo!) saímos desta empresa.

"Maquiagem" de estatísticas é uma prática que todo e qualquer governo adora praticar pra depois esfregar na cara da população no fim do mandato e no horário político que tá fazendo algo revolucionário em prol da erradicação da miséria. E a forma como essa bolsa foi implantada é perfeita pra isso.
 
Última edição:
E não implica. O auxilio continua de acordo com o salário do emprego, numero de filhos (nesse caso, 6) e qualidade de vida, mesmo com o emprego a mulher poderia receber os auxilios numa boa. Pode ter sido desinformação da parte dela.
O limite está na renda, não no emprego, por isso a resistência dela em trabalhar com carteira assinada. A fraude do exemplo segue o modelo "você me contrata por X na carteira e me paga mais Y por fora para eu não perder o Bolsa Família".
 
Eu acho é pouco. Com todas as críticas que possam ser feitas, as políticas sociais dos últimos governos trouxeram grandes avanços sociais. Promoveram alguma redistribuição de renda (pequena, mas importante) e tiveram papel importante no ascenso de inúmeras famílias, que deixaram a linha da miséria e ascenderam a condições mais dignas de existência. Para cada pessoa aqui que se propuser a contar um caso de fraude, eu terei um caso para contar em que esse dinheiro foi e está sendo muito bem aplicado. Faço trabalho voluntário na periferia e vejo de perto essa situação. E vejo como esses programas colocam comida na mesa dessas pessoas e ajudam a comprar cadernos pras crianças estudarem. É fácil chamar de acomodado quando você está confortável no outro lado da moeda. Quando você não nasceu no vértice da injustiça social, onde todos os preconceitos, a hostilidade da sociedade e do mercado, bem como as privações materiais convergem para mantê-lo numa situação de inferioridade. Já falei isso aqui antes e torno a repetir: a realidade é mais complexa que a fábula da cigarra e da formiga.
 
O ideal é que a medida que o tempo passe, seja menor o número de famílias que necessitem de um bolsa família.
O objetivo do programa deveria ser esse, mas o fato é esse? Pergunto sem ironia, realmente não sei qual está sendo o efeito dele na prática. Uma ajuda do governo deve ser algo passageiro, deve servir como empurrão inicial, nunca manter as pessoas dependentes dessa ajuda. É aquela idéia de "fazer o bem" para garantir votos, o programa não será bom só por estar ajudando famílias, mas por estar servindo como um auxílio temporário.

Gostaria de saber como avaliar estes resultados, existe alguma estatística de quantas famílias conseguiram passar a se sustentar sozinhas após ter recebido por um tempo auxílio do Bolsa Família? Porque famílias "vivendo bem" ainda com o auxílio não conta.
 
O objetivo do programa deveria ser esse, mas o fato é esse? Pergunto sem ironia, realmente não sei qual está sendo o efeito dele na prática. Uma ajuda do governo deve ser algo passageiro, deve servir como empurrão inicial, nunca manter as pessoas dependentes dessa ajuda. É aquela idéia de "fazer o bem" para garantir votos, o programa não será bom só por estar ajudando famílias, mas por estar servindo como um auxílio temporário.

Gostaria de saber como avaliar estes resultados, existe alguma estatística de quantas famílias conseguiram passar a se sustentar sozinhas após ter recebido por um tempo auxílio do Bolsa Família? Porque famílias "vivendo bem" ainda com o auxílio não conta.

Eu lembro de ter ouvido uma vez que 1/3 dos auxiliados sairam pois já não precisavam mais do programa.
Tenho que pesquisar pra ter certeza, mas vale como comentário.

Claro que muitos desses que sairam podem ter melhorado de renda pela economia caminhando bem nos ultimos anos e não necessariamente pelo programa de bolsas, mas ainda assim já é sinal de avanço.
 
O objetivo do programa deveria ser esse, mas o fato é esse? Pergunto sem ironia, realmente não sei qual está sendo o efeito dele na prática. Uma ajuda do governo deve ser algo passageiro, deve servir como empurrão inicial, nunca manter as pessoas dependentes dessa ajuda. É aquela idéia de "fazer o bem" para garantir votos, o programa não será bom só por estar ajudando famílias, mas por estar servindo como um auxílio temporário.

