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Notícias Brasileiro lê apenas dois livros por ano, revela pesquisa

Eu li 114 livros no ano passado (sem contar todos os posts da Elzinha, que são verdadeiros livros). Abs.

Ok, agora eu fiquei metida... :lol:


Sobre bibliotecas, frequentei muito a da escola (e da faculdade que pertencia à mesma instituição) no Ensino Médio. Aliás, quase morava lá :lol: Peguei muito livro de Mitologia Grega lá. Mas principalmente usei pra fazer meu TCC no último e loooooooongo ano.
Embora eu tenha a carteirinha da biblioteca municipal, raramente uso. Raramente mesmo.
Peguei birra de pegar romances na biblioteca pq quase sempre vem detonado. Ainda na biblioteca do Ensino Médio, peguei Eurico, o Presbítero pra ler por obrigação (trabalho de literatura) e o livro veio TÃO estrupiado que fedia e se desfazia nas minhas mãos e acabou contribuindo pra eu ter ódio mortal do livro até hoje!
Já os livros técnicos, do TCC, vinham muito bem conservados. E na biblioteca municipal, quando tentei procurar pra pesquisa da faculdade sobre obras de arte do século XIX, não achei UM livro que servisse. Já na biblioteca da faculdade achei até Contos Inacabados :lol: Pena que não pude pegar e tava detonado, de qualquer forma.
Sempre gostei, só para pesquisa, das bibliotecas de faculdade (UniVap, Unesp e UNIP). Geralmente são mais bem cuidadas e organizadas. A melhor que entrei, pra mim até hoje, foi a da UniVap.

Eu leio bastante, embora não tanto quanto a Ana ou a Melian.
Mas desde 2003 procuro comprar o que vou ler... sem cheiro ruim e sem capa caindo.
E há uns 4 anos aprendi a presentear as pessoas com uma cópia nova quando me pedem emprestado, desde que meu Cálice de Fogo voltou num estado lastimável :cry: Fora os que nunca mais vi!

Não, não tenho $ sobrando, mas não me arrependo de gastar com livros nunca... Até pq, às vezes no sebo tbm tem uns em ótimo estado e o melhor, RAROS.
 
Mais da metade dos brasileiros nunca compraram um livro

InfoMoney

Mais da metade dos brasileiros nunca compraram um livro

29 de março de 2012 • 12h31
Por: Fabiana Pimentel

SÃO PAULO - No Brasil, 56% da população nunca comprou um livro. Esse percentual representa 99,3 milhões de pessoas, revela a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizado pelo IPL (Instituto Pró-Livro), com apoio da Abelivro (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), da CBL (Câmara Brasileira do Livro) e do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros).

Das pessoas que afirmaram já ter comprado um livro, 15% ou 27,6 milhões de brasileiros disseram que adquiriram uma obra há três meses ou menos.

Em seguida, com 8% cada, os entrevistados disseram que compraram livros de um a dois anos atrás ou há mais de cinco anos.

Na sequência, estão os respondentes que afirmaram ter comprado um livro de 4 a 6 meses atrás (4%), de 7 a 12 meses (4%), de 3 a 5 anos (4%).

A pesquisa, realizada entre julho e julho de 2011, mostra ainda que o brasileiro lê, em média, quatro livros por ano, considerando literatura, contos, romances, livros religiosos e didáticos.

Compras recentes
Dos brasileiros que afirmaram ter comprado um livro há três meses, 7% disseram que escolheram livros em geral, incluindo as versões digitais e excluindo os livros didáticos.

Em seguida, 6% disseram ter comprado apostila ou xerox de livros ou de capítulos específicos, enquanto 5% compraram livros didáticos e de literatura, indicados pela escola.

Perfil do comprador
Dos respondentes que afirmaram ter comprado um livro nos últimos três meses, 18% são mulheres. A maioria dos compradores tem ensino superior (47%) e está na faixa etária de 18 a 24 anos (23%).

Boa parte dos compradores está nas regiões Centro-Oeste e Norte, ambas com 18% de participação. Em relação à classe social, 49% pertencem à classe A.

