BANGU
Ai, Bangu!
Triste de nós dois!
Pois quando penso em ti
Penso no fedor da água parada
Que o teu sol cozinha
E sinto o miasma choco
Que tuas árvores-de-cabaça
Exalam pelo largo
Logo sobre ti, Bangu,
Amigo de dois santos,
Vem pousar o jugo
De um padroeiro militar
E a antífona de uma virgem
Que hoje não pegou da lira
Jugo que faz esfacelar as cabeças dos teus meninos
Contra as pedras em brasa do teu morro
Que traz o apito-toada
Da fábrica que não há
Ai, Bangu!
Triste de nós dois!
Pois quando penso em ti
Penso no fedor da água parada
Que o teu sol cozinha
E sinto o miasma choco
Que tuas árvores-de-cabaça
Exalam pelo largo
Logo sobre ti, Bangu,
Amigo de dois santos,
Vem pousar o jugo
De um padroeiro militar
E a antífona de uma virgem
Que hoje não pegou da lira
Jugo que faz esfacelar as cabeças dos teus meninos
Contra as pedras em brasa do teu morro
Que traz o apito-toada
Da fábrica que não há