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Notícias Autor de "GoT" compara obra com "Senhor dos Anéis": "Meus livros têm sexo"

Fúria da cidade

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George R.R. Martin, criador de "Game of Thrones" Imagem: Getty Images


George R.R. Martin, o autor por trás dos livros que deram origem à série "Game of Thrones", compareceu nesta quarta-feira (21) ao programa "The Late Show" e, conversando com o apresentador Stephen Colbert, comparou a sua obra com a saga "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien.

"Quando eu li Tolkien pela primeira vez, ele me intrigou", admitiu o escritor. "O primeiro livro de 'O Senhor dos Anéis' começa com uma festa de aniversário, e não há dançarinas exóticas ou serpentes gigantes".

"É verdade, você não sabe quem está fazendo sexo com quem em 'O Senhor dos Anéis'", interveio Colbert, um notório fã da saga. "Os elfos nascem de algum lugar, mas você não vai ver isso nos livros".

Martin então começou a falar sobre seu novo livro. Intitulado "Fogo & Sangue", ele se passa 300 anos antes dos eventos da série de livros principal de "Game of Thrones".

"O livro é escrito do ponto de vista de um meistre, um historiador. Ele está tentando descobrir e pesquisar a história da família Targaryen", revelou. "Há muitos dragões, batalhas, traições, bons reis, maus reis".

"Há um incidente em que o mestre tem que consultar um livro chamado 'A Caution for Young Girls' ['Um Aviso à Jovens Garotas'], que é basicamente um livro erótico de Westeros. Essa é uma razão pela qual eu divergi de Tolkien, não existe pornografia ou sexo no mundo de 'Senhor dos Anéis'", brincou.

É claro que o apresentador Colbert não perdeu a oportunidade de cobrar o autor sobre o andamento de "Os Ventos de Inverno", o próximo volume da saga "As Crônicas de Gelo e Fogo", que é aguardado pelos fãs há anos.

"Eu tenho muito a escrever. Eu provavelmente não deveria estar aqui. Deveria voltar para casa e trabalhar", comentou.

 
"O primeiro livro de 'O Senhor dos Anéis' começa com uma festa de aniversário, e não há dançarinas exóticas ou serpentes gigantes".

"É verdade, você não sabe quem está fazendo sexo com quem em 'O Senhor dos Anéis'",
Ah, faça-me o favor, será que esse homem com mais de meio século de vida não aprendeu que nem tudo se resume a sexo?

Acho que a tara que o Martin tem por atividade sexual e pornografia é doentia já...
 
Eu acho que o Tolkien não colocou atividades sexuais em seus livros por um simples motivo: não era necessário para a história.

O que teria a ver para a narrativa se Aragorn copulou com Arwen ou com Eowyn (Que Eru me perdoe), ou quantas mulheres Gandalf em toda sua vivência pegou? Absolutamente nada.

Em Song of Ice and Fire algumas alusões sexuais são necessárias para a narrativa (como, por exemplo, a relação incestuosa entre Cersei e Jaime), mas a maioria, convenha-se, é totalmente desnecessária para um livro que se pretenda considerar como uma fantasia, e não erótico de quinta categoria.
 
O Martin gosta de se comparar ao Tolkien e enfatizar o que ele não tem, mas na hora da criação quem foi que as vezes lhe inspirou mesmo?
 
Outra coisa que o Tolkien coloca em suas histórias que Martin não: o amor puro e verdadeiro.

Em Senhor dos Anéis, Arwen renunciou à uma vida eterna pelo sentimento que nutria a um mortal, Aragorn.

Quem, nos Sete Reinos de Westeros e nas Cidades Livres, se disporia a tal? Aí que Martin se engana ao querer colocar algo humano. O amor, tal qual retratado nos livros de Tolkien, é muitíssimo mais humano que o simples prazer.
 
Penso que a comparação entre grandes autores de fantasia natural.

Também existem comparações de J K Rowling com Tolkien.

Além disso, Martin não se acha superior a Tolkien, o admira muito, admite sempre ter sido inspirado por Senhor dos Anéis.

Agora claro que para ele escrever a história dele não poderei reescrever O Senhor dos Anéis, se não seria plágio, então ele escreve uma outra história, num outro mundo, etc.

