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Brasileiro, Artur Avila, leva a Medalha Fields em 2014

[F*U*S*A*|KåMµ§]

Who will define me?
Uma boa noticia para os brasileiros em 2014.

Essa porra tem que sair na primeira pagina de todos os jornais do Brasil, hein.


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Artur Avila
is awarded a Fields Medal for his profound contributions to dynamical systems theory, which have changed the face of the field, using the powerful idea of renormalization as a unifying principle.

Description in a few paragraphs:
Avila leads and shapes the field of dynamical systems. With his collaborators, he has made essential progress in many areas, including real and complex one-dimensional dynamics, spectral theory of the one-frequency Schro¨dinger operator, flat billiards and partially hyperbolic dynamics.


Avila’s work on real one-dimensional dynamics brought completion to the subject, with full understanding of the probabilistic point of view, accompanied by a complete renormalization theory. His work in complex dynamics led to a thorough understanding of the fractal geometry of Feigenbaum Julia sets.

In the spectral theory of one-frequency difference Schro¨dinger operators, Avila came up with a global de- scription of the phase transitions between discrete and absolutely continuous spectra, establishing surprising stratified analyticity of the Lyapunov exponent.

In the theory of flat billiards, Avila proved several long-standing conjectures on the ergodic behavior of interval-exchange maps. He made deep advances in our understanding of the stable ergodicity of typical partially hyperbolic systems.

Avila’s collaborative approach is an inspiration for a new generation of mathematicians


www.mathunion.org/general/prizes/2014/
 
A interação dos alunos com doutores é muito importante, e essa é justamente a parte mais especial de toda a reportagem da Folha que o Mavericco postou.

Como exemplo eu lembro de uma amiga que nos anos 60 foi jovem morar com uma família americana. O chefe da família era justamente PhD em matemática e lecionava na UCLA (a esposa dele com mestrado). Resultado, além de aprender muito bem a língua inglesa havia uma troca fenomenal de cultura e ela tinha dicas boas para estudar matemática. Uma delas (que eu costumava usar na escola) era repetir cada exercício de cada capítulo do livro no mínimo 3 vezes. Toda vez que usei a técnica na escola (não foram muitas vezes porque prefiro humanas, biológicas e artes eu ficava me coçando para voltar para os livros de literatura da biblioteca e só tinha interesse na média pra passar) dava para gabaritar provas e trabalhos. Hoje o patrimônio dela cresceu (melhorou de vida que na época ela era muito pobre) e ela mesma já está trabalhando no doutorado dela.

O Brasil poderia aproveitar pra investir na formação de alunos em exatas. Com papel, lápis, giz e o tratamento certo do aluno dá para repetir o sucesso. Pelo visto o rapaz de cima deve ter completado o ensino médio (com 18 anos) já dominando o conteúdo da graduação. XD
 
O Brasil poderia aproveitar pra investir na formação de alunos em exatas. Com papel, lápis, giz e o tratamento certo do aluno dá para repetir o sucesso. Pelo visto o rapaz de cima deve ter completado o ensino médio (com 18 anos) já dominando o conteúdo da graduação. XD

falando em exatas me vem a mente a Coréia do Sul, país pequeno em dimensão e que possui algumas das maiores empresas do mundo (Samsung,LG,Hyundai,Kia) e investiu pesadamente em exatas. Hoje o problema lá é que tem tantos engenheiros que está faltando emprego nessa área.
 
Lá é bem bizarro. Tem tendência da economia de alguns países asiáticos de privilegiarem monopólios, cartéis e máfias que são boa receita pra exagerar na hora de criar mercado competitivo gerando excedentes de pessoas formadas. Arrisco dizer que se tivessem investido em humanas, biológicas ou artes era capaz de sair um outro monopólio, dessa vez voltado para a ideologia (humanas) ou farmacêutica (biológicas)...
 
acho que estão investindo em biológicas porque a Samsung agora está investindo muito na área farmacêutica.
fonte
 
A interação dos alunos com doutores é muito importante, e essa é justamente a parte mais especial de toda a reportagem da Folha que o Mavericco postou.

