Pra dar uma situada básica:
A Cosac Naify tem a obra poética completa dele publicada numa edição super acessível: Lero-Lero. 26 dilmas e 90 genoínos pela obra completa de um poeta é MUITO barato. E o Não Quero Prosa referido na matéria está esgotado.
Um comentário um pouquinho maior a respeito desses livros, inclusive com informações interessantes, pode ser encontrado no texto Cacaso - A Transgressão da Poesia:
E, como souvenir de curiosidade literária, ele era tio do Zeca Camargo: http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2012/04/02/outras-palavras/
De todo modo, e aí?Você vem sempre aqui? Alguém curte? Comecei a ler recentemente e estou gostando... Tinha um conhecimento muito limitado da Geração Mimeógrafo, de modo que descobrir um poeta marginal além dos nomes vagos que me vinham à cabeça foi muito proveitoso.
Pra quem não conhece, fiquemos com três poemas dele que acabam retratando sua obra de modo mais geral:
Um comentário mais crítico sobre a obra do poeta pode ser encontrado no ensaio Cacaso não é bem o caso do acaso, de Milena Magalhães.
Outros links com poemas:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?tag=lero-lero
http://robertobozzetti.blogspot.com.br/2011/12/quatro-poemas-de-cacaso-antonio-carlos.html
http://www.germinaliteratura.com.br/cacaso.htm
http://www.releituras.com/cacaso_menu.asp
http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2012/12/cacaso-poemas.html
http://poemargens.blogspot.com.br/2009/05/cacaso.html
http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/brasil/cacaso.html
http://mpbnet.com.br/musicos/cacaso/
http://www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet199.htm
http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/VanguardasPoeticas/Cacaso_poesia.htm
http://revistamacondo.wordpress.com/2012/07/22/domingo-poesia-37-cacaso-ii/
http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20021220p2774.htm
Antônio Carlos Ferreira de Brito (Uberaba MG 1944 - Rio de Janeiro RJ 1987). Poeta, professor, ensaísta. Aos 11 anos, muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Ingressa, em 1964, no curso de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, e leciona teoria literária na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ, entre 1965 e 1975. Dois anos antes de sua formatura, em 1967, lança seu primeiro livro de poemas, A Palavra Cerzida. No ano seguinte inicia sua colaboração nos jornais cariocas Opinião eMovimento e participa ativamente dos movimentos estudantis contra a ditadura militar. De 1974 a 1975, integra os grupos culturais e literários Frenesi, com Roberto Schwarz (1938) e Francisco Alvim (1938), e Vida de Artista, com Eudoro Augusto (1943), Zuca Sardan (1933) e Chacal (1951), que lançam as próprias revistas e publicações, muitas vezes mimeografadas. Ainda em 1974 publica os poemas de Grupo Escolar, que já mostra a marca coletiva da chamada poesia marginal ou de nova poesia, integrando o cotidiano, a crítica social, o amor e o humor ao fazer poético. Ao mesmo tempo que leciona e escreve ensaios e versos, dedica-se à música popular brasileira, compondo letras para parceiros como Edu Lobo (1943), Sueli Costa (1943), Elton Medeiros (1930), Danilo Caymmi (1948), Maurício Tapajós (1943 - 1995) e Sivuca (1930 - 2006), entre outros. Cacaso morre de enfarte, em 1987, no Rio de Janeiro, e dez anos após sua obra ensaística é reunida em Não Quero Prosa, organizado e apresentado por Vilma Áreas (1936).
FONTE: http://www.itaucultural.org.br/apli...n=biografias_texto&cd_item=35&cd_verbete=5066
A Cosac Naify tem a obra poética completa dele publicada numa edição super acessível: Lero-Lero. 26 dilmas e 90 genoínos pela obra completa de um poeta é MUITO barato. E o Não Quero Prosa referido na matéria está esgotado.
