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Brasil 0x1 Argentina

  • Criador do tópico Percebe
  • Data de Criação
Eönwë disse:
Passei 20 dias na Argentina no começo do ano... fui pra vários lugares (Buenos Aires não) e realmente o que eu posso dizer é que os argentinos pagam um pau pros brasileiros. Não no sentido de ter inveja, mas no sentido de gostar mesmo. Eles puxam papo, querem saber sobre o Brasil, falam de música brasileira, do Lula...

Pra ser justo eu fui bem tratado quando estive em cidades do norte da Argentina, logo quando vc cruza a fronteira com Foz de Iguaçu. Como ali não existem cidades muito grandes, Foz do Iguaçu acaba sendo a mais importante, então é natural que eles tenham até essa aproximação mesmo.

Mas em Buenos Aires onde mora 1/3 da população de todo o país a coisa é bem diferente.
 
Ué, vcs vão ficar trocando experiências é?

Sem essa de fazer uma percepção de um todo pelo que cada um viu em algum lugar em especifico. Essa generalização é no mínimo absurda.


Falam como se cada um fosse o equivalente a um instituto de estatística. :roll:
 
Realmente,
acho que somos tão preconceituosos com eles quanto eles são conosco. Os brasileiros também não acham que o Brasil é a flor no meio da merda, não?!

Brasil e Argentina possuem rivalidades históricas, e são os grandes países da América do Sul, sim. São descendentes de culturas diferentes, adotam frequentemente políticas distintas, e ainda tem a questão esportiva ... nada mais natural que exista essa rivalidade.
 
Realmente,
acho que somos tão preconceituosos com eles quanto eles são conosco. Os brasileiros também não acham que o Brasil é a flor no meio da merda, não?!
Acho que não, os brasileiros vivem falando mal do Brasil, sempre criticando e falando que é culpa do governo...Mais isso já foi discutido em outro topico...
 
-Felagund- disse:
Realmente,
acho que somos tão preconceituosos com eles quanto eles são conosco. Os brasileiros também não acham que o Brasil é a flor no meio da merda, não?!
Acho que não, os brasileiros vivem falando mal do Brasil, sempre criticando e falando que é culpa do governo...Mais isso já foi discutido em outro topico...
Ué, e a Argentina, não?!

Quem conhece a história brasileira (dentre os brasileiros), sabe q conquistamos muitas coisas e q vencemos muitas coisas. Sabe q temos enormes vantagens sobre outros países latino-americanos.
 
-Felagund- disse:
Ué, e a Argentina, não?!
Não, eles nunca criticam a Argentina, só quando deu aquela puta crisa, mais nunca xingam seu povo e essas coisas...

Então eu sugiro à você ir mais uma vez pra Argentina e conversar sobre os problemas de lá com os hermanos...Não é muito diferente daqui, do paraguai e outros países por aí.
 
Até parece que algum país "pobre e dominado" não vai ter uma parte da população que acha uma merda lá.
 
Mias os Argentinos não se acham "pobres e dominados", eles tem muito amor a patria, muito nacionalisno, coisa que aqui no Brasil agente só ve em Copa do Mundo...
 
frase mastiga é foda.

rarossão os países onde você ve um intenso nacionalismo e amor a patria de forma saudavel.

isso dai que eles são mais "patrióticos" que os brasileiros é lenda urbana.

pergunta para um argentino se ele prefere as praias brasileiras ou as praias argentinas? :obiggraz:

se você tivesse falando de um país que aliena a população para um nacionalismo idiota(e muitas vezes xenofobista), eu não vejo um sendo país de terceiro mundo.
 
Olha, os argentinos são fulos com a situação política / econômica deles ... eles fazem baderna, protestos, demonstram insatisfação e tudo mais q nós e outros fazemos. Isso passa no jornal, vc ñ vê?!?

Nacionalismo é idiotice na cultura latino-americana, isso ñ existe ...
 
Nacionalismo é idiotice na cultura latino-americana, isso ñ existe ...

Mas hein.

