Cena 13: O Ataque dos Maku-Nhaimã
Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 23:00
Investigadores: Todos
Jerome é o primeiro a sair, até de forma afoita, da tapera de Sapaim. O arqueólogo estava sinceramente preocupado não só com a segurança do grupo, mas também dos indígenas da tribo que tão amigavelmente os tinham recebido. Logo atrás dele, um pouco mais cauteloso, seguem Alberto e Jim, assim como Nagato e Pietro, este último pronto para tudo, mas um pouco confuso com a situação de ter de agir sem escutar quase nada. Todos do grupo já se encontram do lado de fora da cabana, tendo permanecido lá dentro apenas o ainda inconsciente Marcopolo.
A visão inicial que têm é de caos e medo nos índios locais: vários deles estão saindo desesperados de suas casas, com as mulheres carregando as crianças e os homens armados de tacapes e arcos. Não são muitos, pouco mais de trinta, mas fazem um barulho enorme enquanto fogem para a mata que cerca a pequena aldeia gritando apavorados e tentando se proteger do maior terror que já lhes ameaçara as vidas.
Ao mesmo tempo em que veem isso, os investigadores escutam os guinchos das diabólicas criaturas sobre suas cabeças e percebem horrorizados que pelo menos três delas voam a não muitos metros acima das ocas.
Dois dos monstros voam livres e em círculo, como que ameaçando rasantes contra os fugitivos. O terceiro está um pouco mais acima e parece trazer em suas costas uma figura humana, mas um ser humano de baixa estatura, lembrando mais uma criança do que um adulto. Um dos seres que voa mais baixo carrega alguma coisa em suas mãos,
um objeto de considerável tamanho que se assemelha a um grande galho de árvore; essa criatura está voando bem acima da oca de Sapaim e toma posição para
arremessar - ou apenas deixar cair - aquele tronco sobre a casa.
Como se não bastasse isso, o grupo nota que os monstros não estão sozinhos dessa vez, e que do fundo a aldeia, para o lado do rio, outros inimigos estão para surgir dazs trevas no meio das árvores, em um número ainda indefinível:
têm a aparência indígena, mas com cabeças quase carecas, abominavelmente deformadas, e braços que aparentam não ter ossos de tão flácidos. Alguns portam armas como lanças ou zarabatanas. Mas apenas com a luz do luar a iluminá-los,
e eles parecem querer se manter na penumbra, outros detalhes de sua aparência não são discerníveis à distância em que se encontram.