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Brasil vence a Rússia e vira o maior campeão da história da Liga Mundial

25/07/2010 23h10 - Atualizado em 26/07/2010 00h25

Brasil vence a Rússia e vira o maior campeão da história da Liga Mundial

Com a ajuda de Dante, maior pontuador da equipe, seleção volta ao pódio e supera a Itália com a conquista do nono título da competição, em Córdoba


Por Carol Oliveira Direto de Córdoba, Argentina

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Houve quem dissesse que o Brasil de 2010 não era o mesmo do de 2009. As palavras que saíram da boca do técnico cubano Orlando Samuels nunca tiveram tanta força. A seleção realmente mostrou mudanças em relação ao último ano. A ausência do líbero Serginho, que operou a coluna, e a permanência de Giba no banco de reservas deram lugar a rostos novos no time titular. Porém, a força do elenco montado por Bernardinho mostrou que, mesmo diferente, a equipe ainda é a melhor do mundo. Com a vitória sobre a Rússia por 3 sets a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/23), a bandeira verde-amarela subiu no alto do pódio da Liga Mundial pela nona vez e a seleção ultrapassou o número de títulos da Itália para entrar para a história como a maior campeã da competição.
Confira as melhores imagens da conquista do nono título da Liga Mundial pela seleção

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Seleção brasileira abre as duas mãos para mostrar os nove títulos conquistados na Liga (Foto: Reuters)

- A gente sabia que ia ser um jogo truncado. Eles entraram com saque muito forte, mas o time demonstrou paciência. Nossa vitória foi suada como sempre. A essência do grupo continua. Temos 14, 16 jogadores que podem entrar em quadra e mudar um jogo a qualquer momento - disse Dante, que foi o maior pontuador do time, com 18 acertos, dois a menos que Mikhaylov.
A campanha na fase final começou com uma vitória tensa sobre a Argentina. Os donos da casa, que terminaram a participação no campeonato apenas com derrotas, deram trabalho para a seleção, levando o jogo ao tie-break. Na sequência, a reedição da final da última Liga contra a Sérvia mostrou o equilíbrio entre as equipes e foi vencida também no set decisivo. Já na semifinal, o time de Bernardinho superou a marra do técnico Orlando Samuels e bateu Cuba por 3 sets a 1.
Daqui a exatos 60 dias, o Brasil volta à quadra para iniciar seu caminho rumo ao terceiro título consecutivo do Campeonato Mundial. A seleção está no Grupo B e enfrentará Cuba, Espanha e Tunísia, seu adversário de estreia, na primeira fase, em Verona (Itália), a partir de 24 de setembro.
Brasil força o saque e assusta os russos
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Dante passa pelo bloqueio russo (Foto: EFE)
As cerca de trinta pessoas que torceram para o Brasil nos primeiros jogos se multiplicaram nas arquibancadas do Orfeo Superdomo neste domingo. Quase três mil torcedores gritaram pela seleção no início do jogo e incentivaram o time que teve duas mudanças na equipe titular, com Théo e Marlon, substituindo Vissotto, machucado, e Bruninho.
Para responder ao apoio da torcida, o Brasil entrou em quadra vibrando com cada ponto. Com saque forçado, a seleção ignorou os gigantes russos e subiu no bloqueio para parar o ataque adversário, que só pontuava com Mikhaylov. A recepção também na mão de Marlon facilitou o trabalho de Théo e Dante, que aproveitou sua experiência no vôlei do país rival para discutir, no idioma deles, sobre bolas polêmicas, situação que se repetiu algumas vezes no primeiro set.
No forte saque de Murilo, a recepção russa explodiu e Dante cravou de xeque duas vezes consecutivas. Bernardinho subiu a rede com a entrada de João Paulo e Bruninho no saque. As entradas não surtiram o efeito desejado, já que Volkov conseguiu um ace e mais um ponto de contra-ataque para a Rússia. Marlon voltou e tentou uma bola de segunda, mas foi pelas mãos de Théo que a parcial terminou em 25 a 22.
- Cada título tem um sabor. Esse foi um dos mais sofridos, pelas dificuldades que tivemos e que conseguimos superar. Isso mostra como é importante a força do grupo. Brinquei com o Théo que jogar uma final era roubada e ele foi sensacional - disse Murilo.
Incentivo de Giba inspira o novato Théo