Como exemplo eu lembro de uma amiga que nos anos 60 foi jovem morar com uma família americana. O chefe da família era justamente PhD em matemática e lecionava na UCLA (a esposa dele com mestrado). Resultado, além de aprender muito bem a língua inglesa havia uma troca fenomenal de cultura e ela tinha dicas boas para estudar matemática. Uma delas (que eu costumava usar na escola) era repetir cada exercício de cada capítulo do livro no mínimo 3 vezes. Toda vez que usei a técnica na escola (não foram muitas vezes porque prefiro humanas, biológicas e artes eu ficava me coçando para voltar para os livros de literatura da biblioteca e só tinha interesse na média pra passar) dava para gabaritar provas e trabalhos. Hoje o patrimônio dela cresceu (melhorou de vida que na época ela era muito pobre) e ela mesma já está trabalhando no doutorado dela.

O Brasil poderia aproveitar pra investir na formação de alunos em exatas. Com papel, lápis, giz e o tratamento certo do aluno dá para repetir o sucesso. Pelo visto o rapaz de cima deve ter completado o ensino médio (com 18 anos) já dominando o conteúdo da graduação. XD

Eu mal conseguia resolver uma, lá vou conseguir três, home!

Brincadeiras à parte, talvez não precise nem ser com doutores, não acha? Talvez simplesmente a interação que permita a criatividade de ambos os lados. No campo da matemática, é o que o Arthur disse sobre a matemática árida que é ensinada:

http://g1.globo.com/educacao/notici...a-premio-equivalente-nobel-de-matematica.html

Aí você consegue passar toda uma vivência que, claro, mesmo nesse convívio árido é possível que seja passado. Embora, e aí a meu ver reside a diferença, não seja incentivado.
 
fcm: Tá aí uma coisa que coreanos do norte e do sul são parecidos... a tendência de concentrar as atividades em algum mega grupo. Se brincar os caras são capazes de saturar as biológicas igual fizeram com as exatas, enquanto isso o equilíbrio do mercado corre risco de futuras crises como a falta de emprego.

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Mavericco: É certo que eu também veja a vivência do aluno sob o foco das experiências únicas e insubstituíveis (cada educador tem seu papel fundamental não apenas em cada fase da vida mas em cada objetivo). Pra mim os não-doutores e doutores devem trabalhar juntos pela sociedade mas eu gostaria de vê-los ambos com presença grande direta fora de seus círculos sociais em círculos sociais mais modestos. Não é intenção alimentar trolls ou a ira de quem vê elitismo como boa idéia (e também tem trolls que enxergam elitismo em tudo). A convivência com profissionais de ponta em nosso país é imensamente sub-aproveitada e falta na experiência dos alunos (não apenas os de talento) alguns contrastes de imprevisibilidade educacional que só poderia oferecer quem já passou muito tempo dentro da escola (um doutor).

Seria capaz de dizer que esse é uma passo que países desenvolvidos também pisam na bola porque o ensino é uma pirâmide e a quantidade de recursos em relação a demanda vai afunilando. Porém também penso que, se eu não estiver enganado, o objetivo da pirâmide deveria ser ter outra forma, mais próxima da universalidade, talvez um círculo ao invés de um triângulo que seja mais apropriado para representar o sistema que queremos e não precisa nem ser sempre com mudança brusca, se a pirâmide fizer a transição passando por outros formatos (quadrados, hexágonos, octógonos...) um dia poderemos chegar ao ideal do círculo. Mas pra isso vão ter que sanar o problema da pirâmide e forçar um pouco para reduzir a tendência dela de isolar e divorciar os pesquisadores da realidade. Esse é um ideal que acho válido.
 
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