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Brasil tem jeito? Como?

ARABAEL

Ema Infame e
Muito bem...pesquisa de opinião pública, ontem assiti ao Jornal Nacional e passou esta matéria aqui:

http://jornalnacional.globo.com/Tel...M+SOBRE+O+QUE+PRECISA+MELHORAR+NO+BRASIL.html

Gostaria de saber a opinião de vocês, sugestão ou reclamação. O que se poderia fazer para este nosso país varonil ser melhor? Qualidade de vida é possível aqui?
Atenção, podem criticar dizendo que o governante tem que criar vergonha na cara! Mas editem a sugestão de forma concreta depois, como por exemplo melhorar o ensino capacitando melhor, com qualidade os professores, ou mudar o sistema do SUS para uma outra forma...critiquem e opinem.

Aos nossos amigos portugueses e outros participantes do exterior...qual a visão do Brasil para vocês? Opinem também.

O Brasil tem jeito? :think:
 
Última edição:
São vários pontos para serem discutidos, darei a opinião com relação a educação.
Alguns estudos provam que a tecnologia, o computador somente será útil se o aluno for bem orientado quanto ao seu uso. Um estudo divulgado em 2006, que teve dados coletados também no Brasil, concluiu que os alunos com menos acesso a computadores têm notas mais baixas. Os estudantes que usam mais o computador em casa têm notas mais altas. Porém, o melhor desempenho foi entre aqueles que usam o computador cerca de uma vez por semana, para os especialistas, isso significa que os professores ainda não sabem tirar proveito dos computadores como ferramenta de educação. Então voltamos lá no início moldar o professor ideal, capacitação, mas não somente melhorar e aperfeiçoar o conhecimento, trabalhar também o psicológico dos professores, trabalhar o perfil do educador, um educador extressado não vai render e também não passará seus conhecimentos de forma adequada bem como um educador desmotivado, sem ação, sem emoção da "coisa", dar incentivos ao profissional educador, melhorar a qualidade de trabalho deste profissional, para então quase que paralelamente fazer uma boa capacitação, isso inclúi estrutura física das escolas e colégios também, uma sala sem ventilação por exemplo, é o fim! Sala escura, se não der sono vai dar é raiva de não conseguir enxergar o que está escrevendo...merenda...tem lugares que falta, não tem, atrasou a licitação, não foi previsto os gastos, retorna para os depósitos as empresas querem reavaliação dos preços e tudo pára...muita burocracia e pouca ação.
 
Na minha opinião o Brasil precisa adaptar muitas tecnologias que vêm de fora antes de implementá-las por aqui. A nossa infra-estrutura sofre muitos imprevistos que só são peculiares ao nosso território como a presença excessiva de relâmpagos, chuvas que deterioram as construções, temperatura que funciona como um abrasivo poderoso no desgaste dos recursos... Nossa história e costumes da sociedade também são muito influentes.

Nesse caso encontraríamos 2 caminhos. Desenvolvendo sistemas de adaptação rápida ou então desenvolvendo sistemas de alta resistência. Os dois possuem fraquezas e a princípio o de adaptação é mais barato mas precisamos de uma boa malha de comunicação e transporte para que funcione.

Uma opção seria colocar a nossa mão de obra carcerária para pavimentar estradas ou ferrovias. O governo há uns 20 anos vem criando grupos específicos para lidar com assuntos especializados e acho que seria interessante dar mais flexibilidade a alguns ministérios como o de desenvolvimento. Poderiam facilitar a documentação das empresas em um cadastro único, agilizar a economia...

Sei que é difícil mas começar a treinar empreendedores mirins com incubadoras de empresas em escolas de segundo grau das capitais dos estados seria interessante. Talvez incluindo no currículo alguma disciplina de negociação, economia e relações, tipo, preparar a galera pra competir internacionalmente.

Outra coisa que falta é uma estrutura esportiva nas faculdades públicas. Toda faculdade devia ter um time de alguma coisa pra representá-la, seja futebol, seja natação, algo que ela quisesse se concentrar. Tipo, não precisaria ter um complexo esportivo com área pra todos os esportes, mas só o fato de ter uma única piscina ou um único campo de futebol e organizar uma equipe oficial de esporte da faculdade já estaria valendo. E não poderia parar por aí. O governo estadual ficaria responsável por oraganizar um torneio pela liga estadual e o federal um torneio pela liga nacional. As faculdades públicas estariam automaticamente inscritas e as privadas poderiam entrar se quisessem...
 
Na minha opinião o Brasil precisa adaptar muitas tecnologias que vêm de fora antes de implementá-las por aqui. A nossa infra-estrutura sofre muitos imprevistos que só são peculiares ao nosso território como a presença excessiva de relâmpagos, chuvas que deterioram as construções, temperatura que funciona como um abrasivo poderoso no desgaste dos recursos... Nossa história e costumes da sociedade também são muito influentes.

Nesse caso encontraríamos 2 caminhos. Desenvolvendo sistemas de adaptação rápida ou então desenvolvendo sistemas de alta resistência. Os dois possuem fraquezas e a princípio o de adaptação é mais barato mas precisamos de uma boa malha de comunicação e transporte para que funcione.

Uma opção seria colocar a nossa mão de obra carcerária para pavimentar estradas ou ferrovias. O governo há uns 20 anos vem criando grupos específicos para lidar com assuntos especializados e acho que seria interessante dar mais flexibilidade a alguns ministérios como o de desenvolvimento. Poderiam facilitar a documentação das empresas em um cadastro único, agilizar a economia...

Sei que é difícil mas começar a treinar empreendedores mirins com incubadoras de empresas em escolas de segundo grau das capitais dos estados seria interessante. Talvez incluindo no currículo alguma disciplina de negociação, economia e relações, tipo, preparar a galera pra competir internacionalmente.

