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[Call of Cthulhu] O Rei em Amarelo [on]

Off: Jerome não tem nenhum contato com a Igreja, que aliás ele sempre evitou por suas convicções científicas e ideológicas e por suas raízes indígenas.
 
Se recuperou um pouco e restaurou a bengala. Se sente mais seguro agora com o traje da mata completo com uma longa faca da mata à cintura que pode usar como uma espada e com a bengala na mão livre para problemas mais sérios.

- Se da raiz a planta do mal tem fragil... Tal o veneno dentro ao barril mata ao qualquer animal do tipo vivo não? Veneno ácido ao tonnel e sem preocupação.
 
Cena 12: A Aldeia

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 14:20

Investigadores:
Todos

Off: Timeout para Oromë e Phillipehugo. Vamos acelerar um pouco a história...

Ninguém responde à indagação de Jerome sobre uma possível relação com a Igreja Católica. Enquanto ele e Jim leem o relatório de Valtrop, ressaltando em voz alta os trechos mais importantes, Pietro parece estar bastante inquieto enquanto olha para a máscara indígena e para o livro com o sinal amarelo em sua capa. Alberto, apesar de seu natural desinteresse por assuntos do oculto, também olha fascinado para aqueles objetos, além do apito em forma de monstro.

Teste de resistência psíquica:
Pietro (POW 15) [roll0]
Alberto (POW 12) [roll1]

O policial chega a estender a mão para o objeto, mas repentinamente muda de ideia e, sem entender bem porque, desvia o rosto, levanta-se da roda e vai até a porta da tapera para acender um cigarro e meditar sobre a situação. Pietro, no entanto, não resiste a uma atração poderosa vinda daquela máscara e pensa: “e se eu colocar isso? Será que terei alguma resposta, ou nada aconetecerá”. Enquanto seus colegas estão distraídos com a leitura e o fumo, o italiano pega aquela grotesca figura e fica a observá-la inocentemente durante alguns instantes segurando-a em suas mãos.

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Repentinamente, os outros veem Pietro aproximá-la do rosto e colocar a máscara antes que alguém pudesse tentar evitar isso. O que se segue, nos poucos segundos seguintes, é aterrador e impressionante para seus observadores:

As gavinhas que compõe a peça começam a se mexer, como se vivas estivessem, e se enrolam no pescoço do italiano em uma velocidade impressionante. Algumas delas penetram pelas suas narinas e outras pelas orelhas, causando-lhe uma dor pungente, além de sangramento pelo nariz e ouvidos. Pietro grita desesperado e tenta em vão arrancar os galhos que lhe apertam o pescoço, mas quanto mais tenta fazer isso, mais eles parecem comprimir-se. Com aquela carranca em sua face, ele não consegue ver nem ouvir nada, tudo está escuro e há apenas um zumbido causado pela perfuração de seus tímpanos. E então, de repente, ele começa a ver alguma coisa, não com seus olhos, mas com a sua mente...
 
Última edição:
Com o silêncio que se fez em relação a pergunta de Jerome, entedeu-se que ninguém tinha nenhum vínculo com a igreja.

Jerome então olha para o italiano esperando alguma resposta a respeito do assunto. Aquilo seria muito importante para o desenvolvimento do caso, mas o que se vê acaba chocando o indígena que de uma face amena fica aterrorizado com o que acontecia com o italiano

Ele colocara a máscara que a instantes atrás era analisada pelo grupo e nesse momento a máscara começa a perfurar os ouvidos e narinas de Pietro, eles não sabiam o que fazer e de sobresalto levanta-se gritando:

Ajudem! A máscara pegou o italiano. Está o sufocando!

Naquele momento Jerome tenta pensar em algo que pudesse arrancar a máscara, talvez as ervas de Sapaim. Ele então tenta se lembrar de algumas palavras do Pajé no momento da pajelança. Ele pega algumas que o índio acabara de trazer e agitando as ervas em contato com a máscara tenta fazer alguma coisa, pronunciando algumas palavras ditas por Sapaim.
 
Última edição:
Testes de Sanidade (1/1d4):

Nagato (48) [roll0] [roll1]
Jerome (53) [roll2] [roll3]
Alberto (57) [roll4] [roll5]
Jim (62) [roll6] [roll7]
 
Vai até Pietro e o deita no chão e segura a mão dele com a outra sobre o peito para impedí-lo de se debater.