Acesso aos livros
Dos entrevistados, 48% afirmaram que tiveram acesso aos livros por meio de compra, enquanto 30% leram livros emprestados por outras pessoas.

Também foram emprestados livros das bibliotecas e escolas, como afirmaram 26% dos respondentes.

Em seguida, aparecem os livros presenteados (21%), distribuídos pelo governo ou pelas escolas (16%), baixados da internet (6%) e fotocopiados ou xerocados (5%).

fonte: http://www.infomoney.com.br/comportamento/noticia/2385648-mais+metade+dos+brasileiros+nunca+compraram+livro
 
Bom, eu quase nunca vou a biblioteca do meu bairro, mas só porque é longe o suficiente a ponto de cansar ir a pé e perto o suficiente a ponto de eu não querer gastar dinheiro de ônibus... Mas eu tenho uma carteirinha lá :D Quanto à média de livros completos, não devo passar de 5 por ano. O problema é que eu sempre leio um livro até certo ponto, depois abandono e começo a ler outro, e assim por diante... Então eu devo demorar em média mais de um ano pra terminar de ler algo. Mas a lista de livros que estou "lendo" só aumenta, especialmente depois que entrei pra facul. Deve ter uns 40-50 livros a espera de serem terminados por aqui :lol:

Agora, acho difícil concluir que o brasileiro lê pouco (ou pelo menos que lê menos que antes) a partir disso. Essa pesquisa não leva em conta os livros virtuais e textos de blogs e coisas do gênero, certo? Internet afinal de conta não é só memes e pornografia e vídeos de cachorros fazendo coisas engraçadas no youtube... Acho que a média de leitura mesmo subiu um pouco com o acesso mais fácil à internet. Quem reclama que vê muita gente que perdeu o hábito de leitura por causa da internet é porque está vendo a parcela da população errada. O número de pessoas que já tinham um hábito de leitura antes da internet era provavelmente bem pequeno, pelo menos em comparação com o número de pessoas que não liam e para as quais a internet tem sido uma porta de entrada nesse sentido.
 
As expectativas para um povo que não ler (livros didáticos e bíblias não contam) não é um futuro muito promissor.
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Pode muito bem ser um bloqueio para nossas pretenções como potência mundial. Ao mesmo tempo que não lê, eu chutaria que o brasileiro (estou generalizando é claro) passa pelo menos três horas diárias assistindo televisão.
 
Última edição:
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Pode muito bem ser um bloqueio para nossas pretenções como potência mundial. Ao mesmo tempo que não lê, eu chutaria que o brasileiro (estou generalizando é claro) passa pelo menos três horas diárias assistindo televisão.

E nos EUA e na Europa é diferente? Basta lembrar que o dinheiro que as emissoras fazem aqui é mísero considerado ao que se ganha lá fora. Tanto é que estão sempre adotando tipos de programa que fazem sucesso lá fora (como reality shows, por exemplo) para tentar faturar um pouco mais aqui. Televisão e leitura não se excluem; uma pessoa com boa vontade e um certo hábito consegue muito bem equilibrar ambos.
 
O problema de televisão são as crianças... Meio dificil criar o hábito de leitura, assistir tv é bem mais fácil.
 
O problema de televisão são as crianças... Meio dificil criar o hábito de leitura, assistir tv é bem mais fácil.

Até por que é bem mais fácil para o pai deixar o filho entregue à babá TV do que pegar um livro e ler uma historinha para a criança antes de dormir.

Esse era um hábito dos meus pais que pretendo manter com os meus filhos, se os tiver.

Eu tenho todos os meus livros infantis guardados só esperando o momento de serem reativados :amor:
 
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Até por que é bem mais fácil para o pai deixar o filho entregue à babá TV do que pegar um livro e ler uma historinha para a criança antes de dormir.

Esse era um hábito dos meus pais que pretendo manter com os meus filhos, se os tiver.

