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Ateus são mais raivosos que a média?

Entendi que você acha que as religiões estão todas erradas, assim como qualquer outro religioso pensa das outras religiões.

E daí? Isso mostra que evangélicos (e grande parte dos religiosos, incluindo muito especialmente católicos) e certos tipos de céticos vêem as religiões como sistemas de crenças coesos (ainda que eventualmente ultrapassados) e vetam certo relativismo religioso ou certa acochambração 0u acomododação ou pick-and-choose em matéria de religião - como faz Pi de As Aventuras de Pi, Paganus, e toda uma série de gente que lida com várias religiões (contrariando os que mais entendem e vivem suas respectivas religiões: padres, rabinos, monges, etc). Desse ponto em comum se concluir que alguém entre esses céticos "pensa como um evangélico" já é um pulo gigante.

Essa semelhança é até superficial em relação aos evangélicos, já que a reforma protestante foi uma espécie de acochambração da tradição cristã, e uma vez que abriu-se o precedente, houve infinitas ramificações, como os neopentecostais, com acochambrações próprias para além daquelas primeiras acochambrações da reforma. Os protestantes são como Pi dentro do ambiente do cristianismo.
 
Última edição:
Zzzzzzzzz. Disse q ele pensa como um evangélico no sentido de achar q todos estão errados - e não pq ele pensar totalmente como um evangélico. Zzzzzz...
 
Seu post respondeu a si mesmo.

Foi exatamente por levar religião a sério demais que os camaradas começaram a tacar pedra onde vcs estavam. Se tivessem feito só piadinha, nennhum velhinho se machucaria. Quer dizer, nem macumba era de verdade!

O humor é uma das poucas coisas que se salva na vida.

Isso não é levar a sério.... Atacar pessoas por causa de religião está muito longe de "levar a sério"!!! Isso se chama extremismo, e em alguns casos, terrorismo... Levar a sério é outra coisa!
 
Isso não é levar a sério.... Atacar pessoas por causa de religião está muito longe de "levar a sério"!!! Isso se chama extremismo, e em alguns casos, terrorismo... Levar a sério é outra coisa!

Ainda bem que eu disse "levar a sério demais", onde "demais" quer dizer: em excesso. Além do normal.
 
Ainda bem que eu disse "levar a sério demais", onde "demais" quer dizer: em excesso. Além do normal.

Lu, presta atenção no que você está falando! Não são pessoas levando a sério demais a religião que faz com que esse tipo de coisa aconteça... A pessoa levar a sério demais a própria religião não faz com que ela crie um conceito errado sobre as outras automaticamente. Ela pode virar uma carola que não faz nada que a religião não permita, e vai sair por aí pregando pra todo mundo, já q Jesus disse "ide e pregai", mas atirar pedra nos outros é algo que não passa por aí! Levar a sério demais faz minha tia, que recomendou à minha prima que parasse de ir pra cama com o marido porque isso deve ser feito apenas para procriação, e que desse jeito ela ia pro inferno. Jogar pedras em pessoas, dar golpes de estado e sequestrar mulheres que estudam se enquadra em outro nível de abitolamento!

Distorcer o discurso das religiões e manipular massas não tem nada a ver com levar a religião a sério... E colocar a cabo um ódio gerado por esses discursos distorcidos está longe de "levar a sério" ou "levar a sério demais" ou "levar a sério pra c******", isso tem a ver com manipulação e manutenção do poder. Nesse ponto, e voltando ao assunto do tópico, eu realmente acredito que algumas religiões evangélicas tem treinado seus fiéis no rumo de montar milícias, porque eles andam cada vez mais "raivosos"... tem dado medo!

Mas, de toda forma, assim como é impossível encontrar palavras que consigam explicar para o @Morfindel Werwulf Rúnarmo o que é a fé religiosa, também acredito que não vou encontrar palavras para explicar como simples comentários/piadas cotidianas contribuem para a manutenção de uma forma de pensar da sociedade em geral... É mais ou menos como tentar explicar para um machista pq que ofende falar que mulher só deveria pilotar fogão e ter que ouvir que é só uma piada... Tem tanta coisa envolvida, mas a pessoa insiste em enxergar só a piada, e entrar no mérito do "tudo agora tem que ser politicamente correto" e da censura ao invés de tentar fazer um exercício de reflexão.

Isso me lembra de um causo que meu pai conta, de quando era menino, e um marido bateu na esposa, por ter chegado em casa e ela estar na janela. Ele reclamava para seu compadre "É, você veja a audácia! O delegado veio aqui me falar que eu não posso bater na minha esposa, que não é de bom tom! Como ele pode vir aqui tentar se intrometer na vida do casal?". Perceba que ele estava mais preocupado em reclamar do delegado se meter na vida dele do que em pensar sobre o que o delegado havia falado...

