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Bali - A Araruama do Pacífico

Fingolfin

Feitiço de Áquila
O post é do meu blog, mas acho que vale a pena compartilhar pq muita gente sonha em tipo, ir pra Bali.

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Bali em si é meio overrated. Sério, depois de ver Comer, Rezar e Amar eu achei que seria tipo, Fernando de Noronha só que maior, mas no final eu encontrei mais semelhanças com Araruama do que com a ilha brasileira.

Primeiro é bom colocar alguns fatos aqui. A ilha é grande. Bem grande. Pra atravessar de norte a sul de carro leva tipo umas 3 horas. Segundo, a Indonésia tem uma população maior que a do Brasil, embora um tamanho mais de 4x menor e a impressão que você tem é que grande parte dessa população tá andando de moto (scooter na verdade) em Bali. É tanto motoqueiro que dá engarrafamento só de moto, nunca vi isso.

Veja bem, a viagem foi divertida, mas em muito pouco tem a ver com a Ilha. O lugar é me pareceu para surfista e mochileiro. A rua onde eu fiquei (Poppies 1), na area mais movimentada da cidade(Kuta) é tipo uma rua da Rocinha. Mal cabe 1 carro, mas é mão dupla. Tem vendinhas dos dois lados, um monte de gente andando e motos passando por todos os lados.

As praias, acreditem ou não, são feias. E fomos nas melhores, podem olhar no Google. Uluwatu, Dreamland, Nusa Dua, Sanur, Jimbaran, nenhuma ganhava de Cabo Frio. Aliás, pra não ser injusto, Uluwato é linda, mas é pequena e a orla tomada de pedras que te impedem de curtir a água. Jimbaran não é nada demais, mas a noite tem churrasco de frutos do mar servido na areia que é inesquecivel. Camarão e peixe assados na brasa(25 reais o kg de camarão enorme assado), temperados no alho que quase valem a viagem.

A fama das praias, acredito eu, devem ser pra surfista pois as ondas, pelo menos pra gente cujo conhecimento de surf se resume a fazer bodyboard com prancha de isopor verde com um jacaré pintado lá em Cabo Frio, pareciam perfeitas.

A polícia é corrupta, bem mais do que no Brasil. Ela caça turistas que alugam carros ou motos para multá-los. Fomos parados 5 vezes, a ultima sobre alegação de estarmos andando com farol aceso durante o dia. No final eu já tava tocando o foda-se dizendo que podiam nos prender que eu iria ligar pro advogado da nossa empresa para nos acompanhar até a corte e logo depois nos liberavam.

Como tudo é barato, impressionantemente barato, minha dica é alugar um carro com motorista. Um carro confortável, pra 7 pessoas com gasolina e motorista não sai mais de 50 dolares o dia. Dividindo isso sai de graça.

Apesar de tudo barato, vão tentar te tirar dinheiro de qualquer jeito. Vendedores na rua te atacam, te seguem as vezes e você não pode olhar nada sossegado. Taxistas e mototaxis se batem para oferecerem serviços e haxixe, mesmo a droga tendo pena de morte no país. Nos templos, qualquer coisa vão pedir doação e cobrar uma caixinha, mas no final, por mais que você seja explorado, ainda assim os custos são irrisórios.

Os templos são bonitos. Fomos no Tanah Lot que fica no meio do mar e é dos mais famosos de Bali, no de Uluwatu (vale mais pela vista) e no mais legal de todos que é o de Besakih, patrimônio histórico da Unesco. No entanto quase nunca deixam você entrar no templo ou pelo menos na área de reza. No Besakih a gente podia entrar se acompanhado de um local que contratamos lá na frente por um bom preço (5 dolares pra 3 pessoas). E vale a pena entrar. O guia era bom, sério, respeitoso com o local e parecia bem devoto com as explicações.

Passeamos por Ubud meio que rápido pois é um centro de artesanato local, mas muito mais em ateliers do que em feirinhas. Mulher deve adorar aquilo, tem a área de artesãos de prata, madeira, pedra, tecidos e pinturas. Como eu não ia comprar nada só passei rapidamente.

Subimos ainda pra almoçar perto do vulcão Kintamani, mas embora fosse pra ser legal pra caramba, pra mim era apenas uma montanha como qualquer outra, mas os caras aqui curtiram.

Pra quem tá aqui do lado ainda vale uma visita. Dá uma ida a Tanna Lot, Ulun Danu(que eu não fui mas quero ir), vai a praia de Uluwatu, visite os ateliers em Ubud, o tempo mãe de Besakih e principalmente coma o camarão em Jimbaran (eu aconselho a ir no bar chamado Bamboo, bem na praia mesmo) e a noite é muito boa. Ainda mais se você for com uma galera, a viagem se torna divertida, como foi pra gente, independente do lugar. Mas se eu tivesse saído do Brasil pra ir até lá eu estaria puto pra caralho.
 
Pelas imagens que vi num desses programas de documentários do canal da National Geographic é feito toda uma propaganda valorizando ao máximo a beleza em cima dessa ilha, mas por pertencer a Indonésia que é um país que eu já sabia meio por alto que tem essa fama de não ser lá um país muito amigável ao turismo, então sinceramente não sei se me disporia a ir.

E olha que eu adoro curtir destino exótico.
 

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