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Bartleby, o escriturário - Herman Melville

Anica disse:
poisé, acho que é o que o Tatarana disse: não tem jeito de abrir sem danificar. tentei até marcar a lateral com as unhas para facilitar na hora de abrir (sabe, como faz para cortar papel qdo não tem tesoura?) mas o papel mesmo é diferente, e não rasga direitinho. eu acho que se você tiver acesso a uma guilhotina é uma boa, porque pelo menos fica tudo igual.

A guilhotina pode ser uma boa, mas, se a capa da brochura for maior do que o miolo, não tem como cortar o livro sem retirá-la.

Um colecionador diria que a melhor solução é deixar o livro fechado. Até valoriza mais o exemplar. Ler para quê? :rofl:
 
o livro é fininho, dá para cortar com a guilhotina sem problema. mas só no caso do bartleby mesmo. não sei se a cosac chegou a lançar mais com essa ideia, mas se fez (e com livro grande) wtf, eles são uns sádicos ><
 
Eu tô vendo que vou abrir que nem um jagunço, ler, vender pra sebo por um preço maldito (porque livro meu tem que estar bem certo) e comprar a edição da L&PM.
 
Shiryu disse:
Eu tô vendo que vou abrir que nem um jagunço, ler, vender pra sebo por um preço maldito (porque livro meu tem que estar bem certo) e comprar a edição da L&PM.

Se estivéssemos na mesma cidade, te comprava a edição da L&PM e trocava pela sua na hora. E acho que não estaria fazendo mau negócio.
 
Tatarana disse:
Shiryu disse:
Eu tô vendo que vou abrir que nem um jagunço, ler, vender pra sebo por um preço maldito (porque livro meu tem que estar bem certo) e comprar a edição da L&PM.

Se estivéssemos na mesma cidade, te comprava a edição da L&PM e trocava pela sua na hora. E acho que não estaria fazendo mau negócio.

Na verdade, eu nem ia comprar a edição da Cosac Naify, mas quando vi o preço na Saraiva R$10,43, daí nem pensei muito.
 
Comprei a edição da Cosac e acabei de ler o livro. É uma novela bem curta e interessante. Dá para ler em uma sentada.

A edição com as páginas todas "emparedadas" é bem curiosa. Ao final, a tarefa monótona de abrir as páginas, enquanto se vai lendo, reflete muito das tarefas burocráticas e repetitivas que os personagens são obrigados a desenvolver.
 
Li Bartleby recentemente na edição de cássicos de bolsillo da Longseller (em espanhol). A história é simpática e uma vez iniciada a leitura, acho difícil parar devido à curiosidade sobre o que acontecerá com aquele empregado que teima em não cumprir suas funções, contrariando toda a lógica de Wall Street. Me impressionou particularmente a seguinte frase: "Concebid un hombre por naturaleza y por desventura propenso a la más pálida desesperacioón: (....) A veces, de entre los dobleces de un papel, el pálido empleado extrae un anillo: el dedo al que estaba destinado quizás se deshace nen la tumba". Minha dúvida é qual seria sua interpretação ? Bartleby de fato existe ou foi concebido pelo narrador como seu duplo?
 
Talvez em português, tenha um sentido diferente, porque não consegui extrair desse trecho do conto a possibilidade de que Bartleby fosse uma invenção do narrador. É certo que se trata de um narrador não confiável, mas não chegaria a tanto, na minha opinião.
 
De fato posso ter ido longe demais. O que me sugeriu isso foi o fato de que Bartebly não tinha passado, não tinha família e amigos e não comia, além de trabalhar no escritório de letras mortas. De fato, a citação em inglês constante no project Gutemberg muda o sentido da frase que citei:
"Conceive a man by nature and misfortune prone to a pallid hopelessness, can any business seem more fitted to heighten it than that of continually handling these dead letters, and assorting them for the flames?"
De qualquer forma devido aos dois significados do verbo conceive, ainda sobra uma margem para advogar a inexistência de Bartebly. Se na sua tradução ele foi traduzido por imagine, aí de fato fica mais difícil essa interpretação.XD
 
Não é a toa que Bartleby, o Escriturário (ou o Escrivão ou Uma História de Wall Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior ou menor medida, a um beco sem saída.

Vamos aos fatos para tentar clarear a situação e para que eu possa depois colocar minhas próprias conclusões, ou melhor, especulações a respeito do misterioso desfecho de Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam’s Magazine, pelos idos de 1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The Piazza Tales, de 1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público, pelo titânico (ou talvez seria melhor dizê-lo, com o perdão do trocadilho, leviatânico) Moby Dick.
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