Idiotice é? :roll:


Olha, os argentinos são fulos com a situação política / econômica deles ... eles fazem baderna, protestos, demonstram insatisfação e tudo mais q nós e outros fazemos. Isso passa no jornal, vc ñ vê?!?

Dê exemplos específicos.

Fazer baderna nem sempre é sinônimo de consciência política. Vide aquele monte de gente que foi as ruas para depor o Collor.
 
Lordpas disse:
Olha, os argentinos são fulos com a situação política / econômica deles ... eles fazem baderna, protestos, demonstram insatisfação e tudo mais q nós e outros fazemos. Isso passa no jornal, vc ñ vê?!?

Dê exemplos específicos.

Fazer baderna nem sempre é sinônimo de consciência política. Vide aquele monte de gente que foi as ruas para depor o Collor.
Não disse q eles tinham conciência política. Disse que estavam insatisfeitos e que não se pode generalizar a nação argentina como nacionalista.
 
Pois então, isso não quer que eles sejam de fato mais politizados que nós.


Podem até ser, mas o seu exemplo não cola.
 
Lordpas disse:
Pois então, isso não quer que eles sejam de fato mais politizados que nós.


Podem até ser, mas o seu exemplo não cola.

Mas eu também não falei que eles são mais politizados que nós!!!!!!
Pelo contrário, os argentinos não são em quase nada diferentes de nós ....
 
Varatar disse:
Lordpas disse:
Pois então, isso não quer que eles sejam de fato mais politizados que nós.


Podem até ser, mas o seu exemplo não cola.

Mas eu também não falei que eles são mais politizados que nós!!!!!!
Pelo contrário, os argentinos não são em quase nada diferentes de nós ....

Peraí, decida-se.

Anyway, o Brasil é o atraso politico-cultural da America Latina. Sempre foi. Não só o povo Argentino como tb o Peruano, Colombiano e até Venezuelando é muito mais politizado q o nosso.

De qq forma, tá aqui a reportagem de capa da revista Lance A+ q saiu hoje.

Luz na rivalidade
Adversários de quarta-feira, argentinos vêem brasileiro como artista da bola. Mas também como um jogador mais fraco fisicamente


Garotos andam nas ruas com camisas da Seleção Brasileira, muitos deles com o nome de Ronaldo nas costas.Nas peladas, jovens usam camisas de Flamengo e São Paulo. A cena, comum em qualquer lugar do Brasil, repete-se onde menos se espera: na terra de nosso maior inimigo nos gramados, a Argentina. Esse é um reflexo de como os "hermanos" enxergam o futebol brasileiro. A despeito de toda a rivalidade - que voltará à cena nesta quarta-feira, com o confronto válido pelas Eliminatórias, em Buenos Aires -, os argentinos sentem por nós respeito, admiração e até inveja.

Ronaldo Helal, de 49 anos, professor de sociologia da Uerj, está na capital argentina desde fevereiro para um pós-doutorado que pesquisará a imagem da Seleção na imprensa de lá. Nesse período, já ouviu várias músicas brasileiras tocando na academia, viu pessoas nas ruas usando sandálias Havaianas com a bandeira do Brasil e comprou produtos da nossa indústria em supermercados. Sempre ouve elogios ao futebol pentacampeão e não sentiu qualquer animosidade pelo fato de ser brasileiro.

- A nossa implicância com eles é maior do que a deles conosco - compara Ronaldo Helal.

Um exemplo de como os argentinos nos vêem está nas Seleções de 1970 e 82. Não há relutância entre eles em concordar que a primeira é o auge do futebol mundial em todos os tempos. E também não houve alegria pelo fato de a segunda ter saído precocemente da Copa na Espanha, na segunda fase. Pelo contrário, reconhecem o valor da equipe de Telê Santana.

