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Babel (idem, 2006)

Eu queria muito ter visto na sexta-feira, mas não consegui convencer ninguém. Hoje foi a mesma coisa. Já tenho um amigo que meu deu a palavra que vai comigo na quarta-feira, porque é mais barato e talvez ele não se arrependa tanto.

Como tá todo mundo comparando com Crash, vou fazer também a minha comparação: se for mais um filme tratando do preconceito de um jeito forçado e nada sutil, vou odiar.
 
Eu gostei do filme. Assim, pegando o gancho do Ristow, não dá tempo realmente de criar alguma conexão emocional com alguma história (talvez um pouco com a japonesa, mas enfim), porém é inegável o apelo que o filme tem em mostrar histórias em diferentes lugares, fazendo a representação do mundo sem fronteiras (ou não).

Embora tenha achado meio frágil as relações entre as histórias, Babel coloca os personagens no limite extremo, e até eu me senti meio mal na parte da menina na boate. O filme me cativou justamente por me trazer sensações diferentes, seja na hora da balada no Japão, seja na hora da família comendo com as mãos (a mulher do meu lado soltou um som de reprovação na hora) ou na hora que o Gael arranca a cabeça da galinha na frente das crianças. Foram momentos assim que fizeram o filme valer a pena. Como no mundo hoje discute-se muito preconceito, mistura de culturas, globalização, etc, Babel consegue atrair pra si essa atenção. Por isso eu diria que é o filme na hora certa, embora ache Os Infiltrados muito melhor :g:
 
Eu vi o filme, achei meio muito meia-boca. Nada contra melodrama, mas o Inarritu apelou para ele mais rápido do que o tempo necessário para que eu conseguisse estabelecer aluma conexão emocional com qualquer personagem. Então eu não estava realmente me importando com a vida de ninguém ali. Ah, outra coisa.. eu nunca pensei que fosse criticar isso num filme, mas, veja só, a trilha sonora basicamente destruiu a maioria das cenas (e olha que eu acho o Gustavo Santaolalla bem foda). A fórmula de usar violões solitários acima de qualquer efeito sonoro e/ou sons naturais é tão batida que a coisa soou extremamente falsa e pré-fabricada.

Justamente. Essa trilha tenta criar algo comovente e acaba tornando-se dispensável. Tinha horas que música subia em horas desnecessárias e acabavam quebrando (o pouco) do clima de tensão e emoção que estava sendo criado.

Embora tenha achado meio frágil as relações entre as histórias, Babel coloca os personagens no limite extremo, e até eu me senti meio mal na parte da menina na boate. O filme me cativou justamente por me trazer sensações diferentes, seja na hora da balada no Japão, seja na hora da família comendo com as mãos (a mulher do meu lado soltou um som de reprovação na hora) ou na hora que o Gael arranca a cabeça da galinha na frente das crianças. Foram momentos assim que fizeram o filme valer a pena. Como no mundo hoje discute-se muito preconceito, mistura de culturas, globalização, etc, Babel consegue atrair pra si essa atenção. Por isso eu diria que é o filme na hora certa, embora ache Os Infiltrados muito melhor :g:

Eu achei a história japonesa descartável e desnecessária apesar de, como você cita, ela é de longe a que mais emociona. E a cena da boate é terrível, sai com uma dor de cabeça imensa e que aumentava a cada cena.


Esse negócio de ligação entre as histórias é terrível, elas acabam não tendo um núcleo, não focam em ninguém e acabam, como Ristow citou, não deixando o espectador se ligar emocionalmente com qualquer um dos personanges. Isso porque eles sofrem bastante.
 
Como tá todo mundo comparando com Crash, vou fazer também a minha comparação: se for mais um filme tratando do preconceito de um jeito forçado e nada sutil, vou odiar.
Acho que o filme é mais centrado na comunicação entre as pessoas (ou a falta dela) do que em preconceito. Embora ele esteja presente nas cenas, como na Cate Blanchett com medo de beber o gelo ou a menininha ao comentar que o México é um lugar muito perigoso, ou os japoneses que recuam quando descobrem que a menina é surda-muda.

