Fernando Giacon
[[[ ÚLTIMO CAPÍTULO ]]]
[size=xx-large]Bonifácio[/size]
Aviso importante: Não postar nesse tópico.
[size=medium]Abertura da novela. [/size]
Capítulos já postados:
1ºFase
[x-1º]-A volta de Bonifácio.
[x-2º]-A proposta de Sandoval.
[x-3º]-Bonifácio dá um tapa em Selena.
[x-4º]-Uma antiga amiga chamada Berenice.
[x-5º]-O novo emprego de Maria Neusa.
[x-6º]-Neusa passa a desconfiar de Selena.
[x-7º]-A festinha das revelações.
[x-8º]-Selena vai embora do rancho.
[x-9º]-Uma recompensa para Conde Bertola.
[x-10º]-Uma manhã de preocupações.
[x-11º]-Sandoval expulsa os Madureira e humilha Neusa.
[x-12º]-Uma nova moradia.
[x-13º]-Bonifácio ameaça Sandoval com um revólver.
2ºFase
[x-14º]-A nova moradora.
[x-15º]-Neusa arma um escândalo na rua.
[x-16º]-Bonifácio vai parar no hospital.
[x-17º]-Sandoval dá sinais de insanidade.
[x-18º]-Bonifácio enfrenta Sandoval.
[x-19º]-Selena pede perdão ao pai.
[x-20º]-Bonifácio é sequestrado.
[21º]-
[22º]-
[23º]-
[24º]-
[size=medium][1º] - Capítulo: A volta de Bonifácio.[/size]
Comentários sobre a novela
[size=xx-large]E[/size]ra de manhã quando a primeira gota de chuva tocou o solo do Sítio Madureira, e os lábios da terra agradeciam aos céus por tal graças, que castigavam as orquídeas de Bonifácio há quase um mês. As orquídeas por sua vez, agradeciam pela volta de Bonifácio, que estava fora do rancho há muito tempo; estava no Nordeste visitando seus parentes e tempo é esse que Maria Neusa não soube muito bem cuidar, afinal, a doce e atrapalhada matriarca da família Madureira passava-o procurando emprego em Guararema como empregada, mas nesse tempo todo não achou nada, aliás ela achou sim, as portas fechadas. Sozinha em seu quarto, vestia sua melhor roupa para ir até a estação da cidade, onde já estava atrasada para encontrar Bonifácio; amarrou os cabelos, colocou seu velho óculos e se dirigiu a cozinha para fazer um café amargo do jeitinho que gostava, quando na sala encontra Selena praticamente jogada no sofá, foi quando Neusa disse preocupada:
-Filha? Você está bem? Tá precisando de alguma coisa?
-Mas é claro que eu estou precisando! Não vê só a minha situação mãe?! Diz a filha resmungando e reclamando como sempre.
-Situação? Mas qual situação? Eu não vejo nada de errado!
-Você nunca vê nada, aliás, vê se me esquece tá legal?
-Deus do céu Selena! Mas não consegue levantar um dia se quer sem essa cara amarrada, coloque um sorriso nesse rosto minha filha! O seu pai não vai gostar nem um pouco de te ver aqui largada dentro de casa e sem emprego ainda, o que é pior! Fala Maria severamente com ela.
-Ele volta hoje?! Fala assustada.
-É claro que volta! É hoje que vamos fazer aquele almoço de...mas o que houve? Porque essa cara?!
-O que houve é que ele me ameaçou da outra vez, dizendo que ia me colocar pra fora de casa, se eu não arranjasse um emprego! Mas que inferno! O que eu vou fazer agora?! Diz Selena preocupada e nervosa.
-Não! O seu pai nunca disse uma coisa dessa, imagine! Desconversando.