Outra coisa que falta é uma estrutura esportiva nas faculdades públicas. Toda faculdade devia ter um time de alguma coisa pra representá-la, seja futebol, seja natação, algo que ela quisesse se concentrar. Tipo, não precisaria ter um complexo esportivo com área pra todos os esportes, mas só o fato de ter uma única piscina ou um único campo de futebol e organizar uma equipe oficial de esporte da faculdade já estaria valendo. E não poderia parar por aí. O governo estadual ficaria responsável por oraganizar um torneio pela liga estadual e o federal um torneio pela liga nacional. As faculdades públicas estariam automaticamente inscritas e as privadas poderiam entrar se quisessem...

Verdade...sempre fui a favor de se ter uma educação muito além do básico, como Administração Básica tanto da privada como da pública, Economia, Políticas Públicas, Arte (em tela/óleo, escultura, desenho, sobre os personagens de nossa arte brasileira e em separado os artistas extrangeiros), música e história da música (puxa isso seria muito legal, escutar, compor e tocar)...seria um sonho...como eu queria que isso acontecesse...um outro campo que em muitos lugares perece é o esporte.
Eu acredito que desde cedo a criança tem que ler, gibis, livros, revistas, jornais o que for, ler, isso é fundamental para se atualizar das coisas que são realmente importantes, importante para aprender a escrever, aperfeiçoar a leitura, para mim isso é fundamental. Hoje em dia existem adultos ou jovens de 14, à 17 anos que não sabem o significado de palavras simples como estonteante, abismado, instruir, perecer e por aí vai...e coisas como o que é um rinoceronte, pião, mico-leão, crocodilo, e que piranha não é só uma forma chula de xingar alguém , piranha é um animal, um peixe...gente parece engraçado e estranho, mas é verdade, eu vejo isso todos os dias...já que trabalho diretamente com pessoas de todos os tipos credos, cores e classes sociais...gente é espantoso e acreditem não é classe baixa que ouço as maiores aberrações, é da classe alta, fico boba, tem condições financeiras, tem acesso a "modernidade", o que falta então, incentivo? Dos pais? Do ensino? De um conjunto? Falta de vontade de aprender?
 
Falar sobre o Brasil cansa. Lembro quando eu abria tópicos em outros fóruns para tratar da política e da sociedade. O pessoal falava de tudo, apontava soluções das mais mirabolantes e exóticas possíveis, mas esquecia-se do fundamental: EDUCAÇÃO!
Sem educação, não apenas uma pessoa deixa de crescer, mas a sociedade e o próprio governo. Lembremos que a educação precisa preparar uma pessoa desde a sua fase infantil.


O problema não está somente na Educação Superior, na do Segundo Grau ou mesmo na do Primeiro Grau. O essencial é a base familiar: poucas imaginam a dimensão da importância de se receber educação dos pais ou de parentes responsáveis pela criança. E alguém que um dia se torne um político que influirá no bem-estar da população, por mais que seja uma pessoa inteligente, com títulos acadêmicos dentro e fora do país, se não tem valores humanos, acabará como esses políticos milionários que desviam milhões em verbas; verbas estas que seriam destinadas a melhorar a educação, a saúde, a segurança e a infra-estrutura desse país.


Vale lembrar tbm que o governo investe pífios3 % do PIB na Educação. Outros países, como EUA, França, Canadá, Alemanha, os países Escandinavos investem de 8 a 12% em Educação. O brasileiro lê, em média, 2,5 livros por ano. A média nos países desenvolvidos é de 7 a 12 livros. Se levarmos em consideração que é através da leitura que um ser humano consegue se desenvolver intelectual e emocionalmente de maneira a complementar a educação familiar e escolar, vemos que nossa sociedade é deficiente. Ela valoriza muito o trabalho braçal, enfim, já ouviram dizer por aí “fulano é trabalhador” etc?


Então, vocês notam a mentalidade do brasileiro, calcada nos valores materiais, ligados a um exercício que pouco lhe faz crescer como pessoa. Muita gente não valoriza a arte, a cultura, a leitura como melhor meio (insubstituível meio) para se viver bem, lúcido e com personalidade. Através da cultura (pouco disseminada e incentivada pelo governo, este envolto em seus próprios interesses elitistas junto às classes abastadas), é que se pode revolucionar o país.


Só deixaremos de ser um país corrupto, pobre (ainda somos, não se iludam!), falho intelectual e culturalmente, quando cada um de nós dermos mais valor a elementos que exercitam nosso pensamento e reflexão, que mexam com o nosso espírito. O trabalho em si, sob poder do capitalismo, nos faz com que nos especializemos técnicamente para podermos estar aptos à concorrência do mercado de trabalho, cujo senso devorador e ganancioso pelo lucro, tira do cidadão o senso crítico, muito pela falta de tempo que lhe sobra.


Mas acredito que, sem um engajamento social começando da base e não dos esparsos grupos de intelectuais que só sabem criticar sem dar o braço a torcer, nada vai mudar. Antigamente o brasileiro era politizado, e isso acabou depois dos caras pintadas, que conseguiram ativamente o impeachment do Collor.Não temos mais uma sociedade crítica, talvez muito pelo fato da conquista da Democracia plena, como se isto fosse motivo para satisfação de todos nós. A Democracia deveria carregar consigo o senso de responsabilidade no que tange ao desenvolvimento individual e coletivo.


Mas parece que, diferente da Ditadura, quando o governo realmente se preocupava com a formação intelectual da pessoa (apesar de tudo, a Ditadura nesse sentido investia na Educação, e é um ponto a ser reconhecido), a Democracia parece que equivocou-se e acabou se livrando não apenas do modelo político repressor da Ditadura, mas eliminou tbm as coisas boas, como se naturalmente tudo o que viesse da ditadura fosse algo a ser eliminado e esquecido. Acontece que, HOJE, sabemos que não é bem assim e que a Democracia é permissiva demais e vigilante de menos.


Quando digo vigilante de menos, é no sentido de não se doar REALMENTE à Educação em todas as suas nuances. Mas acontece que, não bastasse a falta de incentivo ao professor de Escola Pública, entra ano e sai ano, temos no poder pessoas que se preocupam consigo mesmas e, no máximo, com a sua própria classe. Afinal, eles não sentem na pele a falta de recursos materiais e culturais, que dificultam a vida de milhões de brasileiros. Lembro que na última eleição para Presidente votei no Cristovam Buarque...o cara que realmente possuía a visão da importância da Educação como meio revolucionário viável de uma sociedade entregue à sua rotina alienante, calcada no ter e não no ser.


