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Breaking Bad (5ª Temporada)

Passei o domingo inteiro terminando a quinta temporada. :loserdance:

Apesar das duas primeiras temporadas desanimantes, depois da terceira o ritmo melhora e só então entendi porque falavam tanto de BB. Só não entendi porque falavam tanto do Walter White (anti-heroi, really?). Desde a primeira temporada achei o cara detestável, mas na quarta e quinta temporada ele se supera. O modo como ele manipula o Jesse colocando em risco a vida do Brock no fim da quarta temporada foi insano e ele volta ainda pior na quinta.

A maneira como ele conseguiu destruir a vida de todo mundo com que ele se 'importava' (aspas, aspas, muitas aspas aqui) foi contado de forma impecável. O Saul foi o único que se safou moreless, né? E fiquei curioso pra saber o que iria acontecer com o Jesse depois do Season Finale.
 
@Lew Morias Dizem que Jesse e Walter White vão voltar na segunda temporada de Better Call Saul... É um boato antigo e o proprio Gilligan já falou sobre isso, virtualmente confirmando.

Se isso realmente acontecer, é possivel que vejamos um vislumbre do futuro do Jesse, assim como vimos um vislumbre do futuro do Saul no piloto.

No mais, Breaking Bad é a melhor serie que assisti até hoje... Ótima desde a primeira temporada, excepcional na segunda, espetacular no resto...
 
Spoiler de todas temporadas de Breaking Bad

Série é foda e depois de tanta aclamação dispenso-me de elencar suas qualidades. Por isso vou dizer uns pontos que me incomodaram. A maioria gira em torno de uma certa falta de realismo psicológico, isso é, dos personagens terem atitudes e reações que não soam tão condizentes com seus inputs psicológicos e com o que foi nos mostrado sobre sua psiquê.

Por exemplo:
- Os assassinos mexicanos, rancorosos, empreendem uma longa jornada para vingar-se de Walter White, que envolveu-se indiretamente na morte de seu parente... mas os mesmos assassinos têm uma desculpa para não ir atrás do verdadeiro assassino, uma desculpa que, frente a tanto esforço e tanto rancor, soa esfarrapada, uma mera necessidade de roteiro para que o alvo fosse até então o Walter. Personagens que, além desse pouco realismo em suas atitudes, soam pouco realistas em si mesmos: esperava-os ver em um filme do James Bond ou coisa que o valha, não numa série dramática como Breaking Bad.

- Na terceira temporada, Walter, para salvar a carreira de Schrader, que seria prejudicada com o processo de Jesse, escolhe ele próprio prejudicar a sua 'carreira': primeiramente abrindo mão de boa parte do seu dinheiro em acordo com Jesse (o que em última instância significa tirar boa parte do dinheiro de sua família), e segundo em escolher um ajudante problemático que traria e de fato trouxe problemas para ele cumprir suas metas, o que a série estabeleceu que ofereceria um risco considerável à vida do próprio Walter. Tá certo que o próprio Walter é de certa forma responsável pelo que aconteceu com Schrader, mas o é de forma bem indireta, ele estava apenas tentando despistar Schrader, o que prejudicou Schrader diretamente foi sua atitude impulsiva de esmurrar Jesse. E para que no final das contas salvar a carreira de Schrader? Tá certo que há o prejuízo psicológico de perder-se uma carreira, mas o próprio Schrader foi quem foi diretamente responsável por isso, e o que Walter perdeu em seu acordo com o Jesse e na perda de sua produtividade já dava para compensar financeiramente Schrader (ainda que teria que fazê-lo indiretamente, assim como fez com sua família no último episódio) e ainda por cima não colocaria o Walter em uma situação perigosa. Enfim, são decisões que para mim soam pouco realistas, e que claramente só serviram à necessidade de roteiro de aproximar Jesse do negócio de Gus.

