Ana Lovejoy
Administrador
Não achei nenhum tópico discutindo o assunto por aqui então resolvi abrir porque é um assunto que merece ser debatido. Vou copiar uma parte do post do blog do Skywalker para quem está por fora:
Eu queria aqui a opinião de vocês sobre isso. Porque eu já vi gente que defende a lei nova e pessoas que acharam que a lei é imbecil. O argumento de quem aprova é que não tem essa de um pouco ou muito álcool no sangue, a bebida afeta a coordenação do motorista então quem bebe realmente não deve dirigir.
O argumento de quem acha a lei imbecil, é de que quem sabe beber vai perder "a diversão" por causa de alguns que não sabem beber, e que a lei não afetará quem não sabe. Também questionam questões como a liberdade do cidadão, além da constitucionalidade da lei.
O que eu acompanhei de notícias desde que a lei passou a valer é que só para variar, há uma diferença enorme entre a intenção e a ação. Para começar, o problema óbvio: só em São Paulo, são 6 milhões de veículos e apenas 15 bafômetros. Como a polícia poderá controlar essa questão?
E na onda do argumento do pessoal que é contra a lei, o final de semana veio cheio de casos de acidentes envolvendo pessoas bêbadas, ou seja, não é a lei que fará com que os que enchem a cara e depois saem para dirigir evitem fazer isso (notícia sobre isso aqui).
Para piorar, parece que a própria polícia não está preparada ou atualizada sobre a tal da lei. Nesse final de semana um motorista embriagado atropelou três homens em um posto de gasolina (matando um deles), e após pagar fiança de mil reais saiu tranqüilinho, sem sequer ter a carteira apreendida (como prevê a nova lei).
Passando os fatos, agora minha opinião: eu já ouvi falar de diversos estudos que compravam que quantidades mínimas de álcool no sangue já afetam o indivíduo - mas não tenho aqui qualquer dado atual, então ficaria feliz se alguém pudesse colaborar aqui colocando dados e fontes sobre o assunto. Há dois anos atrás, meu cunhado morreu em um acidente de carro e tinha bebido, segundo os amigos, só dois copos de cerveja. O que nunca saberemos é se teria sido diferente se ele não tivesse bebido NADA.
Então a lei não serviria só para nos proteger de bêbados irresponsáveis, mas de para nos proteger de nós mesmos. Eu sou uma que costuma encher a cara e achar que está "normal", independente dos outros dizerem que estou obviamente bêbada. E é justamente o achar que está "normal" que é o problema.
Não acho que seja um sacrifício horrendo fazer um esquema de rodízio com amigos, parceiros e afins - como já é frequentemente sugerido em campanhas contra acidentes envolvendo motoristas embriagados. Para quem não pode entrar no esquema do rodízio e quer enfiar o pé na jaca mesmo assim, pega busão, táxi, volta à pé. A despesa que se tem com combustível e estacionamento provavelmente já cobrem o dinheiro do táxi.
Eu sei que é um saco. Mas o principal de sair não é encher a cara, mas se divertir com as pessoas. Você não precisa de uma gota de álcool para isso. No final das contas, é aquela coisa: se as pessoas tivessem noção do que é viver em sociedade (meus atos influenciam a vida dos outros, por menores e mais irrelevantes que pareçam), não precisaríamos de leis como essas.
Mas fazer o quê? As pessoas ainda sequer compreenderam o risco de falar ao celular enquanto estão dirigindo, o que dirá de abrir mão de umas biritinhas para voltar com segurança para casa (e permitir que outros voltem seguros)...
Essa lei é a polêmica Lei Seca, a lei de tolerância zero em relação ao cidadão que dirigir sob influência de bebida alcoólica. Antigamente havia um limite de concentração de álcool no sangue para ser caracterizada a infração. Com essa lei, qualquer concentração de álcool, por menor que seja, já é suficiente.
As penalidades pra isso são: multa de quase R$ 1.000,00, suspensão do direito de dirigir por um ano, recolhimento do documento de habilitação e retenção do automóvel até que um condutor habilitado se apresente.
Eu queria aqui a opinião de vocês sobre isso. Porque eu já vi gente que defende a lei nova e pessoas que acharam que a lei é imbecil. O argumento de quem aprova é que não tem essa de um pouco ou muito álcool no sangue, a bebida afeta a coordenação do motorista então quem bebe realmente não deve dirigir.
O argumento de quem acha a lei imbecil, é de que quem sabe beber vai perder "a diversão" por causa de alguns que não sabem beber, e que a lei não afetará quem não sabe. Também questionam questões como a liberdade do cidadão, além da constitucionalidade da lei.
O que eu acompanhei de notícias desde que a lei passou a valer é que só para variar, há uma diferença enorme entre a intenção e a ação. Para começar, o problema óbvio: só em São Paulo, são 6 milhões de veículos e apenas 15 bafômetros. Como a polícia poderá controlar essa questão?
E na onda do argumento do pessoal que é contra a lei, o final de semana veio cheio de casos de acidentes envolvendo pessoas bêbadas, ou seja, não é a lei que fará com que os que enchem a cara e depois saem para dirigir evitem fazer isso (notícia sobre isso aqui).
Para piorar, parece que a própria polícia não está preparada ou atualizada sobre a tal da lei. Nesse final de semana um motorista embriagado atropelou três homens em um posto de gasolina (matando um deles), e após pagar fiança de mil reais saiu tranqüilinho, sem sequer ter a carteira apreendida (como prevê a nova lei).
Passando os fatos, agora minha opinião: eu já ouvi falar de diversos estudos que compravam que quantidades mínimas de álcool no sangue já afetam o indivíduo - mas não tenho aqui qualquer dado atual, então ficaria feliz se alguém pudesse colaborar aqui colocando dados e fontes sobre o assunto. Há dois anos atrás, meu cunhado morreu em um acidente de carro e tinha bebido, segundo os amigos, só dois copos de cerveja. O que nunca saberemos é se teria sido diferente se ele não tivesse bebido NADA.
Então a lei não serviria só para nos proteger de bêbados irresponsáveis, mas de para nos proteger de nós mesmos. Eu sou uma que costuma encher a cara e achar que está "normal", independente dos outros dizerem que estou obviamente bêbada. E é justamente o achar que está "normal" que é o problema.
Não acho que seja um sacrifício horrendo fazer um esquema de rodízio com amigos, parceiros e afins - como já é frequentemente sugerido em campanhas contra acidentes envolvendo motoristas embriagados. Para quem não pode entrar no esquema do rodízio e quer enfiar o pé na jaca mesmo assim, pega busão, táxi, volta à pé. A despesa que se tem com combustível e estacionamento provavelmente já cobrem o dinheiro do táxi.
Eu sei que é um saco. Mas o principal de sair não é encher a cara, mas se divertir com as pessoas. Você não precisa de uma gota de álcool para isso. No final das contas, é aquela coisa: se as pessoas tivessem noção do que é viver em sociedade (meus atos influenciam a vida dos outros, por menores e mais irrelevantes que pareçam), não precisaríamos de leis como essas.
Mas fazer o quê? As pessoas ainda sequer compreenderam o risco de falar ao celular enquanto estão dirigindo, o que dirá de abrir mão de umas biritinhas para voltar com segurança para casa (e permitir que outros voltem seguros)...