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[Call of Cthulhu] O Rei em Amarelo [on]

Alberto caminha imponente para cima do baixote, sem tirar a arma da posição de ataque, apenas rebaixando-a para perna dele no caso de algum movimento brusco.

Alberto :
- Sua cara de deboche já vi inúmeras vezes em toda minha vida profissional, desdenham mais no fundo estão com medo, lá dentro das entranhas. Pode ir mandando seus capangas pararem com o que estão fazendo.

Após o término da fala, vira-se para seu companheiro.

Alberto :
- Suba lá e corte as cordas, se eles não o fazem por bem farão por mal.
 
Jerome então, se passando por funcionário que veio auxiliar a vistoria diz:

Sim Senhor, se me permite dizer senhor, todo esse material em caso de novo curto cirvuito na fiação poderá destruir todo esse teatro e não poderemos fazer nada, aconselho a retirarem tudo. Para uma vistoria mais detalhada. Esses materiais que estão utilizando são extremamente imflamáveis.


Jerome então pega uma faca dentro da caixa de ferramentas que levava consigo para a suposta vistoria e cuidadosamente se dirige em direção aos Maku para cortá-las. Esperando qualquer movimento agressivo por parte deles.
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 8:15-8:20

Investigadores:
Jerome e Alberto


Nessa altura os investigadores já deduzem que o homenzinho é Tulio Farina, o cenógrafo amigo do diretor do Teatro. Ele parece um pouco confuso com as ameaças de Alberto e o alerta de Jerome, e então diz:

- Está está, está bem, você venceu - e dirigindo-se para os indígenas, grita uma palavra incompreensível em algum idioma estranho, completando em português enquanto faz sinal com as mãos: - baixo, baixo.

A essa ordem, os quatro homens meio que recuperam a consciência, baixando as cordas até colocar o painel de novo no piso do palco, deixando-o encostado na parede do fundo, ao lado do trono de pedra.

- E agora o senhor pode baixar essa arma - continua Farina - a não ser que queira exigir mais alguma coisa mediante o uso dessa violência intolerável.
 
Última edição:
Jerome então se afasta com a faca um pouco chamando Alberto para uma palavrinha rápida. Ao passo que fala baixinho só para que ele ouça.

Alberto, percebe que eles estão, pelo que me parece, sob efeito de algum alucinógeno? Devemos tomar muito cuidado.
 
Última edição:
Cena 10c: De volta ao "lar"

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 9:30-10:00

Investigadores:
Pietro, Jim e Nagato


Sem outras ideias, Nagato e Pietro concordam com Jim em ir até o teatro falar com o diretor. Uma vez lá tentariam encontrar Jerome e Alberto, torcendo para que esses dois já não tivessem topado com Santon, a fim de combinar alguma história que não os colocasse em contradição depois.

O japonês apanha uma pequena valise e põe nela o material que vai usar para consertar a bengala quando tiver um tempo livre. Feito isso, o trio segue mais uma vez para apanhar o bonde até o Teatro Amazonas, chegando lá um pouco depois das 10:00.

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FIM DA CENA 10c

Como a cena de Alberto e Jerome está atrasada cronologicamente em relação a essa volta ao Teatro, vou tentar adiantar a cena deles para colocar todos no mesmo horário de uma forma coerente.
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 8:20

Investigadores:
Jerome e Alberto


Tulio Farina parece um bocado impaciente. Mesmo estando ainda sob a mira de Alberto, ele retruca:

- E então, senhores. Posso ou não me retirar com meus empregados?

O grupo de índios, não mais naquela situação de zumbis, apenas observa calado o desenrolar da cena, aguardando as ordens de seu chefe.
 
Última edição:
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 8:20

Investigadores:
Jerome e Alberto


Não encontrando oposição de Alberto ou Jerome, o cenógrafo faz um sinal para que os indígenas o acompanhem. Os quatro saem em fila indiana atrás de Farina, todos se encaminhando para trás do palco, rumo àquela saída do fundo do teatro que o próprio grupo de investigadores usou na noite anterior.

Alberto e Jerome ficam sozinhos sobre o palco, pensando no que fazer.
 
Jerome então confere se realmente eles tinham saído e fala a Alberto:

Alberto, pensei em uma coisa que pode nos dar um certo tempo. Você conhece alguém que possa fazer um laudo suspendendo quaisquer atividades aqui no teatro? Utilizando o perigo de um novo incêndio bem como a necessidade de uma reforma total na parte elétrica do prédio?
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 8:30-9:00

Investigadores:
Jerome e Alberto


Alberto pensa um pouco no que Jerome perguntara. Ele menciona que nunca dera muito crédito na maioria de seus colegas - e menos ainda agora. Eles lembram que o policial Padilha devia ter eliminado pistas do assassinato do jornalista Silvio Barreto e que o poderoso coronel Mascarenhas estava financiando e protegendo aquele bando de lunáticos. Não, definitivamente não podiam confiar nas autoridades constituídas. Eles não podiam contar com mais ninguém além de si mesmos na resolução desse caso.

