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Notícias Brasileiro lida com rotina de protestos em time "mais odiado da Alemanha"

Fúria da cidade

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    Torcedores do Colônia conseguiram interceptar ônibus do RB Leipzig antes de partida

Quem observa com calma a classificação da Bundesliga possivelmente nota uma novidade na temporada, com o recém-promovido RB Leipzig na cola do poderoso Bayern entre os líderes. Mas as circunstâncias que marcam a estreia do time da ex-Alemanha Oriental na liga são o que realmente fazem essa história relevante. Em poucos meses na elite, o clube já ganhou a reputação de "mais odiado do país", graças à rejeição aos detalhes financeiros que cercam sua ascensão. Alvo de protestos dos mais variados vindos de outras torcidas, a equipe conta no elenco com um brasileiro – uma testemunha interna que defende o projeto esportivo bancado pela gigante Red Bull.

O RB Leipzig é um dos cinco times da família Red Bull pelo mundo e tem provocado antipatia em razão da veloz conquista de território na Alemanha. Nos últimos meses, a equipe do volante Bernardo enfrentou bloqueio em deslocamento no trânsito até o estádio, protesto com animais mortos em campo e até comparações com nazistas. O sentimento que move os torcedores rivais é de que os ricos novatos da Bundesliga podem deturpar o equilíbrio esportivo em nome de fins comerciais.

A nova equipe de Leipzig começou a chamar atenção na Alemanha em 2009, quando a Red Bull comprou do modesto Markranstädt uma vaga na quinta divisão. No entanto, como os clubes do país precisam ser associações esportivas, com sócios, de acordo com as normas da federação local, a empresa teve que abrir mão de sua logomarca no escudo do time, ao contrário do que acontece em seus time de Nova York e do Brasil, por exemplo. No entanto, mesmo com a publicidade ilegal, as duas letras foram mantidas no nome, justificadas oficialmente como RasenBallsport (esporte com bola sobre o gramado, em tradução livre). Na prática, a multinacional de bebidas energéticas é quem controla o projeto.

Com injeção imediata de dinheiro desde o início do projeto, o RB Leipzig escalou a "montanha" da quinta divisão até a elite rapidamente, em poucos anos. E já na estreia na "Bundesliga 1" o time figurou em quarto lugar entre os que mais investiram para a temporada, com 27,5 milhões de euros – só atrás de Dortmund, Bayern e Wolfsburg. Outros clubes tradicionais da Alemanha também contam com suporte de empresas em suas respectivas operações, mas são tratados como casos excepcionais, por serem anteriores à regulamentação que forçou a manobra de adequação da Red Bull.

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Torcida do Dynamo Dresden arremessou uma cabeça de touro em jogo com o Leipzig

"Não é uma grande novidade, talvez por ser o primeiro ano do Red Bull na Bundesliga. Mas muitos clubes na Alemanha também têm empresas por trás, com esse tipo de incentivo, talvez de uma forma camuflada. O Leverkusen com a Bayer, o Bayern com a Adidas, o Wolfsburg com a Volkswagen, o Ingolstadt com a Audi, o Hoffenheim também tem uma empresa por trás", comentou o brasileiro Bernardo em entrevista ao UOL Esporte, por telefone.

Os defensores do Leipzig pregam que o dinheiro investido banca uma filosofia esportiva que visa prioritariamente desenvolver o futebol alemão. Ralf Rangnick, diretor do clube, exalta principalmente o método de contratações de jogadores abaixo de 24 anos, jovens promessas de países diferentes. De quebra, celebra-se o fato de a cidade ter abraçado o time. Na última partida em casa, na vitória sobre o Werder Bremen, 42.558 pessoas lotaram a Red Bull Arena.

"(A rejeição) talvez seja também medo, porque sabem que o Leipzig pode ser uma potência do futebol alemão em poucos anos. Talvez em quatro ou cinco anos pode brigar com o Bayern", afirmou Bernardo. "É bom estar numa empresa correta, que conta com um trabalho de categorias de base muito forte, aposta em jovens. Um lugar muito sério", concluiu.

Rivais bloqueiam ônibus e jogam cabeça de touro em campo


A animosidade que acompanha a ascensão do RB Leipzig já havia dado os primeiros sinais antes mesmo da chegada do time à elite da Alemanha. Mas a campanha de destaque na estreia na primeira divisão deflagrou de vez uma espécie de insatisfação organizada de torcedores adversários. Recentemente, fãs antipáticos à equipe da Red Bull criaram o movimento "Nein zu RB" ("Não ao RB") para viabilizar protestos diversos pelo país, com direito a site oficial.

Neste clima, logo no início da temporada em um jogo pela Copa da Alemanha, torcedores do Dynamo Dresden jogaram cabeças de touros mortos dentro de campo. Dias depois, fãs do Borussia Dortmund, conhecidos como um dos mais fanáticos do país, boicotaram o compromisso contra o RB em Leipzig, a 340km de distância – o espaço reservado à torcida visitante ficou totalmente vazio.

"Claro que o Dortmund também ganha dinheiro, mas fazemos isso para jogar futebol. Mas Leipzig joga futebol para vender produtos e um estilo de vida", afirmou na época o torcedor Jan-Henrik Gruszecki, um dos organizadores do boicote.

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Ainda na segunda divisão, torcedores do Erzgebirge Aue compararam a origem austríaca do RB Leipzig com o nazismo - o clube precisou se desculpar depois. No destaque pequeno, fãs do Desden estampam a mensagem: "tradição não se compra"

As faixas de repúdio à empresa de energéticos têm sido vistas com frequência. Na partida contra o Hoffenheim, por exemplo, os torcedores exibiram mensagens sarcásticas, já que antes do RB Leipzig era este clube que detinha a fama de crescer por causa do dinheiro: "Queremos nosso trono de volta: clube mais odiado da Alemanha".