Eu tenho todos os meus livros infantis guardados só esperando o momento de serem reativados :amor:

E para os meus, se os tiver, eu guardo as minhas cartilhas de alfabetização como a "Caminho Suave" que pra mim foi super eficiente pra eu aprender a ler, além de outros que tenho pro aprendizado básico de matemática.
 
E nos EUA e na Europa é diferente? Basta lembrar que o dinheiro que as emissoras fazem aqui é mísero considerado ao que se ganha lá fora. Tanto é que estão sempre adotando tipos de programa que fazem sucesso lá fora (como reality shows, por exemplo) para tentar faturar um pouco mais aqui.

Em parte, Sano, é muito semelhante, e isso tem refletido na formação intelectual das pessoas nos EUA (da Europa não tenho informação). De acordo com os pesquisadores de Berkeley (Califórnia), os norte-americanos passam em média 170 minutos por dia assistindo TV ou vendo filmes de qualidade duvidosa (que muitas vezes se parecem mais com videogames do que com filmes).
O livro ”THINK” de Michael R. Legault, dedica muitas de suas 370 páginas, ao problema televisão versus leitura e o efeito devastador (de acordo com o autor) que a “vitória” da TV está provocando nas últimas décadas.
Sim. A mesma coisa (entre outras tantas) que nos atrapalha na nossa saída do buraco, ajuda esse ou aquele país a ir ao buraco.

Televisão e leitura não se excluem; uma pessoa com boa vontade e um certo hábito consegue muito bem equilibrar ambos.

A questão parece mais estar na força de vontade necessária para abandonar a posição passiva de espectador televisivo.
A leitura exige esforço, enquanto a TV, frequentemente, um simples abandono.
 
Olha, durante a infância e adolescência via muita TV (aberta, pq não tinha assinatura). Era +/- metade do meu tempo livre. A outra metade era video-game e os meus cachorros. Quando resolvi, por conta própria, parar de ver tanto, foi estranho no começo... mas depois eu tive um ano de TCC e estágio que não dava tempo pra NADA! Depois que esse ano acabou, não sentia mais compulsão por ver TV.

Hoje tenho canal de assinatura e só vejo o que quero. Geralmente séries, 2 ou 3x por semana à noite e um programa ou outro da Discovery.
As pessoas vem comentar comigo novela, BBB, programas de humor e às vezes até mesmo notícias do jornal e eu fico boiando!!!
 
Isso de televisão também aconteceu comigo, quando criança eu assistia muita televisão (hoje menos, mas se deixar eu assisto séries quase todo o tempo) e na minha infância não tinha espaço para livros (uma vez ou outra eu lia alguma coisa) os livros que eu lia eram os didáticos, principalmente os que tinham muito texto, e nessa época tinha uma biblioteca perto de casa, mas os livros não podiam sair e quando entrei na faculdade descobri a biblioteca dela e desde então sempre estou lendo (até mais do que deveria).

Mas mesmo na infância quando eu via muita televisão eu ainda gostava de ler, não sei se sou exceção, mas isso é fato, quanto mais televisão menos livros.
 
Essa media aumentou, até esses tempos eram de 1,5 livros ao ano.
Na boa, que eu só li uns 4 esse ano, mas por pura falta de tempo.
(se HQ e revista contar, eu li MUITA coisa :lol:)

Fazendo minha parte:
Falando pessoalmente, meus irmãos (Pedro e Isaac, de 6 anos), adoram ler, ou o que entendem por isso. Digo pois tenho alguns livros ao alcance deles, e sempre sou pego com eles me pedindo para ler alguma coisa, claro que são livros com desenhos e mapas (Tolkien, Rowling, Lewis, e tantos) ou Hqs. Meu grande medo é até onde isso vai durar. Faço minha parte lendo sempre que possível, e ensinando eles a ler também.

Meus irmãos:
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Até por que é bem mais fácil para o pai deixar o filho entregue à babá TV do que pegar um livro e ler uma historinha para a criança antes de dormir.
Um amigo meu pegou amor pela leitura porque a babá dele lia para ele todos os dias. É um caso tão incomum que a uma professora usou ele como estudo de caso na dissertação de mestrado dela...