Maria na verdade sabia muito bem do que sua filha estava falando, e não quis remexer ainda mais nessa história tensa, afinal a relação entre ela e seu pai nunca fora boa, pois sempre houveram desafios maior do que a pobre Neusa pudera compreender. Enquanto na casa dos Madureira a ansiedade e a felicidade por parte de Maria, tomavam conta do ar, na residência de Sandoval Matos não se cultivava felicidades, muito menos alegrias, ali se cultivava ódio e raiva, afinal a notícia de que o vizinho estava de volta, havia que caído como uma pedra para o barão, que nunca teve uma boa relação com ele, isso pelo fato de que sente uma intensa inveja pelo sítio Madureira e de sua fertilidade incomparável, enquanto que em suas terras, as coisas não iam nada bem.
Não contente com a notícia, e desconfiado, Sandoval se dirige ao sítio para averiguar se aquilo era realmente verdade, ou se era mais uma armação de seu vizinho, pois para ele Bonifácio não passava se um sem vergonha oportunista.
Caminhando em passos firmes em direção a porta da casa de seu rival, o barão arquitetava um modo fazer aquela pergunta, sem deixar vestígios de seu súbito interesse, por isso vagarou nos passos para pensar e calcular tudo muito bem. Ao colocar os pés nas terras de Bonifácio se dirigiu a porta e bateu.
Na sala, Selena ouvi as batidas, porém não se move...ela apenas grita do sofá:
-Mãe!!! Tem alguém na porta.
-Ai! Meu Deus! Será que é o Boni?!
Ao destrancar a porta e abri-lá, Neusa fica desconcertada com a presença do Barão, que imediatamente disse:
-Maria Neusa Madureira, nossa! A quanto tempo minha vizinha de ouro! Diz ele jogando um olhar sinico há ela.
A pobre senhora não conseguia dizer se quer uma palavra, estava espantada, perplexa com o que estava ali, diante da lente suja de seus óculos.
-Você vai ficar me olhando, ou vai me convidar pra entrar?!
-Olha...Sandoval...Sr. Sandoval, eu não entendo o que o senhor está fazendo aqui...o...Bonifácio não está! Diz ela desconcertada.
-Era dele mesmo que eu queria falar, eu soube que ele está doente, que está internado e eu vim ver se eu não posso, digamos oferecer uma ajuda não é?
-Internado?! Doente?! Ha! ah!ah mais quem te disse esse absurdo? Ri Maria Neusa.
-Não...ninguém, são essas pessoas fofoqueiras que moram nessa cidade, você sabe né...
-Pois devem estar loucos! O meu velho está viajando, e chega hoje na estação.
Ao ouvir dos lábios daquela mulher, e sem pensar duas vezes, Sandoval da meia volta e diz um tchau de longe à ela, pois agora ele sabia da verdade, e era tudo o que ele precisa saber naquela hora.
-Esquisito! Diz Maria a sua filha na sala.
-O que é esquisito?
-O Sr. Sandoval vir até aqui saber do Bonifácio, saber como ele estava...não é estranho filha?
-Ai mãe! Você não percebe mesmo não é? Esse aí vive querendo acabar com a nossa vida, concerteza deve estar tramando alguma coisa.
-Não...eu não acho isso! Ele deve estar mesmo preocupado com o meu velho, as pessoas mudam filha. Diz Neusa em tom de inocência e pensando...
-Preocupado ele? Mãe você toma purgante?! Ás vezes que acho que a senhora não pensa nas coisas que fala.
-Selena, por favor! Olha, é melhor...
-É melhor pararmos com essa conversa!!! É demais pra minha cabeça! Eu vou sair e ver se eu acho alguma coisa pra fazer, antes que o meu pai me jogue pra fora de casa.
-Porque você não vai até o sítio do Afonso filha? Ele me disse esses dias que estava precisando de uma pessoa pra cuidar da horta dele e como você...
Maria mal termina a frase e Selena vêm com seu famoso discurso:
-Cuidar de horta? É esse o sonho que você vê pra mim? Uma menina que trabalha debaixo de um sol quente, pra ganhar moedinhas sujas de terra no final do dia, de um velho ridículo que nem aquele, mas então é isso dona Neusa? Grita a filha.
-Mas...Selena, o que tem de errado em trabalhar lá, é um trabalho digno, de gente honesta, e eu tenho certeza que seu pai iria ficar muito satisfei...