Não vejo nenhum problema na matança ou na atividade sexual na obra de Martin. Acho que ela tem uma genialidade fantástica, muito válida, é muito gratificante ler as Crônicas de Gelo e Fogo do Martin. Que outro autor que demora cerca de 5 anos para lançar a continuação de seus livros de 900 páginas e os fãs aguardam ansiosos pelo próximo livro? Desnecessário dizer que a genialidade de Martin não precisa ser defendida.

E isso não desqualifica em NADA as obras de Tolkien. Outro grande autor, grande mestre, numa outra época, que numa época de guerra conseguiu convencer seu editor a publicar um livro enorme de fantasia, quando não se podia gastar tanto papel. Numa época sem internet, sem os holofotes que temos hoje em dia. Tolkien também é indiscutível seu mérito e genialidade.

Eu sou um grande fã dos dois autores. Tolkien por ter a melhor escrita que eu conheço, a prosa dele é tão bonita quanto poesia. A mágica na Terra-Média é muito especial. A honra. O valor que aquele mundo dá nas palavras. É uma Idade Média romântica que vende para nós uma idéia que o mundo já foi correto, justo, que antigamente as palavras tinham poder. O relacionamento de Gimli e Legolas. Toda a história em Rohan. Théoden! Helm Mão-de-Martelo! A história em Gondor. Thorongil! Os apêndices! Tudo tem uma história, tem árvores genealógicas, tem a forma correta de se pronunciar os nomes, as palavras. As línguas élficas! Toda a história dos anões! Azaghâl versus Glaurung! O Juramento de Fëanor! Acho tão incrível tantos momentos na Terra-Média. Livros tão completos que não parecem fantasia, mas história, com anos e locais em que as coisas ocorreram. É possível estudar o Senhor dos Anéis, o Silmarillion, Contos Inacabados, todos nós sabemos disso. É realmente muito gratificante ler Tolkien.

Martin me surpreendeu porque depois de Tolkien eu já li outros autores de fantasia e gostei deles porque gosto do gênero, mas nada que se comparasse com Tolkien. Então veio Martin. E ele conseguiu me convencer do contrário do que Tolkien tinha dito: que na idade média as pessoas já eram super corruptas, que na luta pelo poder valia tudo, que coisas ruins acontecem com pessoas boas, que uma mesma pessoa pode ser um excelente guerreiro e um péssimo governante e vice-versa, afinal são coisas totalmente diferentes. Enfim, Martin inverteu tanto as coisas, distorceu completamente tudo o que Tolkien escreveu e construiu um mundo completamente diferente da Terra-Média. Colocou muito sexo e carnificina em todos os seus livros e isso não diminuiu o valor que eles tem, porque de uma forma muito interessante, Martin e seu mundo obsceno também tem sua mágica, e não estou falando dos dragões nem nada disso.

Então os dois autores tem suas qualidades, e são dois grandes autores mesmo. Muita gente começou a ler por eles. Adultos que nunca leram conseguiram ler os livros imensos do Martin. O Hobbit é um dos primeiros livros que vou sugerir para os meus filhos lerem (vou sugerir porque se for imposto eles não lerão, rs). Eu mesmo já li O Senhor dos Anéis umas 3 ou 4 vezes. O Silmarillion já li umas 2 ou 3 vezes. Fora quando a gente pega para relembrar só uma passagem. O Martin tem uma coisa impressionante em seus livros que é o recorte do ponto de vista de cada personagem. Você começa vendo o mundo pelos olhos dos Stark e você enxerga um Jaime Lannister absolutamente podre. Quando Martins abre os capítulos do Jaime e você começa a enxergar o mundo pelos olhos dele, você leitor muda a sua opinião a respeito do personagem! Achei isso de uma genialidade ímpar! E é muito interessante que Jaime ganha pontos conosco e isso não quer dizer que os Stark perderão. Cada vez que um Stark morre é rios de lágrimas e fúrias nos leitores. E Martin sabe muito bem puxar o nosso tapete, quando a história parece seguir um rumo de repente Martin faz o impensável: mata alguém que você nunca suspeitaria morrer e muda toda a dinâmica no Jogo dos Tronos. É fantástico. Acho muito legítimo ele ser comparado com Tolkien, mesmo ele tendo vindo muito depois, tendo todo o holofote que ele tem em vida e Tolkien não teve (pelo menos não igual Martin). Acho muito legítimo.

Os dois são muito badass!
 

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