Gostaria de saber como avaliar estes resultados, existe alguma estatística de quantas famílias conseguiram passar a se sustentar sozinhas após ter recebido por um tempo auxílio do Bolsa Família? Porque famílias "vivendo bem" ainda com o auxílio não conta.
a idéia básica é transferir o volume de dinheiro abundante das regiões abastadas pras regiões pobres. simples assim.

sobre o viver bem, definitivamente não dá pra viver bem com uma bolsa assistencial. mas não é esse o objetivo. se a tua região começa a receber recursos, ela começa a se desenvolver, especialmente economicamente. no brasil vc tem polos desenvolvidos, e outros miseráveis. a verba não está sendo redistribuída tendo em mente algum tipo de "auxílio vagabundo", mas sim a injeção de recursos em determinadas regiões / castas.

fora q, é sério que nego ainda vive naquela ilusão de "quem quer, consegue"?
 
Hoje em dia o Bolsa-Família tem mais fundo econômico que social. É basicamente o Estado subsidiando o poder de compra da classe C e D que não consumiam, e assim mantendo a economia girar.

Fundo político, então. O povo se acomoda, recebe o dinheirinho merda-rala e vai vivendo um dia após o outro, não existem planos nem metas, apenas aquele dia sobrevivido. E claro, sem muito esforço. E a maioria quer isso, ganhar dinheiro fazendo o mínimo, mesmo que o dinheiro tambem seja mínimo. E aí o politico que providencia isso, ganha os votos dessa esmagadora massa popular.
 
Antes que me julguem mais ainda, sob os falsos dizeres de que sou elitista, que não sei o que é passar fome etc... Eu já passei dificuldades sim, quando era novinha não tinha comida em casa, estava tudo escasso...mas demos a volta por cima, minha família sempre foi batalhadora. Sei o que é favela, moro em uma, sei o que é miséria. Mas isso não quer dizer que eu ache certo se sustentar apenas nessas políticas de "ajuda" do governo. As pessoas tem que procurar, tem que correr atrás, fazer por merecer, e não apenas se acomodar a uma situação. Para ficar bem claro: Sou contra essas bolsas pois hoje as pessoas se prendem a elas, se acomodam e acham que assim está bom...afinal, para que trabalhar se recebe de graça o sustento, não é? Há as pessoas que precisam sim dessas bolsas para se manterem...para sobreviverem. Afinal, ninguém "vive" bem com tão pouco, apenas "sobrevive"...Não sou contra isso...mas acho que não é apenas se acomodar a isso, sempre se pode lutar e correr atrás. É ridículo quem vem com o papo:"você não sabe nada porque não passou por isso". Quem me conhece para saber o que passei ou deixei de passar? Passei por várias coisas, mas tenho minha opinião. Há pessoas oportunistas em qualquer situação, não seria diferente quanto a esses programas sociais. Acho que deviam incentivar mais o trabalho, o ganhar pão, ao invés de ajudar as pessoas a se acomodarem.
 
Piada da Praça é Nossa fazendo sucesso (é, eu assisto A Praça é Nossa, já que o Paulinho Gogó, o Bigode e o nordestino que esqueci o nome fazem piadas melhores do que qualquer piadista da Globo). Se não me engano foi o Zé Américo imitando o Datena que contou essa no programa.

Gerar polêmica por causa de uma piadinha besta é muita falta do que fazer. A piada é tão besta que, dependendo do lugar, ela estaria errada. No nordeste o festival de médicos que ganha salário e não aparece em hospital é ridículo.
 