É fato que vivemos numa sociedade mergulhada numa gigantesca lassidão...ninguém hoje em dia procura pintar a cara, sair às ruas e exigir a renúncia do seu presidente ou de qualquer outro político safado (hoje temos mais motivos para exigir a renúncia de políticos do que tínhamos há 17 anos. Ou eu é que não conheço a História deste país e não percebo que a corrupção é muito maior HOJE e que, dela derivam as deficiências que vemos nesta sociedade inerme?). Tirando alguns bons feitos e a boa vontade do nosso Lula (creio que ele fez mais por nosso país do que o Collor fez ou faria), a política em geral é mais nociva hoje ( para a questão cultural e moral) do que há 17 anos.
 
Última edição:
Não sei quanto a vocês mas eu a cada dia tento melhorar o meu país, seja estudando mais ou trabalhando mais, odeio ficar criticando atoa sem fazer nada.. todos sabemos que tem muitas coisas ruins a melhorar, eu vou fazer minha parte pelo menos.

A riqueza de uma nação só vai crescer apartir do momento em que a população começar a crescer produtivamente. Isso não significa trabalhar mais, mas sim ser produtivo, ser útil de alguma forma! É por ai que começa o erro do brasileiro... nós não somos produtivos, a maioria de nós somente sobrevive, e não evolui, alguns ficam na mesma a vida inteira.

"O brasil é um país bom, mas viva nele com moderação", o brasil tem muitas coisas boas, mas se você se deixar afetar pelas coisas ruins será um grande pesadelo morar aqui. Um exemplo disso é a própria Rede Globo, Record e afins. pessoas! não percam o seu precioso tempo recebendo informações plastificadas e empacotadas pela Tv! vá atrás do que você gosta, seja produtivo, aprenda algo novo, não abaixe a cabeça... vers l'avant
 
Verdade...sempre fui a favor de se ter uma educação muito além do básico, como Administração Básica tanto da privada como da pública, Economia, Políticas Públicas, Arte (em tela/óleo, escultura, desenho, sobre os personagens de nossa arte brasileira e em separado os artistas extrangeiros), música e história da música (puxa isso seria muito legal, escutar, compor e tocar)...seria um sonho...como eu queria que isso acontecesse...um outro campo que em muitos lugares perece é o esporte.
Eu acredito que desde cedo a criança tem que ler, gibis, livros, revistas, jornais o que for, ler, isso é fundamental para se atualizar das coisas que são realmente importantes, importante para aprender a escrever, aperfeiçoar a leitura, para mim isso é fundamental. Hoje em dia existem adultos ou jovens de 14, à 17 anos que não sabem o significado de palavras simples como estonteante, abismado, instruir, perecer e por aí vai...e coisas como o que é um rinoceronte, pião, mico-leão, crocodilo, e que piranha não é só uma forma chula de xingar alguém , piranha é um animal, um peixe...gente parece engraçado e estranho, mas é verdade, eu vejo isso todos os dias...já que trabalho diretamente com pessoas de todos os tipos credos, cores e classes sociais...gente é espantoso e acreditem não é classe baixa que ouço as maiores aberrações, é da classe alta, fico boba, tem condições financeiras, tem acesso a "modernidade", o que falta então, incentivo? Dos pais? Do ensino? De um conjunto? Falta de vontade de aprender?

Isso me lembrou de um artigo uns anos atrás na revista fapesp sobre as elites brasileiras. Realmente a passividade cultural delas incomoda. Tem uma coisa que eu gosto na escola que é o de iniciar uma noção de organização para as pessoas. O brasileiro sempre se organizou muito mal e as pessoas quase nunca tiveram a noção de pertencer a um conjunto maior. Em 99 falar em organização de grupos de internet era como falar um palavrão para os brasileiros. Eram comentários do tipo "Pra quê um negócio desses? Pra que pensar no futuro?"

Parece um pouco a situação da China na revolução comunista. O governo temia entrar em contato com o povo porque eram pessoas ainda "troglodíticas" e podiam rechaçar qualquer tipo de organização social conhecendo apenas a influência do "feudo".

Hoje há problemas de baixa tradição de herança dos conhecimentos tanto nas escolas como nos setores públicos. Lembro de um tio reclamando de como na época dele ele tinha que ter fé pra entender a importância de várias matérias porque não sabiam aonde aquelas informações iriam aparecer na vida prática deles.

Na hora que os conhecimentos apareciam, por exemplo em manuais de instruções de aparelhos eletrônicos ele não conseguia resgatar aquilo que tinham passado.
 
Cada um tem um jeito de pensar, cada um dá valor a algo em detrimento de outro. Acho que ser produtivo dentro de um sistema capitalista, não tem valor algum para a pessoa. Essa idéia de "trabalhar para ser útil" já perdeu o sentido desde quando passamos a ter certeza de que riqueza não significa necessariamente felicidade e distribuição equitativa de renda.


O Brasil pode até crescer 10%, mas se não souber utilizar esses recursos, como tem demonstrado não saber, tendo em vista os desperdícios com encargos (Ministérios inúteis criados sem necessidade, que engolem milhões do nosso PIB todo ano, assim como o número excessivo de vereadores e deputados que possuímos desnecessariamente engolem outros tantos milhões), fica difícil acreditar que ser "útil" para a sociedade é fazer com que a empresa para a qual trabalhamos lucre e nem sequer saibamos se todos os impostos arrecadados pela União será devidamente revertido em desenvolvimento pleno (social, cultural e educacionalmente....).

Pelo que temos visto, a Educação é a que recebe menos atenção do governo (da sociedade tbm), isso historicamente mesmo. Quanto ao desenvolvimento social....bem, sabemos que o espírito aristocrático está impregnado em toda a parte, o que dificulta enormemente o combate à miséria, à violência e a um salário mínimo indecente.

