Roderick
Banned
Brasil vai cobrar desarmamento
das potências nucleares em Nova York
Amorim tenta mediar crise nuclear do Irã; Brasil não deve aderir ao Protocolo Adicional
Uma semana antes do encontro em NY, Amorim se reuniu com Ahmadinejad; programa nuclear do país deve pautar discussões na conferência
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vai cobrar mais esforço das potências nucleares (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França) na redução de seus armamentos. O chefe da diplomacia brasileira discursa na tarde desta segunda-feira (3) na abertura do encontro de revisão do TNP (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares), na sede da ONU, em Nova York. O encontro deve ser marcado pela tentativa dos EUA de impor sanções contra o programa nuclear do Irã, medida à qual o Brasil é contra.
Segundo uma fonte ligada ao governo, a representação brasileira deve enfatizar o "segundo pilar" do TNP, que prevê a destruição gradativa de ogivas nucleares por parte dos países que possuem armamentos. Apenas EUA, Rússia, China, Reino Unido e França (membros permanentes do Conselho de Segurança) são autorizados a ter armas nucleares.
Em nota, o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) salientou que na conferência sobre o TNP de 2000 "as cinco potências nucleares reconhecidas pelo tratado assumiram um compromisso inequívoco com a eliminação completa de seus arsenais atômicos". O governo diz que, "no entanto, pouco do que estava previsto naquele programa se cumpriu ao longo dos últimos dez anos".
Há um mês, Estados Unidos e Rússia deram um passo nesse sentido. Os dois antigos rivais na Guerra Fria assinaram o Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou, no entanto, da iniciativa, criando mal-estar em Washington. Lula disse que "desativar o que já havia caducado, não tem sentido".
- Eu tenho também em casa uma caixa de remédios da qual vou jogando fora os que caducam.
Brasil não deve aderir à proposta da AIEA
O Brasil não deve aderir ao chamado Protocolo Adicional do TNP. A proposta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU) prevê que seus inspetores visitem, sem aviso prévio, qualquer parte do território dos países membros não-nucleares.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já fez declarações dizendo que a medida viola a soberania nacional. O TNP, nos atuais termos, já prevê a visita de inspetores, mas com aviso prévio.
A Constituição brasileira proíbe o desenvolvimento de armas nucleares.
Irã motiva negociações nos bastidores
Embora a reunião do TNP sirva para discutir aspectos técnicos do tratado, um dos grandes temas será programa nuclear que o Irã insiste em desenvolver, apesar da oposição das potencias ocidentais. O Brasil apoia o direito do Irã a ter um programa nuclear pacífico (os EUA, no entanto, acreditam que o governo de Mahmoud Ahmadinejad queira produzir armas).
O tom mais forte do Brasil contra as potencias nucleares pode ser interpretado como uma tentativa brasileira de afirmar sua posição no encontro. Inclusive para ganhar força em uma eventual negociação para barrar sanções da ONU contra os iranianos.
Na última sexta-feira a agência de notícias Reuters publicou uma reportagem dizendo que Brasil e Turquia (que são membros rotativos do Conselho de Segurança e contra a adoção de sanções ao Irã) estariam negociando uma saída da crise com Teerã. China e Rússia, membros permanentes do conselho, estariam travando as sanções propostas pelos EUA para dar mais tempo aos dois países nas negociações.
Mas temos que concordar que, nem mesmo o Brasil que tem a pessoa “mais influente do mundo: Lula”, vai ter chance de acabar com todo esse armamento das grandes potências, principalmente a do Irã, onde os EUS querem interferir, sendo que eles fazem o mesmo meio que “as escondidas”.
http://noticias.r7.com/internaciona...otencias-nucleares-em-nova-york-20110430.html
das potências nucleares em Nova York
Amorim tenta mediar crise nuclear do Irã; Brasil não deve aderir ao Protocolo Adicional
Uma semana antes do encontro em NY, Amorim se reuniu com Ahmadinejad; programa nuclear do país deve pautar discussões na conferência
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vai cobrar mais esforço das potências nucleares (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França) na redução de seus armamentos. O chefe da diplomacia brasileira discursa na tarde desta segunda-feira (3) na abertura do encontro de revisão do TNP (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares), na sede da ONU, em Nova York. O encontro deve ser marcado pela tentativa dos EUA de impor sanções contra o programa nuclear do Irã, medida à qual o Brasil é contra.
Segundo uma fonte ligada ao governo, a representação brasileira deve enfatizar o "segundo pilar" do TNP, que prevê a destruição gradativa de ogivas nucleares por parte dos países que possuem armamentos. Apenas EUA, Rússia, China, Reino Unido e França (membros permanentes do Conselho de Segurança) são autorizados a ter armas nucleares.
Em nota, o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) salientou que na conferência sobre o TNP de 2000 "as cinco potências nucleares reconhecidas pelo tratado assumiram um compromisso inequívoco com a eliminação completa de seus arsenais atômicos". O governo diz que, "no entanto, pouco do que estava previsto naquele programa se cumpriu ao longo dos últimos dez anos".
Há um mês, Estados Unidos e Rússia deram um passo nesse sentido. Os dois antigos rivais na Guerra Fria assinaram o Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou, no entanto, da iniciativa, criando mal-estar em Washington. Lula disse que "desativar o que já havia caducado, não tem sentido".
- Eu tenho também em casa uma caixa de remédios da qual vou jogando fora os que caducam.
Brasil não deve aderir à proposta da AIEA
O Brasil não deve aderir ao chamado Protocolo Adicional do TNP. A proposta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU) prevê que seus inspetores visitem, sem aviso prévio, qualquer parte do território dos países membros não-nucleares.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já fez declarações dizendo que a medida viola a soberania nacional. O TNP, nos atuais termos, já prevê a visita de inspetores, mas com aviso prévio.
A Constituição brasileira proíbe o desenvolvimento de armas nucleares.
Irã motiva negociações nos bastidores
Embora a reunião do TNP sirva para discutir aspectos técnicos do tratado, um dos grandes temas será programa nuclear que o Irã insiste em desenvolver, apesar da oposição das potencias ocidentais. O Brasil apoia o direito do Irã a ter um programa nuclear pacífico (os EUA, no entanto, acreditam que o governo de Mahmoud Ahmadinejad queira produzir armas).
O tom mais forte do Brasil contra as potencias nucleares pode ser interpretado como uma tentativa brasileira de afirmar sua posição no encontro. Inclusive para ganhar força em uma eventual negociação para barrar sanções da ONU contra os iranianos.
Na última sexta-feira a agência de notícias Reuters publicou uma reportagem dizendo que Brasil e Turquia (que são membros rotativos do Conselho de Segurança e contra a adoção de sanções ao Irã) estariam negociando uma saída da crise com Teerã. China e Rússia, membros permanentes do conselho, estariam travando as sanções propostas pelos EUA para dar mais tempo aos dois países nas negociações.
Mas temos que concordar que, nem mesmo o Brasil que tem a pessoa “mais influente do mundo: Lula”, vai ter chance de acabar com todo esse armamento das grandes potências, principalmente a do Irã, onde os EUS querem interferir, sendo que eles fazem o mesmo meio que “as escondidas”.
http://noticias.r7.com/internaciona...otencias-nucleares-em-nova-york-20110430.html