Antes que me julguem mais ainda, sob os falsos dizeres de que sou elitista, que não sei o que é passar fome etc... Eu já passei dificuldades sim, quando era novinha não tinha comida em casa, estava tudo escasso...mas demos a volta por cima, minha família sempre foi batalhadora. Sei o que é favela, moro em uma, sei o que é miséria. Mas isso não quer dizer que eu ache certo se sustentar apenas nessas políticas de "ajuda" do governo. As pessoas tem que procurar, tem que correr atrás, fazer por merecer, e não apenas se acomodar a uma situação. Para ficar bem claro: Sou contra essas bolsas pois hoje as pessoas se prendem a elas, se acomodam e acham que assim está bom...afinal, para que trabalhar se recebe de graça o sustento, não é? Há as pessoas que precisam sim dessas bolsas para se manterem...para sobreviverem. Afinal, ninguém "vive" bem com tão pouco, apenas "sobrevive"...Não sou contra isso...mas acho que não é apenas se acomodar a isso, sempre se pode lutar e correr atrás. É ridículo quem vem com o papo:"você não sabe nada porque não passou por isso". Quem me conhece para saber o que passei ou deixei de passar? Passei por várias coisas, mas tenho minha opinião. Há pessoas oportunistas em qualquer situação, não seria diferente quanto a esses programas sociais. Acho que deviam incentivar mais o trabalho, o ganhar pão, ao invés de ajudar as pessoas a se acomodarem.

Claro, porque existe trabalho pra todo mundo. Também não existe preconceito na sociedade e no mercado. E só permanece pobre quem não quer trabalhar. Porque o modo de produção capitalista não produz uma massa de excluídos e toda a injustiça social do mundo é um fator meramente contingencial, advindo da não moralização dos vagabundos encostados que se contentam com as migalhas que um Estado burguês lhe joga numa clara estratégia de manutenção do mando político.
Sua opinião reflete bem o "quem quer consegue" ao qual o Amon se reportou e à fábula da cigarra e da formiga a que me referi.

Penso que o seu "É ridículo quem vem com o papo:'você não sabe nada porque não passou por isso'. Quem me conhece para saber o que passei ou deixei de passar? Passei por várias coisas, mas tenho minha opinião.", se deve a um trecho da minha postagem. Ou então ficaria descontextualizada neste tópico. Só não sei o porquê de você ter se sentido diretamente atingida, uma vez que não tenho a pretensão de conhecer a história de vida de todos que aqui postam suas opiniões. A crítica foi mais ampla, a uma postura advinda de um certo conservadorismo frente às políticas sociais. Conservadorismo que se dissemina, por vezes, de maneira despolitizada... sempre começando com o "eu conheço uma pessoa" pra exemplificar uma atitude de fraude... e como você bem colocou "há pessoas oportunistas em qualquer situação".
E que bom que a sua família venceu as dificuldades enfrentadas. Mas a oportunidade não vem para todas, não é? Além do mais, essas políticas dão incentivo para que as famílias mantenham seus filhos estudando, o que aponta novos horizontes de possibilidades para as futuras gerações (embora o ensino de base público tenha sérios problemas), quando juntamos a isso, por exemplo, uma relativa democratização do acesso ao Ensino Superior a que assistimos. A médio-longo prazo, essas políticas criam oportunidade para o deslindar de novos horizontes sociais para essas famílias.
Não nego que essas políticas têm sérios problemas (ou dificuldades) na sua aplicação... mas não admitir a importância que elas trouxeram e trazem para o país é negligenciar completamente a nossa história recente. Lembro ainda o que o Amon disse em sua postagem: "não dá pra viver bem com uma bolsa assistencial. mas não é esse o objetivo". São políticas de redistribuição de renda que têm por objetivo a complementação de renda dos mais pobres e o fornecimento de oportunidades para as camadas mais pobres da população, tendo em vista a promoção de maior justiça social.

Deixo claro ainda que não sou um defensor do Governo PT, que julgo quase tão neoliberal quanto o tucanato sob o qual vivemos. Ou pra lembrar o velho Brizola, "o PT é como uma galinha que cacareja para a esquerda e põe os ovos para a direita." Quem sabe uma revolução bolivariana por estas bandas não desse jeito? :obiggraz:
 
Mercúcio, não me referi a você no
É ridículo quem vem com o papo:'você não sabe nada porque não passou por isso'. Quem me conhece para saber o que passei ou deixei de passar? Passei por várias coisas, mas tenho minha opinião

Não li nenhuma postagem sua nesse tópico, apenas essa dirigida a mim,e só estou expressando minha opnião. Portanto, não fui influenciada por nada do que escreveu.

