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Bolívia chuta o balde

TT1

Dilbert
Lembram disso?

Pois é, como o Lulinha Paz e Amor não fez nada a Bolívia decidiu fazer e, bomba, tomou o controle financeiro das refinarias conforme havia avisado que faria. :clap:

Bolívia "rebaixa" Petrobras, e Brasil cancela encontro
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FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S.Paulo

O Ministério de Minas e Energia e a Petrobras decidiram cancelar a viagem a La Paz marcada para amanhã do ministro Silas Rondeau e do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, em protesto contra a resolução governo boliviano que rebaixa as duas refinarias da empresa a prestadoras de serviço. Ontem à noite, a decisão ainda dependia de ratificação do presidente Lula, mas a Folha apurou que dificilmente seria revertida.

"A Petrobras expressa a sua discordância da resolução ministerial 207/2006 (...) na qual se estabelecem novas condições de produção, transporte, armazenagem e comercialização do petróleo e do GLP e se incluem todas as etapas da cadeia de preços dos derivados de petróleo", diz a dura nota da empresa brasileira, distribuída ontem à noite.

"Diante dessa decisão do governo, a Petrobras manifesta seu desacordo do ponto de vista legal, operacional e financeiro, já que isso inviabiliza totalmente os negócios de refinação da empresa no país."

A nota da Petrobras adverte ainda que a resolução ameaça o abastecimento boliviano, pois "compromete a manutenção das atividades de refinação". As duas unidades da Petrobras são responsáveis por 90% do mercado interno.

Na avaliação da Petrobras, a resolução de anteontem aponta que o governo boliviano mantém a mesma "disposição belicosa" demonstrada no decreto de nacionalização, em 1º de maio. A empresa não aceita negociar a transferência das refinarias sob as condições da resolução e estudará a adoção de medidas judiciais.

Com o cancelamento da reunião, as negociações com o governo boliviano, paralisadas há dois meses, voltam à estaca zero. Ironicamente, a Petrobras avaliava que as refinarias seriam o ponto mais fácil da imensa pauta entre as duas partes, que inclui a assinatura de novos contratos de exploração de gás até 1º de novembro.

A resolução boliviana e a reação do governo brasileiro também jogam por terra a reaproximação ensaiada durante visita a Brasília do vice-presidente de Morales, Álvaro Garcia Linera, a Lula, no final do mês passado, quando foi anunciada a retomada das negociações novamente suspensas.

Em Brasília, as duas partes também haviam concordado em evitar declarações e "negociações" pela imprensa. A nova crise desfaz o pacto de só três semanas e tido como um dos pontos mais importantes pelo assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia.

A reunião de amanhã teria como tema oficial a retomada das negociações do preço de gás -o que está fora do marco da nacionalização-, mas serviria como gesto de reaproximação.

A intenção declarada do governo Evo Morales com a resolução de anteontem, que estabelece o monopólio estatal do comércio interno e de exportação dos derivados de petróleo --o gás natural não entra na medida--, é diminuir o valor de venda das duas refinarias.

Fluxo de caixa

A resolução estabelece, por exemplo, que todo o pagamento de derivados como gasolina e GLP (gás natural) será feito diretamente na conta da YPFB -ou seja, a Petrobras perde o controle do fluxo financeiro da venda dos produtos das refinarias, adquiridas em 1999 por cerca de US$ 100 milhões.

Para a empresa brasileira, a perda do controle do fluxo de caixa "põe em risco a manutenção dos financiamentos já contratados pela empresa e em conseqüência a manutenção normal de suas atividades".

O texto da resolução de anteontem acusou ainda a Petrobras de superfaturar preços de produtos não-regulados, como lubrificantes. Segundo o governo, isso teria provocado "rendimentos inadequados e irracionais (...) em detrimento do consumidor interno".

O ministro de Hidrocarbonetos, Andrés Soliz Rada, disse que a Petrobras "indevidamente administrou" o preço de produtos não-regulados, como lubrificantes, gerando um lucro de ao menos US$ 320 milhões. Segundo ele, essa avaliação entrará na negociação para a compra do controle acionário das duas refinarias pela YPFB.

A Petrobras rechaça a acusação e afirma que não aceitará esse argumento para negociar a venda das refinarias. Segundo a nota, o lucro médio anual das unidades é de US$ 14 milhões. "Esses valores desvirtuam o critério de que a empresa tem 'benefícios extraordinários'."

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"Digam bye bye dinheiro!"
 
O grande problema é que quando o assunto envolve "mentiras desmentidas" é difícil saber quem está certo, sem estar vivendo isso na pele. E então, quem está certo afinal? Não se sabe, assim como o Lula não sabe de nada ;)

A única situação desse tipo onde eu sabia mais do que a maioria o que era "mais verdadeiro" era a situação da VARIG, que quase foi à falência. Justamente porque eu saí da empresa pouco antes da demissão em massa, que já se tornava clara antes da mídia ter idéia que ela aconteceria.

Sem mais, abraços
 
O grande problema é que quando o assunto envolve "mentiras desmentidas" é difícil saber quem está certo, sem estar vivendo isso na pele. E então, quem está certo afinal? Não se sabe, assim como o Lula não sabe de nada ;)

A única situação desse tipo onde eu sabia mais do que a maioria o que era "mais verdadeiro" era a situação da VARIG, que quase foi à falência. Justamente porque eu saí da empresa pouco antes da demissão em massa, que já se tornava clara antes da mídia ter idéia que ela aconteceria.

Sem mais, abraços

Hã? Acho que voce respondeu ao tópico errado e tals. :think:
 
Ah, se nós tivessemos um presidente assim na época em que a Vale foi entregue...