Com isso em mente, os dois decidem vasculhar rapidamente os bastidores e ver o estrago causado pelo incêndio. Vistoriar os camarins até estaria em seus planos, mas alguma coisa lhes dizia que algo extremamente ruim poderia ocorrer caso se aproximassem de lá. Indo para trás do palco, sentem um forte cheiro de queimado misturado ao de madeira molhada. As paredes próximas ao painel de controle de iluminação estão chamuscadas, mas constatam que o fogo de fato não destruiu muita coisa além de alguns trastes que estavam encostados por ali. O painel sim fora destruído. Uma fita de investigação policial isolava aquela pequena área até a provável chegada de alguma perícia. Não encontrando mais nada por ali, Jerome e Alberto saem pelo fundo do teatro, evitando topar com alguém no interior do edifício. O galpão do fundo está com os portões de madeira fechados e não apresenta sinais de movimentação ou trabalho. Também não encontram sinal dos trabalhadores indígenas ou do cenógrafo.

Tendo dado a volta no prédio, o policial e o professor veem um carro da policia parado bem próximo da entrada do teatro. Dele desce o delegado-chefe de Manaós, acompanhado do policial Padilha. Os dois são recebidos na porta por ninguém menos que Tulio Farina, que parece estar bastante afobado ao indicar-lhes que entrem rapidamente enquanto outros dois agentes aguardam no veículo.
 
Última edição:
Pietro se mantivera calado durante o percurso de volta no bonde. Além das preocupações óbvias diante daquela situação, ele se perguntava se Jerome e Alberto não acabariam tomando alguma atitude precipitada.

Dando um pequeno gole em seu uísque e outra tragada em seu cigarro, ele continua remoendo seus pensamentos, aguardando a chegada até o Teatro.
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 9:00-10:00

Investigadores:
Jerome e Alberto (depois Jim, Pietro e Nagato)


Ao verem os dois policiais entrando no Teatro guaidos pelo cenógrafo, Jerome e Alberto param por um instante na esquina do edifício. Sem dúvida tinham saído do local no momento exato, pois sua situação ficaria complicada se fossem pegos nos bastidores pelo delegado, tendo que inventar sabe-se lá que história para explicar a ameaça feita a Tulio Farina. E isso se ele, corrupto como estava provando ser, quisesse acreditar em alguma coisa.

Os dois esperam alguns instantes e tão logo o trio some pela porta de entrada, vão na direção da caminhonete de Jerome. Os policiais que ficaram no veículo felizmente não lhes dão atenção. Chegando no carro, encontram o bilhete deixado por Jim e resolvem ir atrás dos colegas. Seguem primeiramente para a casa do arqueólogo, não os enocntrando lá e nem indícios de que passaram por ali. Depois vão para o hotel de Jim e Pietro, também sem sucesso, mas ali são informados que os três estiveram por ali algum tempo atrás. Vão finalmente para o local onde está hospedado Nagato e mais uma vez ficam sabendo que ele estiveram ali uns minutos antes.

Jerome então guia seu carro ao lado da linha do bonde e, por sorte, consegue alcançar a composição em que estavam Jim, Pietro e Nagato no exato momento em que estes descem no ponto mais próximo do Teatro Amazonas, para onde os três parecem estar se encaminhando. São aproximadamente 10 horas da manhã quando o professor estaciona seu carro, descendo ele e Alberto apressados para alcançar os três colegas.
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 10:00

Investigadores:
Todos


Jerome e Alberto alcançam o trio ainda na rua. O arqueólogo pergunta para aonde eles vão e Jim fala do bilhete de Marco Polo, diznedo que estão seguindo para o Teatro a fim de conversar com o diretor. Ao ouvir isso, Alberto conta o que se passou com eles no palco: o encontro com os índios Maku entorpecidos que içavam um painel com o sinal amarelo, o aparecimento de Tulio Farina, sua intimidação ao cenógrafo e depois a visão dos policiais, inclusive o mesmo Padilha da pensão, entrando no prédio guiados por Farina.

O grupo então fica em dúvida se realmente ir até o teatro naquele momento seria a melhor opção, dada a presença nefasta daqueles policiais corruptos e do misterioso cenógrafo.

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Off: Vocês precisam decidir se vão mesmo falar com o diretor, pensando no que Farina pode estar preparando no teatro junto com a polícia, ou se mudam de plano. Se for assim, sugeriria uma retirada estratégica até a casa de Jerome e uma possível divisão para investigar outras pontas soltas da história. Lembrem dos objetos que foram obtidos de Valtrop, das suas anotações, dos livros, etc...
 
Ao ouvir o relato de Jerome, Jim pára por um instante, e pensa a respeito.

- É, acredito que não será nada bom entrarmos aí. Marco Polo pode tentar nos defender, mas não sabemos até onde ele poderia evitar alguma ação desses policiais. Melhor não arriscar.

Enquanto fala isso, Jim já sente como se estivessem atrás deles, procurando-os com armas em mãos, prontos para enclausurá-los - e aí tudo o que fizeram iria por água abaixo.