Como coloquei e você percebeu: há pessoas oportunistas em todas as situações, e essa atitude do governo as torna piores.

Não estou falando de um exemplo isolado, mas dou o meu exemplo de vida. Minha família poderia muito bem ser como tantas que "sofrem preconceito, é uma massa excluída, sofre injustiça social, acomodado ás migalhas", mas não.E por que? Porque as pessoas são diferentes, e as vezes, mesmo tendo uma oportunidade semelhante, agem diferente, mudando assim o futuro delas próprias. O exemplo que citei e você veio com "sempre começando com o "eu conheço uma pessoa" pra exemplificar uma atitude de fraude" é de uma família que teve uma oportunidade e mesmo assim não se agarrou à ela.
Oportunidades sempre aparecem e nós as fazemos, cabe a cada um percebe-las e agarrá-las.
Além do mais, essas políticas dão incentivo para que as famílias mantenham seus filhos estudando
Nem todas são assim, procure saber...

E sim, por ter passado por certas coisas, e enfrentado o que enfrentei, acho que vai mais da personalidade e força de vontade das pessoas do que de oportunidade. Sou uma pessoa que acredita sim que quem quer alcança e na tal fábula que você desmereceu. Afinal, foi querendo e lutando que alcancei.
 
Bom, em sua postagem anterior você se colocou na posição de uma pessoa que estava sendo julgada. Não vi isso acontecendo... de modo que o único trecho de postagem que identifiquei que dava ensejo ao que você manifestou foi este em minha postagem:

"É fácil chamar de acomodado quando você está confortável no outro lado da moeda. Quando você não nasceu no vértice da injustiça social, onde todos os preconceitos, a hostilidade da sociedade e do mercado, bem como as privações materiais convergem para mantê-lo numa situação de inferioridade."

Tudo bem, Naiara... é sua opinião. Mas a vejo como um tanto simplista e fora da realidade.
Se tudo o que falta nas pessoas é falta de força de vontade, vamos suspender as políticas sociais e pagar bons terapeutas. No correr de alguns anos, todas as famílias serão bem sucedidas.
 
"É fácil chamar de acomodado quando você está confortável no outro lado da moeda. Quando você não nasceu no vértice da injustiça social, onde todos os preconceitos, a hostilidade da sociedade e do mercado, bem como as privações materiais convergem para mantê-lo numa situação de inferioridade."

Mas a questão é: Existem acomodados. Só porque são pobres, ou "marginalizados, ou injustiçados socialmente..." Deve-se ter dó? Deve-se então dar na mão tudo o que os outros batalham pra conseguir? Uma coisa é incentivar com as políticas sociais, outra é acomodar. Cansei de discutir isso...entra na questão política, porque quase todas petistas vão defender, e eu não estou afim de adentrar em discussão meramente partidária.

E eu não acho que tem emprego pra todo mundo...tem pra quem procura e corre atrás, e se dedica e batalha.

Se tudo o que falta nas pessoas é falta de força de vontade, vamos suspender as políticas sociais e pagar bons terapeutas. No correr de alguns anos, todas as famílias serão bem sucedidas.

Ah, mas então vamos resolver dando a elas uma quantia por ter filhos na escola, um vale gás e incentivá-las a não trabalhar, porque afinal, já estão tendo o sustento...e de graça!

Força de vontade não é tudo o que falta...Mas está faltando..e sem ela, de que adianta tickets e bolsas?

- - - Updated - - -

E se você acha que não tem trabalho pra todo mundo, a solução então é dar bolsas e pronto?
E a questão do incentivo estudantil que você apontou? Se não tem trabalho pra todo mundo, para que o incentivo na educação? se não tem trabalho mesmo...

