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Budapeste (Chico Buarque)

Gwaihir ß

Usuário
Gente, leiam esse livro. Acho que ninguém que já tentou lê-lo parou pela metade ou leu até o final meio forçado...
Po, eu não gostei muito do outro livro de Chico, Beijamin e começei Budapeste meio com um pé atrás... mas superou todas as minhas espectativas.
Parece que você está lendo um crônica um pouco maior do que o normal... mas o livro tem 170 páginas... O livro é leve e gostoso de ler. Diversão garantida.
 
Ah eu li...
É divertido, despretensioso... Um ghost writer e sua aventura com a língua húngara, a única que o diabo respeita
Mas acho que tão enchendo demais a bola dele... se não me engano tá cotado pra ganhar um prêmio de literatura de língua portuguesa....
E aquele comentário do Saramago "aconteceu algo no Brasil quando esse livro foi escrito" pera lá....
 
Um trabalho de artesão, tudo que foi escrito ali tem um significado, habilmente coeso. É brilhante, e sem sombra de dúvidas o que melhor saiu no país nos últimos anos.
 
Um livro rápido, não diria uma crônica grande, e envolvente.
O estilo do Chico Buarque, apesar da pontuação incorreta de acordo com a forma culta, é muito gostoso, e acho que até mesmo aproxima leitor e autor, pois dá uma ligeira impressão de desleixo, o que se encaixa na história.
A cronologia também é interessante. Ele mescla por vezes as passagens com outras à frente das do tempo narrado, e as conta novamente mais a frente, de maneira que nos dá a impressão de que o livro foi escrito durante muitos anos...
Quanto ao valor literário do livro, acho q sou a pessoa errada pra opinar.. Acho que preciso ser 'lapidado'...rs
E como vocês interpretaram o final do livro?
Vocês acham que foi ou não o José Costa quem escreveu o livro?
Eu acho que foi. E acho que aquele comportamento dele se deve ao fato de ele nunca ter se deparado com esse tipo de situação, de assumir a autoria da obra. Ele relutava em fazer isso, e à encarar a nova situação preferiu esconder-se atrás da mesma posição que assumira por toda a vida.
 
Eu ainda acho que foi um ghost writer escrevendo o livro de um ghost writer que escreveu um livro para o ghost writer, etc.

:eek:
 
Vou passar um feriado Chico Buarque! :obiggraz: Um dos livros que tenho para ler é Budapeste e ainda Estorvo e Fazenda Modelo. Destes comecei Estorvo de cara gostei muito do início do livro. Achei muito envolvente a forma com a qual ele leva a narração, por exemplo:

"[...] Minha irmã andando realiza um movimento claro e completo. Parece que o corpo não realiza nada, o corpo deixa de existir, e por baixo do peignoir de seda há apenas movimento. Um movimento que realiza as formas de um corpo, por baixo do peignoir de seda. E eu me pergunto, quando ela sobe a escada, se não é um corpo assim dissimulado que as mãos têm maior desejo de tocar, não para encontrar a carne, mas sonhando apalpar o próprio movimento. [...]"

Algo me diz que vou ter um feriado fantástico... :obiggraz:
 
Tempos depois... :roll: ... Li todos os livros do Chico!
Chico me marcou pelo seu estilo introspectivo, pela forma com a qual ele aborda as confusões, inseguranças... enfim, os sentimentos dos personagens. Vi nas obras dele um pouco de escritores clássicos como Kafka e Dostoiévsk. No caso, O Estorvo eu achei bem kafkiano msm... acho q até o Benjamim se encaixa um pouco nesse perfil Kafka.

Gwaihir ß disse:
Po, eu não gostei muito do outro livro de Chico, Beijamin e começei Budapeste meio com um pé atrás... mas superou todas as minhas espectativas.
Se vc não gostou de Benjamim então não leia O Estorvo.

Dos livros todos, o que entrou para minha lista de melhores foi o Budapeste (tb pq eu me identifiquei um pouco com o perdonagem :mrgreen: ). É um livro lindíssimo, leve e rápido. Concluí que Budapeste é um livro para se ler duas vezes ou mais, pois acho que ler novamente ciente do final dá uma outra perspectiva do livro.
Sobre o final...

Me lembrou O Mundo de Sofia :mrgreen: . Mas eu concordo com a Joy...

Ana Lovejoy disse:
Eu ainda acho que foi um ghost writer escrevendo o livro de um ghost writer que escreveu um livro para o ghost writer, etc.

:eek:
Sim! Sim! Até pq creio que seria um final mais lógico... uma inversão de papeis.
 
Ana Lovejoy disse:
Eu ainda acho que foi um ghost writer escrevendo o livro de um ghost writer que escreveu um livro para o ghost writer, etc.

:eek:

O José, quando está em Budapeste, começa a escrever poemas em húngaro... e quando ele percebe q o Koacis Ferenc sempre recita os mesmos poemas, ele resolve publicar os dele como se fossem do Ferenc.. então ele foi um ghost-writer "não-contratado"... depois ele briga com Kriska e volta p Brasil... quando volta recebe um convite p ir receber um premio d livro q ele escreveu "Budapeste".... só q José não tinha escrito nenhum livro... apenas o q ele "deu" p Koacis... como não era esse o q ele receberia o tal prêmio ele foi ver... lá ele descobre q p retribuir, Koacis escreveu o q ele sabia d melhor: um romance.. e colocou como autor o Zsoze Kósta... então é um ghost-writer q escreve p um ghost-writer... a festa q eh descrevida no começo do livro, é a tal festa d premio q eu falei agora a pouco...

tá um pouco confuso... mas quem tiver dúvidas eu tento explicar melhor
 

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