Anica
Usuário
Escrito por: Túlipe Helena
Editado por: David Denis Lobão
Desde de junho de 1937, há cerca de 70 anos, as empresas do falecido empresário e jornalista, Roberto Marinho, publicam quadrinhos nas bancas. A estréia foi com o encartado "O Globo Juvenil", lançado nas páginas do jornal "O Globo". As publicações continuaram na Rio Gráfica Editora e na atual Editora Globo.
Ao longo destes anos, a Editora Globo lançou sucessos como: "Mandrake", "Recruta Zero", "Spirit", "Ferdinando", "Batman", "Flash Gordon", "Turma da Mônica", "Fantasma, Sandman", "Gasparzinho", "Brasinha", "Tex", "Riquinho", "Homem-Aranha", "Os Quatro Fantásticos", dentre outros.
Neste mês de fevereiro não haverá HQs da Editora Globo nas bancas. A decisão da editora foi de não utilizar mais este canal de venda para focar a venda dos produtos nas livrarias.
O fim dos quadrinhos
Em entrevista ao site Universo HQ, a diretora da Unidade de Negócios Infantis da Editora Globo, Lucia Machado, afirmou que a decisão é econômica, financeira e de mercado. Segundo ela, a saída temporária das bancas é por que a empresa está descontente com a distribuição, além dos trabalhos de visibilidade e marketing não serem feitos. Há também a intenção de diminuir o preço dos livros infantis da Globo.
A mudança interrompe a publicação das revistas "Menino Maluquinho", "Junin", "Julieta - A Menina Maluquinha", "Cocoricó", "Sítio do Picapau Amarelo", "Cuca", "Emília" e "Você Sabia - Sítio do Picapau Amarelo".
A Editora Globo continuará publicando quadrinhos, mas a aposta da empresa são os produtos em formato de livro vendidos para o consumidor comum em bibliotecas, escolas, empresas e para o Governo.
Atualmente, os títulos dos escritores Ziraldo e Monteiro Lobato já são publicados em livrarias. Os produtos da linha "Cocoricó" e "Castelo Rá-Tim-Bum" são os próximos lançamentos que serão vendidos desta forma.
Como há a possibilidade do afastamento ser temporário, a Globo pode voltar a lançar quadrinhos nas bancas que não tenham periodicidade fixa.
A grande perda
A grande perda é para a cultura brasileira e para os leitores brasileiros, já que todas as publicações canceladas eram feitas por roteiristas e desenhistas brasileiros.
A possível crise dos comics está estagnando o gênero no Brasil, de acordo com muitos críticos. O entretenimento eletrônico é um dos causadores da crise.
No Japão, não há crise no setor de quadrinhos, já que o público mantém hábitos e costumes, mas a tradição não é o ponto forte dos ocidentais.
A avalanche de produções japonesas, os mangás, chegou ao país desde a popularização dos animês, o que fez com que as produções nacionais perdessem espaço. A venda dos mangás hoje também supera a venda das HQs americanas no mundo todo.
Para os fãs, a alternativa é ir às livrarias especializadas em quadrinhos.
Saiba mais sobre as publicações e as suas últimas edições nas bancas
"Menino Maluquinho 30", "Julieta 30" e "Junin 7" (Ziraldo)
Em dezembro de 2004, o escritor mineiro Ziraldo anunciou na sede da Editora Globo o lançamento da sua linha de quadrinhos. As publicações começaram com "O Menino Maluquinho" e "Julieta", ambas com 32 páginas e com tiragem inicial de 80 mil exemplares. Na ocasião, também foi lançada a revista de atividades "Férias Maluquinhas".
O público alvo das publicações são os pré-adolescentes e os temas abordados são os assuntos do cotidiano desta faixa etária.
A decisão da Editora Globo encerrou a venda nas bancas com as seguintes edições: "Menino Maluquinho 30", " Julieta 30" e "Junin 7".
"Sitio do Pica-Pau Amarelo 18", "Cuca 15" e "Emilia 12" (Monteiro Lobato)
Em meados do mês de setembro do ano passado, a Editora Globo lançou durante a XIII Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, o primeiro volume da coleção "Monteiro Lobato em Quadrinhos". A coleção é a adaptação de alguns clássicos do escritor Monteiro Lobato para HQ. Os personagens são da turma do "Sítio do Picapau Amarelo".
A edição de estréia foi a obra de "Dom Quixote das Crianças", uma adaptação de "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes, escrita em 1936.
Os roteiros das 64 páginas das HQs são de André Simas e os desenhos eram da equipe do estúdio Cor e Imagem.
As publicações "Sitio do Pica-Pau Amarelo 18", "Cuca 15" e "Emilia 12" foram as últimas a serem vendidas nas bancas.
"Cocoricó 8" (TV Cultura)
A Editora Globo lançou em junho de 2007 a revista "Cocoricó" que trouxe para o mundo HQ as aventuras do programa de mesmo nome de grande sucesso na TV Cultura.
A produção das histórias é toda feita por artistas brasileiros e a principal publicação da série foi a edição "Uma Noite Fora" quando o protagonista da série, o menino Júlio, acampa com o seu papagaio Caco.
Na ocasião, a editora também lançou "Cocoricó para Pintar". Ambos os títulos com periodicidade mensal.
Com o cancelamento a última edição nas bancas foi a número oito, em janeiro.