Um comentário um pouquinho maior a respeito desses livros, inclusive com informações interessantes, pode ser encontrado no texto Cacaso - A Transgressão da Poesia:
Lero-lero, publicado em 2002 pelas editoras Cosac & Naify (SP) e 7 Letras (RJ) que se associaram para lançar o livro, primeiro título da coleção Ás de Colete. A edição de suas obras completas veio propiciar a recuperação do trabalho de um bom poeta que estava sendo injustamente esquecido. Lero-lero apresenta sua produção de trás para frente, à moda de João Cabral de Melo Neto em Museu de tudo, quer dizer, inicia com seu último livro Mar Mineiro e vai voltando no tempo até Palavra Cerzida, seu primeiro livro, para fechar com alguns poemas inéditos e dispersos. Traz ainda uma bibliografia subdividida em poesia, crítica, resenhas, artigos, ensaios, entrevistas e um brinde simpático: um exemplar, aos moldes da produção de época, do livrinho Na Corda Bamba, lançado originalmente no Rio de Janeiro em 1978.
Não quero Prosa, publicado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/Ed. Unicamp, 1997, reorganizado e apresentado pela professora e escritora Vilma Arêas, que optou por substituir a cronologia pelo assunto, reúne boa parte de sua produção ensaística, selecionada e batizada pelo próprio autor, pouco antes de sua morte em 1987. Dividido em sete partes: Entrevistas; Bate-Papo sobre Poesia Marginal; Você sabe com quem está falando?; Literatura e Vida Literária; Pelo que me falaram; Lição dos Mestres; O Poeta dos outros.
O livro de ensaios demonstra agudo senso de análise ao se debruçar sobre a poesia brasileira, inclusive a sua contemporânea, inserindo-se, com isso, na linhagem moderna dos poetas-críticos. Cacaso revela através desses ensaios, como por exemplo: o engajamento político-literário que jurava fidelidade ao engajamento existencial.
E, como souvenir de curiosidade literária, ele era tio do Zeca Camargo: http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2012/04/02/outras-palavras/
De todo modo, e aí?
Pra quem não conhece, fiquemos com três poemas dele que acabam retratando sua obra de modo mais geral:
Lar doce lar
Minha pátria é minha infância:
por isso vivo no exílio
Madrigal para um amor.
Luz da Noite Lis da Noite
meu destino é te adorar.
Serei cavalo marinho
quando a lua semi fátua
emergir de meu canteiro
e tu tiveres saído
em meus trajes de luar.
Serei concha privativa,
turmalina, carruagem,
Mas só se tu, Luz da Noite,
teu delírio nesta margem
já quiseres desaguar.
(Não te faças tão ingrata
meu bem! Quedo ferido
e meus olhos são cantatas
que suplicam não me mates
em adunco anzol de prata!)
E quanto nós nos amamos
em nossa vítrea viagem
de geada e de serragem
pelo meio continente!
Luz da Noite Lis da Noite
meu destino é te seguir.
Meu inábil clavicórdio
soluça pela raiz,
e já pareces tão farta
que nem sequer onde filtra
meu lado bom te conduz:
Minha amiga vou fremindo
embebido em tua luz.
ah
Ah se pelo menos o pensamento
não sangrasse!
Ah se pelo menos o coração
não tivesse memória!
Como seria menos linda
e mais suave minha história!
Um comentário mais crítico sobre a obra do poeta pode ser encontrado no ensaio Cacaso não é bem o caso do acaso, de Milena Magalhães.
Outros links com poemas:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/?tag=lero-lero
http://robertobozzetti.blogspot.com.br/2011/12/quatro-poemas-de-cacaso-antonio-carlos.html
http://www.germinaliteratura.com.br/cacaso.htm
http://www.releituras.com/cacaso_menu.asp
http://veredasdalingua.blogspot.com.br/2012/12/cacaso-poemas.html
http://poemargens.blogspot.com.br/2009/05/cacaso.html
http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/brasil/cacaso.html
http://mpbnet.com.br/musicos/cacaso/
http://www.algumapoesia.com.br/poesia2/poesianet199.htm
http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/VanguardasPoeticas/Cacaso_poesia.htm
http://revistamacondo.wordpress.com/2012/07/22/domingo-poesia-37-cacaso-ii/
http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002/not20021220p2774.htm
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