rsrs...lendo novamente a A Sociedade do Anel, prestei mais atenção na canção que Frodo entoou no Pônei Saltitante, feita por Bilbo e claro muito apreciada por ele, mais parece uma canção bem brega.
Mas reparando melhor não se parece com uma fábula a letra da canção?
Como o gato alcoólatra que toca violino, a vaca se sentindo como rainha, cão que ri...ou seria apenas alucinação de um bêbado? E o bêbado seria o próprio Bilbo, o Homem da Lua quando compôs? No fim de uma festa? Mas porque encheu a cara tinha alguma amargura no momento da composição? Ou só momento de alegria?
Canção:
Existe um lugar, alegre e antigo,
ao pé da colina rara;
Lá tem cerveja tão escura
Que o Homem da Lua veio à procura
uma noite e enncheu a cara.
O dono tem um gato alcoólatra
que sabe tocar violino;
Sobe e desce o arco suave,
Em cima agudo, embaixo grave,
no meio serrote fino.
O dono tem um vira-lata
que adora ouvir piadas;
Quando o povo está animado,
Empina a orelha concentrado
e ri a bandeiras despregadas.
Tem também vaca chifruda
orgulhosa como rainha;
Ela gosta de música à beça,
Rebola o rabo e arremessa
dançando solta sozinha.
Ai! os lindos pratos de prata
e os talheres em quantidade!
Há aos domingos um par convidado,
E tudo é polido e cuidado
ao sábado pela tarde.
O Homem da Lua vai bebendo,
o gato toca com bossa;
Prato e garfo dançam na hora,
Rebola a vaca lá fora,
e o vira-lata o rabo coça.
O Homem da Lua pede mais uma,
sob a mesa depois cai;
Dorme e sonha com mais cerveja,
Vai-se a noite benfazeja
e a aurora chegando vai.
Diz o dono ao gato alto:
- Os cavalos brancos da Lua
Rinchando mordem o freio;
Mas seu dono dorme feio
e o sol já se insinua.
O gato então de novo ataca
num som de acordar finado:
Vai serrando enquanto pode
E o dono o Homem sacode:
- São mais de três - diz o coitado.
O homem levam para a colina
e o enrolam na própria Lua,
Os cavalos atrás galopando,
Qual veado a vaca saltando,
e um prato pula pra rua.
Mais depressa toca o violino;
o vira-lata põe-se a ladrar,
Cavalo e vaca de bananeira;
Querer dormir é brincadeira:
todos voltam a dançar.
Pingue! Pongue! as cordas se partem!
a vaca pula pra Lua,
O vira-lata põe-se a rir,
Um prato ameaça fugir
com colher que não é sua.
A Lua redonda foi embora,
e o sol que agora vai surgir
Não acredita no que vê,
Porque, apesar do amanhecer,
agora todos vão dormir.
PÁG.: 163, 164 e 165 - A Sociedade do Anel - No Pônei Saltitante
Editora Martins Fontes.
Edit.: Ilustração

Mas reparando melhor não se parece com uma fábula a letra da canção?
Como o gato alcoólatra que toca violino, a vaca se sentindo como rainha, cão que ri...ou seria apenas alucinação de um bêbado? E o bêbado seria o próprio Bilbo, o Homem da Lua quando compôs? No fim de uma festa? Mas porque encheu a cara tinha alguma amargura no momento da composição? Ou só momento de alegria?
Canção:
Existe um lugar, alegre e antigo,
ao pé da colina rara;
Lá tem cerveja tão escura
Que o Homem da Lua veio à procura
uma noite e enncheu a cara.
O dono tem um gato alcoólatra
que sabe tocar violino;
Sobe e desce o arco suave,
Em cima agudo, embaixo grave,
no meio serrote fino.
O dono tem um vira-lata
que adora ouvir piadas;
Quando o povo está animado,
Empina a orelha concentrado
e ri a bandeiras despregadas.
Tem também vaca chifruda
orgulhosa como rainha;
Ela gosta de música à beça,
Rebola o rabo e arremessa
dançando solta sozinha.
Ai! os lindos pratos de prata
e os talheres em quantidade!
Há aos domingos um par convidado,
E tudo é polido e cuidado
ao sábado pela tarde.
O Homem da Lua vai bebendo,
o gato toca com bossa;
Prato e garfo dançam na hora,
Rebola a vaca lá fora,
e o vira-lata o rabo coça.
O Homem da Lua pede mais uma,
sob a mesa depois cai;
Dorme e sonha com mais cerveja,
Vai-se a noite benfazeja
e a aurora chegando vai.
Diz o dono ao gato alto:
- Os cavalos brancos da Lua
Rinchando mordem o freio;
Mas seu dono dorme feio
e o sol já se insinua.
O gato então de novo ataca
num som de acordar finado:
Vai serrando enquanto pode
E o dono o Homem sacode:
- São mais de três - diz o coitado.
O homem levam para a colina
e o enrolam na própria Lua,
Os cavalos atrás galopando,
Qual veado a vaca saltando,
e um prato pula pra rua.
Mais depressa toca o violino;
o vira-lata põe-se a ladrar,
Cavalo e vaca de bananeira;
Querer dormir é brincadeira:
todos voltam a dançar.
Pingue! Pongue! as cordas se partem!
a vaca pula pra Lua,
O vira-lata põe-se a rir,
Um prato ameaça fugir
com colher que não é sua.
A Lua redonda foi embora,
e o sol que agora vai surgir
Não acredita no que vê,
Porque, apesar do amanhecer,
agora todos vão dormir.
PÁG.: 163, 164 e 165 - A Sociedade do Anel - No Pônei Saltitante
Editora Martins Fontes.
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