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Théo voa na rede (Foto: Ramiro Pereyra / VIPCOMM)
No retorno ao jogo, Giba gritou com os companheiros: “Vamos, moçada. A gente tem que começar bem”. Em sua primeira partida como titular com o uniforme verde-amarelo, Théo ouviu o pedido do capitão e voltou a pontuar no jogo, com direito a ace na parcial. O oposto virou a maioria das bolas que recebeu na saída, e a seleção contou com a ajuda do baixinho Marlon de 1,88m no bloqueio – com um simples até no gigante Makarov, de 2,10m – para ampliar o placar. Do outro lado, Mikhaylov continuou voando na rede, mas a Rússia parava nos constantes erros de saque.
Bernardinho voltou a chamar João Paulo e Bruninho para o jogo e o levantador parou no saque. Com a ajuda de seus bons serviços, o Brasil conseguiu mais um bloqueio simples, com Rodrigão, e Dante acelerou a mão para marcar no ataque . No bloqueio de João Paulo, a seleção ficou a um set do título, fechando em 25 a 22.
No entanto, a equipe verde-amarela parou em quadra na terceira parcial. Nem mesmo a entrada de Giba, que levantou a torcida brasileira no ginásio, iluminou o apagão que tomou conta do time. Com uma defesa desatenta, a bola não chegava perfeita na mão de Marlon e os atacantes sofriam para acertar as jogadas.
Enquanto isso, o bloqueio russo, com destaque para Makarov, cresceu com a ajuda de Muserskiy no saque. Sidão também entrou no jogo, mas nada funcionou para a seleção brasileira. O set foi dos europeus, que fecharam em 25 a 16.
Seleção acorda no fim do quarto set

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Peixinho final (Foto: Ramiro Pereyra / VIPCOMM)
A defesa verde-amarela continuou desconcentrada na quarta parcial. Makarov e Volkov até esqueceram a tradicional frieza russa e chegaram a sorrir com muita vibração com a quantidade de ataques e bloqueios que caíram na quadra brasileira.
Porém, uma voz do banco de reservas mudou o clima da seleção. Giba gritou: “Vamos. Sem perder a paciência. Vamos jogar”. O bloqueio começou a entrar com um triplo e Théo, aproveitando o bom saque de Murilo. No placar, empate em 21 pontos. Mais dois pontos de Dante e o erro de serviço de Krasikov abriram a contagem até nove para o peixinho tradicional dos eneacampeões.
- Acho que foram muitas dificuldades e nesse momento o grupo cresce. É na tormenta que o time tira forças de vários lugares. Perdemos jogadores importantes, Bruno não fez uma boa reta final, mas quando chamados, todos deram sua contribuição. Fico muito orgulhoso de fazer parte desse grupo - concluiu Bernardinho.

http://globoesporte.globo.com/volei...aior-campeao-da-historia-da-liga-mundial.html

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Bravo! :clap:
 
A seleção brasileira de vôlei está entre as equipes esportivas mais coesas e bem organizadas, cujo trabalho de longa data, aliado a órgãos esportivos satisfatoriamente sérios e preocupados com o esporte que gerem. Logo, o resultado é merecedíssimo além de épico, esse campeonato todo não foi nada fácil.

A conquista esportiva quando aliada a tanto trabalho, dedicação e luta é ainda mais dignificante e enaltecedora da raça humana.

De fato, bravo. :clap:
 
São 8 títulos em 10 anos. Conseguiu passar a marca italiana de 8 titulos em 11 anos (que já era impressionante). Sendo que os 2 titulos perdidos foram justamente os 2 jogados em casa.
Parece que brasileiro tem problema mesmo quando joga em casa. Em qualquer esporte.