- A atitude de Walter salvar Jesse, atropelando os traficantes que estavam prestes a matá-lo. Deixado de lado o pouco realismo envolvendo a hora e a maneira extremamente propícias de Walter estar em cena... há o pouco realismo psicológico envolvendo Walter tomar a decisão de salvar Jesse: por maior que fosse a afeição que existia entre os dois, o ato envolve um comprometimento em outro nível por parte do Walter, já que evidentemente colocaria a vida de Walter e provavelmente de seus familiares em risco. Isso para salvar Jesse de uma atitude que ele próprio sabia que o levaria a morte. Assim, por exemplo, seria menos mal narrativamente se Walter salvasse Jesse arriscando sua vida no calor do momento, ou fosse uma situação imprevisível que Jesse teria se colocado. Mas salvá-lo de uma situação que ele mesmo que se colocou conscientemente, e que fora avisado antecipadamente, por Walter e por outros, para não se colocar? Isso coloca Jesse como praticamente um filho adotivo na mente de Walter, e esse tipo de consideração por parte de Walter não me soou plausível pelo que tínhamos visto até então.

- As reações de Skyler, da irmã dela e sobretudo de Walter Jr. soam muito exageradas frente ao conhecimento de que Walter era traficante. Walter Jr. sabe a história de terceiros, mal ouve o pai e sua versão da história e já rompe completamente com ele. A irmã de Skyler fica não só brava com Walter mas com a própria Skyler - eu esperaria aquela reação se, no mínimo, a própria Skyler fosse uma traficante... Não sei se também se é alguma leniência psicológica minha perante a ilegalidade da venda de drogas, ou se é pelo jeito como a série é centrada em Walter, esperava essas reações extremamente moralistas por parte do agente da DEA apenas.

- Temos também, o que contribui para a estranheza que mencionei acima, que envolve a dificuldade de condenar Walter White pelo mero tráfico, o fato de até os nóias parecerem ser gente fina nessa série, nem parecem nóias, são até relativamente nerds, fazendo citações de 'cultura pop' em geral. Isso vale aliás para todos personagens praticamente, até o neonazista com seus quarenta, cinquenta anos, compara um sujeito com o Wolverine... Sinto que, por mais que uma ou outra fala seja engraçada, essa característica também diminuiu o realismo da série e por isso não compensa em entrega o que custou.

- E aquele plano envolvendo o envenenamento de Brock? Um primeiro sujeito (Walter) envenena um segundo (Brock) para convencer um terceiro (Jesse) que um quarto o teria feito (Gus), e que esse quarto o teria feito apenas para convencer o terceiro que quem envenenara o segundo fora o primeiro! Para completar, a existência de dois venenos: Gus, mesmo decerto não carecendo de meios de envenenar pessoas, teria se dado ao trabalho de roubar o veneno de Jesse (ricina), e teria sabido desse veneno por um jeito relativamente forçado (escutas e câmeras) - tudo isso para convencer Jesse que quem roubara o veneno era o Walter, que também não carecia de meios alternativos de envenenar o garoto... Muito forçado, francamente. E pesa na história como um todo, se lembrarmos que isso é um ponto central da trama, pois foi um dos crimes mais graves de Walter, motivou o rompimento definitivo entre Jesse e ele, e motivou que Jesse se aliasse a Schrader.

Isso é bem parecido com Game of Thrones, onde temos um plano mirabolante e forçado de Mindinho para jogar os Lannisters contra o Starks, plano que basicamente iniciou grandíssima parte dos conflitos nos livros - incluindo reações também pouco realistas do ponto de vista psicológico, como Cat levar a seríssimo a suspeita de que Tyrion fosse o mandante a ponto de prendê-lo (mesmo se a evidência dependia dela acreditar que Tyrion foi extremamente burro dando item pessoal e notório para o assassino cometer o crime). Mas o plano de White é ainda mais mirabolante... Seria como se o próprio Mindinho fosse o mandante da tentativa de assassinato, e que ainda por cima de algum jeito ele se colocasse como suspeito, só para convencer os Starks de que os Lannisters que teriam sido os mandantes, e que os Lannisters teriam feito isso para que os Starks rompessem com Mindinho pensando que ele era o mandante. (!??! é até difícil descrever esse plano)

- Tudo bem, tá certo que Walter estava desesperado, mas ele era um cara racional e calejado em situações daquele tipo (ainda mais se lembrarmos por exemplo do plano mirabolante citado acima, onde ele construiu propositadamente uma situação onde teria que manipular verbalmente um Jesse raivoso, sob a mira de uma arma na cabeça)... Não há justificativa em ele, estando num deserto com homens fortemente armados, dar a informação não só inútil mas totalmente contraproducente de que teria em mãos naquele mesmo local milhões de dólares! É mais do que óbvio de que, no momento que dissesse isso, perderia não só o dinheiro como também qualquer possibilidade de salvar Hank. Bastaria, pelo contrário, que oferecesse o pagamento a eles em troca pela vida do cunhado, sem explicitar que tinha o dinheiro ali. De novo, atitude pouco realista que moveu boa parte da história.