O argentino se sente seduzido pelo futebol pentacampeão e acha que que qualquer vendedor brasileiro de cachorro-quente é capaz de fazer miséria com a bola. Isso tem muito a ver com a forma como a cultura verde-amarela é vista por aquelas bandas. O Brasil passa para eles uma imagem sensual, com clima tropical e muita música, praia e mulher. Ao mesmo tempo, os argentinos acham que o homem brasileiro é simbolizado pelo negro. E que o negro, no futebol, atua como um artista, um dançarino.
Atualmente, o jogador brasileiro que faz mais sucesso na Argentina é Ronaldinho Gaúcho. Teve grande repercussão a declaração de Lionel Messi, jogador argentino de 17 anos do Barcelona, que disse que o melhor do mundo considerava-o como um irmão mais novo. Outros preferidos são Ronaldo e Robinho.
Por enquanto, parece até que os argentinos acham que somos perfeitos no futebol, o que implicaria dizer que somos melhores do que eles. E é claro que eles não acham isso. Têm até bons motivos para não acharem. É verdade que é nosso o melhor argumento: são cinco Copas do Mundo contra apenas duas. Mas eles têm mais títulos de Copa América, Copa Libertadores e Mundial Interclubes. E o confronto entre as duas seleções é bem equilibrado (veja quadro com números na página ao lado).
- Nós achamos que Brasil e Argentina são os melhores do mundo no futebol. Então, ganhar do Brasil significa que somos o melhor do mundo. E perder do Brasil significa que não somos - explica o argentino Pablo Alabarces, de 43 anos, da Universidade de Buenos Aires e especialista em sociologia do esporte.

E o que os brasileiros têm de ruim, segundo os argentinos? A pior imagem é a de um jogador sem raça e mais fraco fisicamente. Ou, como gostam de dizer, "pecho frío" (peito frio, em tradução literal). Eles acham frescura que nós os consideremos violentos, porque eles não são - na visão deles, ao menos. Os argentinos também têm a idéia de que o brasileiro é menos profissional, mais propício a cair na noitada e depois tirar onda com sua vida sexual.

Mas a visão provavelmente mais irritante que os argentinos têm do futebol brasileiro é ilustrada por um ditado que corre entre nossos "hermanos". Diz que, se você quer que o seu time jogue de forma bonita, tem de contratar um brasileiro. Mas, se quer que ele ganhe campeonatos, o melhor é comprar um argentino.

Essa é a tônica do pensamento deles: o brasileiro concentra sua força no talento individual, na técnica, e nisso ele é melhor do que o rival. Mas por outro lado o argentino sabe jogar em conjunto e é mais competitivo.

Para o jornalista Walter Vargas, de 47 anos, colunista do jornal "Olé", a admiração argentina pelo futebol brasileiro ainda é grande, mas diminuiu nos últimos anos por dois motivos. Primeiro, pelo que chama de excessivo fanatismo, segundo o qual os brasileiros se acham os melhores em tudo. O melhor futebol, as melhores praias, as melhores mulheres, a geografia mais vasta... O segundo motivo está nos Mundiais conquistados. Nos últimos 11 anos, o placar favorável à Seleção Brasileira passou de apertados 3 a 2 para 5 a 2. Ou seja, virou goleada.

Durante a Copa de 2002, por duas vezes os argentinos foram testados. Primeiro, quando tiveram de assistir ao confronto entre o Brasil e a Inglaterra, país pelo qual sentem ódio histórico, por causa da derrota na Guerra das Malvinas. Depois, na final, quando viram que o Brasil estava a um passo de chegar à sua quinta Copa.

Segundo uma emissora de tevê, 36,9% dos argentinos torceram pelo Brasil nas quartas-de-final, contra 21,4% a favor dos ingleses; 38,7% não tiveram preferência e 3% não responderam. Na decisão, o jornal "Olé" fez uma enquete com jornalistas e personalidades do futebol. Outra vitória brasileira: 56% dos entrevistados queriam que o Brasil fosse campeão e 78,5% achavam que isso aconteceria.