- Máscara da resposta, não na morte, so da escolha. Moeda gira ao resultado de cair vida e morte. Sapaimdeu da palavra antes, resta espera e desejo do bom retorno ao amigo.
 
Jerome não sabia o que o japonês estava querendo dizer, assim como nas diversas outras vezes em que ele pronunciou algo. Mas, por mais que não entendesse, ele parecia saber o que estava fazendo.

As últimas palavras o confortaram um pouco e pelo visto só restava ao grupo esperar para saber o que aconteceria.
 
Cena 12: A Aldeia

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 14:20

Investigadores:
Todos


Ao ver o italiano colocar a máscara e ser "atacado" daquele maneira atroz pelas pequenas raízes, Jerome procura forças para combater o choque que se abate sobre sua mente e tenta desesperadamente fazer alguma coisa usando as ervas dadas por Sapaim e as palavras do pajé. Infelizmente, talvez por não se lembrar exatamente delas, ou mesmo porque isso não fosse mesmo funcionar, nada acontece quando o arqueólogo canta e esfrega as folhas na máscara usada pelo italiano, que tentava se debater enquanto Nagato lhe segurava os braços. O que o japonês dissera fazia sentido para os outros, que se lembraram então da explicação que o pajé dera a respeito das funções daquele objeto macabro:

- O Jurupari visita sonho de homens de noite, ele deixa gente doida se não obedece ele. Os Maku usam essa máscara nas noites mais escuras, quando certas estrelas estão no céu, pra incorporar o Jurupari e ter poder, força, vida mais longa. E nessas noites bebem muita água-do-mal, fazem fogueiras, dançam tomados pelos maus espíritos, e matam bichos e matam gente. E quem usa essa máscara vê de onde veio o Jurupari, seus servos e suas maldades.

Assim, Jerome para o que estava tentando fazer e apenas aguarda, olhando ansioso para o colega que parecia estar entrando em algum tipo de transe.

Nagato aparentava ter muita certeza no que dizia e transmitia confiança apesar de suas frases embromadas. O japonês também passava por certas recordações ao visualisar a máscara, reconhecendo nela praticamente a mesma coisa que vira em seu sonho/delírio/visão durante a pajelança naquela oca: era a mesma imagem da cabeça humana em que se transformara a chave que tinha no bolso, e que ele usara depois para encostar numa parede de pedra na cidade, sendo transportado para o local onde se deparou com os nove monolitos e fora atacado por alguma força desconhecida.

Off: Vou esperar algum sinal de vida do Oromë nas próximas 24 horas para poder passar a ele por MP a narração do transe. Se não, coloco aqui mesmo em on, caso Pietro sobreviva para contar aos outros o que viu... :devil:
 
Última edição:
Jim lia e relia as páginas do Diário, e algumas informações lhe pareceram bastante interessantes. Quando leu a menção à planta Angakuara e sua importância para o ritual, pensou justamente que esse poderia ser um ponto importante nos planos contra Valtrop. Com o pronunciamento de Nagato, que Jim acreditou entender, a ideia parecia se reforçar.

Mas talvez o que mais lhe intrigou foi o ponto sobre o bibliotecário. "Seria aquele mesmo bibliotecário idoso que nos atendeu? Será que ele de fato sabe de alguma coisa? Talvez seria bom tentar investigar isso diretamente com ele!"

Ainda havia a questão do jornalista. Ali, nas páginas do diário, estavam indícios muito fortes que poderiam ser usados para acusar a turma de Valtrop pelo assassinato. "Isso é uma prova, e pode ser vital preservá-la". Com essa ideia, Jim começa a pegar sua câmera para registrar uma imagem daquela página.

Nesse mesmo instante, ouve os gritos de Pietro e, ao virar-se para ver o que ocorria, o vislumbre da grotesca cena do italiano sendo subjugado pela máscara caiu como uma marreta sobre o inglês, deixando-o instantaneamente atordoado diante de tal visão. Se o seu estado mental naquele momento pudesse ser transcrito em uma palavra, certamente seria "terror".
 