Pips disse:
Eu achei a história japonesa descartável e desnecessária apesar de, como você cita, ela é de longe a que mais emociona. E a cena da boate é terrível, sai com uma dor de cabeça imensa e que aumentava a cada cena.
A história japonesa é a que leva a falta de comunicação ao extremo, e mostra o desespero da menina em se relacionar com alguém. Não achei desnecessária. E lembre que com ela, você descobriu aquela dúvida sobre os pêlos etc. :lol:
 
A
A história japonesa é a que leva a falta de comunicação ao extremo, e mostra o desespero da menina em se relacionar com alguém. Não achei desnecessária.

Faça um filme apenas sobre isso (surdos-mudos, falta [falha, dificuldade] de comunicação, etc).

E faltou fechar o ciclo, lembra? Então, pois é.
 
O problema com esse negócio de não ter conseguido se identificar com os personagens é que isso fez com que algumas cenas, que deveriam ser extremamente comoventes, acarbam ficando constrangedoras e/ou engraçadas não-intencionalmente, como por exemplo:

A cena em que a Cate Blanchett beija o Brad Pitt enquanto mija numa bacia; ou quando o pai da japa chega em casa e encontra a filha pelada na varanda e a câmera vai se distanciando e o filme termina; ou quando o Brad Pitt começa a chorar exageradamente no telefone.

Em relação ao que o Pips falou sobre ter ficado com dor de cabeça na cena da boate, eu concordo embora acredite que tenha sido a intenção do diretor...

...ao colocar aquelas luzes piscantes pró-eplepsia. Provavelmente ele queria atribuir uma aura "perturbadora" à cena, o que foi muito clichê e conveniente. Na realidade, antes de ver o filme eu já sabia que havia uma cena dentro de uma boate, e eu já imaginava que esse recurso das luzes irritantes estaria presente. Aliás, o Inarritu utiliza vários elementos clichês "roubados" de outros filmes. Com cara de "Eu precisava pôr isso no meu filme, pois vi isso em outro filme e achei bem foda". Por exemplo: o bilhete que a japa põe no bolso do policial e que não é lido ao público. Eu vi isso funcionando em filmes como "Encontros e Desencontros" e "Whisky", onde dois personagens realmente compartilham experiências de vida e, portanto, o "segredo" acaba sendo muito mais impactante e poético. Mas alguém realmente se importou com o que ele leu no papel?

Babel coloca os personagens no limite extremo
O sofrimento dos personagens é tão extremista que fica fora da realidade, o tiro sai pela culatra e a coisa fica ridícula. Não que situações assim não aconteçam na vida real, mas, foi como eu disse no começo, se num filme você não conecta os personagens ao público, eles se tornam inócuos e a mensagem ou o tema quebra. Aliás, o combo/següência de SOFRIMENTO é tão forte nesse filme que não demorou muito para que eu ficase absolutamente apático e pensasse com tranqüilidade em coisas como:

"Eu não me surpreenderia se agora o carro capotasse e as duas crianças do banco de trás fossem decepadas, e a empregada mexicana pegasse as cabeças delas e começasse a beijá-las e carregá-las debaixo dos braços etc."

E, já que estão comparando, eu não posso deixar de dizer que Crash é infinitamente melhor e mais contundente na mensagem que quer passar. Crash é forçado e muitas vezes mais melodramático do que deveria ser, mas está longe do extremismo de Babel. Em Crash, pelo menos, o embate é muito mais psicológico; ele precisa convencer que seus personagens estão sofrendo por razões abstradas e não por deficiência auditiva, tiros em mulheres, em crianças, desidratação, ensolação e o escambau. Por mais que muitas ocasiões sejam forçadas e vários diálogos sejam estereotipados, eu pelo menos consegui identificar aquelas situações numa realidade tangível.
 
