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Notícias Brasil cogitou oferecer dinheiro ao Peru na Copa do Mundo de 78

Brasil cogitou oferecer dinheiro ao Peru na Copa do Mundo de 78


qua, 27/02/13

por rogerwgarcia |

categoria Copa do Mundo


Uma revelação bombástica feita ao PONTA DE LANÇA, 35 anos depois, traz de volta à tona a controvertida Copa do Mundo de 1978, na Argentina. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD, futura CBF) cogitou internamente oferecer à seleção peruana premiação em dinheiro como incentivo para que evitasse uma goleada da seleção argentina, na última rodada do quadrangular semifinal que apontaria um dos finalistas.


A ideia surgiu numa reunião de cúpula da delegação brasileira, em razão da forte suspeita de que a Argentina estaria agindo para subornar o Peru, a fim de obter o placar – vitória por mais de três gols de diferença – que lhe garantiria a classificação à final, e consequentemente relegaria o Brasil à disputa do terceiro lugar.


A suspeita se acentuara após visita do argentino Andrada – ex-goleiro do Vasco, que sofreu o milésimo gol de Pelé -, à concentração da Seleção, no período em que esteve hospedada em Rosário. As insinuações e alertas do interlocutor reforçaram os indícios de que poderia haver manipulação de resultado no Argentina x Peru, pois o título, segundo ele, era questão de honra para o governo ditatorial do general Jorge Videla.


O observador-técnico Jairo dos Santos, responsável pela elaboração dos relatórios sobre os adversários do Brasil na Copa, foi uma das testemunhas do ‘brainstorming’ – em tradução livre, tempestade cerebral ou de ideias; na prática, um mecanismo de tomada de posições utilizado nos Estados Unidos, durante o qual se testa a capacidade criativa, e cada participante apresenta sugestões sem possibilidades de críticas, a fim de que nenhum se sinta inibido em sua proposta.


“Não lembro exatamente de quem partiu a ideia, mas a verdade é que foi levantada a hipótese e discutida: será que vale a pena oferecer dinheiro para motivar o Peru? Cada um expôs a sua opinião”, conta Jairo, convidado a participar porque, além de bem-informado, era muito chegado ao técnico Cláudio Coutinho.


Entre os presentes também estavam Mozart di Giorgio (superintendente da CBD); Carlos Alberto Cavalheiro (diretor de futebol); e André Richer (chefe da delegação). O presidente da CBD, almirante Heleno Nunes, não participou.


Coutinho era um dos mais preocupados. Não escondia o temor de ver todo o seu trabalho ruir diante de uma possível farsa promovida pela anfitriã. Talvez por isso tenha sido favorável à tese do envio do “homem da mala” para premiar os peruanos. Logo ele, que, ao final do Mundial, proferiu a célebre frase: “O Brasil é o campeão moral”.

Mozart di Giorgio apoiava a ideia, mas sucumbiu ao argumento de que não haveria tempo hábil para tal expediente. A questão acabou arquivada com a rejeição e o voto contrário de André Richer.


“Richer sempre defendeu a ética olímpica, tinha uma postura íntegra, assim como o Cavalheiro. No fim das contas, a ideia morreu ali mesmo”, rememora Jairo.

Sem ter muito o que fazer, a CBD decidiu usar a seguinte estratégia: Coutinho passou a exaltar publicamente a qualidade dos jogadores peruanos. À imprensa, disse que confiava numa atuação digna do Peru contra os donos da casa. Em vão: a repercussão foi quase nenhuma.


Na rodada que definiria o finalista daquele grupo, o Brasil bateu a Polônia por 3 a 1, à tarde, ao passo que a Argentina, beneficiada pelo regulamento, jogou no mesmo dia à noite, já sabendo de quanto precisaria vencer o Peru para ultrapassar o Brasil no saldo de gols – o critério de desempate. Goleou por 6 a 0, e um véu de obscuridade passou a cercar a partida até os dias de hoje.


Coutinho, Cavalheiro e Di Giorgio já faleceram. André Richer, atualmente vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, foi procurado, mas mantém sua aversão à imprensa e recusa-se a falar.


Jairo, por sua vez, com presença em 8 Copas do Mundo, é parte integrante da história. E faz questão de documentá-la. Não tardará a lançar a biografia de Coutinho, incluindo todos esses episódios. Há anos em gestação, o projeto agora começa a andar, uma vez que Cláudia, filha do ex-treinador, obteve patrocínio para o livro.


Apesar dos muitos indícios, e mesmo tendo feito relatório no qual listara 12 itens estranhos ocorridos naquele Argentina x Peru, Jairo diz ainda ter dúvidas se os peruanos realmente venderam a alma. O fato é que a Copa de 78 segue recheada de mistérios e surpresas.

Fonte

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Certos fantasmas nunca sossegam, não?
 
É sempre essas teorias (ou lendas) que fazem que algumas copas nunca sejam esquecidas.

Ainda bem que desde 1986 as fases finais são sempre em mata-mata. Copa do mundo fica bem mais emocionante dessa forma.
 
Oferecer dinheiro como incentivo para alguém ganhar? Para alguém jogar com mais garra?
Qual o problema?
Oferecer dinheiro para alguém perder?
Aí é mais complicado.
 

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