OFF: Apenas para Pietro

Tomado por uma força irresistível, Pietro colocou a máscara em seu rosto na esperança de obter alguma resposta a todo aquela situação que o atormentava. Sentiu rápido, e na carne, o preço cobrado por sua “audácia”: os finos galhos que compunham a máscara tomaram vida e começaram a se enrolar em seu pescoço, sem sufocá-lo, mas impedindo que o objeto fosse retirado de seu rosto. Mas o pior foram os galhos se enfiando por suas narinas e ouvidos, fazendo-o sangrar. E, de um instante para outro, aquela dor aguda em seus canais auditivos, quando seus tímpanos foram perfurados pelas gavinhas. Dor, muita dor... Tentara tirar a máscara, mas isso só fizera os galhos se apertarem ainda mais. Então, tudo ficou escuro e silencioso. Mesmo o zumbido nos ouvidos tinha cessado. Momentos intermináveis de escuridão, pontilhada por cintilações coloridas em sua vista. A claridade foi voltando aos poucos. Mas não os sons. Estaria surdo? Mas o que era aquilo que via? Sim, ele reconhecia a cena e o lugar que estava vendo. Seriam só recordações?


Quando consegue voltar a enxergar, você vê uma paisagem conhecida a sua frente. Conhecida, mas deixada distante no espaço e no tempo. É dia, o sol brilha forte e quente, sente-se a brisa marítima. Você está nas ruas de uma cidade movimentada, com ruas estreitas e prédiso antigos que reconhece como a sua Catania natal. Muito movimento nas ruas, mas ninguém parece notar que você existe. Na verdade, você quase que “flutua” perto do chão enquanto vaga sem rumo pela cidade até chegar a um beco escondido. Vê um grupo de crianças reuindas, entre seis e dez anos. Estão maltrapilhos e sujos, com aparência de certa fraqueza física. Sim, você os conhece: Paolo, Gianlucca, Toresino, Marchetti, Piccolino... e você mesmo, com cerca de oito anos de idade! São os Bastardi di Dio, seus amigos da sofrida infância depois da morte de seu pai. Pareciam estar parlamentando sobre algum assunto, mas você não consegue escutá-los. Na verdade, não consegue ouvir nenhum som... Pareciam discordar de alguma coisa, movimentando as mãos rapidamente à maneira italiana. Algum tempo depois, o grupo toma alguma resolução: você, apesar de líder, fora voto vencido e os Bastardi tinha decidido invadir aquela mansão abandonada que gozava da fama de assombrada. Pessoas tinham sumido ali, ou saído de lá meio loucas, mas a promessa de altos ganhos seduzira o grupo. E fazia quase dois dias que eles não tinham uma boa refeição! Você fica sozinho e volta para a companhia do padre Lorenzo.


A cena muda, passam-se dois dias – você sabe – e sem notícia de seus amigos, pede ajuda ao padre à polícia. Acompanhado do religioso e de dois policiais, você entra na mansão em plena luz do dia: não encontram nada, apenas sangue fresco derramado em quase todas as partes da casa, e alguns pedaços de roupas e acessórios que reconheceu como de membros do grupo. Ninguém se importou com o caso, já que eram apenas garotos abandonados. Você vê sua pequena imagem sair dali chorando de mãos dadas com o padre, mas sua perceção atual permanece na casa. E então vê o que aconteceu ao grupo: vê seus colegas, dias antes, escalando o muro da casa, no fim de tarde, e entrando naquela casa maldita. Vê Gianluca pegando pratarias esquecidas num armário qualquer; vê Piccolino mexendo nas estantes. O grupo decide olhar o que havia no porão: talvez os antigos moradores tivessem deixado algo de valor por lá! Então abrem a porta daquele local, quebrando um cadeado já roto. O mal-cheiro pútrido dali não os afasta. Toresino é o primeiro a entrar e começa a descer as escadas seguido pelos outros. Mas havia alguma coisa ali dentro daquele porão! Você não consegue visualizar direito o que é, mas sente que é algo indecentemente mau e que não deveria existir. Algum tipo de garra enorme, negra, se deixa ver na porta do porão. Pedaços de pele e de membros são arremessados dali de dentro enquanto o monstro ataca e despedaça os garotos. Os outros já foram agarrados, mas o ágil Piccolino consegue se safar e pula para fora dali, correndo desesperado pelo corredores da casa. Mas antes que pudesse alcançar a porta, a coisa dentro do porão estende um pedaço de carne gosmento (uma língua?) que se arrasta pelo chão perseguindo a pobre criança, agarrando-a e se enrolando nela enquanto a aperta e tritura, fazendo seus ossinhos serem esmagados e seu sangue pingar pelo assaolho enquanto a puxa de volta.
Teste de Sanidade (2/1d8+1)

Pietro (76)

Então essa cena do passado se desvanece evocê começa a ver outra coisa...