Só uma curiosidade, Luiz, você é formado em que área mesmo?
 
Zzzzzzzzz. Disse q ele pensa como um evangélico no sentido de achar q todos estão errados - e não pq ele pensar totalmente como um evangélico. Zzzzzz...
Então eu continuo perguntando: e daí?

Pra mim foi uma comparação evasiva, querendo dizer sem dizê-lo - do contrário, é tão irrelevante como afirmar que sei lá, católicos pensam como extremistas islâmicos em respeito a um assunto qualquer (existência e algumas características básicas de Deus, por exemplo).
 
O texto é interessante. É incrível como falsos estereótipos ainda permeiam a sociedade, e também é interessante observar que alguns deles permeiam o desenvolvimento da nossa própria personalidade. Conheço ateus raivosos, ateus tranquilos, crentes raivosos e crentes tranquilos. Não creio que seja uma questão relevante, o fato de uma pessoa crer em Deus ser 'mais ou menos irascível': acho relevante o como ter uma religião, não ter uma ou até mesmo crer ou não em Deus afeta nossa personalidade desde pequenos. Isso vale para a criança que está crescendo e ouvindo que gays são abominações, logo agredi-los não é condenável, por exemplo. Ou para o menino que cresce vendo a mãe apanhar do pai. São coisas que são introduzidas na vida do indivíduo de forma tão sutil e massiva que, quando crescem, não conseguem dissociar as coisas de forma racional a ponto de conseguir elaborar uma conclusão razoável e pacífica.

Por exemplo, sou espírita e tenho um amigaço ateu, e trabalhávamos juntos no mesmo setor. Ele é bem tranquilo, e costumávamos conversar sobre religião e ateísmo numa boa - aliás, continuamos, pois ainda somos amigos - até minha saída da empresa. Minha 'substituta' (coincidentemente minha colega de faculdade), é uma moça extremamente católica, fervorosa, dessas de ir a retiros. Tudo ia bem, até que ela soube que ele é ateu. E passou a ter problemas de relacionamento com ele. Ou seja: eles se davam bem, até o momento em que ele abriu a questão. Para ela, a convivência se tornou intolerável, não pela pessoa dele, mas pelo que a escolha dele representa. Ele deixou se ser uma pessoa para ser um conceito que, para ela, representa o mal, o errado e o condenável. Isso resultou na falta de coesão dentro da própria equipe, o que prejudicou todo o andamento dos trabalhos, e ela acabou sendo demitida - não por causa da ideologia em si, mas por uma série de motivos gerados pela falta de coesão por causa de ideologia.

Assim como o @Neithan citou, tudo não passa de fases do processo de maturação individual. Alguns amadurecem mais cedo, outros mais tarde, assim como é fundamental para alguns sempre ter razão. Se a pessoa é chata e insegura a ponto de 'necessitar saber que está do lado certo' - e isso fica evidente nas discussões em redes sociais, onde o apoio dos que lhes são simpáticos é fundamental para a mudança ou a persistência naquele ponto de vista em particular - ela será chata, insegura e vai querer impor qualquer que seja seu ponto de vista, seja o de crente chato, ou de ateu chato.
 
Lu, presta atenção no que você está falando! Não são pessoas levando a sério demais a religião que faz com que esse tipo de coisa aconteça... A pessoa levar a sério demais a própria religião não faz com que ela crie um conceito errado sobre as outras automaticamente.

Prestei atenção no que eu disse e prestei atenção no que vc disse. Você está olhando pelo lado oposto do meu.

O que vc está dizendo é que levar as coisas a sério demais não faz as pessoas virarem extremistas. Concordo. O que eu estou dizendo é que todo extremista leva religião a sério demais.

Meu post nunca foi profundo ou teve pretensões grandes, não quis criticar nada nem levantar questões importantes. Tudo que eu disse foi que se vc não acha graças nessas piadinhas é porque está levando muito a sério.

Sei disso porque as provocações que mais me atingem são exatamente aquelas que acertam em lugares que eu levo mais a sério e aposto que com vc também é assim.
 
Levar as coisas a sério demais faz as pessoas virarem extremistas. A impossibilidade de conciliar o fenômeno religioso com o mundo natural é resultado de uma adesão fervorosa ao primeiro em relação ao último - o que é engraçado, sendo o último palpável, empírico. Mas eu entendo o porquê disso: a ideia da Fé é justamente a de um princípio metafísico (oh, really?) que procura reconfigurar o sentido das coisas dentro de uma dada ordem. Considerando que o mundo físico é praticamente caótico, a mente, que desenvolve e evolui e retrai ao longo do tempo, acaba por usar desse artifício, a Fé, para chegar a uma conclusão que satisfaça o anseio de ordem - algo que Viktor Frankl notou e desenvolveu com a logoterapia e que Freud, Adler e Jung tentaram fazer com suas metapsicologias. A conciliação só pode ocorrer se for entendido que o domínio natural é um e o domínio sobrenatural/metafísico é outro. O problema é que isso pode ser difícil considerando religiões que envolvem a interferência sobre os fenômenos naturais - o que não quer dizer impossível, como a existência de vários cientistas religiosos já demonstra.
 
