Pips
Old School.
Jonathan Franzen escolheu dois livros brasileiros como suas melhores leituras do ano! Veja o depoimento dele ao The Guardian:
Fui tomado por dois romances brasileiros, que não são exatamente novos, mas são novos para mim. "Budapeste", de Chico Buarque, é exatamente a colisão literária que parece, a América do Sul encontra a Europa Central e isso se transforma em uma receita deliciosa. Buarque é o cara: divertido, inovador e habilmente profundo. A premissa do romance é ridícula ― um ghost writer brasileiro completa seu próprio apagamento desaparecendo em Budapeste ― mas Buarque vende isso tão bem que, quando você chega ao final, a sua existência parece igualmente ridícula.
"Nove noites", de Bernando Carvalho, é um híbrido de ficção e fatos históricos, e durante algum tempo parece seguir os passos de "O coração das trevas", contando a história real do antropólogo americano que cometeu suicídio na Amazônia nos anos 30. Por volta da metade do livro, porém, a história entra numa linha mais pesada. Carvalho traz notícias urgentes de um Brasil moderno ganhando total consciência de sua dupla identidade como colonizado e colonizador, e emprega suas artimanhas com fatos e ficção para produzir um final que ainda me assombra meses depois.
Via: Companhia das Letras
Fonte: The Guardian
Fui tomado por dois romances brasileiros, que não são exatamente novos, mas são novos para mim. "Budapeste", de Chico Buarque, é exatamente a colisão literária que parece, a América do Sul encontra a Europa Central e isso se transforma em uma receita deliciosa. Buarque é o cara: divertido, inovador e habilmente profundo. A premissa do romance é ridícula ― um ghost writer brasileiro completa seu próprio apagamento desaparecendo em Budapeste ― mas Buarque vende isso tão bem que, quando você chega ao final, a sua existência parece igualmente ridícula.
"Nove noites", de Bernando Carvalho, é um híbrido de ficção e fatos históricos, e durante algum tempo parece seguir os passos de "O coração das trevas", contando a história real do antropólogo americano que cometeu suicídio na Amazônia nos anos 30. Por volta da metade do livro, porém, a história entra numa linha mais pesada. Carvalho traz notícias urgentes de um Brasil moderno ganhando total consciência de sua dupla identidade como colonizado e colonizador, e emprega suas artimanhas com fatos e ficção para produzir um final que ainda me assombra meses depois.
Via: Companhia das Letras
Fonte: The Guardian