Hugo
Hail to the Thief
Sinopse: Esse é o nome do documentário de Simon Hartog lançado em 1992/93 pelo Canal 4 da BBC de Londres. O documentário foi transcrito por Geraldo Anhaia Mello no livro entitulado Muito Além do Cidadao Kane, editado pela Editora Scritta e faz alusão direta à personagem criada por Orson Welles, em seu famoso filme, por seu lado referência direta ao magnata das comunicações dos Estados Unidos, William Randolph Hearst, cuja filha, décadas depois, envolver-se-ia com a guerrilha urbana. O vídeo teve a execução pública no Brasil vetada por Roberto Marinho, pois o documentário feria e muito, a imagem da Rede Globo e o fato é que a grande maioria dos brasileiros, com excessão dos que conseguiram acesso à cópia alternativa, não tiveram a oportunidade de assistir ao documentário. Na verdade, a primeira observação que se deve fazer a respeito é que sua atenção se encontra centrada em Marinho e na TV Globo apenas porque ela é a exemplificação mais cabal e radical da experiência da política de telecomunicações brasileira. Simon Hartog, porém, queria ir mais longe, e de fato foi: o que se pretende é denunciar a maneira palaciana pela qual Marinho ou Bloch, Sílvio Santos ou Saad, cada um pegou a sua fatia. Mais que isso, e certamente os livros que se têm lançado recentemente sobre Samuel Wainer e Assis Chateaubriand bem o evidenciam, Marinho não agiu diferentemente de como agiria qualquer um dos outros dois. Acontece que Marinho foi menos amador que os demais ou, quem sabe, o sistema capitalista no qual se acha hoje inserido o Brasil é mais cínico e eficiente do que aquele, ainda primário, experimentado pelas duas outras personagens. Portanto, o que se deve ter claro, desde logo, é que Marinho não é nem pior nem melhor que Wainer, Chateaubriand, Saad, Bloch ou qualquer outro. Foi, apenas, mais competente e eficiente, alcançando melhores resultados em suas manobras. O episódio que culmina no papel da Globo em nossa realidade, contudo, tem de ser compreendido em sua perspectiva macro, ou seja, enquanto superestrutura social, política e econômica que viabiliza tais situações, envolvendo desde a ingenuidade de alguns segmentos sindicais e de ativistas de esquerda, que imaginaram democratizar a política de concessões de canais de rádio e televisão quando retiraram a decisão exclusiva do Presidente da República, repartindo-a pelo Congresso Nacional, até os profissionais jornalistas que, a exemplo de Armando Nogueira ou Vianey Pinheiro, só contam as verdades depois que foram despedidos da emissora. Em última instância, é todo o conjunto da sociedade nacional que, de fato, responde por essa situação, na medida em que, conivente, dá à Globo aquilo que ela mais quer: a audiência que lhe garante o poder da influência e negociação junto ao segmento político e administrativo.
Comentários: Ouve-se muita gente falando que a Globo manda no país, que elege quem ela quer, isso e aquilo. Mas poucos sabem como ela conseguiu ao longo da sua história obter esse poder manipulador. Todas as falcatruas, atos ilícitos e imorais do "jornalista" Roberto Marinho são delatadas em tal documentário. De acordos ilegais com o grupo estrangeiro Time-Life (este fornecia dinheiro e treinamento, mas a Globo deveria seguir algumas "normas", dentre elas: A única influência cultural seriam a influência americana; Os filmes e programas exibidos valorizariam o culto ao herói norte-americano, e sua cultura; A alienação cultural seria predominante; Seria criada uma sub-cultura, nos moldes da americana, no consciente coletivo da população brasileira) a conversas e acordos com presidenciáveis sobre de que forma a Globo agiria caso atendesse aos seus interesses.