Então eu continuo perguntando: e daí?

Pra mim foi uma comparação evasiva, querendo dizer sem dizê-lo - do contrário, é tão irrelevante como afirmar que sei lá, católicos pensam como extremistas islâmicos em respeito a um assunto qualquer (existência e algumas características básicas de Deus, por exemplo).

Meu objetivo foi chamar o cara de arrogante - e não fazer um tratado sobre religião. Lê direitinho.
 
Meu Deus, quem sugeriu algo sobre tratado de religião?

E a arrogância está onde? O que você meramente afirmou, sem justificar, é que ela estaria em achar que os "sistemas de crenças" das demais pessoas estão errados, e nisso ele possuiria um pensamento parecido com os evangélicos. O que eu explorei no meu post é que essa semelhança com os evangélicos é superficial e é uma semelhança não só com os evangélicos mas com todas grandes religiões ou mesmo com boa parte de linhas de pensamento filosófico - é uma característica de todo sistema não-relativista e não-perspectivista. Assim a semelhança que você apontou é irrelevante para concluir o que quer que seja e não te autoriza logicamente a chamar o sujeito de arrogante - o que você afirma ter sido o objetivo do que você disse (e convenhamos né, há objetivos melhores para serem escolhidos).

Engraçado que você sugeriu que para não ser arrogante a pessoa precisaria incluir em "errados" seu próprio sistema de crenças, o que seria absurdo, já que no momento que o fizesse aquele deixaria de ser seu sistema de crenças.
 
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Meu Deus, quem sugeriu algo sobre tratado de religião?

E a arrogância está onde? O que você meramente afirmou, sem justificar, é que ela estaria em achar que os "sistemas de crenças" das demais pessoas estão errados, e nisso ele possuiria um pensamento parecido com os evangélicos. O que eu explorei no meu post é que essa semelhança com os evangélicos é superficial e é uma semelhança não só com os evangélicos mas com todas grandes religiões ou mesmo com boa parte de linhas de pensamento filosófico - é uma característica de todo sistema não-relativista e não-perspectivista. Assim a semelhança que você apontou é irrelevante para concluir o que quer que seja e não te autoriza logicamente a chamar o sujeito de arrogante - o que você afirma ter sido o objetivo do que você disse (e convenhamos né, há objetivos melhores para serem escolhidos).

Engraçado que você sugeriu que para não ser arrogante a pessoa precisaria incluir em "errados" seu próprio sistema de crenças, o que seria absurdo, já que no momento que o fizesse aquele deixaria de ser seu sistema de crenças.

o que ele quis dizer é que eu sou arrogante pq acho que as religiões estão erradas. Tipo, ter opinião pessoal é arrogância...

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Pois é. Parece-me muito rodeio para uma questão simples: religiões são visões do mundo em seus aspetos físicos, biológicos, psicológicos, sociais, metafísicos, morais, etc - rituais e obras e coisas do tipo só existem quando essa visão já está internalizada na mente de um sujeito. Achar que uma religião está errada é achar que a visão dela (em seus principais aspectos) não condiz com a realidade. Nesse sentido é possível achar que todas estão erradas - não há qualquer problema lógico, tampouco arrogância, nessa afirmação. E não há necessidade lógica de achar que seu próprio "sistema de crenças" está errado (pelo contrário: isso constituiria um absurdo lógico): a crítica pode simplesmente limitar-se às religiões e não estender-se a sistemas de crenças como um todo.

Particularmente acho que há alguns acertos importantíssimos no cristianismo por exemplo, e assim não diria taxativamente que o cristianismo errou, sem qualquer ressalva. Mas não julgo que fazê-lo seja extremista ou coisa que o valha. Vai ver o sujeito não vê acerto em qualquer aspecto, ou vai ver ele reconhece esses aspectos mas não acha-os importantes o bastante para mencioná-los numa ressalva.
 
Última edição:
Bem, eu não vejo absurdo nenhum em ter o meu sistema de crenças e mesmo assim admitir que outros sistemas de crenças contenham pedaços de verdade que não fazem parte do meu sistema. Ou no mínimo aceitar que as verdades dos outros não sejam compatíveis com as minhas verdades, mas que nem por isso os outros estejam errados, mas que escolheram viver através de outro sistema de crenças.

O seu esforço em provar que estou errado, aliás, só mostra tb a sua arrogância. Mas fique tranquilo, é a opinião de um arrogante sobre outro.
 

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