"Em Colônia teve uma manifestação da torcida. Eles sentaram na avenida principal de acesso ao estádio, centenas de pessoas, não deixaram nosso ônibus passar. A gente costuma chegar com 1h30 de antecedência aos jogos, mas neste dia só chegamos ao estádio 15 minutos antes do início. Mas ainda bem que a federação teve bom senso de retardar o início do jogo", relatou Bernardo, sobre o protesto que acabou de forma pacífica, desmontado pela polícia local.

Segundo o brasileiro, mesmo com os protestos recorrentes, os jogadores não sentem que a integridade física está ameaçada. "Sinceramente, para nós jogadores não faz muita diferença. Na entrada em campo costuma ter manifestação das torcidas organizadas, com faixas e gritos, mas depois, durante os jogos, eles agem normalmente", diz.

A rejeição ao projeto de futebol da Red Bull na Alemanha encontra precedentes na vizinha Áustria, a terra da multinacional de energéticos. Lá, a empresa comprou o time de Salzburg em 2005 e, desde então, conquistou o campeonato nacional em quatro oportunidades. Bernardo fez uma escala austríaca antes de chegar a Leipzig e conhece bem essa história. "Na Áustria a rejeição é até pior. Porque o Salzburg chegou de forma dominante, conquistando títulos, tirando espaço dos clubes mais tracionais, como o Austria Vienna e o Rapid", contou.

Brasileiro é filho de ex-jogador de São Paulo e Corinthians


AFP PHOTO / Odd ANDERSEN
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Ao se destacar no futebol alemão como titular do RB Leipzig, Bernardo Fernandes da Silva Júnior esboça reproduzir a trajetória do pai no país. O ex-jogador Bernardo passou pelo Bayern de Munique em 1991, numa época de crescimento da Bundesliga após a unificação da nação. No entanto, o antigo volante fez mais sucesso em ambiente doméstico, principalmente com as camisas de São Paulo (campeão brasileiro em 1986 e 1991) e Corinthians (vencedor da Copa do Brasil de 1995).

O mais novo jogador da família começou a vivência no futebol na base do São Paulo, mas conseguiu progredir atuando pelo Audax. Posteriormente Bernardo foi transferido ao Red Bull Brasil e defendeu a Ponte Preta por empréstimo, durante um curto período. Mais adiante, acabou negociado com o Salzburg, onde se sagrou campeão austríaco. No último verão, finalmente chegou a Leipizig, em aquisição de 3,4 milhões de euros.

O camisa 3 do Leipzig começou a carreira como zagueiro, mas acabou sendo experimentado em todas as funções defensivas desde que chegou à Europa. Atualmente, o atleta de 21 anos e 1,86 m exerce o papel de volante, exatamente como o seu pai. "Ele sempre me ajudou. Costuma assistir a meus jogos. Quando fiz essa transição para atuar como volante ele me deu bastantes dicas sobre posicionamento, sobre questões práticas", diz o jogador do RB Leipzig.

Perseguição ao Bayern de Munique


Após oito rodadas disputadas na Alemanha, o RB Leipzig aparece como surpresa na segunda colocação, com 18 pontos, dois abaixo do líder Bayern. A equipe do brasileiro Bernardo é uma das três únicas que ainda não perderam na temporada.
Inicialmente a meta do Leipzig em seu ano de estreia na Bundesliga era permanecer na elite. No entanto, após vitórias sobre forças como Dortmund e Wolfsburg, o time ousa sonhar mais alto – quem sabe seja possível brigar pela liderança com o Bayern quando o confronto entre as duas equipes chegar, em 21 de dezembro, em Munique.

"O objetivo inicial era se manter na primeira divisão, não ficar nessa coisa de sobe e desce. Mas, pessoalmente, depois desse início de temporada, acredito que a equipe tem capacidade para terminar na parte de cima da tabela", afirma Bernardo.

Fonte

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Impressionante onde a Red Bull põe dinheiro a ascensão é rápida. Muito provavelmente esse time estará na CL na próxima temporada.
 
Nojo desse time.

Comparável aos times de empresários brasileiros. Times sem alma, camisa, tradição. Sem o espirito que mantêm esse futebol vivo. Um time sem torcida na primeira divisão da bundesliga é triste demais.
 
Nojo desse time.

Comparável aos times de empresários brasileiros. Times sem alma, camisa, tradição. Sem o espirito que mantêm esse futebol vivo. Um time sem torcida na primeira divisão da bundesliga é triste demais.

Não defendendo time de empresários, mas tu acha que time que coloca 42k de pessoas em um jogo não tem torcida?
 
Antes da Copa de 2006, o governo alemão ajudou a construir um estádio em Leipzig porque queria que a ex-Alemanha Oriental tivesse uma sede. Ficou sendo um elefante branco por muito tempo, até que a Red Bull montou um time.

E isso só me faz perguntar: DEUS, POR QUE NÃO EM DRESDEN? Ali, a 2 horas de trem de Leipzig e de Berlim, já existia um time tradicional e com torcida. Nada disso teria acontecido.
 
É que nenhuma federação nacional estabeleceu proibição para que grandes empresas pudessem disputar campeonatos efetivamente como uma agremiação e não sendo algo proibido deu nisso.

Se tivessem imposto uma condição de poder entrar somente se associando a uma agremiação tradicional já existente, teria sido a salvação dos pequenos.
 

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