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Blade Runner - O Caçador De Andróides (Blade Runner, 1982)

Sua nota para o filme:


  • Total de votantes
    42
Acho o filme muito bom, apesar das remontagens que já teve, acho que deve estar na 6 edição do mesmo filme rs rs eles refizeram o filme varias vezes, acho impressionante, pra mim é 10, agora alguém já leu o Livro "Do Androids Dream of Electric Sheep?" do Phillip K. Dick que é onde eles se basearam para fazer o filme tenho o maior interesse mas não li deve ser bom também.


Um Abraço.
 
A nova versão é uma versão do diretor aperfeiçoada, esperem apenas mudanças sutis:

- Efeitos especiais retocados (nada chamativo), tipo apagar os cabos que sustentavam os carros voadores ou adicionar mais veículos voando ao fundo.
- Tomadas editadas originalmente para ter a narração em off da versão de 1982 foram encurtadas.
-Sincronia labial da conversa de Deckard com o mercador de cobras foi corrigida.
- A incrivelmente falsa dublê de Zhora no momento em que atravessava os vidros foi substituída digitalmente pela atriz original, que refez tudo em estúdio.
- A cena das gaivotas voando num céu claro foi corrigida para um céu escuro e nublado, condizente com a continuidade do final do filme.
- O diálogo em que Bryant falava dos replicantes mortos foi trocada por outro take, adicionando outro replicante morto durante a invasão à Tyrell Corporation. Antes ficava um furo pois havia um replicante que havia chegado à Terra mas não era mais citado.
- Poucas cenas adicionais: alguns diálogos estendidos, inclusão das cenas de violência que só entraram na versão de cinema européia, cena do unicórnio ligeiramente maior e um take a mais da boate onde trabalhava Zhora mostrando umas dançarinas de peito de fora usando máscaras de hóquei.
- Imagem totalmente restaurada e som refeito em Dolby 5.1 ou algo assim.

Acabei de ver essa versão em Blue Ray, e realmente ficou muuuuuuuuito bom, melhor do q eu esperava. Não sei se dá p/ dizer q os efeitos especiais foram retocados de forma sutil, pq em determinadas partes ficou tão bom p/ época q vc jura q é CG.
 
Pode conter Spoilers...

A máquina transformando-se em algo mais humano que o próprio homem, além de outras particularidades ligadas ao aprendizado dentro do contexto de atitudes deploráveis do seu criador, um ser que dominava brilhantemente a ciência e tecnologia mas ao mesmo tempo vivia alienado de suas qualidades que, teoricamente, o diferenciava dos próprios andróides. Síntese visionária de Philip Kindred Dick, " Blade Runner" foi algo que, em termos adaptativos, nunca foi igualado no cinema. A partir de uma adaptação bem livre e não tanto prendida a detalhes característicos do livro, temos uma prova que faz cair por terra a idéia de que os diálogos intrincados e/ ou filosóficos valem mais do que o conceito da imagem e do poder da interpretação. Muitas vezes (e não foram poucas), li comentários que defendiam a idéia de que livro é sempre superior ao cinema. Mas o que realmente não dá para entender é o fato das pessoas não conceberem algumas adaptações para o cinema , com suas particularidades, como uma arte tão válida quanto a obra literária. O poder do audiovisual, para mim, é capaz de transcender a imaginação tanto quanto o livro é capaz. O poder imersivo de ambos os veículos, para mim, exerce o mesmo impacto. Além do que, o subjetivismo do diretor ao incluir o que ele achava necessário e relevante, trabalhando no sentido de respeitar a idéia central do livro, resultou num êxito reflexivo incontestável, sob uma caracterização perfeita da degradação humana. Concentrou todo o esforço no que era o ponto mais forte do livro, deixando de ocupar-se com a diversidade de situações ( o que poderia diluir a força conceitual da adaptação).Algumas pessoas falaram da ausência de algumas informações importantes (como o fato da maioria dos animais estarem quase que praticamente extintos naquela época). Mas esse detalhe tbm está no filme, de forma mais sutil, é verdade (quando Deckard pergunta para a dançarina Replicante se a cobra era de verdade, ou no caso da coruja de Rachel).