-Alguém aqui tá passando fome mãe??? Precisando de esmola dos outros? Hein? Responde pra mim!!!
-Não estamos passando fome não!!! E nem precisando de esmolas, graças a seu pai! Pois se dependêssemos de você estaríamos passando muito mais do que fome, essa foi a forma dele de nos servir de amor, se não pelo menos um pouquinho de interesse. Esbraveja a mãe.
Irritada com aquilo, a menina sai pisando duro e bate a porta da sala. Atrasada, Maria Neusa naquele instante corre pra cozinha e tenta colocar tudo no conformes usando suas melhores panelas de ferro, para servir um almoço especial à moda fazenda para Bonifácio, e alguns convidados que ela chamaria assim que fosse recebê-lo na estação de Guararema.
Enquanto isso na fazenda de Sandoval, a única coisa que ele pensará era na frase que acabará de ouvir: “e chega hoje na estação”, onde ficava ecoando fundo em sua cabeça, foi quando ele virou os fundos de sua casa e pegou seu carro, estava possuído pelos seus próprios impulsos e desejos. Nisso tudo, o trem apitava e deixavam todos curiosos voltados para a estação ali no centro da cidade, era como se algo mágico tivesse chegado, e com ele pessoas que lotavam o local em busca de um parente, ou conhecido que tivesse abortado, eis que no meio da multidão surgi Bonifácio com seu semblante bondoso e prejudicado pelo tempo. Para ele, a volta pra casa era mais que um presente, era algo que jamais teria como pagar à vida, quando ele diz a si mesmo:
-Finalmente! Que saudades da minha terra das orquídeas! Mas onde estará a velha?
Procurando Maria Neusa naquela porção de gente, Bonifácio resolveu sair para o lado de fora da estação para ver se ela não estava na rua, de repente surgi Sandoval, que estava parado logo a frente, de braços cruzados como se estivesse caçando sua presa.
Naquele momento ele ficou sem reação, e tentando desferir alguma palavra, foi quando o barão preencheu aquele vazio com palavras tranquilas e sérias:
-Nós precisamos ter uma conversa, Bonifácio...meu amigo!
Aviso importante: Não postar nesse tópico.
[size=medium]Abertura da novela. [/size]
Capítulos já postados:
1ºFase
[x-1º]-A volta de Bonifácio.
[x-2º]-A proposta de Sandoval.
[x-3º]-Bonifácio dá um tapa em Selena.
[x-4º]-Uma antiga amiga chamada Berenice.
[x-5º]-O novo emprego de Maria Neusa.
[x-6º]-Neusa passa a desconfiar de Selena.
[x-7º]-A festinha das revelações.
[x-8º]-Selena vai embora do rancho.
[x-9º]-Uma recompensa para Conde Bertola.
[x-10º]-Uma manhã de preocupações.
[x-11º]-Sandoval expulsa os Madureira e humilha Neusa.
[x-12º]-Uma nova moradia.
[x-13º]-Bonifácio ameaça Sandoval com um revólver.
2ºFase
[x-14º]-A nova moradora.
[x-15º]-Neusa arma um escândalo na rua.
[x-16º]-Bonifácio vai parar no hospital.
[x-17º]-Sandoval dá sinais de insanidade.
[x-18º]-Bonifácio enfrenta Sandoval.
[x-19º]-Selena pede perdão ao pai.
[x-20º]-Bonifácio é sequestrado.
[21º]-
[22º]-
[23º]-
[24º]-
[size=medium][1º] - Capítulo: A volta de Bonifácio.[/size]
Comentários sobre a novela
[size=xx-large]E[/size]ra de manhã quando a primeira gota de chuva tocou o solo do Sítio Madureira, e os lábios da terra agradeciam aos céus por tal graças, que castigavam as orquídeas de Bonifácio há quase um mês. As orquídeas por sua vez, agradeciam pela volta de Bonifácio, que estava fora do rancho há muito tempo; estava no Nordeste visitando seus parentes e tempo é esse que Maria Neusa não soube muito bem cuidar, afinal, a doce e atrapalhada matriarca da família Madureira passava-o procurando emprego em Guararema como empregada, mas nesse tempo todo não achou nada, aliás ela achou sim, as portas fechadas. Sozinha em seu quarto, vestia sua melhor roupa para ir até a estação da cidade, onde já estava atrasada para encontrar Bonifácio; amarrou os cabelos, colocou seu velho óculos e se dirigiu a cozinha para fazer um café amargo do jeitinho que gostava, quando na sala encontra Selena praticamente jogada no sofá, foi quando Neusa disse preocupada:
-Filha? Você está bem? Tá precisando de alguma coisa?