Os argentinos reconhecem que sua maior rivalidade é conosco, mas garantem que ela começa e termina no futebol. O jornalista Walter Vargas cita o exemplo de sua esposa, grande admiradora da cultura brasileira. O sociólogo Pablo Alabarces conta que leu um estudo de um antropólogo que mostrava que, entre os migrantes em Buenos Aires vindos de outras partes do continente, apenas os brasileiros não eram discriminados - diferentemente de peruanos, paraguaios, bolivianos e chilenos.
- Os argentinos não consideram o brasileiro inferior. Pelo contrário, há admiração e inveja - conta Alabarces, que em 2003 esteve no Brasil e se surpreendeu com a imagem que temos do jogador argentino, tido como trapaceiro e violento.

Outra novidade para o sociólogo foi descobrir que o brasileiro considera como exclusividade sua o futebol-arte. Mas há quem concorde com isso na terra do tango.

- O Brasil manteve o bom toque de bola e o bom futebol. A Argentina está muito calcada na velocidade, parecendo com o futebol europeu - afirma o ex-goleiro argentino Andrada, de 69 anos, que atuou pelo Vasco na década de 70.

Os argentinos podem se dividir quanto a esse assunto, mas eles ainda vêem magia no futebol brasileiro. E a polêmica entre Grafite e Desábato, que teve por lá bem menos repercussão do que aqui, não mudou esse quadro.

- Há uma expectativa grande quanto ao próximo Argentina x Brasil. Mas não pelo que aconteceu com Desábato - conta Elias Perugino, 42 anos, chefe de redação da revista "El Gráfico". - Como sempre, tudo pode acontecer.

Eu digo
Roberto Perfumo
Argentino, 62 anos, ex-zagueiro do Cruzeiro


A Argentina inveja o Brasil. E vice-versa

O jogador argentino é melhor do que o brasileiro porque é capaz de lidar com mais situações em campo. Na minha época de Cruzeiro, Dirceu Lopes dizia: "Não queremos jogar contra os argentinos porque vocês têm uma inteligência maior para entender o jogo, têm personalidade e são muito fortes".
É assim: nós temos algumas coisas que eles adoram, e eles têm outras que nós invejamos. Quando juntam as duas (ordem tática, papéis definidos, personalidade, de um lado; e técnica individual e capacidade de desequilibrar um jogo, de outro), tem-se um time.
O jogador argentino é melhor, mas o brasileiro é tecnicamente mais dotado. Tem uma relação diferente com a bola. Nós a usamos mais para conseguir nossos objetivos, e eles como prazer pessoal. E isso tem a ver com a vida, com a forma de ser. Para nós, o futebol é trágico. Para eles, não. O futebol deles é de toque, o nosso é de passe e drible.
Quando cheguei ao Brasil, tinha 28 anos. Meu primeiro jogo foi contra um grupo de veteranos do clube. Recebi um passe, fingi devolver e tentei driblar, mas perdi a bola. "Põe ele no banco", gritaram. E ficaram 20 minutos sem me passar. A nossa técnica passa mais pelo malabarismo do que pelo toque de bola. O brasileiro gosta de passes curtos.
Nos primeiros três meses, não toquei a bola. O mesmo aconteceu com Sorín. É um ídolo, mas um dirigente me disse que nos primeiros quatro meses achava que iam dispensá-lo. Sorín tem o que eles não têm. Em uma final, deram dois cruzamentos para ele, que fez o gol da vitória. Por isso o amam. Temos outra personalidade e nos adaptamos a qualquer ambiente.
Texto retirado do "Diario Olé" de 2 de julho de 2002, dois dias após o penta do Brasil

Gols brasileiros: artigo raro na TV argentina

A vinda de Tevez para o Corinthians aumentou o espaço reservado na imprensa argentina ao futebol jogado no Brasil: passou de quase nada para muito pouco. Os dois países, embora vizinhos, dão mínimo destaque ao que acontece do outro lado da fronteira - pelo menos quando se trata de futebol. Com exceção de partidas válidas por competições continentais - como as copas Sul-Americana e Libertadores -, os times brasileiros não recebem destaque na imprensa argentina. A situação mudou depois que Carlitos deixou o Boca Juniors rumo ao Parque São Jorge. Agora, os argentinos já sabem que existem o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. No entanto, gols do Brasileirão ainda são raros na televisão argentina. Só dão sinal de vida quando são marcados por Tevez.
 

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