O problema com esse negócio de não ter conseguido se identificar com os personagens é que isso fez com que algumas cenas, que deveriam ser extremamente comoventes, acarbam ficando constrangedoras e/ou engraçadas não-intencionalmente
Bom, não funcionou com você, mas eu não achei engraçada ou constrangedora as cenas que você citou. Aliás a cena do...
mijo não acho que a intenção fosse ser inteiramente comovente, afinal ela está mijando.
Afinal, isso nem é spoiler né? :lol:

Mas alguém realmente se importou com o que ele leu no papel?
Nossa, essa hora eu tinha certeza que
ela tinha se atirado da sacada :rofl:

Enfim, no resto não concordo com você, apenas na parte da boate. Aquilo me marcou bastante :neutral:
 
Em relação ao que o Pips falou sobre ter ficado com dor de cabeça na cena da boate, eu concordo embora acredite que tenha sido a intenção do diretor...

...ao colocar aquelas luzes piscantes pró-eplepsia. Provavelmente ele queria atribuir uma aura "perturbadora" à cena, o que foi muito clichê e conveniente. Na realidade, antes de ver o filme eu já sabia que havia uma cena dentro de uma boate, e eu já imaginava que esse recurso das luzes irritantes estaria presente. Aliás, o Inarritu utiliza vários elementos clichês "roubados" de outros filmes. Com cara de "Eu precisava pôr isso no meu filme, pois vi isso em outro filme e achei bem foda". Por exemplo: o bilhete que a japa põe no bolso do policial e que não é lido ao público. Eu vi isso funcionando em filmes como "Encontros e Desencontros" e "Whisky", onde dois personagens realmente compartilham experiências de vida e, portanto, o "segredo" acaba sendo muito mais impactante e poético. Mas alguém realmente se importou com o que ele leu no papel?

Pelo menos ele atingiu algumas das metas dele.

De qualquer forma, resumindo minha opinião, o filme cria uma tensão muito forte para não ter um fim apropriado, não fechar o ciclo e muito menos trazer emoção, ou o minimo de interesse, pelo drama das personagens (pelo menos para mim).
 
Última edição:
Eu também achei que a japa fosse se matar. Toda vez que o filme abria uma brecha para uma tragédia, eu achava que ia acontecer: eu pensei que os garotinhos fossem morrer dentro do carro, a menina fosse morrer de ensolação, os três marroquinhos fossem levar tiros e morrer, a Cate Blanchett fosse morrer assim que o helicóptero chegou, que ela fosse morrer então no hospital, que a empregada mexicana fosse morrer desidratada e as crianças morressem sozinhas no deserto, por aí vai. É disso que eu estava falando quando me referi à "apatia". É tipo em King Kong, que tem tanta ação que você acaba ficando meio apático. Só que aqui ação = tragédia. Ok, péssima analogia.
 
Re: Babel (Iñarritu, 2006)

Eu vi, é ruim e eu não li nada aqui antes de escrever isso(além da mensagem que cito, é claro!)...

Ok, Babel não é um filme só, são quatro histórias (a maior parte das pessoas diz 3, mas whatever).
Vamos por partes:

1- A imigração, a babá e as crianças.

Essa é a menos ruim. Na verdade não tem nada de exatamente muito bom sobre ela, exceto

Não, ela tem um momento teriocamente bom que você já citou ali na frente...

1) a atriz que faz a babá é decente

ok

2) tem o gael garcia bernal

e? O que ele faz de tão interessante fora no momento bom para ser considerado importante?

3) a cena na fronteira é a única decente do filme inteiro, hooray.

não é a única decente do filme, mas dessa história sim.

No geral essa historinha também não é lá essas coisas, mas pelo menos não chega a ser irritante nem nada do tipo.
58.

Chega a ser irritante, tem a (provável) pior perseguição que eu já vi, e tudo que ocorre após isso é irritante, da forma como acontece.

