Irineu Magalhães
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As vozes que ouço me soam estranhas, não entendo, nada entendo, me afasto de mim, os estranhos tentam me dominar, às vezes por quase um segundo me deixo, me entrego, mas as janelas dos códigos que nada falam me ergue dos destroços, me ergue, quais códigos? Indecifráveis, como o tempo. O tempo e a dureza malévola que se mostrará inevitável e cruel.
Nada me disseram, talvez se soubesse entender viria preparado, traria talvez... fósforo e alguma água, talvez se tivessem dito viria calçado as botinas da verdade, talvez não teria ajoelhado e pedido perdão pelo um crime que não cometi, me forçaram a ajoelhar, a talvez verter lágrimas forçadas, sei que mais tarde você virá, e soará novos ou talvez os mesmos ruídos que faz arrepiar, amanha tudo me parecerá belo, mas o medo das vozes me angustiará.
Qual é o caminho que devo seguir? Para onde estou indo? Nada me disseram que teria que matar todo dia para sobreviver, que teria que menti, ainda lembro-me do fogo que deveria ter trazido comigo, talvez um pedaço de pão mofado, e um pouco de água, sim, seria suficiente, mas o que não escuto, me diz justamente o contrário, o pouco não é nada, preciso de muito, muitíssimo.
Por que não me disseram que teria que ser campeão todos os dias? Por que não me disseram que a perfeição teria que ser minha companheira eterna?
Talvez não viesse, ou quem sabe... me preparasse melhor, mas a verdade é que não viria. A tua companhia é solitária e perversa, me diz coisas que não quero ouvir.
Autor Irineu Magalhães
Nada me disseram, talvez se soubesse entender viria preparado, traria talvez... fósforo e alguma água, talvez se tivessem dito viria calçado as botinas da verdade, talvez não teria ajoelhado e pedido perdão pelo um crime que não cometi, me forçaram a ajoelhar, a talvez verter lágrimas forçadas, sei que mais tarde você virá, e soará novos ou talvez os mesmos ruídos que faz arrepiar, amanha tudo me parecerá belo, mas o medo das vozes me angustiará.
Qual é o caminho que devo seguir? Para onde estou indo? Nada me disseram que teria que matar todo dia para sobreviver, que teria que menti, ainda lembro-me do fogo que deveria ter trazido comigo, talvez um pedaço de pão mofado, e um pouco de água, sim, seria suficiente, mas o que não escuto, me diz justamente o contrário, o pouco não é nada, preciso de muito, muitíssimo.
Por que não me disseram que teria que ser campeão todos os dias? Por que não me disseram que a perfeição teria que ser minha companheira eterna?
Talvez não viesse, ou quem sabe... me preparasse melhor, mas a verdade é que não viria. A tua companhia é solitária e perversa, me diz coisas que não quero ouvir.
Autor Irineu Magalhães