Incêndio premeditado (em São Paulo, para a Globo pegar o dinheiro do seguro e montar a super estrutura que é hoje no Jardim Botânico no Rio de Janeiro), edição falsa de imagens (no atentado do Rio-Centro), desacordo com a NEC para baixar o preço dessa empresa que fornecia equipamentos de telecomunicações para o governo para assim comprá-la a preço de banana e depois valorizá-la, reafirmando o acordo com o governo, o famoso debate de Lula X Collor, favorecendo o último, a evidenciação à exaustão das maravilhas do Maranhão, na novela "O Clone", mostrando o quão bom era o estado da futura candidata Roseane Sarney são só algumas das falcatruas da "vênus platinada". Desde sempre as novelas tem trilhas internacionais (leia "internacionais" como "americanas"), famílias com o melhor estilo "american way of life" e sempre ditando comportamentos, o que é ou não é legal. Reportagens no Fantástico "crie o seu filho assim", ou "adolescentes são todos desse jeito" apenas são mais uns exemplos de todo esse poderio. Com a Internet, as pessoas aprenderam a ser mais críticas, procurarem o outro lado da notícia, a veracidade dos fatos e assim exercer a sua inteligência. O objetivo disso não é dizer: "Não assista Globo, ela suga o seu cérebro", eu assisto, você assiste, mais de 160 milhões de pessoas assistem. E isso não vai mudar. O que quero dizer é: isto NÃO se trata de nenhuma tentativa inflamada de "revoluçãozinha" como pode aparentar este pequeno discurso. Trata-se pura e simplesmente de democratização do conhecimento. De saber o que eles não querem que você saiba. De saber o que pode estar atrás daquilo que você vê quando aperta os botões do controle remoto e que inconscientemente tem como verdade.
Exerça o seu conhecimento, mostre que você é inteligente e tem opinião própria: Leia mais aqui:
- Download
- Muito além da TV Globo
- Roberto "Cidadão Kane" Marinho
- BNDES dá garantia de R$ 284 mulhões para a Rede Globo.
Globo e você, tudo a ver: O Império dos Sentidos
Agora cadê o Kinoplex pra defender a empresinha do papai hein???
Comentários: Ouve-se muita gente falando que a Globo manda no país, que elege quem ela quer, isso e aquilo. Mas poucos sabem como ela conseguiu ao longo da sua história obter esse poder manipulador. Todas as falcatruas, atos ilícitos e imorais do "jornalista" Roberto Marinho são delatadas em tal documentário. De acordos ilegais com o grupo estrangeiro Time-Life (este fornecia dinheiro e treinamento, mas a Globo deveria seguir algumas "normas", dentre elas: A única influência cultural seriam a influência americana; Os filmes e programas exibidos valorizariam o culto ao herói norte-americano, e sua cultura; A alienação cultural seria predominante; Seria criada uma sub-cultura, nos moldes da americana, no consciente coletivo da população brasileira) a conversas e acordos com presidenciáveis sobre de que forma a Globo agiria caso atendesse aos seus interesses.
Incêndio premeditado (em São Paulo, para a Globo pegar o dinheiro do seguro e montar a super estrutura que é hoje no Jardim Botânico no Rio de Janeiro), edição falsa de imagens (no atentado do Rio-Centro), desacordo com a NEC para baixar o preço dessa empresa que fornecia equipamentos de telecomunicações para o governo para assim comprá-la a preço de banana e depois valorizá-la, reafirmando o acordo com o governo, o famoso debate de Lula X Collor, favorecendo o último, a evidenciação à exaustão das maravilhas do Maranhão, na novela "O Clone", mostrando o quão bom era o estado da futura candidata Roseane Sarney são só algumas das falcatruas da "vênus platinada". Desde sempre as novelas tem trilhas internacionais (leia "internacionais" como "americanas"), famílias com o melhor estilo "american way of life" e sempre ditando comportamentos, o que é ou não é legal. Reportagens no Fantástico "crie o seu filho assim", ou "adolescentes são todos desse jeito" apenas são mais uns exemplos de todo esse poderio. Com a Internet, as pessoas aprenderam a ser mais críticas, procurarem o outro lado da notícia, a veracidade dos fatos e assim exercer a sua inteligência. O objetivo disso não é dizer: "Não assista Globo, ela suga o seu cérebro", eu assisto, você assiste, mais de 160 milhões de pessoas assistem. E isso não vai mudar. O que quero dizer é: isto NÃO se trata de nenhuma tentativa inflamada de "revoluçãozinha" como pode aparentar este pequeno discurso. Trata-se pura e simplesmente de democratização do conhecimento. De saber o que eles não querem que você saiba. De saber o que pode estar atrás daquilo que você vê quando aperta os botões do controle remoto e que inconscientemente tem como verdade.

Exerça o seu conhecimento, mostre que você é inteligente e tem opinião própria: Leia mais aqui:
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