2 - Brad Pitt e a esposa agonizante

Essa é provavelmente a que tem os piores diálogos.
"Se eu morrer... Cuide das crianças."

provavelmente.

Que tipo de pessoa escreve isso? Sério mesmo.

o mesmo tipo de pessoa que dirige.

De qualquer maneira, pelo menos o Brad Pitt não tá ruim e a cena em que o helicóptero vem buscar (OPS, SPOILER) os dois é razoável. E tem uns momentos divertidos com o Pitt maluco e bravo com todo mundo.
44

não tem momento divertido nenhum, é a pior história do filme. Totalmente monotona, e incrivelmente, apesar de ser a raiz do filme consegue ter conteúdo zero.


3 - O Franco-Atirador Marroquino

As coisas começam a ficar (bem) ruins. Essa não faz muito sentido, é estúpida e mal feita. Sem contar que os atores são ruins . BEM ruins. Eu não consigo pensar em nenhum ponto positivo sobre essa. A direção é ridícula e exagerada, aparentemente o Iñarritu tem mal de parkinson.
30

Iñarritu tem problema com a camera em todo o filme. Realmente aqui ele se supera. Por mim ele deveria retornar a seu curso de cinema e tentar aprender a ser um diretor melhor. Além disso, ele conseguiu mais uma vez uma equipe de montagem horripilante, será a mesma do 21 gramas? Em alguns momentos os cortes eram tão absurdos que eu me imaginei vendo um clipe da MTV(generalizando).

4 - A Japonesa Maluca

Ok, essa é 100% ruim. WTF.

Errado, é a única história que teoricamente vale a pena.

Japonesa surda estúpida que tira a roupa e estupra o dentista. WTF. Pra quê?

Você foi ao banheiro em alguma parte dessa história né? Se não você entenderia um pouco mais e não faria questionamentos tão nada a ver

Eu não consigo pensar em algo mais idiota do que inventar um personagem surdo-mudo em um filme sobre falta de comunicação. É tão estúpido.

não entendi essa parte, tem como explicar melhor?

Iñarritu, por que você é tão estúpido?

pois é, mas acho que aqui você tem que por a culpa no Irriaga.

E o pior é que a menina japonesa é horrível. Quem contratou essa mulher? Ela é ENGRAÇADA nos momentos pseudo tocantes. Wtf.
11

engraçado, eu achei ela a melhor atriz do filme. A história dela é divertida, chega a ser estúpida em alguns pontos (como a parte no J-Pop), porém, é isso que cria a diversão. É claro que o Iñarrito não pode ser excelente, então ele caga algumas partes como aquela na boate, mas de resto eu gostei da história dela. Fora que você fica pensando o porquê dela estar no filme, com certeza é a história mais deslocada e nem teria tanto porquê dela existir, mas o Iñarritu deveria dar graça a deus ao Arriaga por ter feito a única coisa não-ruim do filme. Fora que a sequencia final ele ainda esboça uma certa esperança de um dia se torna um diretor decente (eu não acredito nisso, mas não custa tentar).


Bom, minha nota para o filme são dignos [41], e o filme é bem comparado ao Crash, talvez por ambos talvez de tudo serem ruins. Mas esse consegue por pouco ser melhor do que Crash.
 
Última edição:
Eu entendi que a japa tentava tocar o dentista/o policial/qualquer um porque se sentia (com razão) rejeitada, por ser surda-muda, preconceito, etc, ainda era virgem, ridicularizada pelas amigas, etc. Mas eu achei isso absurdamente forçado.
Pensando melhor em casa, minha nota pode até aumentar, e essa história tinha potencial pra ser a melhor de todas, mas o Iñarritu realiza tudo tão porcamente que eu fiquei bem frustrado. Eu vi várias pessoas falando da cena na discoteca e omg eu achei essa tão ruim. Eu acho que se o Alejandro tivesse um pouco mais de inteligência essa daqui poderia chegar a ser tocante ou qualquer coisa que valha (aliás, como disse o MDA, podia ser um bom curta - até pq convenhamos a conexão dela com as outras é risível) mas ele é simplesmente incompetente, e não funcionou.
Anyways, tá mais pra um 40 mesmo, mas se isso ganhar o oscar vai ser chato, hein. Pera, Crash já ganhou. Ah. Whatever.
 