- Vamos sair logo daqui, vamos para algum lugar seguro. Sua casa, talvez, Jerome?
 
"Concordo com Jim. Ainda que eu, ele e Nagato não estivessemos presentes na confusão, nossa associação com vocês já deve ser conhecida por eles. É arriscado demais entrar lá no momento."

"Podemos aproveitar para rever as evidências que temos em mãos, e decidir qual será o próximo passo."
 
- Por mim tudo bem, temos que traçar um plano mais creio que duas equipes ainda seja mais satisfatória para o andamento da investigação. Será bom decidirmos isso num lugar neutro sem olhares de terceiros, com certeza já deve ter capangas nos vigiando em alguma esquina desta.

Off : Mal a demora tava terminando de montar uns anúncios de vendas do MercadoLivre estes últimos dias.
 
Cena 10a: Por trás das cortinas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 10:00-10:20

Investigadores:
Todos


Nagato e Alberto também se mostram favoráveis a uma reavaliação dos planos em um local mais seguro, ou menos perigoso, que poderia ser a casa de Jerome. Mais uma vez o grupo se ajeita como pode sobre a famosa caminhonete do arqueólogo e segue para lá, deixando o Teatro Amazonas para trás.


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FIM DA CENA 10
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 10:20

Investigadores:
Todos


Um certo grau de angústia e nervosismo envolve os cicno homens enquanto eles rodam pelas ruas de Manáos e chegam alguns minutos depois à casa de Jerome. Assim que descem do veículo, notam que na mesma rua, mas um pouco distante da entrada da residência, há um carro de aluguel igual aos que têm feito uso desde que chegaram. Encostado nele, do lado do motorista, está um sujeito de meia idade, caboclo, vestido com o colete e o boné dos taxistas manauaras, fumando um cigarro de palha. Quando ele vê a chegada do grupo, olha meio desconfiado para um lado e para o outro e vai se aproximando deles devagar, como que contando os passos. Quando está bem perto, ele tira o chapéu e fala:

- Bão dia, com licença meus sinhô. Eu procuro o Dr. Anajé a mando do Dr. Marcopolo Santon.
 
Jerome então desce do carro e responde ao senhor.

-Sou eu, em que posso ajudá-lo?

Jerome então olha para os companheiros, desconfiado do que poderia se tratar. O que será que Marcopolo poderia querer com eles naquele momento? Talvez fosse o único lugar seguro para analisar mais uma vez a papelada com a qual eles haviam recolhido.
 
Intercenas

Manaós, 9 de junho de 1910, ~ 10:20

Investigadores:
Todos


O taxista cumprimenta timidamente os outros membros do grupo e saca do bolso um pequeno envelope, que entrega nas mãos do arqueólogo, dizendo:

- Doutor, ele só me pediu pra entregá esse papel aqui. Disse pra entregá só na sua mão, e num colocá imbaixo da porta que nem eu fiz com o outro.

Feito isso, ele põe o boné, pede licença e se encaminha devagar para seu carro.

O envelope traz um bilhete manuscrito na letra do diretor do teatro, um tanto tremida, mostrando que foi escrito às pressas e talvez numa situação de tensão. Curiosamente, não traz nenhuma das palavras em francês que costumam estar em suas falas ou cartas:

Dr. Jerome
Estou realmente ficando enrascado. São 9:40 e estou no teatro, "interrogado" pelo chefe de polícia e mesmo Tulio Farina ajuda-os nisso. Perguntam o que eu sei sobre as pessoas que entraram no teatro ontem à noite, com meu cartão, e da dupla que ameaçou Farina nesta manhã. Valtrop e o Cel Mascarenhas também estão a caminho, não sei se vou conseguir esconder suas identidades por muito tempo. Farina não é mais meu amigo. Apesar da minha posição, estou com medo. Preciso voltar para a sala antes que desconfiem de minha ida ao banheiro. Tomem cuidado.
Marcopolo Santon

Abrindo rapidamente sua casa, Jerome encontra debaixo da porta outro envelope com um bilhete de Marcopolo, escrito com pressa, mas nem tanto, e com os francesismo habituais. É o mesmo enviara para os outros do grupo pedindo que fossem falar com ele e certamente anterior a esta mensagem desesperada.
 
Última edição:
O arqueólogo agora estava deveras preocupado com Marcopolo. Pelo que ele e Alberto haviam visto no teatro a vida dele corria grave perigo.

Precisavam agir imediatamente para tentar evitar o pior. Mas como? Ele e Alberto não conseguiriam sair de lá sem dar explicações a respeito. Talvez nessa situação atacar seria a melhor defesa. Ele então espera o taxista se afastar e diz aos seus amigos mostrando a carta.

Pessoal temos que ir até o sítio do Cel. Mascarenhas enquanto ele não está lá. Vamos nos dividir, eu e Alberto e talvez mais um vamos até o sítio. O restante tenta algo para resgatar o Marcopolo.

O que acham?
 

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