Mas eu acho estes valores de leitura, soltos assim, absolutamente inúteis. Como tirar conclusões sobre os impactos no futuro do país, se os números apresentados não são comparados com os de outros países? E como considerar a quantidade de cultura que pode ser absorvida pela internet, se esta for bem utilizada? Por outro lado, se alguém pegar 40 livros de auto-ajuda para ler por ano, será que a pessoa vai ganhar alguma coisa?

Sendo bem sincera: literatura não é para qualquer um. Pressupõe um certo grau de sutileza que uma parcela muito grande das pessoas simplesmente não têm.
 
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Anna Cwen;2233288Sendo bem sincera: [b disse:
literatura[/b] não é para qualquer um. Pressupõe um certo grau de sutileza que uma parcela muito grande das pessoas simplesmente não têm.
Se realmente tivermos este tipo de pensamento segregatório, nunca mesmo vamos ajudar o país a ler mais.
 
Mas será que, ao invés de ser um pressuposto, a pessoa não ganharia um discernimento de certos tipos de sutileza conforme for tendo boas leituras?
IMO, algumas pessoas simplesmente não nasceram para isso. Não faz delas pessoas piores, mas diferentes. Assim como, por mais que eu me esforce, não consigo ter a mesma sensibilidade (era essa palavra que eu queria, não sutileza) que minha mãe e meu irmão no que tange à música. Antes que alguém fale que é costume, eu estudo música desde que tenho 6 anos de idade, toco 3 instrumentos e tal. Mas tem coisas que eles percebem que mesmo eles me explicando eu não sou capaz de captar.

Se realmente tivermos este tipo de pensamento segregatório, nunca mesmo vamos ajudar o país a ler mais.

Não entendo porque meu pensamento é segregatório. Não estou virando para um determinado grupo de dizendo "VOCÊS não são capazes de ler :muahaha: ". Estou apenas dizendo que literatura é arte e, como tal, nem todo mundo é capaz de sentir o mesmo prazer, ou perceber as mesmas nuances em uma obra. Como o exemplo de música que eu dei lá em cima. O meu post foi mais no sentido de mostrar que existem outras leituras, que não são livros, e que estas pesquisas não têm mostrado.
 
Eu entendi o que a Anna quis dizer. Vou ilustrar falando de mim.

Adoro arte contemporânea, pago um pau gigantesco, sério. Mas não consigo ter a compreensão dela sem um livro-texto, conhecimento do pensamento e técnicas do artista etc. Reconheço, respeito, louvo o valor filosófico e estético das obras de arte e até vejo que tenho certa aptidão, certa sensibilidade. Mas... eu fico meio perdido quando falo de arte com a Amanda Santos, por exemplo. Não só porque ela manja de arte contemporânea mais que eu, mas porque ela tem uma sensibilidade toda especial no que tange à arte. Ela é artista, eu sou só admirador da arte. E artista não é quem 'faz' arte, porque isso eu sei fazer, falo de artista como quem sente a arte com toda a sua a alma.

E isso não é segregacionismo. Não me acho inferior, apenas diferente. Minha sensibilidade é toda outra, não tão artística, talvez mais filosófica por estar sempre tentando enxergar um sentido nas coisas mais absurdas, estar sempre tentando dispor os elementos em conjuntos, sistematizando pensamentos e sentimentos. E muita gente me acha louco por isso, porque não tem esse tipo de sensibilidade. Sou 'melhor' que eles? Não, apenas diferente.

É claro que tanto o leigo em arte quanto o leigo em filosofia podem aprender muito do estudo, do aprofundamento mas sem uma certa sensibilidade para ambos, eles não vão além de pesquisadores da arte, historiadores da filosofia... IMO.
 
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Quando caimos na análise de ler as grandes obras literárias esse quesito da sensibilidade que Anna Cwen é super válido sim e o Paganus complementou muito bem o que eu pensava em postar.

O fato de se ter menor sensibilidade não faz alguém ser obrigatoriamente um péssimo leitor.
 

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