Eu entendi que a japa tentava tocar o dentista/o policial/qualquer um porque se sentia (com razão) rejeitada, por ser surda-muda, preconceito, etc, ainda era virgem, ridicularizada pelas amigas, etc. Mas eu achei isso absurdamente forçado.

Foi bom. Ela estava usando a sua sexualidade (impulsionada pela puberdade) como uma forma de compensar a sua dificuldade em se conectar com outras pessoas por comunicação tradicional.

Se eu não me engano, essa foi a única subtrama do filme onde o drama é psicológico (i.e. Drama de verdade), e não gerado por retardação mental (sério, pensem bem).

Eu vi várias pessoas falando da cena na discoteca e omg eu achei essa tão ruim.

Ótima cena.
 
O filme foi uma montanha-russa pra mim. Teve horas que eu queria desesperadamente sair do cinema (e faz muito tempo que isso não acontece), outras eu achei ele muito tocante (a história da japinha), outras fiquei extremamente incomodado (um ponto positivo), como a cena da discoteca.

Sei lá, pra mim ele é melhor que Crash. Crash pra mim é extremamente esquecível, ao passo que Babel, de alguma maneira, não o é pra mim.
 
Tem spoiler demais. Mas eu não vejo problema nenhum em ler pois aí não é precisa ver o filme. E ele não vale a pena mesmo.

Um negócio que o Ristow falou, também em incomodou.
O bilhete da japonesa. Não funcionou nada.
Alguém só pode usar isso num filme quando o espectador tem aquela certeza do que está escrito (ou falado), mas como não mostra no filme quem vê fica com aquela sensação "mas será que foi isso mesmo?"

No bilhete da japonesa ninfomaníaca precoce cada espectador imagina uma coisa diferente, ou como eu, não pensa nada. Achei um erro absurdo na melhor história do filme. Mas o Inarritu devia ser mais esperto e fazer 2 filmes, e em 2 anos diferentes e ele concorria ao Oscar 2 anos. E ainda faria o favor de fazer dois filmes bons em vez de um confuso e broxante.

A história do Brad Pitt e da Cate foi chata desde que existiu. Tinha tudo para dar certo, mostrar um preconceito com árabes, uma diferença de cultura absurda mas não, ficou chato e não mostrou nada direito. Toda vez que mudava para a história deles me dava vontade de fugir do cinema.

Já a história dos chicanos começou muito bem mesmo sendo uma coisa de maluco atravessar a fronteira na boa sendo ilegal e achando que ia voltar. As crianças vendo a diferença que uma viagem de carro faz foi bem legal, as coisas malucas no casamento... E ficou ruim depois. Ficou irreal. E ficou chato também.

Ah. achei tão ruim o filme. Peguei até raiva dele, mando todo mundo fugir dele agora. O Gael tudo bem, ele está sempre bem.
 
O filme é um porre, enfim.

A única história que vale a pena é a que se passa no Japão. A sequência toda fica quase deslocada do amontoado de clichês e apatias que permeiam todo o resto do filme. Esse plot no Japão renderia um ótimo filme à parte do Babel.

A sequência no México é clichê. Porra, Iñarritu não saiu de lá?? E pq ainda usa filtros que amarelam a imagem, mostrar muita poeira e mexicanos como um bando de foliões despreocupados com a vida. O personagem do Gael é de longe o pior que tem no filme todo. Ele simpleste, do nada, resolve fazer merda. Pra que? Pra tentar dar emoção ao filme? Nessa hora eu já estava quase dormindo.