Sobre o final em si, não foi ruim, mas senti que os dois últimos episódios foram mais um epílogo do que um final propriamente dito, senti que faltou significado digno de um final, não houve por exemplo redenção ou derradeira queda, e sinto que a história acabou ali mais por uma casualidade, como poderia ter acabado se Walter morresse nas diversas oportunidades que teve para morrer nas temporadas anteriores... E a dificuldade que ele enfrentou no fim - uma gangue neonazista de prisão - francamente, empalidece em significado e em dificuldade após Water enfrentar Fring ou o cunhado da DEA... ainda mais se lembrarmos que ele o fez não para proteger sua família - ele já tinha se decidido antes de saber da ameaça que eles fizeram a Skyler - ou para recuperar seu dinheiro, mas em basicamente desejo de vingança. Tudo bem, temos todo o amor pelo cooking por parte do Walter, e todo seu espírito 'Heisenberg', mas o último episódio praticamente reduziu o personagem a essa faceta (inclusive através da boca do próprio Walter, que reduziu sua jornada ao mero prazer egoísta de 'sentir-se vivo', etc), o que a meu ver diminuiu um pouco o personagem.
 
Última edição:
Spoilers


Sim. Essa visão é interessante.
Desde o início e até agora (vi até o fim da terceira) um ponto positivo do roteiro tem sido manter a psiquê do personagem principal praticamente constante e coerente. Orgulho do tipo masculino besta é uma das suas características mais marcantes e que guiam boa parte das suas ações.
Mas eu comentava principalmente em como a mudança física foi da água pro vinho para um câncer de pulmão que o fez ter uma cirurgia pra tirar um pedaço de tumor gigantesco. Tudo resolvido por visitas ao médico falando que ele está 80% melhor e dando sinal verde pra série o colocar em mais cenas de ação. Poderiam ter então criado o câncer em outra parte menos debilitante do que o pulmão.

E a irmã da Skyler? Vai ter alguma justificativa no seriado toda aquela enrolação da tiara e o caramba a quatro?


Normalmente eu costumo ter a sensação que essas séries americanas contam a sua história na primeira temporada, em alguma temporada no meio e na última. O resto são fillers inúteis.
Como a terceira temporada deu uma guinada forte no roteiro e parece ser muito mais relevante pra narrativa completa da história do que foi a segunda, eu estou com medo da quarta ser filler também.
Alguém me dá esperanças do contrário?
Veremos.
Terminei a série mas vou postar parte da minha opinião aqui e parte no outro tópico pra manter a organização.


A série mudou da água para o vinho em termos de direção e montagem nesta quarta e quinta temporada, hein?
Boa parte dos episódios possuíam propósito e me reforça a idéia de que a série era pra ter umas 3 temporadas, no máximo, mas foi esticada ou por forças superiores ou sei lá por que.

Especificamente sobre a quarta temporada.


SPOILER



Os finales me desagradaram quase todos da série, com excessão da terceira temporada. Muito histéricos, muito novela. Não foi diferente na quarta com o plano pra matar Frings, logo após um plano pra acabar com o cartel mexicano. Tudo muito fácil, tudo muito rápido. E considerando-se como a série termina, quase parece um moralismo à lá código Hays em que quem faz besteira e é "mal" TEM que morrer ou se fuder muito. Mesmo que seja caindo em planos imbecis que contradizem boa parte do histórico construído do personagem em questão.
Fora isso, o desenvolvimento da temporada me agradou. E aparentemente trocaram o montador da série pois ela passou a ser claramente mais fluida, com muitas elipses elegantes e que faziam conexões inteligentes com a vida dupla do Walter.
O desenvolvimento da Skyler é sensacional e bem construído. Todos os personagens, na realidade, são bem evoluídos nesta temporada, mas ela dá uma guinada mais acentuada. Inclusive a única parte do finale que de fato me agradou foi o último plano da planta justamente por revelar de forma indireta a tomada de posição do Frings pelo Walter em literalmente todos os seus defeitos morais. Apesar de estruturalmente a revelação ter sido muito próxima da informação do veneno que o garoto tinha tomado, mas enfim, perdoável.