Existe coisa mais absurda que o Senado aprovar o aumento do já imódico salário de um parlamentar? E depois eles têm a cara de pau de argumentar grosseiramente que não é viável aumentar o salário mínimo a um nível de decência que todo ser humano merece. O capitalismo dita as regras e a política, já corrupta por natureza, acaba vendo no lucro que ela gera, um grande negócio. Além disso, faz com que a gente acredite nos seus valores, conceitos, e inverta a importância das coisas.

De nada adianta ser produtivo, se todas as riquezas geradas no país são mal aplicadas, desvirtuadas, etc. Como eu disse, todos os problemas se resumem a algo pouco relevado pelo mundo capitalista: a educação. Ela pode acabar com a corrupção na política e com o sistema capitalista. Mas isso é utopia. O capitalismo exige sim que nos esforcemos para estarmos adequadamente aptos e "formados" para o mercado de trabalho. E a faculdade, como preparadora de futuros profissionais, trabalha nesse sentido. Mas ela nem considera seu poder modificador que possui na mente dos jovens...e por isso, lamento esse espírito burocrático da educação supérflua , que procura dar ao aluno aquilo que ele quer e não aquilo que precisa.


Se pararmos um pouco pra pensar, essa convenção de uma sociedade que te diz que deve produzir para ser útil, acaba não tendo nenhum valor prático para uma pessoa. Afinal, do que adianta produzir em prol de interesses capitalistas ( falando do trabalho irrelevante, que ocupa dois terços das atividades humanas, incluindo aí o setores industriais e comerciais), se a parte cultural é relegada a um quinto plano, tornando-se mero hobbie ou passatempo?

Realmente, o trabalho da forma como está configurado agora em prol do consumo ou para fins supérfluos , nos faz ficar numa situação de submissão lamentável aos ditames dos valores capitalistas. Vejam bem...o trabalho serve para o nosso ganha pão e, teoricamente, para o desenvolvimento pleno do país. Mas isso é uma utopia, e sabemos disso. Não bastasse a falta de uma distribuição de renda justa, os vícios de um pais que te diz que precisa trabalhar para ser útil (conceito vago e falho de comprovação), acaba sim fazendo com que nos percamos numa vida pequena e conformista.

Eu prefiro o trabalho intelectual e artistico, aos moldes da Grécia dos tempos de Atenas, em que o trabalho era visto como algo marginal e as ocupações artísticas, filosóficas davam o colorido à vida. Claro, tinha a questão dos escravos, os únicos a fazerem o trabalho braçal (hoje esses escravos poderiam ser considerados os trabalhadores de hoje que produzem coisas fúteis, cujas riquezas advindas delas se perdem em aplicações pouco eficientes para a sociedade).

Sendo realista... o governo aproveita pouco as riquezas deste país. Poderíamos lucrar muito mais com uma política em prol do turismo (países da América Central são um exemplo para o Brasil no que concerne a estratégias ligadas ao Turismo), da conservação inexorável da Amazonia (infelizmente a fiscalização ainda é frouxa e ineficiente)....e ainda temos o Petróleo (aí eu defendo o Lula quando diz que o Petróleo é do povo e deve ser usado primeiro para aliviar os problemas sociais e criar estratégias concretas de desenvolvimento, e não para ficar sob interesses corporativos.).

Mas o mais importante é esquecido. Não bastasse o fato das famílias hoje em dia estarem cada vez mais desestruturadas, alia-se à isso o excesso de liberdade que os pais dão a seus filhos. Não os cria através de diálogos e negações, coisas necessárias ao desenvolvimento psicológico saudável. Pois tudo o que vem fácil na nossa vida, não nos faz lutar para que mereçamos algo. Claro que os problemas advindos de uma educação falha são percebidos nos "efeitos colaterais" que são a criminalidade e banalização da própria vida.


O cerne da questão é muito complexo....o capitalismo transforma nossa vida em algo menor do que merecíamos. O povo deve exigir os seus direitos explicitados na Constituição (todo cidadão tem direito a trabalho, moradia e educação, segundo nossa Carta Constitucional). Mas é o que acontece, na prática? A maioria de nós não trabalha com aquilo que gosta; outros milhões nem têm casa pra morar, nem tampouco conseguem se manter num emprego instável, tendo em vista a Teoria do Caos, que prova que uma borboleta que bate asas nos EUA acaba criando um furacão no fim do mundo (crise financeira, of course).


É claro que o maior problema está na qualidade da Educação, onde o Brasil fica sempre nas últimas colocações nessa área:


Ensino deficiente de ciência leva Brasil à última posição em pesquisa com 32 países

O Brasil figura em último lugar na pesquisa da União Européia (Pisa) sobre o ensino de ciências, num grupo de 32 países, realizada em 2000. Enquanto a média dos países da União Européia na pesquisa foi de 500, o Brasil ficou com menos de 370, muito distante do México, o penúltimo colocado. Coréia, Japão e Finlândia lideram o ranking.

Os números foram mostrados no simpósio "Desafios do Ensino da Ciência", por Nelio Bizzo, da USP, na Reunião da SBPC, nesta terça-feira. Segundo ele, no Brasil, a escola pública ficou com uma pontuação de 366, e a escola particular de 439, menos do que das piores posições nos países desenvolvidos. "Não se ensina ciência na escola pública, mas também na particular", constata.

As razões para o péssimo desempenho, observa Nélio Bizzo, estão na base da formação escolar. "A educação básica, no que se refere ao ensino de ciências, é muito deficiente", diz.

Nem a presença do bom laboratório na escola básica no Brasil teve impacto muito positivo no resultado verificado pela pesquisa, assinala. As escolas brasileiras que avaliaram como muito bom o efeito do laboratório no ensino de ciências obtiveram 402 pontos na pesquisa Pisa. As que têm laboratório ruim ficaram com 350.

"O domínio do conhecimento científico, por parte dos cidadãos, é precário no Brasil, em todas as classes sociais", assinala Nélio Bizzo. Ele conceitua ensino de ciências como "conjunto de atividades de ensino-aprendizagem que ocorre na educação infantil e no ensino fundamental, por professores de formação generalista (séries iniciais) ou por um licenciado de área específica (biologia, física ou química) que não tem formação generalista".