Fonte: UOL
Editado por: David Denis Lobão
Desde de junho de 1937, há cerca de 70 anos, as empresas do falecido empresário e jornalista, Roberto Marinho, publicam quadrinhos nas bancas. A estréia foi com o encartado "O Globo Juvenil", lançado nas páginas do jornal "O Globo". As publicações continuaram na Rio Gráfica Editora e na atual Editora Globo.
Ao longo destes anos, a Editora Globo lançou sucessos como: "Mandrake", "Recruta Zero", "Spirit", "Ferdinando", "Batman", "Flash Gordon", "Turma da Mônica", "Fantasma, Sandman", "Gasparzinho", "Brasinha", "Tex", "Riquinho", "Homem-Aranha", "Os Quatro Fantásticos", dentre outros.
Neste mês de fevereiro não haverá HQs da Editora Globo nas bancas. A decisão da editora foi de não utilizar mais este canal de venda para focar a venda dos produtos nas livrarias.
O fim dos quadrinhos
Em entrevista ao site Universo HQ, a diretora da Unidade de Negócios Infantis da Editora Globo, Lucia Machado, afirmou que a decisão é econômica, financeira e de mercado. Segundo ela, a saída temporária das bancas é por que a empresa está descontente com a distribuição, além dos trabalhos de visibilidade e marketing não serem feitos. Há também a intenção de diminuir o preço dos livros infantis da Globo.
A mudança interrompe a publicação das revistas "Menino Maluquinho", "Junin", "Julieta - A Menina Maluquinha", "Cocoricó", "Sítio do Picapau Amarelo", "Cuca", "Emília" e "Você Sabia - Sítio do Picapau Amarelo".
A Editora Globo continuará publicando quadrinhos, mas a aposta da empresa são os produtos em formato de livro vendidos para o consumidor comum em bibliotecas, escolas, empresas e para o Governo.
Atualmente, os títulos dos escritores Ziraldo e Monteiro Lobato já são publicados em livrarias. Os produtos da linha "Cocoricó" e "Castelo Rá-Tim-Bum" são os próximos lançamentos que serão vendidos desta forma.
Como há a possibilidade do afastamento ser temporário, a Globo pode voltar a lançar quadrinhos nas bancas que não tenham periodicidade fixa.
A grande perda
A grande perda é para a cultura brasileira e para os leitores brasileiros, já que todas as publicações canceladas eram feitas por roteiristas e desenhistas brasileiros.
A possível crise dos comics está estagnando o gênero no Brasil, de acordo com muitos críticos. O entretenimento eletrônico é um dos causadores da crise.
No Japão, não há crise no setor de quadrinhos, já que o público mantém hábitos e costumes, mas a tradição não é o ponto forte dos ocidentais.
A avalanche de produções japonesas, os mangás, chegou ao país desde a popularização dos animês, o que fez com que as produções nacionais perdessem espaço. A venda dos mangás hoje também supera a venda das HQs americanas no mundo todo.
Para os fãs, a alternativa é ir às livrarias especializadas em quadrinhos.
Saiba mais sobre as publicações e as suas últimas edições nas bancas
"Menino Maluquinho 30", "Julieta 30" e "Junin 7" (Ziraldo)
Em dezembro de 2004, o escritor mineiro Ziraldo anunciou na sede da Editora Globo o lançamento da sua linha de quadrinhos. As publicações começaram com "O Menino Maluquinho" e "Julieta", ambas com 32 páginas e com tiragem inicial de 80 mil exemplares. Na ocasião, também foi lançada a revista de atividades "Férias Maluquinhas".
O público alvo das publicações são os pré-adolescentes e os temas abordados são os assuntos do cotidiano desta faixa etária.
A decisão da Editora Globo encerrou a venda nas bancas com as seguintes edições: "Menino Maluquinho 30", " Julieta 30" e "Junin 7".
"Sitio do Pica-Pau Amarelo 18", "Cuca 15" e "Emilia 12" (Monteiro Lobato)
Em meados do mês de setembro do ano passado, a Editora Globo lançou durante a XIII Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, o primeiro volume da coleção "Monteiro Lobato em Quadrinhos". A coleção é a adaptação de alguns clássicos do escritor Monteiro Lobato para HQ. Os personagens são da turma do "Sítio do Picapau Amarelo".
A edição de estréia foi a obra de "Dom Quixote das Crianças", uma adaptação de "Dom Quixote de La Mancha", de Miguel de Cervantes, escrita em 1936.
Os roteiros das 64 páginas das HQs são de André Simas e os desenhos eram da equipe do estúdio Cor e Imagem.
As publicações "Sitio do Pica-Pau Amarelo 18", "Cuca 15" e "Emilia 12" foram as últimas a serem vendidas nas bancas.
"Cocoricó 8" (TV Cultura)
A Editora Globo lançou em junho de 2007 a revista "Cocoricó" que trouxe para o mundo HQ as aventuras do programa de mesmo nome de grande sucesso na TV Cultura.
A produção das histórias é toda feita por artistas brasileiros e a principal publicação da série foi a edição "Uma Noite Fora" quando o protagonista da série, o menino Júlio, acampa com o seu papagaio Caco.
Na ocasião, a editora também lançou "Cocoricó para Pintar". Ambos os títulos com periodicidade mensal.
Com o cancelamento a última edição nas bancas foi a número oito, em janeiro.
Fonte: UOL