[CONTINUA...]
 
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Cena 12: A Aldeia

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 14:20-14:25

Investigadores:
Todos


Off: Timeout Phillipehugo

Ao ver o que acontecera com Pietro, o policial Alberto exclama, insatisfeito com a "passividade" dos colegas:

- Mas que diabos é isso?! Não podemos deixar essa coisa matar o italiano. - incerto sobre o que fazer, tendo visto os galhos se apertarem mais quando tocados, continua - os índios devem saber o que fazer. Jerome, chame aquele índio.

Mas antes que o arqueólogo faça alguma coisa, Alberto mesmo volta à porta da tapera e grita para fora, fazendo gestos de modo a se fazer entender pelos indígenas:

- Ei, Uegpai, Uegpai. Venha aqui, rápido!!!

Dali a pouco o jovem índio aparece na oca do pajé. Ao visualizar a cena de Pietro com a máscara, Uegpai arregala os olhos, visivelmente amedrontado:

- A máscara dos Maku. ruim, muito ruim. Só Sapaim sabe o que fazer. Ou precisa achar ritual pra tirar isso, se não amigo pode morrer...

Uegpai se mantém na porta da tapera, evitando entrar e se aproximar de Pietro e do objeto. Vendo isso, Alberto sugere:

- Que maldição!!! Vocês olharam nesses outros papéis? Se essa máscara estava junto nas coisas do Valtrop, talvez ele tenha escrito sobre ela...


E dizendo isso pega as anotações manuscritas em almaço, olhando-as apressado para logo em seguida largá-las e dizer meio que o óbvio:

- Droga, não entendo nada disso. São só garranchos e desenhos malfeitos, e o que consegui ler não está em português!
 
Jerome percebendo o desespero de Alberto tenta ajudá-lo a localizar algo sobre a máscara em meio àqueles papeis que estavam disponíveis.

Alberto, todos nós queremos ajudá-lo mas você mesmo percebeu que não podemos tocar a máscara. Vamos continuar procurando algo em meio a essa papelada. E torcer para que achemos algo ou então ele saia dessa sozinho.
 
Off: Jerome (e quem mais for ajudar a olhar os papéis) deve(m) fazer um teste de Library Use:

Jerome 75%
Jimmy 65%
Nagato 60%
 
Última edição:
Cena 12: A Aldeia

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 14:25-15:20

Investigadores:
Todos


Jerome toma as folhas de almaço manuscritas e começa a revirá-las atrás de algum informação - qualquer informação - que pudesse ajudar Pietro naquele momento. Jim e Nagato o auxiliam pegando uma parte das resmas para fazer o mesmo.

São páginas e mais páginas manuscritas, muitas amareladas e desgastadas, com indicações sumárias de data e local no alto de cada uma, variando entre locais como Paris, Londres, Munique e Manaós entre os anos de 1890 e 1910. Jerome sabe que não tem tempo de tentar decifrar os garranchos feitos por Valtrop, feitos às pressas na ânsia de copiar informações de suas fontes. A caligrafia em geral não é tão ruim, mas em alguns trechos chega a ser praticamente ilegível, e levaria vários minutos para se ler uma única página se se tentasse uma busca detalhada. Para complicar ainda mais, há uma caótica mistura de idiomas nas anotações, misturando-se pedaços em francês, inglês, latim, grego e mesmo tupi - esses todos anotados como feitos em Manaós em 1905. Além dos textos, encontram diversos esboços de qualidade variável, variando entre simples esquemas a desenhos mais detalhados e feitos com calma. Todos, no entanto, são bastante estranhos e perturbadores. Há desenhos de coisas tentaculares, de plantas e árvores exóticas, de animais saídos de pesadelos, de objetos ligados à prática do oculto. Encontram inclusive representações daquelas criaturas voadoras que os atacaram e muita e muitas vezes o horrendo sinal amarelo.