Nélio Bizzo fez uma pesquisa entre licenciados formados em ciências, com a formulação de duas questões de conhecimento básico, uma da área de física, sobre o peso do ar, e outra de saúde, sobre o combate ao vírus da pneumonia atípica aguda (Sars). O resultado mostrou um baixo nível de acerto nas duas questões.

"A formação de professores para o ensino de ciências é deficiente, mesmo quando se trata de licenciados formados em cursos de graduação plena, em centros de excelência como os existentes nas Universidades públicas", conclui Nélio Bizzo.

Para ele, "a formação docente tem início na educação básica, quando os estudantes formam conceitos a respeito da natureza e das explicações que a ciência construiu para ela".

Segundo o professor, a formação docente tem início na educação básica, quando os estudantes formam conceitos a respeito da natureza e das explicações que a ciência construiu para elas.

Como a educação básica, no que se refere ao ensino de ciências, é muito deficiente, considera, e a formação de professores para o ensino de ciências é deficiente, mesmo quando se trata de licenciados formados em cursos de graduação plena, em centros de excelência como os existentes nas Universidades públicas, forma-se um círculo vicioso de retroalimentação.

"Nem o Ministério da Educação nem as Sociedades Científicas sabem que ensino de ciência queremos. Não temos concepção de currículo para formação de professores de ciências", afirma Bizzo.

No simpósio, ele levantou problemas dos professores presentes e concluiu que a academia não conhece essa realidade apontada na sala de aula.



Sem contar que, em termos de competitividade (conceito que abrange várias áreas), o Brasil vem de mal a pior:

COMPETITIVIDADE

O Brasil está na 66ª posição no ´ranking´ do índice de competitividade global (57ª posição em 2005 e 49ª em 2004) elaborado pelo ´World Economic Fórum (WEF)´ (ou Fórum Econômico Mundial), com sede na Suíça, em sua 27ª edição. Envolvendo 125 países, o ´ranking´ é liderado pela Suíça, seguida da Finlândia, Suécia, Dinamarca, Cingapura, EUA, Japão, Alemanha, Holanda e Reino Unido (10ª posição) (Valor, São Paulo, 27 set. 2006, p. A2).

2. As posições do Brasil em cada pilar de competitividade são: 1) instituições, 91ª; 2) infra-estrutura, 71ª; 3) macroeconomia, 114ª; 4) saúde e educação básica, 47ª; 5) educação superior e treinamento, 60ª; 6) eficiência de mercado, 58ª; 7) prontidão tecnológica, 57ª; 8) sofisticação empresarial, 38ª; 9) inovação, 38ª (id.).

3. O pilar ´eficiência de mercado´ abrange o quesito ´extensão e efeito da carga tributária´, no qual o Brasil aparece na última posição, assinala Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, coordenador da pesquisa localmente. O efeito da carga tributária na competitividade das empresas brasileiras é assustador, complementa ele (id.).

4. O Chile ocupa a 27ª posição no ´ranking´, o mais bem colocado entre os países latino-americanos (id.).

5. Os cinco fatores mais problemáticos para os negócios do Brasil, de acordo com a WEF, são: 1) regulamentação fiscal; 2) carga tributária; 3) rigidez das leis trabalhistas; 4) ineficiência e burocracia do governo; e 5) infra-estrutura inadequada (Gazeta Mercantil, São Paulo, 27 set. 2006, p. A-10).

6. O Brasil ocupa o 52º lugar no “ranking” de competitividade do Instituto de Administração de Lausanne (o IMD), Suíça, de 2006 (51º lugar em 2005). A lista compõe-se de 61 economias. Os EUA vêm em 1º lugar, seguido dos seguintes países: 2º, Hong Kong; 3º, Cingapura; 4º, Islândia; 5º, Dinamarca; 6º, Austrália; 7º, Canadá; 8º, Suíça; 9º, Luxemburgo.

7. O desempenho do Brasil, por segmentos, no ´ranking´ mundial da competitividade, é o seguinte: preços, 21º; emprego, 36º; política fiscal, 39º; finanças públicas, 43º; infra-estrutura básica, 44º; legislação de negócios, 47º; educação; 52º; produtividade e eficiência, 53º; infra-estrutura tecnológica, 55º; arcabouço institucional, 61º.

8. O receituário para o país ganhar competitividade é: reforma tributária, redução dos gastos públicos; investimento em infra-estrutura e educação e, por parte do setor privado, em pesquisa, tecnologia e inovação (Folha de S. Paulo, São Paulo, 12 maio 2006, p. B2).

9. O Brasil é o 38º país no ´ranking´ de competitividade, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) com base no ´Índice Fiesp de Competitividade das Nações´, envolvendo a avaliação de 83 indicadores de 43 economias com dados de 2004. O ´ranking´ é liderado pelos EUA, seguido do Japão, Suécia, Noruega e Cingapura. No 38º lugar (39º em 2003), o Brasil situa-se entre os países de baixa competitividade e pesa contra ele a alta carga tributária, o ainda elevado nível dos juros e o baixo volume de crédito (Folha de S. Paulo, São Paulo, 05 set. 2006, p. B6).

10. O Brasil está em último lugar (5º) no ´ranking´ da competitividade abrangendo os grandes países emergentes. Elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) e pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (AMCHAM), o ´ranking´, calculado com base em 24 indicadores, é liderado pela China, seguida da Índia, Rússia, México e, por último, o Brasil. Um dos grandes entraves para o Brasil atingir níveis mais altos de competitividade é a questão fiscal, de acordo com o MBC. Os altos gastos públicos exigem uma carga tributária elevada, e essa carga onera exageradamente a produção, desincentiva o investimento e favorece a sonegação e a informalidade. Outros sérios problemas são agravados pelo inadequado ambiente de negócios (Folha de S. Paulo, São Paulo, 05 dez. 2006, p. B6).