-Mas é claro que eu estou precisando! Não vê só a minha situação mãe?! Diz a filha resmungando e reclamando como sempre.
-Situação? Mas qual situação? Eu não vejo nada de errado!
-Você nunca vê nada, aliás, vê se me esquece tá legal?
-Deus do céu Selena! Mas não consegue levantar um dia se quer sem essa cara amarrada, coloque um sorriso nesse rosto minha filha! O seu pai não vai gostar nem um pouco de te ver aqui largada dentro de casa e sem emprego ainda, o que é pior! Fala Maria severamente com ela.
-Ele volta hoje?! Fala assustada.
-É claro que volta! É hoje que vamos fazer aquele almoço de...mas o que houve? Porque essa cara?!
-O que houve é que ele me ameaçou da outra vez, dizendo que ia me colocar pra fora de casa, se eu não arranjasse um emprego! Mas que inferno! O que eu vou fazer agora?! Diz Selena preocupada e nervosa.
-Não! O seu pai nunca disse uma coisa dessa, imagine! Desconversando.
Maria na verdade sabia muito bem do que sua filha estava falando, e não quis remexer ainda mais nessa história tensa, afinal a relação entre ela e seu pai nunca fora boa, pois sempre houveram desafios maior do que a pobre Neusa pudera compreender. Enquanto na casa dos Madureira a ansiedade e a felicidade por parte de Maria, tomavam conta do ar, na residência de Sandoval Matos não se cultivava felicidades, muito menos alegrias, ali se cultivava ódio e raiva, afinal a notícia de que o vizinho estava de volta, havia que caído como uma pedra para o barão, que nunca teve uma boa relação com ele, isso pelo fato de que sente uma intensa inveja pelo sítio Madureira e de sua fertilidade incomparável, enquanto que em suas terras, as coisas não iam nada bem.
Não contente com a notícia, e desconfiado, Sandoval se dirige ao sítio para averiguar se aquilo era realmente verdade, ou se era mais uma armação de seu vizinho, pois para ele Bonifácio não passava se um sem vergonha oportunista.
Caminhando em passos firmes em direção a porta da casa de seu rival, o barão arquitetava um modo fazer aquela pergunta, sem deixar vestígios de seu súbito interesse, por isso vagarou nos passos para pensar e calcular tudo muito bem. Ao colocar os pés nas terras de Bonifácio se dirigiu a porta e bateu.
Na sala, Selena ouvi as batidas, porém não se move...ela apenas grita do sofá:
-Mãe!!! Tem alguém na porta.
-Ai! Meu Deus! Será que é o Boni?!
Ao destrancar a porta e abri-lá, Neusa fica desconcertada com a presença do Barão, que imediatamente disse:
-Maria Neusa Madureira, nossa! A quanto tempo minha vizinha de ouro! Diz ele jogando um olhar sinico há ela.
A pobre senhora não conseguia dizer se quer uma palavra, estava espantada, perplexa com o que estava ali, diante da lente suja de seus óculos.
-Você vai ficar me olhando, ou vai me convidar pra entrar?!
-Olha...Sandoval...Sr. Sandoval, eu não entendo o que o senhor está fazendo aqui...o...Bonifácio não está! Diz ela desconcertada.
-Era dele mesmo que eu queria falar, eu soube que ele está doente, que está internado e eu vim ver se eu não posso, digamos oferecer uma ajuda não é?
-Internado?! Doente?! Ha! ah!ah mais quem te disse esse absurdo? Ri Maria Neusa.