Enfim... Cate e Brad estavam patéticos. Ele até tem algumas cenas que convencem, como a briga com os outros turistas lá. Mas, o bando de turistas paranóicos + Brad Pitt nervoso = cenas clichês de brigas e ônibus largando o casal. Praticamente TODA a sequência marroquina é um desastre se não fosse..

... pelos dois irmãos que atiram na Cate. A história deles começa bem, tem o lance curioso do menino espiar a irmã, a disputa de quem é melhor, a rejeição do pai pelo mais velho que não sabe atirar... e tals... e de repente vira uma bagunça. O mais novo sai atirando num monte de policial e depois se entrega.... patético.


Ah sim... foi reclamado da trilha sonora estragando o filme. Estraga por ser clichÊ em cenas clichês. Se eu tivesse visto em dvd tem horas que colocaria no mute.


Ahh.... as únicas indicações merecidas ao Oscar foram para as atrizes coadjuvantes, que realmente estão bem. Principalmente a guria japonesa.
 
Clichê, clichê, clichê, tudo é clichê agora. Será que não é por quê vemos essas coisas todos os dias acontecerem?

A sequência no México é clichê. Porra, Iñarritu não saiu de lá?? E pq ainda usa filtros que amarelam a imagem, mostrar muita poeira e mexicanos como um bando de foliões despreocupados com a vida.
Acho que você tá equivocado. Ele mostrou um casamento, é óbvio que eles não tinham que estar preocupados com nada. É uma festa. Com que que eles deveriam estar preocupados, senão com a união do casal, de dançar, etc? Além disso, era uma cidade bem pequena. As cidades bem pequenas são assim, seja México, seja Brasil. Qualquer filme que mostre cidades bem pequenas vão mostrar ruas empoeiradas, casas antigas e por aí vai. Isso daí não é clichê, isso simplesmente é assim.
 
Tisf disse:
Clichê, clichê, clichê, tudo é clichê agora. Será que não é por quê vemos essas coisas todos os dias acontecerem?
Nenhuma situação em Babel eu realmente vi na vida real. O que é clichê é a narrativa e inúmeros outros recursos cinematográficos, coisas que sempre podem se manifestar de maneira original ou inteligente, pois eu sempre vejo isso em vários outros filmes. O problema é que, Em Babel, você sempre está a frente do filme e sabe exatamente o caminho que o Inarritu vai tomar - exceto quando o filme é estúpido demais. Como o Dirhil falou, eu jamais imaginaria que um personagem tomaria uma atitude tão idiota quanto deixar uma mulher e duas crianças no meio do deserto (bêbado e estressado não colou, sinceramente) por conveniência da narrativa e do drama. Ou então que crianças (olha que são maiores que, o quê, dez anos?) atirariam em um ônibus para testar e arma - especialmente um menino que o filme fazia questão em exibir como maduro e esperto.
 
Como o Dirhil falou, eu jamais imaginaria que um personagem tomaria uma atitude tão idiota quanto deixar uma mulher e duas crianças no meio do deserto (bêbado e estressado não colou, sinceramente) por conveniência da narrativa e do drama.
Do jeito que eu tô defendendo o filme, parece que eu cai de amores por ele :lol:

Na verdade, essa atitude não é idiota, não. Pensem, tirando o fato dele estar bêbado e estressado (com o lance do guarda estar insistindo tanto em vistoriar as coisas), quando ele percebeu que a Adriana não tinha a carta de permissão, das duas uma: ou eles iriam ser detidos e ela deportada com certeza, ou ele vislumbou a chance de fugir. Tudo bem que ela acabou sendo deportada de toda maneira depois, mas naquele momento, ele viu que era o fim da vida daquela mulher lá nos EUA e tentou a única coisa que podia. De jeito nenhum que eu achei uma atitude idiota. Vocês fariam o mesmo nessa situação :hanhan:

Fora que se pegassem ele dentro dos EUA, pelo menos eles não estariam no carro com ela. Eu tomei mais como uma atitude desesperada do que como uma atitude idiota.
 
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