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Ciente disso, o arqueólogo orienta os colegas a vasculharem as páginas em busca de algum esboço da máscara dos Makunhaimã.

Um bom tempo depois, Jerome topa com uma folha em que vê esboçada algo que se parece muito com ao tal enfeite macabro. Está numa parte anotada como “Manaós, 1905” e “AngMA”. O arqueólogo se põe então a tentar decifrar o que Valtrop copiara sobre o objeto, em tupi. Fora feita com evidente pressa, talvez com mais preocupação em, reproduzir o desenho. Mais alguns minutos se passam antes que Jerome consiga ler um pedaço do texto para os colegas:

A máscara dos Makunhaimã deve ser feita com raízes jovens da Angakuara, devendo ser banhada nas águas de um lago amarelo uma vez a cada ciclo solar durante o zênite de Aldebaran no Equinócio de Inverno. É parte essencial do ritual de invocação do Jurupari Negro, avatar local de Hastur. O sacerdote que a usará se prepara para seus efeitos funestos bebendo grandes quantidades da Mbaë-ú, sem o que não aguentaria as dores e não compreenderia as visões enviadas pelo Inominável. Vestidas, as gavinhas se agarram ao usuário e penetram em seu corpo pelos orifícios da cabeça. O transe dura de duas a três noites, nas quais o sacerdote dança loucamente ao redor do lago em intervalos nos quais não está prostrado pelos transes místicos provocados pelo Grande Antigo. Durante esse perído, o sacerdote pode dar instruções aos outros e passar-lhes conhecimentos sobre o que vê, mas há casos em que fica incomunicável. (...) Casos há em que a máscara não se solta sozinha, devendo ser espalhada sobre ela o ??????? -

E a partir desse trecho, o texto torna-se ilegível, lamentavelmente...
 
Off: Apenas para Pietro

A visão da apavorante morte das crianças de desfaz. Há escuridão de novo, por alguns momentos. Depois luminosidade, mais uma vez. Sua consciência incorpórea percebe que está de novo em uma cidade, mas em um local totalmente diferente da Sicília: clima mais abafado, úmido. É Manaós.

Você está em frente ao imponente Teatro Amazonas, que mistura beleza e cafonice em sua decoração. É noite e não se vê movimento. Adentrando pelos corredores do edifício, vai até o palco, que se encontra com as cortinas fechadas mas com as luzes acesas. Não há ninguém ali. Minutos de espera, algo angustiante. De repente você sente uma presença maligna, algo vindo pelo corredor dos camarins. Aguarda ansioso, sem poder fazer nada. Vê surgir a figura de um homem alto, corpulento, com a cabeça raspada, vestindo uma túnica amarela com capuz. No pescoço traz pendurada um tipo de joia com o sinal amarelo gravado. Vê que ele usa luvas pretas. Você o reconhece da foto vista na biblioteca: é Valtrop. Ele caminha lentamente até a frente do pórtico de pedra ao lado do trono. Nesse instante você teme que ele possa te ver. Valtrop para e fica olhando atentamente na direção de seu ponto de vista; ele faz alguns movimentos estranhos com as maõs, repentinamente se vira e se volta de novo para o portal. Ele tira então as luvas e você vê, assutado, que os dedos são longos e flácidos, como se não tivessem ossos. Reparando bem, mesmo os braços dele parecem meio “molengas”. Valtrop entoa algumas palavras – você não as escuta, mas percebe o movimento dos lábios – e faz novos gestos. Então algo absurdo acontece: uma sórdida luminescência toma conta do portal de pedra até que a parede atrás dele se “dissolve” e em seu lugar, como se fosse por uma janela, pode-se observar um cenário natural, com árvores e um lago. Valtrop entra pelo portal e desaparece de sua vista. Antes que a luminosidade do pórtico se apague, você atravessa o portal atrás do feiticeiro.