O que eu disse é que falta incentivo do governo...ao invés de roubar, de gastar milhões com bolsas, deveriam arranjar uma forma de incentivar e fazer com que a pessoa QUEIRA conseguir seu sustento...infelizmente, tem gente desonesta que gosta de ficar atoa tirando o sustento dos filhos que estão na escola, assim como tem corruptos nos altos escalões políticos que fazem o mesmo, ficam mamando da sociedade. E isso é certo? É certo por ser um pobre ao invés de ser um rico e corrupto? Não é corrupção da mesma forma burlar e abusar desses programas sociais? Por que não ajudar uma familia instruindo-a, oferecendo cursos profissionalizantes, para depois a pessoa ter como trabalhar? porque é caro... o erro é tanto do governo quanto do povo...porque , como eu disse, e sendo redundante, há pessoas desonestas em todas as situações. Sou contra essas bolsas e programas, e isso não me torna elitista, até mesmo porque sou da classe média/baixa, creio que trazem tanto regresso quanto progresso. Enquanto se ajuda 100 que não tem o que comer, também ajuda 100 a não querer arranjar um emprego e viver das "migalhas" sociais sustentadas por quem rala oito horas por dia... se ainda fosse dos políticos corruptos...
 
Eu não sou petista, como deixei claro na minha postagem, que acredito você tenha lido. Eu sequer sou ligado a qualquer sigla partidária, embora tenha minha orientação política, que diverge do conservadorismo apresentado na sua postagem.

E não é questão de ter dó, Nayara. É questão de ter consciência social. É questão de saber que muitas pessoas nascem em núcleos de pobreza extrema, sem acesso a educação, saneamento básico, passam fome, aprendem a temer a polícia (e não sem razão), são marginalizados nas mais diversas formas, frequentemente engrossando as estatísticas da criminalidade, que é um fator estrutural decorrente exatamente de uma situação histórica de injustiça social. Você faz parecer que as políticas sociais transformam a vida do pobre num spá. O meio social tem papel fundamental na formação do indivíduo, Nayara.
Como poderá conferir, eu disse também que essas políticas sociais apresentam problemas e dificuldades em sua execução. Mas que não se pode negar o impacto que tiveram nos últimos anos, contribuindo para que inúmeras famílias deixassem a linha da pobreza constituindo o que até a Revista Veja chamou de "nova classe média".
Esperarei para ler o seu "Tratado Sociológico sobre a Ausência de Força de Vontade do Povo - as causas da injustiça social". Será uma abordagem interessante. Acho que nem o FHC deverá concordar.

_____________________

E eu trabalho com questões estruturais. O modo de produção vigente produz a concentração de renda e conseqüente massa de excluídos. O Estado pode amenizar esse problema a partir da redistribuição de renda, que eu acho deveria ser muito mais radical. E eu iria além. Tributação de grandes fortunas e redução da carga tributária sobre as classes mais baixas, tendo em vista a injustiça fiscal, além de reestatização de empresas.
Políticas sociais não são a chave para a solução de todos os problemas. Há outras variáveis no jogo. Mas a sua importância é tão premente e seus resultados tão significativos, que até o neoliberalismo do PSDB reivindicou a iniciativa das mesmas para o tucanato.

Você ser contra essas bolsas e programas não a torna elitista. A sua argumentação sim: simplista, conservadora e anti-sociológica.
E agora quem se cansou fui eu. Acho que não chegaremos a lugar nenhum mesmo.
 
Você ser contra essas bolsas e programas não a torna elitista. A sua argumentação sim: simplista, conservadora e anti-sociológica.
E agora quem se cansou fui eu. Acho que não chegaremos a lugar nenhum mesmo.

Vê como são as coisas? as pessoas cansam de debater como pessoas educadas e começam a classificar, rotular e julgar os outros.
Você estava defendendo a sua opinião, assim como eu defendo a minha.

