Black Hole é a celebração "gore" das derrotas objetivas de toda uma geração.
Através de um vírus que se espalha rapidamente pelos jovens em uma cidadezinha do interior norte-americano através do contato sexual, causando mutações bizarras em seus portadores, Charles Burns configura o cotidiano melancólico e cinzento da geração pós flower-power, destituída de objetivos e imersa nas drogas psicodélicas e em alucinações.
Black Hole é calcaldo no cinema B, nos exploitations regados a sci-fi vagabundo que tomavam conta das sessões de cinema da época. Os elementos "gore" e seu traço em preto e branco, desapegado de detalhes, tenta mascarar a tensão presente em cada quadro da obra muita vezes incômoda e abjeta, repleta de dejetos do quotidiano, neuroses e conformismo.
Através de um vírus que se espalha rapidamente pelos jovens em uma cidadezinha do interior norte-americano através do contato sexual, causando mutações bizarras em seus portadores, Charles Burns configura o cotidiano melancólico e cinzento da geração pós flower-power, destituída de objetivos e imersa nas drogas psicodélicas e em alucinações.
Black Hole é calcaldo no cinema B, nos exploitations regados a sci-fi vagabundo que tomavam conta das sessões de cinema da época. Os elementos "gore" e seu traço em preto e branco, desapegado de detalhes, tenta mascarar a tensão presente em cada quadro da obra muita vezes incômoda e abjeta, repleta de dejetos do quotidiano, neuroses e conformismo.