-Não...ninguém, são essas pessoas fofoqueiras que moram nessa cidade, você sabe né...
-Pois devem estar loucos! O meu velho está viajando, e chega hoje na estação.
Ao ouvir dos lábios daquela mulher, e sem pensar duas vezes, Sandoval da meia volta e diz um tchau de longe à ela, pois agora ele sabia da verdade, e era tudo o que ele precisa saber naquela hora.
-Esquisito! Diz Maria a sua filha na sala.
-O que é esquisito?
-O Sr. Sandoval vir até aqui saber do Bonifácio, saber como ele estava...não é estranho filha?
-Ai mãe! Você não percebe mesmo não é? Esse aí vive querendo acabar com a nossa vida, concerteza deve estar tramando alguma coisa.
-Não...eu não acho isso! Ele deve estar mesmo preocupado com o meu velho, as pessoas mudam filha. Diz Neusa em tom de inocência e pensando...
-Preocupado ele? Mãe você toma purgante?! Ás vezes que acho que a senhora não pensa nas coisas que fala.
-Selena, por favor! Olha, é melhor...
-É melhor pararmos com essa conversa!!! É demais pra minha cabeça! Eu vou sair e ver se eu acho alguma coisa pra fazer, antes que o meu pai me jogue pra fora de casa.
-Porque você não vai até o sítio do Afonso filha? Ele me disse esses dias que estava precisando de uma pessoa pra cuidar da horta dele e como você...
Maria mal termina a frase e Selena vêm com seu famoso discurso:
-Cuidar de horta? É esse o sonho que você vê pra mim? Uma menina que trabalha debaixo de um sol quente, pra ganhar moedinhas sujas de terra no final do dia, de um velho ridículo que nem aquele, mas então é isso dona Neusa? Grita a filha.
-Mas...Selena, o que tem de errado em trabalhar lá, é um trabalho digno, de gente honesta, e eu tenho certeza que seu pai iria ficar muito satisfei...
-Alguém aqui tá passando fome mãe??? Precisando de esmola dos outros? Hein? Responde pra mim!!!
-Não estamos passando fome não!!! E nem precisando de esmolas, graças a seu pai! Pois se dependêssemos de você estaríamos passando muito mais do que fome, essa foi a forma dele de nos servir de amor, se não pelo menos um pouquinho de interesse. Esbraveja a mãe.
Irritada com aquilo, a menina sai pisando duro e bate a porta da sala. Atrasada, Maria Neusa naquele instante corre pra cozinha e tenta colocar tudo no conformes usando suas melhores panelas de ferro, para servir um almoço especial à moda fazenda para Bonifácio, e alguns convidados que ela chamaria assim que fosse recebê-lo na estação de Guararema.
Enquanto isso na fazenda de Sandoval, a única coisa que ele pensará era na frase que acabará de ouvir: “e chega hoje na estação”, onde ficava ecoando fundo em sua cabeça, foi quando ele virou os fundos de sua casa e pegou seu carro, estava possuído pelos seus próprios impulsos e desejos. Nisso tudo, o trem apitava e deixavam todos curiosos voltados para a estação ali no centro da cidade, era como se algo mágico tivesse chegado, e com ele pessoas que lotavam o local em busca de um parente, ou conhecido que tivesse abortado, eis que no meio da multidão surgi Bonifácio com seu semblante bondoso e prejudicado pelo tempo. Para ele, a volta pra casa era mais que um presente, era algo que jamais teria como pagar à vida, quando ele diz a si mesmo:
-Finalmente! Que saudades da minha terra das orquídeas! Mas onde estará a velha?
Procurando Maria Neusa naquela porção de gente, Bonifácio resolveu sair para o lado de fora da estação para ver se ela não estava na rua, de repente surgi Sandoval, que estava parado logo a frente, de braços cruzados como se estivesse caçando sua presa.
Naquele momento ele ficou sem reação, e tentando desferir alguma palavra, foi quando o barão preencheu aquele vazio com palavras tranquilas e sérias:
-Nós precisamos ter uma conversa, Bonifácio...meu amigo!
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