Não basta literalmente transportar todas as informações importantes do livro, pois não há viabilidade e compatibilidade com o formato do cinema.. Em vez disso, trabalhar no sentido de enfatizar o psicológico dos personagens principais e fazê-los funcionar numa atmosfera que transmita exatamente a mesma sensação que o livro transmite. Para mim, todas as outras questões são desnecessárias para a pessoa envolver-se; e dessa experiência acrescentar algo em benefício próprio. Geralmente as imagens têm o poder de passar uma exata sensação e mensagem em questão de segundos, enquanto que num livro, precisamos ler todo um capítulo para podermos realmente sentir e perceber a mesma coisa. Sem contar que, dependendo da pessoa, as emoções são testadas mais facilmente através de um filme do que através de um livro. Há vários recursos, artimanhas que o cinema possui que nunca deixam de ser uma grande qualidade no sentido de fazer a pessoa ter um envolvimento completo com o mundo retratado. A diferença é que a experiência que temos com o livro é prolongada, enquanto que a experiência através de um filme pode ser mais intensa mas ao mesmo tempo mais efêmera, precisando de revisadas constantes.

O momento insuperável da Sci-Fi, mais do que o aspecto visual ou teórico, é a frase de Roy Batty:


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Última edição:
Um dos meus filmes favoritos. Quando eu vi a primeira vez fiquei com uma sensação de ter sido virada do aveso.

Trilha fantástica, história fantástica, narração incrível. Já vi umas tres versões e meu livro chegou hoje :)
 
Concordo plenamente com o Roy.

O momento insuperável da Sci-Fi, mais do que o aspecto visual ou teórico, é a frase de Roy Batty:

este filme foi e continua sendo um dos melhores.

Lembro que saiu na época do lançamento (aiii) um comentário sobre um aspecto deste filme : da criatura querer matar seu criador. Alguem leu a respeito?
 
Nossa!!! 8-O

Alguém aqui já experimentou o jogo do Blade Runner? Surpreendente! É antigo (1997), mas tem um enredo maravilhoso! Um clássico perdido! Tem uma das melhores atmosferas que já vi! Aliás, é como se fosse uma extensão do filme, embora os personagens sejam outros!

O melhor é que o jogo não é linear!!!! Nunca a cada vez que o jogamos as situações serão as mesmas...o que é um enorme ponto a favor! Além disso, os atores Sean Young, Joe Turkel, William Sanderson emprestam suas vozes aos personagens do jogo!!! Bem que Rutger Hauer, Daryl Hannah e Ford tbm poderiam emprestar suas vozes! =)

Eu estava jogando só para experimentar e acho que vou ser obrigado a comprar esse jogo! 8-O

Deem uma olhada:

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blade_run-02.jpg


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Aqui tem uma matéria sobre o jogo: http://misterape.pop.com.br/pc/previews/1758/

Edit**

Vi agora num site que o jogo foi considerado o melhor daquele ano para PC! O que o torna realmente fodástico!!! Preciso tê-lo!

Edit II ***

O jogo tem 12 finais diferentes!!!!!! 8-O

Edit III ****

Sem dúvida, um dos jogos mais imersivos que já joguei...tem até a trilha do Vangelis no jogo! Sem contar que dá pra fazer o teste Voight Kampff nos transeuntes!!! PQP! :amem:


Concordo plenamente com o Roy.


este filme foi e continua sendo um dos melhores.

Lembro que saiu na época do lançamento (aiii) um comentário sobre um aspecto deste filme : da criatura querer matar seu criador. Alguem leu a respeito?
Na verdade, é uma grande ironia....aquilo que o homem criou em proveito de si próprio, passou a ser a esperança de um desejo esquecido, de um mundo livre de vícios nefastos e degenerativos. Repare no contraste de todo o complexo tecnológico e as buscas individuais de seres humanos que não dão frutos e parecem a síntese daquilo que encontraríamos teoricamente numa máquina! Não há sonhos no mundo retratado em Blade Runner...há apenas um hedonismo destituído de outras considerações maiores...pois é tudo uma distopia, um caos, pelo fato de haver vários interesses que se colidem e que anulam todo e qualquer entendimento coletivo, necessário para encontrar a harmonia, a tão almejada vida quista pelos Replicantes!