Você faz parecer que as políticas sociais transformam a vida do pobre num spá.

hahaha, adoro quando as pessoas não lêem o que a gente escreve.
Releia por favor:

Há as pessoas que precisam sim dessas bolsas para se manterem...para sobreviverem. Afinal, ninguém "vive" bem com tão pouco, apenas "sobrevive"

É questão de saber que muitas pessoas nascem em núcleos de pobreza extrema, sem acesso a educação, saneamento básico, passam fome, aprendem a temer a polícia

Eu moro na favela! não vou citar meu bairro (FAVELA) aqui, mas te digo uma coisa: eu sei de tudo isso que você fala, mais até do que você as vezes, sabia? do lado da minha casa vejo coisas até piores. E você? vive tudo isso ou apenas está sentado confortavelmente deduzindo como são as coisas ?

Me responde outra coisa: Em qual momento te dei tal liberdade para tal falta de educação? Sério, por isso não gosto de discutir política, principalmente com pessoas apelonas que não aceitam a opinião alheia. Eu não te convenci do meu lado e nem você me convenceu do seu. Assim como tem pessoas que apoiam a minha opinião, tem pessoas que apoiam a sua. Você me julga elitista mesmo eu dizendo que não sou...e depois vem contradizer quando me referi a "petistas", nem sendo pra você, e você vestiu a carapuça? Ok então, sou elitista e você petista alienado. Mas as vezes as coisas são totalmente o oposto, enquanto eu estou aqui na favela vendo como as coisas realmente são, e você me chama de elitista, talvez você esteja num bairro de classe alta, sentado felizinho da vida...

Mas a sua importância é tão premente e seus resultados tão significativos, que até o neoliberalismo do PSDB reivindicou a iniciativa das mesmas para o tucanato.

Não me atinge em nada isso...não sou alienada por um partido...voto nos candidatos que acho
íntegros e com propostas interessantes, e não em partidos.

Quem é você para me julgar de "simplista, conservadora e anti-sociológica."...Se está achando ruim, se não quer debater educadamente, se não concorda com minha opinião, beleza. Mas em momento algum te defini de forma rude e com palavras levianas. Posso muito bem fazer o mesmo, mas acho que isso é me igualar com sua atitude, que reprovo.
Defenda a sua opinião, mas use de argumentos apenas, não tente atingir as pessoas por trás das opiniões, isso é falta de caráter, falta de argumento.

Eu sou contra e pronto, tenho meus motivos para ser, assim como você tem os seus para apoiar. você acha que me generalizando e julgando vai mudar o que?

Eu que não quero discutir com gente ínfima que ataca as pessoas pela opinião delas.

- - - Updated - - -

Encerro com a seguinte citação de Voltaire:

"Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las"

Deixa eu voltar para o isolamento anti-política, pois toda vez que vejo um debate sobre, termina da mesma forma: desrespeito.

(Sou idiota, sempre entro nesses debates, mesmo sabendo quão alienadas as pessoas são, e consequentemente, sem educação)

- - - Updated - - -

OBS: Estou vendo que isso vai render... não vou mais colocar um "a" aqui. Que a falta de educação, julgamentos e intolerância comam soltos, mas sem minha pessoa aqui. Podem me chamar do que quiser: utópica, elitista, sonhadora, simplista...até baixar o nível mais ainda (puta e sei lá mais o quê), mas não vou perder mais tempo aqui, minha opinião foi dada, meus motivos e argumentos também. Não vim para fazer inimizades e nem brigar com ninguém. Vou ser feliz comentando sobre o Tolkien

OBS 2: As pessoas estão adorando ler/ver o circo pegando fogo, hehehe, participem então agora, estou saindo... Viu Saitor?

OBS3: Legal, estou ganhando meus primeiros fails pela minha opinião política elitista! (ou seria porque cansei...ou porque me julgam burra..huhuhuh quanta maturidade)
 
Última edição:
Vê como são as coisas? as pessoas cansam de debater como pessoas educadas e começam a classificar, rotular e julgar os outros.
Você estava defendendo a sua opinião, assim como eu defendo a minha.

Infelizmente através de posicionamentos políticos somos levados a classificar. E eu classifico com o instrumental que possuo. E classifiquei o seu posicionamento político como “elitista”, a partir de uma avaliação do que você expressou (com a qual você pode concordar ou não). Não é como se eu tivesse dirigido uma injúria a você e te atingido pessoalmente. Se assim você sentiu, eu te peço desculpas.