Continuando a minha opinião acima da quarta. Mas agora sobre a quinta.

SPOILER


Como mencionei, odiei quase todos os finales. Todos muito histéricos. E o finale da quinta só perde da catástrofe narrativa do final da segunda temporada.
Como até se esperaria, durante a ultima temporada surgem novos co-vilões cujo único propósito na série é dar o momento de semi-redenção martírica ao Walter no plano final. Estratégia previsível, mas não por isso menos decepcionante para quem esperava mais de uma série com tantos elogios.
Entretanto, novamente, o caminhar da temporada foi satisfatório. O desenvolvimento dos personagens praticamente cessa (só reafirmações das mudanças), o que seria esperado pois o foco agora é amarrar todas as pontas do enredo. E com isso já deu pra ver que muitas bobeiras das temporadas anteriores sobre a psicologia de personagens secundários realmente não passavam de encheção de linguiça.
O desenvolvimento da história pelo menos é bem dirigida, sabendo dosar bem os pequenos clímaxes que fechavam as pequenas pontas soltas da série. Pena que falhe apenas na conclusão final.
Assim como na quarta, a montagem de todos os episódios foi exemplar, apesar de terem retornado a abusar um pouco dos flashforwards pra cenas sem importância. Principalmente se mostra muito boa e eficiente quando a temporada passa a ter três vertentes igualmente importantes entre si com Walter, Hank e Jesse.
A última temporada também tem como um pecado particular algo que afeta a série como um todo, que é o seu tamanho. Podia ter se mantido a 13 temporadas e enxugado muita coisa principalmente em relação ao exílio e o transtorno de Jesse (que tem o finale menos coerente, btw). De novo, era previsível esse aumento pela mesma questão comercial, mas não menos decepcionante por isso.




Enfim.
Considerações finais da série.
Foi uma boa recomendação, é uma série acima da média dos americanos que assisti (apesar que seriado americano não seja meu forte), mas tem muitas falhas e principalmente inconsistências. A maior parte dos problemas pode ser explicado pelo fato de ser um seriado visando exibição na televisão, que obriga os criadores a se usar de truques meio baratos pra prender a atenção do público e a estender ao infinito o seriado enquanto ela estiver fazendo sucesso pra depois amarrar tudo rapidamente.
Então daria um 8 pra série no final. Principalmente porque realmente as 2 ultimas temporadas salvam de eu chamar de média, junto com partes da primeira e partes da terceira temporada.
Apesar da segunda temporada ficar martelando na minha cabeça pra diminuir pelo menos 1 ponto.


A conclusão minha é que talvez eu na verdade tivesse que ter me mantido nos filmes. 31 filmes eu certamente teria passado por obras melhores.
 
Última edição:
Eu nem lembrava que o tópico da quinta temporada havia sido criado por mim. Minha memória é uma piada. :rofl:

P.S.: Eu amo a série, tenho as cinco temporadas em DVD, mas nem apareci aqui para falar sobre a última temporada. Agora, para eu fazer um comentário decente, só quando decidir rever tudo.
 
P.S.: Eu amo a série, tenho as cinco temporadas em DVD, mas nem apareci aqui para falar sobre a última temporada. Agora, para eu fazer um comentário decente, só quando decidir rever tudo.
Te falar que eu não lembro de todos os detalhes. Da história em si eu até lembro, mas de detalhes em específico vai ser complicado de se lembrar. Tirando a cena da pizza no telhado. :g:

E eu estou mesmo na espera da última temporada de Better Call Saul.
 
quem viu Breaking Bad e viu Bettar Call Saul também achou o nivel parecido?
 
quem viu Breaking Bad e viu Bettar Call Saul também achou o nivel parecido?
Eu gosto de ambos, mas Better Call Saul não é um Breaking Bad 2. Ele até trás alguns personagens de Breaking Bad como o Mike, Fring ou até mesmo o Saul, mas não espere um mesmo conteúdo ou uma mesma história, apesar de muitas semelhanças.

Eu gosto bastante da série e recomendo. Ela deu uma boa evoluída desde a primeira temporada e segue em bom ritmo.
 

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