O homem do mundo retratado em Blade Runner , apesar de possuir sentimentos , estes estão esquecidos, adormecidos, silenciados por décadas de vislumbre de ocupações supérfluas que minam a preocupação com o próximo, exatamente como está ocorrendo atualmente: pessoas estão se fechando cada vez mais em seus mundos individualistas, deixando de interagir fisicamente, palatavelmente , preferindo passar boa parte do dia entretido com diversas parafernálias ocas de significado, embora bem atraentes e aparentemente úteis, mas que, no fundo, prejudicam o desenvolvimento psicológico e social da pessoa.


Imagine o que aconteceria se a maioria das pessoas sofresse de patologias consideradas nocivas dentro daquilo que sensatamente entendemos como saudável: o resultado pode muito bem ser símile àquilo que é retratado no filme. É uma profecia, de qualquer maneira, que ocorre em naturezas iluminadas, geniais, sensíveis, como a de Philip K. Dick e tbm, por que não, de Ridley Scott! Claro que o filme não segue o livro, optando por caminhos diferentes, mas o espírito é exatamente o mesmo. O sentido da crítica à falta de crítica do próprio homem.

É muito mais do que uma simples questão da máquina rebelar-se contra o criador, como se fosse uma mera narrativa cheia de atrativos destituidos de propósitos que não a pura diversão ou distração artística. O homem com sua inesgotável e incontrolável vontade de superar todos os limites possíveis, mesmo que, para isso, tenha de ignorar o coletivo e o próprio espaço em que vive. Blade Runner critica ferrenhamente o individualismo, sendo que todas as consequências que podemos notar no filme, como caos urbano, alteração do clima causado pelas massivas emissões de gases tóxicos, ridicularização de todo e qualquer valor considerado arcaico por uma geração tecnocrata, etc, emolduram a atmosfera dentro da qual nos é incutida uma reflexão aguda e devastadora sobre o que é a vida, o que significa estar vivo. O homem precisaria aprender consigo mesmo indiretamente, através da sua criatura, pois já não conseguiria sair de um vício devastador e subestimado por si mesmo, tendo em vista que o próprio homem é doente, e o mundo de Blade Runner é um mundo da escória da humanidade.

Aonde quer que o homem vá, sempre levará consigo esse poder auto-destrutivo disfarçado de progresso. Não há progresso maior do que viver e ser livre. Não deixa de ser uma mensagem que ecoa como um sussurro, fazendo-nos crer que, apesar do que é exposto e esmiuçado sobre a natureza mediocre de seres humanos que involuem , tudo depende do quanto nós somos capazes de enxergar os nossos limites, o nosso poder auto-destrutivo e, tbm, a necessidade de encontrar no próximo um alicerce no qual todos temos de nos agarrar, para que não enlouqueçamos num mundo alienado, insular
 

Anexos

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Última edição:
Parece um game interessante mesmo.

Mas foi considerado o melhor game para PC onde? Porque foi um ano relativamente interessante para o PC com Fallout, Dungeon Keeper e Age of Empires.
 
Fernanda disse:
Um dos meus filmes favoritos. Quando eu vi a primeira vez fiquei com uma sensação de ter sido virada do aveso.

Trilha fantástica, história fantástica, narração incrível. Já vi umas tres versões e meu livro chegou hoje

Concordo plenamente quanto à profundidade filosófica da história mas... trilha fantástica?

A trilha sonora desse filme dá sono! Mesmo nos momentos mais emocionantes tudo o que aparece são aquelas musiquinhas lentas estragando metade da tensão. Se fizessem esse filme com outra trilha melhoraria 100 %.
 
Bom eu acho um filme espetacular... a primeira vez que eu vi, me deu uma sensação estranha... não que eu não tenha gostado, mas sei lá, achei tudo muito no ar, e nada de tão especial...