Os recursos naturais devem ser mantidos em posse do estado. Se há um "acordo", o estado deve ser o beneficiado. Se o estado deixar de se beneficiar em algum momento, o acordo deve ser cancelado.
 
Os recursos naturais devem ser mantidos em posse do estado. Se há um "acordo", o estado deve ser o beneficiado. Se o estado deixar de se beneficiar em algum momento, o acordo deve ser cancelado.

Concordo, o problema é que não eram só acordos, e sim contratos, reconhecidos internacionalmente. Descumpri-los é extremamente criminoso e errado. Além disso, o maior prejudicado com isso é a Bolívia, já que o Brasil consumia quase todo o produto de lá, e pagava bem por isso. Se a Bolívia deixar de vender ao Brasil, vai ser o suicídio econômico deles, já que o Brasil não depende da Bolívia, mas o contrário não é verdadeiro. Além disso, os Bolivianos não podiam tomar as usinas para eles, eles poderiam até proibir a Petrobras de extrair, se apropriar das usinas e pagarem à ela, mas isso não ocorreu. è como se você estacionasse seu carro numa vaga pertencente ao Governo com o consentimento dele, e pagando à ele para estacionar, mas de uma hora pra outra, o Governo vira e fala: "Ah, esse carro não é mas seu, é meu agora.", e pega ele sem nem te indenizar. Isso é um absurdo, e a resposta do Brasil deveria ser diferente, e não essa de bundão do Lula, aceitando o aumento, aparecendo nas primeiras páginas dos jornais Bolivianos, como se ele ter cedido tivesse sido uma vitória nacional. Sem uma resposta forte, pressão por parte do nosso Governo, embargo aos derivado de petróleo Bolivianos, pra botar pra quebrar com a economia deles que já é uma bosta, só pra assustar, e pelo menos pagar as indústrias que eles apossaram, o resto dos países da América Latina, e do mundo mesmo, vão começar a pensar que a gente não faz nada quando sacaneiam a gente, e começar a nos tratar feito gato e sapato...
 
Ah, se nós tivessemos um presidente assim na época em que a Vale foi entregue...

Os recursos naturais devem ser mantidos em posse do estado. Se há um "acordo", o estado deve ser o beneficiado. Se o estado deixar de se beneficiar em algum momento, o acordo deve ser cancelado.

Acordo é diferente de contrato. Se há um contrato, e há, este deve ser cumprido integralmente, que é o que vai acabar acontecendo quando o Brasil for recorrer ao Banco Mundial (isto é, se o mongol do nosso presidente decidir fazer alguma coisa).
 
esse eh um fato mais delicado do q vcs estao achando.... eles podem sim pegar as usinas... desde q o estado tenha provas de q os brasileiros estao superfaturando, gerenciando mau ou tomando açoes q visam nfraquecer o estado deles eles podem sim.....


as riquesas naturais de um pais nao deveriam ser jamais vendidas.. sua exploraçao deveria ser sancionada e controlada.... principalmente em um setor tao estrategico quanto energia

nao eh facil pensar nessas coias pq eh muto facil nos poe em posiçao de "traidos" mas quadnoi perdemos a vele... queriamos ter tido um governante maluco como esse cara.....



eh isso ai um indio rindo da cara do alejado.....
 
É nessas horas que eu entendo os USA. É nojento assumir que meu desejo era por o exécito na parada e forçar o índio loco a voltar atrás. Mas como isso seria baixo e irracional o negócio é o Brasil fazer pressão. Muita pressão. Política e econômica. Afinal na américa latina não tem tantos países com chance de absorver os produtos Bolivianos. Somos nós, Argentina e o Chile. O resto é resto.
 
O Cristóvão Buarque comentou algo que é interessante: uma coisa é a relação Brasil e Bolívia, outra coisa é a relação Petrobrás e Bolívia.

A relação entre Bolívia e Petrobrás é uma relação comercial, que deverá ser interpelada nos órgãos competentes.

Já a relação Brasil e Bolívia, é uma relação diplomática, que nessa situação da Petrobrás poderá ajudar nas negociações e talz, mas, de qualquer forma, deve assumir uma posição firme no caso.
 
Cá pra nós, ele não falou nada que ninguém já saiba, né não? :rofl:

Até a Dilma eu escutei falando isso já
 
Se já é algo que todo mundo sabia, significa que não podemos esperar uma posição mais do que diplomática do governo. Acho que está muito brando, é verdade, mas não dá para esperar que se ponha o exército lá.

E isso é culpa do Chavez, o novo chefão da América do Sul.
 
Se já é algo que todo mundo sabia, significa que não podemos esperar uma posição mais do que diplomática do governo. Acho que está muito brando, é verdade, mas não dá para esperar que se ponha o exército lá.

E isso é culpa do Chavez, o novo chefão da América do Sul.

Não creio que seja culpa do Chavez. Tá mais prum acanhamento brasileiro. Uma timidez em defender seus interesses.
Acredito que a tendência é o Brasil perder a pouca responsabilidade que já tem lá fora. Este episódio é perigoso por ter a chance de abrir um precedente.
"A Bolivia deu um calote na empresa brasileira e ficou por isso mesmo. Por que nós não faríamos o mesmo".
Isso é preocupante.
 
Ah, olha só o ministro bocão de Hidrocarbonetos renunciou por causa da pressão do Brasil.

Olha a boca do fdp:

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Ele poderia fazer figuração nas Noites do Terror do Playcenter agora.
 
Isso era algo previsível por todo mundo, é extremamente estranho o governo dizer que foi pego de surpresa. Pelo menos não houve todo aquele circo de exército e discurso como antes. Todo mês aparece uma noticia nesse estilo e assim, cada vez mais a teórica integração sul americana vai para o espaço.
 

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