“Cansei de discutir isso...entra na questão política, porque quase todas petistas vão defender, e eu não estou afim de adentrar em discussão meramente partidária.”

Partiu de você a atitude de enfado. E como estava a debater comigo, o trecho a seguir parece sugerir que eu fiz da discussão uma questão partidária.

Eu moro na favela! não vou citar meu bairro (FAVELA) aqui, mas te digo uma coisa: eu sei de tudo isso que você fala, mais até do que você as vezes, sabia? do lado da minha casa vejo coisas até piores. E você? vive tudo isso ou apenas está sentado confortavelmente deduzindo como são as coisas ?

Me responde outra coisa: Em qual momento te dei tal liberdade para tal falta de educação? Sério, por isso não gosto de discutir política, principalmente com pessoas apelonas que não aceitam a opinião alheia. Eu não te convenci do meu lado e nem você me convenceu do seu. Assim como tem pessoas que apoiam a minha opinião, tem pessoas que apoiam a sua. Você me julga elitista mesmo eu dizendo que não sou...e depois vem contradizer quando me referi a "petistas", nem sendo pra você, e você vestiu a carapuça? Ok então, sou elitista e você petista alienado. Mas as vezes as coisas são totalmente o oposto, enquanto eu estou aqui na favela vendo como as coisas realmente são, e você me chama de elitista, talvez você esteja num bairro de classe alta, sentado felizinho da vida...

Eu não vivo na favela não, Naiara. E nasci e fui criado numa família de classe média, com muito esforço de meus pais. E permita-me usar um trecho de sua postagem:

“É ridículo quem vem com o papo:'você não sabe nada porque não passou por isso'. Quem me conhece para saber o que passei ou deixei de passar?”

Você acabou praticando uma conduta que criticou.
E graças a Deus, a consciência que eu tenho não é a de quem fica parado dando pitaco. Estou me movimentando, trabalhando em diversas frentes de trabalho social. Estudo, faço mestrado... e um bom número de horas da minha semana é dedicado a trabalhos voluntários.
E não julgo que faltei com a educação aqui. Internet não tem tom. Você que assim interpretou. Tenho por conduta deixar as divergências políticas no campo em que se originaram.

Há as pessoas que precisam sim dessas bolsas para se manterem...para sobreviverem. Afinal, ninguém "vive" bem com tão pouco, apenas "sobrevive"
Eu li sim o que você escreveu... mas essa concessão apenas tornou aos meus olhos o seu posicionamento um tanto dúbio.

Não me atinge em nada isso...não sou alienada por um partido...voto nos candidatos que acho
íntegros e com propostas interessantes, e não em partidos.

É uma postura política sua...
Mas levar em conta a sigla a qual o candidato se filia, permite enxergar através de suas propostas, por ser o partido um indicativo de orientação política. Além do que, o candidato tem um rabo preso ali, digamos assim...

Quem é você para me julgar de "simplista, conservadora e anti-sociológica."...Se está achando ruim, se não quer debater educadamente, se não concorda com minha opinião, beleza. Mas em momento algum te defini de forma rude e com palavras levianas. Posso muito bem fazer o mesmo, mas acho que isso é me igualar com sua atitude, que reprovo.
Defenda a sua opinião, mas use de argumentos apenas, não tente atingir as pessoas por trás das opiniões, isso é falta de caráter, falta de argumento.

Não julguei você e sim a forma como se posiciona, o que é natural no debate. Não tentei te atingir, Naiara. E os argumentos estão aí colocados, concorde com eles ou não.

Eu que não quero discutir com gente ínfima que ataca as pessoas pela opinião delas.

Bom, o debate político é um campo de confrontação de posicionamentos. Eu não acho que você é uma pessoa ínfima (e aqui quem partiu para a injúria foi você) em razão de seu posicionamento. Este é um fórum e as idéias são aqui colocadas para apreciação dos demais... e estamos todos sujeitos à crítica.
 

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