11. O Brasil é o 49º país no ´ranking´ do ´World Competitiveness Yearbook - WCY´ (Relatório da Competitividade Mundial), de 2007 (44º lugar em 2006), elaborado pelo ´International Institute for Management Development (IMD)´, Suíça. Abrangendo 55 países, o estudo é composto por quatro itens (desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infra-estrutura) e envolve vinte categorias. No item eficiência governamental, o Brasil ficou na 54ª posição. A baixa eficiência do governo (burocracia, a carga tributária e o quadro fiscal) onera os custos de produção e afeta todos os demais pilares do estudo, explica Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral, responsável pela coleta de dados para o WCY (Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 maio 2007, p. B3).

12. O Brasil, com nota 55,0, é 56º no ´ranking´ de competitividade responsável, elaborado pelo centro de estudos ´AccountAbility´. A pesquisa, com 108 países, leva em conta três itens: 1) a força das políticas públicas para incentivar práticas responsáveis pelas empresas; 2) a adoção pelas empresas dessas práticas; e 3) se o ambiente social e político permite ao governo e à sociedade civil atuarem juntos para mudar os mercados. A Suécia vem em 1º lugar no ´ranking´ (nota 81,5). Na seqüência, Dinamarca (81,0), Finlândia (78,8), Islândia (76,7) e Reino Unido (75,8). Os EUA figuram no 18º lugar (69,6); Japão, 19º (68,8); Chile, 24º (64,0); México 57º (54,8); Argentina, 66º (53,1) (Folha de S. Paulo, São Paulo, 07 jul. 2007, p. B8).

13. O Brasil é 46º no ´ranking´ de ambiente de competição em tecnologia da informação (TI), segundo levantamento da ´Economist Intelligence Unit (EIU), braço de análises econômicas da ´Economist´. O índice leva em conta fatores como ambiente para pesquisa e desenvolvimento, capital humano e infra-estrutura de TI. No topo do ´ranking´, formado por 64 países, estão EUA, Japão, Coréia do Sul. O Brasil ficou à frente da Índia e da China (Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 jul. 2007, p. B7).

14. O Brasil é um dos países menos competitivos do mundo. No ´ranking´ do ´Índice Fiesp de Competitividade das Nações 2007 (IC-FIESP), o País manteve o 38º lugar entre os 45 países representativos de cerca de 95% do PIB mundial. Os EUA destacam-se na 1ª posição (índice 93,9), seguidos da Suécia (76,8), Japão (76,3), Suíça (75,1) e Noruega (74,4). Entre os fatores negativos para o ambiente de negócios no Brasil, com índice abaixo da média (17,3), desponta a carga tributária (Folha de S. Paulo, São Paulo, 11 out. 2007, p. B13).

15. O Brasil caiu do 66º para o 72º lugar no ´ranking´ de competitividade do ´Relatório global de competitividade 2007-2008´ elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, instituição sediada na Suíça. A lista, com 131 países, é liderada pelos EUA (1º), Suíça (2º), Dinamarca (3º), Suécia (4º), Alemanha (5º), Finlândia (6º), Cingapura (7º), Japão (8º), Reino Unido (9º) e Holanda (10º) (Folha de S. Paulo, São Paulo, 01 nov. 2007, p. B9 e B11).

16. O relatório avalia 12 pilares principais: I – instituições - ou ambiente institucional dentro do qual funciona o sistema formado pelos indivíduos, empresas e governos interagem para gerar lucro e riqueza na economia (Finlândia, 1º; Brasil, 104º); II – infra-estrutura (Alemanha, 1º; Brasil, 78º); III – estabilidade macroeconômica (Kuait, 1º; Brasil, 126º); IV – saúde e educação primária (Finlândia, 1º, Brasil, 84º); V – educação superior (Finlândia, 1º; Brasil, 64º); VI – eficiência do mercado de bens – ou ´mix´ certo de produtos e serviços de acordo coma demanda (Hong Kong, 1º; Brasil, 97º); VII – eficiência do mercado de trabalho (EUA, 1º; Brasil, 104º); VIII – sofisticação do mercado financeiro (Hong Kong, 1º; Brasil, 73º); IX – disponibilidade tecnológica - ou adoção dos avanços para o aumento da produtividade (1º Suécia; Brasil, 55º); X – tamanho de mercado (EUA, 1º; Brasil, 10º); XI – sofisticação dos negócios (Alemanha, 1º; Brasil, 39º); e XII – inovação - ou criação de novas tecnologias para o aumento da produtividade (EUA, 1º; Brasil, 44º) (id., p. B11).

17. São os quesitos nos quais o Brasil apresenta maiores desvantagens competitivas: I – extensão e efeito da tributação, 131º lugar (último lugar); II – burocracia, 128º; III – gastos do governo ineficientes, 127º; e IV – qualidade da educação primária, 123º (id., p. B11).

18. O Chile vem em 26º lugar, o mais bem colocado da América Latina, a Argentina em 85º e a Venezuela em 98º (id., p. B11).

19. O Brasil piorou na pontuação, mas na essência ficou na mesma, avalia Xavier Sala-i-Martin, professor da Universidade Columbia e um dos responsáveis pela elaboração do ´ranking´. A estabilidade macroeconômica brasileira melhorou dramaticamente, mas ainda há questões, como inflação, juros, etc. O País ainda não pontua bem no pilar de ambiente institucional, em direitos de propriedade, proteção intelectual, confiança pública em políticos, eficiência em gastos do governo, tributação, etc. Mas pontua muito bem em sofisticação empresarial e inovação. Há uma economia no Brasil integrada à rede mundial econômica e, como ela tem de competir com os melhores países do mundo, desenvolveu sofisticação e é forçada a inovar pela sobrevivência, conclui Sala-i-Martin (id., p. B11).

20. A fonte básica de competitividade da China vem da estabilidade macro muito forte (7º no ´ranking´) e do enorme tamanho do mercado. Vem explorando, com muito sucesso, os salários muitos baixos. Mas os salários deverão subir. O País tem ainda problemas grandes no ambiente institucional, corrupção e excessiva interferência do setor público na economia privada. O crescimento vai parar se o País não introduzir reformas, e elas não serão fáceis (id., p. B11).

