Oromë
Purge 'em all
Os temores de Pietro haviam se confirmado: os dois de fato haviam tomado alguma atitude precipitada, e colocado em risco o fino véu que protegia o grupo.
Acendendo um cigarro, o italiano responde:
"Acho que se trata de uma medida desesperada. Eles não tentarão nada contra ele de imediato. Além disto, um atentado contra o próprio diretor do teatro poderia prejudicar o andamento da peça. Não estamos lidando com algum culto louco e impulsivo, e sim um grupo bem organizado e extremamente astuto. Mesmo que desconfiem do envolvimento dele, terão em mente que ele não está sozinho, e que uma atitude dessas pode ser um tiro no próprio pé."
"Mas, de qualquer maneira, é uma possibilidade que também não pode ser totalmente descartada. Se forem tomar alguma atitude contra ele, irão levá-lo para fora do teatro, e mero uso de força bruta irá apenas se virar contra nós, tanto lá dentro quanto na rua. Não devemos esquecer que eles detêm o controle da força repressiva oficial aqui na cidade. Qualquer atentado aberto contra ela e eles terão todos os motivos necessários para cair em cima de nós com força total."
"Além disto, Mascarenhas e Valtrop podem ser movidos por algum tipo de fé doentia, mas homens como Padilha provavelmente estão nesta apenas por dinheiro ou algum outro benefício mundano. Se providenciarmos algum lembrete de que podemos comprometer seriamente sua credibilidade e colocar em risco toda sua carreira, pode ser que ele se comporte um pouco mais. Ele provavelmente tem noção de que se perder seu cargo perde também sua utilidade, e dado o conhecimento que detém, deve imaginar que vai passar imediatamente à categoria de estorvo, com o devido destino que ela representa."
"Minha sugestão é de que Jim fique de vigília perto do teatro, para fotografar qualquer coisa que possa incriminá-los, e que Alberto fique encarregado da proteção dele. Desnecessário dizer que não devem ser descobertos em hipótese alguma, principalmente Alberto, cujo rosto seria reconhecido na hora como um dos culpados que procuram."
"Nagato e eu cuidaríamos da entrada dos fundos, apenas por garantia, e Jerome ficaria de prontidão na caminhonete, caso seja necessário seguí-los, o que ficaria por nossa conta também."
"Devemos segui-los apenas se Marcopolo for colocado em outro carro que não uma das viaturas, ou caso eles se dirijam para outro local que não a delegacia. Neste caso, dependendo do quão suspeito parecer, devemos interferir da maneira que parecer melhor. Mas eu sugiro mais cautela e menos tiroteio. A última coisa que precisamos é virarmos criminosos procurados."
"Caso Jim consiga alguma coisa, sugiro revelar as fotos assim que Padilha for embora do teatro, e dar um jeito de que ele as receba anonimamente o mais rápido possível. Isso deve fazê-lo pensar bem antes de cometer qualquer erro."
"Se ele não sair do teatro junto com os demais, eu e Nagato iremos até a sala dele, para checar a situação. Caso ele não se encontre, e nenhuma boa explicação for dada, podemos presumir que ele foi levado através do portal, e neste caso o destino dele é incerto... e muito provavelmente desagradável."
"Quanto à empreitada à propriedade de Mascarenhas, seria suicídio ir lá agora, uma vez que chegaríamos ao entardecer e nos tornaríamos alvos fáceis para os dardos dos Maku, na hora da fuga. Tão logo amanheça, o grupo inteiro pode seguir caminho até a fazenda, o que também facilitará nossa sobrevivência, no caso de algum imprevisto. De qualquer maneira, não podemos contar com a ausência do Coronel por muito tempo, já que ele tem acesso ao portal."
Após uma longa tragada em seu cigarro, ele termina:
"Estão de acordo, ou sugerem outro curso de ação?"
Acendendo um cigarro, o italiano responde:
"Acho que se trata de uma medida desesperada. Eles não tentarão nada contra ele de imediato. Além disto, um atentado contra o próprio diretor do teatro poderia prejudicar o andamento da peça. Não estamos lidando com algum culto louco e impulsivo, e sim um grupo bem organizado e extremamente astuto. Mesmo que desconfiem do envolvimento dele, terão em mente que ele não está sozinho, e que uma atitude dessas pode ser um tiro no próprio pé."
"Mas, de qualquer maneira, é uma possibilidade que também não pode ser totalmente descartada. Se forem tomar alguma atitude contra ele, irão levá-lo para fora do teatro, e mero uso de força bruta irá apenas se virar contra nós, tanto lá dentro quanto na rua. Não devemos esquecer que eles detêm o controle da força repressiva oficial aqui na cidade. Qualquer atentado aberto contra ela e eles terão todos os motivos necessários para cair em cima de nós com força total."
"Além disto, Mascarenhas e Valtrop podem ser movidos por algum tipo de fé doentia, mas homens como Padilha provavelmente estão nesta apenas por dinheiro ou algum outro benefício mundano. Se providenciarmos algum lembrete de que podemos comprometer seriamente sua credibilidade e colocar em risco toda sua carreira, pode ser que ele se comporte um pouco mais. Ele provavelmente tem noção de que se perder seu cargo perde também sua utilidade, e dado o conhecimento que detém, deve imaginar que vai passar imediatamente à categoria de estorvo, com o devido destino que ela representa."
"Minha sugestão é de que Jim fique de vigília perto do teatro, para fotografar qualquer coisa que possa incriminá-los, e que Alberto fique encarregado da proteção dele. Desnecessário dizer que não devem ser descobertos em hipótese alguma, principalmente Alberto, cujo rosto seria reconhecido na hora como um dos culpados que procuram."
"Nagato e eu cuidaríamos da entrada dos fundos, apenas por garantia, e Jerome ficaria de prontidão na caminhonete, caso seja necessário seguí-los, o que ficaria por nossa conta também."
"Devemos segui-los apenas se Marcopolo for colocado em outro carro que não uma das viaturas, ou caso eles se dirijam para outro local que não a delegacia. Neste caso, dependendo do quão suspeito parecer, devemos interferir da maneira que parecer melhor. Mas eu sugiro mais cautela e menos tiroteio. A última coisa que precisamos é virarmos criminosos procurados."
"Caso Jim consiga alguma coisa, sugiro revelar as fotos assim que Padilha for embora do teatro, e dar um jeito de que ele as receba anonimamente o mais rápido possível. Isso deve fazê-lo pensar bem antes de cometer qualquer erro."
"Se ele não sair do teatro junto com os demais, eu e Nagato iremos até a sala dele, para checar a situação. Caso ele não se encontre, e nenhuma boa explicação for dada, podemos presumir que ele foi levado através do portal, e neste caso o destino dele é incerto... e muito provavelmente desagradável."
"Quanto à empreitada à propriedade de Mascarenhas, seria suicídio ir lá agora, uma vez que chegaríamos ao entardecer e nos tornaríamos alvos fáceis para os dardos dos Maku, na hora da fuga. Tão logo amanheça, o grupo inteiro pode seguir caminho até a fazenda, o que também facilitará nossa sobrevivência, no caso de algum imprevisto. De qualquer maneira, não podemos contar com a ausência do Coronel por muito tempo, já que ele tem acesso ao portal."
Após uma longa tragada em seu cigarro, ele termina:
"Estão de acordo, ou sugerem outro curso de ação?"