Você percebe que está em algum lugar no meio da floresta amazônica. A noite ali lhe aparenta mais escura do que poderia se esperar. É um amplo descapado e há uma réplica do portal do teatro erigida no meio do nada, por onde você e Valtrop sairam. O cultista está parado ali perto, olhando para o céu. É bem visível a constelação de Touro. Olhando em volta você vê um grane lago de águas negras que borbulham e redemoinham. Na água há diversas plantas que lhe parecem as vitórias-régias que viu pela cidade de Manaós. Vê também uma grande árvore grotesca, com o tronco composto de centenas de grossos cipós que adentram na água do lago. Em frente ao lago vê também diversas pedras de uns 2 a 3 metros de altura, monólitos, arranjados de alguma maneira peculiar. Reparando bem, nota que são em número de nove e estão dispostos como um grande “V”. Então percebe chegarem dois cavalos, um montado por um homem bem vestido, com chapéu e bigode e outro sem cavaleiro. O tal homem chega perto de Valtrop, que monta no outro cavalo e seguem os dois, lado a lado, por uma picada aberta em meio à mata. Seguindo-os, você vê que eles passam sem parar por uma pequena cabana no meio do caminho. Sua visão muda momentameamente para lá: ali se depara com duas crianças pequenas presas em uma espécie de jaulas, mantidas em estado letárgico. Voltando a seguir Valtrop e o outro, vê os dois chegarem até uma casa grande de fazenda, onde são recebidos por algumas pessoas vestidas com a mesma túnica de Valtrop, entre elas um muito baixo – talvez 1,40m, com feições orientais e totalmente careca, de olhar malévolo e que porta uma faca de talhe exótico. Instintivamente você sabe onde é aquele local. Essa visão também se desfaz.

Você volta a estar na beira do lago, sozinho. A tal estrela da constelação de Touro brilha mais forte. Então, Algo parece ameaçar sair daquelas águas. Antes que tenha tempo de pensar em se afastar dali, você percebe o que mora naquele lugar, algo indescritível e infinitamente aversivo, que lhe causa um profundo mal-estar e um medo primitivo. E então Aquilo começa a se mexer debaixo d'água, espalhando uma perniciosa radiação amarelada por todos os lados no momento em que uma miríade de tentáculos salta do lago em sua direção.

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Teste de Sanidade (1d6/1d20)
Pietro (San 74)
Nesse momento, você consegue escapar e a escuridão volta a tomar conta de suas vistas. No entanto, aquela horrenda aparição não lhe sairia da mente tão facilmente.
 
Última edição:
Jerome então se irrita quando percebe que estava muito próximo de descobrir como libertar Pietro mas não consegue decifrar o restante do documento.

Droga! Não dá pra ler além disso. Estávamos tão perto de descobrir...

Nesse momento ouve o japonês dizer o nome da bebida amaldiçoada, talvez ele tivesse razão. Fazia real sentido, visto que referência a bebida aparecem por diversas vezes nas escrituras.

Você pode estar certo!(diz Jerome ao japa) Mas você viu se temos alguma amostra dela junto com as outras coisas que pegamos no escritório?
 
Cena 12: A Aldeia

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 15:20

Investigadores:
Todos


Jerome se lembra então da garrafinha em seu bolso. Nagato a tinha entregue quando contara de sua incursão ao galpão do teatro: tinha um pouco da tal "água do mal" que ele recolhera de suas roupas molhadas e eles pretendiam levá-la a um laboratório de química assim que possível. Mas na verdade parecia teriam que usá-la de outra maneira. Pensando nisso, Jerome saca o recipiente e tira a tampa. Não havia muito líquido ali, bem pouco na verdade, mas ele tinha esperança que fosse o suficiente. O arqueólogo se aproxima então do Pietro com aquela máscara bizarra e despeja sobre ela cada gota da garrafinha.

Assim que a mbaë-ú toca a máscara, alguma coisa acontece: em sentido inverso ao que ocorrera quando fora vestida, os galhos da máscara começam a se desenrolar do pescoço do italiano e sair de suas orelhas e narinas.

Vendo isso, e temendo que as gavinhas voltassem a se enrolar, Nagato aproveita a ocasião para puxar a máscara do rosto de Pietro sem machucá-lo.

O italiano, livre daquela coisa em sua cara, arregala os olhos e acorda de seu transe assustando a todos ali com um atordoante grito de pavor.
 

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