Mas com o tempo isso foi mudando... é um daqueles filmes que te marcam! Todo o clima dele, a atmosfera, te envolve... Foi o primeiro filme de visão apocalíptica que eu vi, com esses cenários que o V descreveu aí em cima.

Faz tempo que eu não revejo, mas com certeza está entre os maiores filmes de todos os tempos!!!!! :clap:

Eu achei esse filme muito bom,para época foi um feito e tanto!!!
 
nota 10.

e melhor que matrix sim.

o mais foda pra mim é o conceito artistico driado pelo Moebius, que por sinal sou fã.
 
dei 8

gostei do filme, de toda a ambientação e do mundo futurista criado...

mas não chega a 10... poucos chegam XD
 
Post original de Sentinela: Concordo plenamente quanto à profundidade filosófica da história mas... trilha fantástica?

A trilha sonora desse filme dá sono! Mesmo nos momentos mais emocionantes tudo o que aparece são aquelas musiquinhas lentas estragando metade da tensão. Se fizessem esse filme com outra trilha melhoraria 100 %.

Herege, a trilha sonora de Blade Runner é fantástica, se bem que isso é questão de gosto...
 
Sem dúvida apreciar ou não a trilha sonora é questão de gosto, eu adoro e acho que combina demais com o climão do filme.


Falcão Branco, sua letra branca e meu padrão claro não estão dando certo :(
Tenho de ficar marcando o texto para ler.
 
vangelis compos mais que uma trilha, uma sonoridade que se vc pegar o clima, o contexto e o universo futurista, verá que esta perfeita...

cenas na chuva, cenario, figurino, produção, musica, tudo voltado para uma roupagem opressiva ciberpunk...

classico caso de trilha com proposito, como objeto de cena. dentro do contexto, perfeita( e pessoalmente, fora dele tambem)
 
"Finally someone let me outta my cage..."

A trilha sonora de Blade Runner composta pelo Vangelis é perfeita e falar o contrário é uma heresia!

Falando sério, qualquer um que se considere uma pessoa inteligente deve assisitir Blade Runner e prestar atenção nas mensagens (essas sim) implicitas que tratam de argumentos filosóficos extremamente pertinentes para nossa sociedade atual.
Só pra ter uma idéia, eu sou a favor de banir o Will Smith dos filmes de ficção científica, depois que eu assistí suas duas "obras-primas" de atuação: Eu, Robô (2004) e Eu sou a Lenda (2007). Tudo bem, não podemos culpar uma pessoa só nesse caso, mas pelo amor de Deus, o que foi aquilo???????? Sabe que deviam recolher todas as cópias das lojas e video locadoras, incinerá-las e depois neuralizar (com aquela canetinha que apaga a memória da pessoa) todo mundo que assistiu esses filmes.

Bem, mas o que está feito está feito, e é por causa de desastres como estes que Blade Runner e outros clássicos são tão estimados por amantes de ficção científica. É um tapa na cara desses produtores filhos-da-mãe que nem com toda a tecnologia de efeitos especiais disponíveis atualmente conseguem se aproximar de um clássico feito à base de paixão pela arte e MS-DOS.

Mas isso mostra como são as coisas! Pense bem, já pensou um Blade Runner com Will Smith :blah:: dá até pra imaginar ele falando pro Roy Batty na luta final : "Ae ô do shortinho, se prepara que eu vou chutar essa sua bunda replicante até o final da ponte do Brooklin!" e depois que o Roy terminasse de falar sua célebre frase antes de morrer o Will Smith taca lá um: "É esse aí levou a pior! Bom, depois dessa eu relaxar no meu sofá, tomando uma cervejinha e assistindo os Lakers porque eu tô moído" É claro, não podemos esquecer que como parte do projeto ele mesmo iria cantar a trilha sonora (Wha, wha, what, e-heeeeee!)

Uhhhhhhhh!!! Me deu até calafrio agora! Imaginar nisso é quase um sacrilégio!
 

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