E essa nova geração tá mostrando que manterá o nível. Dá umas desconcentradas de vez em quando mas mantém a garra da geração anterior que buscava resultados quase perdidos e vencia todos os sets longos (alguns épicos).
 
Última edição:
Sem duvica bravissimo:clap:
Essa seleção não tem como discutir é uma das melhores de todos os tempos 9 campeonatos é digno pelo trabalho que eles tiveram ainda mais que muitos diziam que essa seleção não era tão boa quanto antes8-O ta ae o resultado.
Mas, vamos pro 10° campeonato :mrgreen::mrgreen: estou confiante seria fenomenal.
 
Agora falta ganhar mais unzinho pra garantir a distância.

Mas a vez que perdeu aqui em BH foi muito feio. Eu lembro que houve uma certa mobilização aquina região em torno disso, afinal, é o público de vôlei mais tradicional e a terra do clube de vôlei mais tradicional, também.
 
A seleção está de parabéns!

O Brasil é realmente a maior potência no volei sem sombra de dúvida, e o mais impressionante é que a cada renovação o ótimo padrão de qualidade é mantido.

Pra mim, no ano que vem teremos o deca campeonato.


Pergunta: Na liga mundial do ano que vem, em qual país será disputado as fases finais?
 
Bonita conquista do Brasil.

O legal é que essa Seleção vem se renovando, mas mesmo assim continuam conquistando os títulos. Estão mesmo de parabéns.
 
O Vôlei do Brasil sabe ter planejamento. Nem de longe é a bagunça que é a CBF no futebol.

Falar da grande competência do Bernardinho é chover no molhado.

A Liga mundial virou barbada, agora é trabalhar com afinco pelo tri olimpico pra assim em no máximo uma década superar de uma vez por todas os EUA naquela que é a conquista mais importante da modalidade e isso é possível.
 
O Vôlei do Brasil sabe ter planejamento. Nem de longe é a bagunça que é a CBF no futebol.

Falar da grande competência do Bernardinho é chover no molhado.

A Liga mundial virou barbada, agora é trabalhar com afinco pelo tri olimpico pra assim em no máximo uma década superar de uma vez por todas os EUA naquela que é a conquista mais importante da modalidade e isso é possível.
Se conseguir ganhar em Londres, o quarto titulo seria aqui no Brasil em 2016.
Fico com medo de mais uma derrota em casa.
 
O Bernadinho pensa em mais uns 10 anos como Treinador. Show de bola.

Unindo a estrutura e o profissionalismo do volei nacional, mais ou Bernardão, as conquistas devem continuar.
 
O Bernadinho pensa em mais uns 10 anos como Treinador. Show de bola.

Unindo a estrutura e o profissionalismo do volei nacional, mais ou Bernardão, as conquistas devem continuar.

Se ele continuar por pelo menos mais 10 anos, as chances de termos pelo menos mais umas 5 ou 6 ligas é de 99%.
 
Bernardinho tomara, poderá ser Alex Fergunson do volêi.

No dia que ele decidir encerrar carreira a CBV tem a obrigação de fazer uma homenagem de gala pra ele.
 
Mas vamos com calma também porque outros países também estão entrando com uma nova geração (Cuba, Russia).
Quem sabe não tem uma superequipe escondida no meio desses jovens que pode complicar a seleção brasileira?
 
Quem sabe não tem uma superequipe escondida no meio desses jovens que pode complicar a seleção brasileira?

Com certeza.

Vôlei tem muito de ciclos. Os italianos nos anos 90 já chegaram a sobrar no masculino e no feminino houve praticamente um império por parte de Cuba. Depois veio a China e agora o Brasil com o Zé Roberto Guimarães vai começando a marcar esse espaço.

O bom é que o Brasil ao menos tem se mantido nos ultimos 20 anos pelo menos sempre entre os 4 primeiros nas duas modalidades. Se não tá na topo, no mínimo tá sempre brigando por medalha.

É uma estabilidade muito boa conquistada coisa que infelizmente o nosso basquete que já foi o melhor do mundo nas duas modalidades só caiu em decadência.
 

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