21. Apesar de a imposição fiscal não ter sido o único fator para a queda de competitividade nacional, ela foi, sem dúvida alguma, elemento relevante ao lado da burocracia esclerosada, do nível de corrupção detectado por organismos internacionais nas estruturas administrativas e da regulação excessiva por meio de uma inflação legislativa, de acordo com a análise de Ives Gandra da Silva Martins (´Uma carga tributária irracional´. Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 nov. 2007, p. A3).

22. Como o Brasil tem uma carga tributária superior, cresce então, à evidência, menos em relação aos demais países componentes dos Brics. A cada aumento na carga corresponde a um aumento no valor da perda do crescimento do PIB, efeito denominado ´crowding out´ (expulsão), conforme estudo de natureza econométrica de Paulo Rabello de Castro. Assim, a imposição fiscal atende ao interesse dos detentores do poder, mas, à evidência, não é do interesse público nem da sociedade (id.).

23. O Brasil avançou do 49º para o 43º lugar no ´ranking´ do ´World Competitiveness Yearbook - WCY´ (Relatório da Competitividade Mundial), de 2008, elaborado pelo ´International Institute for Management Development (IMD)´, Suíça. O ´ranking´ contempla 55 países. No desempenho por item, o Brasil subiu em ´performance´ econômica (49º para 43º); eficiência/governo (54º para 51º); e eficiência/negócios (49º para29º), enquanto caiu em infra-estrutura (49º para 50º) (Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 maio 2008, p. B6).



Parece que o governo existe para que nós o satisfaçamos, mas a verdade é que tem que ser o contrário: o governo existe para atender às nossas exigências. E nisso implica que, se optarmos pela justiça social, por uma educação decente, por incentivos totais a todos os tipo de desenvolvimento cultural, devemos de algum jeito buscar esses direitos que são de todos nós.
 
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Há cerca de 25-30 anos atrás, Portugal tinha inúmeros bairros de lata (o que vocês chamam de favelas). Hoje, já quase pertencem ao passado.
Foi feito um grande esforço em dar alguma condignidade às pessoas.

Eu creio que quando um povo se sente mais condigno, o crime diminui, a auto-estima melhora, o respeito pelos direitos humanos generaliza-se.

Visto de fora, o Brasil tem o problema dos extremos: um lado muito rico (minoria) e um lado muito pobre (maioria).
Talvez tenha que melhorar a auto-estima do seu povo.
E não me levem a mal dizer isto, mas creio que um pouco de humildade às vezes também é necessária.
Digo isto porque o brasileiro me parece menos responsável e mais folgazão na maneira como encara o dia a dia.

É uma pena, pois tá cheio de gente inteligente, bonita, alegre e com enormes capacidades. O jeito é tomar grandes medidas de fundo, com políticas de longo prazo e com projectos que durem gerações. Portugal, por exemplo, com a entrada na União Europeia, passou directo do século XIX para o século XXI.

E agora uma provocaçãozita: eu acho que o povo brasileiro é incomparavelmente mais preguiçoso que o povo português. :mrgreen:
(embora eu não seja grande exemplo :lol:).
 
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:obiggraz:Bom eu sei que pra tudo tem um jeito, mas não sei se vocês ja observaram o pais anda muito ligado ao que outros países fazem, agora eu estava vendo jornal durante a tarde na saemana passada e vi que alguns dirigentes estão muito preocupados com a COPA MUNDIAL DE FUTEBOL, que só vai acontecer no Brasil em 2014. Estão querendo contruir isso e aquilo, a FIFA fala e o pessoal se ocupa em preparar, mas eles esquecem que como é um evento mundial se esquecem da grande violencia que as torcidas organizadas vem oferecendo durante as partidas. Nada contra o futebol gosto até, mas a violencia e a FALTA DE EDUCAÇÂO que me incomoda, dando um exemplo de desrespeito com a população o governo de São Paulo distribuil um livro de Geografia para os alunos das rede publica de ensino ecom mapas alterados o mapa do comtinente da america do sul todo errado com os países trocados e com nomes dos países errado, pra ter uma idéia o Paraguai estava no lugar do Uruguai sei que estava uma bagunça só, este é um descaso com os alunos e com a população, fora a corrupção. Mas o que eu quero realmente dizer é o seguinte, será que o País tem cultura suficiente para acomodar um evento assim, e além da Cultura é a EDUCAÇÂO, que é fraca, começando de dentro de casa, pois amigos me pérdoem, há pais que colocam os filhos na escola pensando que eles irão receber educação, mas se esquecem que a educação escolar é só um complemento da educação que os pais devem dar aos seus filhos. Vejo que muitos dos assuntos tratados sobre violência e morte, seja em estadios, casas de show's, qualquer ato violento ao publico desencadea mais violencia. Eu tenho por mim que a Educação é o fundamento para o desenvolvimento de uma nação, pois através da educação vem o "pacote básico" Saúde, Segurança. Esses três tópicos deveriam ser o primordial de qualquer país não só o nosso. Temos que fazer da educação uma vivencia para as pessoas de nosso contato direto nossos familiares dai pros amigos mais proximos e desses em diante, ela é como uma corrente que vai formando elos por onde quer que vá. Temos que fazer dela uma parte de nosssa cultura, como se fosse uma religião, cultuá -la e assim começar a mudar o restante. :tsc:

Abaixo está o link da matéria sobre os livros da rede publica de São Paulo:
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,...VROS+DE+GEOGRAFIA+TROCAM+PAISES+DE+LUGAR.html
 
Roy Batty disse:
Se pararmos um pouco pra pensar, essa convenção de uma sociedade que te diz que deve produzir para ser útil, acaba não tendo nenhum valor prático para uma pessoa. Afinal, do que adianta produzir em prol de interesses capitalistas ( falando do trabalho irrelevante, que ocupa dois terços das atividades humanas, incluindo aí o setores industriais e comerciais), se a parte cultural é relegada a um quinto plano, tornando-se mero hobbie ou passatempo?

Todo mundo adora falar mal do capitalismo sem nem mesmo saber como que funciona efetivamente e como que funcionava antigamente, pois não existe nem existiu sistema funcional mais tecnicamente democrático que o capitalismo.. Além de que trabalhar não é mais significado de ficar em uma fábrica apertando parafusos a muitos anos, ser efetivo e produtivo é simplesmente ter uma função na sociedade. As maiores produtividades do mercado de trabalho a que me refiro nascem dentro de universidades, hoje quase todas as inovações tecnológicas nascem dentro de ambientes de pesquisas como universidades. E todo esse avanço tecnológico só conseguiu se desenvolver através da mudança lá no passado para o modo de produção capitalista, caso o contrário ainda estáriamos fazendo trocas para subsistência como cita Karl Marx em "O Capital".

Roy Batty disse:
[...]os vícios de um pais que te diz que precisa trabalhar para ser útil (conceito vago e falho de comprovação)[...]

"A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes" - Adam Smith

Falho? Tudo que os economistas do século 19 fizeram foi explicar todos os tramites capitalistas que decorriam da importância da produção. E é simples de pensar, se um fabricante de casaco consegue confeccionar 1 casaco em 1 hora e vende-lo a 10x, se ele dobrar a sua produtividade irá conseguir no mesmo intervalo de tempo 20x... conseqüentemente irá ter mais valor-de-troca e poderá adquirir outras mercadorias. Produzir mais não é sinônimo de exploração.

Roy Batty disse:
Eu prefiro o trabalho intelectual e artistico, aos moldes da Grécia dos tempos de Atenas, em que o trabalho era visto como algo marginal e as ocupações artísticas, filosóficas davam o colorido à vida. Claro, tinha a questão dos escravos, os únicos a fazerem o trabalho braçal (hoje esses escravos poderiam ser considerados os trabalhadores de hoje que produzem coisas fúteis, cujas riquezas advindas delas se perdem em aplicações pouco eficientes para a sociedade).

A grande oportunidade do Modo de Produção Capitalista foi o fato de democratizar o trabalho e tentar extinguir o trabalho escravo de uma vez por todas. Se uma pessoa está em um emprego que não a convém não cabe ao sistema capitalista a culpa. Em relação ao trabalho artístico e intelectual eu concordo plenamente, precisamos de mentes criativas! Quem consegue dominar o intelecto com certeza não terá problemas em se relacionar harmoniosamente com o sistema capitalista.

O que é realmente necessário não é modificar o sistema produtivo de hoje, mas sim aprimorar o entendimento dele a todos.
 
Acredito também que há uma inércia enorme não somente dos governantes mas da população, no que se diz "Vem a nós o vosso reino"...pessoas alheias a fatos, como por exemplo...choveu na grande São Paulo, alaga, é fato. Devido a estrutura da cidade, mais concreto e menos chão permeável (terra/grama) etc e tal. Agora esta semana morreu um casal dentro de um carro que foi surpreendido pela enchurrada, a água subiu e eles morreram afogados dentro do veículo se salvando somente uma mulher que conseguiu um ar colando o rosto no teto do carro. Então? Morrer por causa de acidentes naturais até aceito (raio, maremoto, vento, ok) mas morrer porque uma cidade (população e governo) não previu as atividades da mãe natureza com relação a ação do homem. Sabem o que os moradores da região próximo ao Tietê fazem? Eles constroem comportas nas entradas das residências para conter a água, e rampas de cimento onde no alto constroem as casas...gente isso é o fim! Construíram uns "piscinões" que nem sei se isso deu certo, porque acho que não, alaga do mesmo jeito. Tem alguém de Sampa aí que passa sempre pela dificuldade de enchente? Planejamento urbano e planejamento habitacional também é uma coisa a se discutir.
Referente o que falei:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2009/03/18/ult4469u38853.jhtm
 
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Elite corrupta, sociedade marginalizada e alheia a política. Imprensa formadora de opinião, tendenciosa. Interesses mesquinhos, inescrupulosos e dinheiro público financiando todo tipo de mamata.
Golpes, sonegação de impostos, empresários driblando a justiça e a legislação. E a população, iludida por um conceito de democracia, sem um mínimo de conhecimento e condições de garantir uma educação satisfatória, e sem qualquer conhecimento de exatamente como proceder para fazer valer os seus direitos.
Quem ainda acha que existem soluções, mesmo a longo prazo, por favor me digam ... de quem vai partir essa mudança???? Quem vai comandar essa "revolução", e quem (de força política) verdadeiramente está interessado em algo assim?

Por favor , não me digam que, "cada um de nós fazendo a nossa parte" é a solução de todas as coisas, porque agente sabe que não é assim. Pra mim essa consegue ser a maior das desculpas, de quem na verdade sabe que não existe solução alguma para melhorar o nosso cenário.
 
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E não me levem a mal dizer isto, mas creio que um pouco de humildade às vezes também é necessária.
Digo isto porque o brasileiro me parece menos responsável e mais folgazão na maneira como encara o dia a dia.

Não posso deixar isso passar em branco! Na pinta, ruims! o fato é que brasileiro se julga "o povo", enche o peito de orgulho sabe-se lá de que, se considera a melhor estirpe do planeta... e no fim não valem é nada mesmo. Um bando de crédulos, ignorantes, vendidos, que acham que batuque, bola e buteco resolvem todos os problemas. E ainda creditam às divindades a origem todos os seus males, e pior: esperam que essas mesmas divindades os resolvam.
Resposta à pergunta original: Brasil tem jeito? NÃO, enquanto houver nessa terra abençoada uma coisa que se chama "brasileiro".

ruims disse:
E agora uma provocaçãozita: eu acho que o povo brasileiro é incomparavelmente mais preguiçoso que o povo português. :mrgreen:
(embora eu não seja grande exemplo :lol:).

Tu és demasiado gentil como nosso povo... :hanhan: eu usaria adjetivos bem mais ... anh... significativos que "preguiçoso".

Valeu minha noite, ruims! :abraco:
 
Eu sou a favor de uma reforma política ampla... culminando com a mudança da forma de governo. Os dois primeiros textos do meu blog, no meu perfil, tratam disso. Quem quiser pode dar uma olhada.
 

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